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Os comportamentos colectivos
pertenciam às comarcas de Portalegre e Vila Viçosa, contrapondo-se aos
resultados mínimos obtidos em Viana, Aveiro, Guimarães e Porto. As mesmas diferenças opunham as comarcas de interior às próximas do litoral130.
QUADRO 46
Taxas de Fecundidade Geral em algumas comarcas, no ano de 1802 (‰)
Comarcas
T.F.G.
Comarcas
T.F.G.
Aveiro
Avis
Barcelos
Braga
Bragança
C. Branco
Elvas
Guimarães
Lamego
Leiria
Miranda
95.2
127.1
105.4
114.6
134.7
144.1
129.9
102.8
116.5
109.0
118.9
Moncorvo
Ourém
Penafiel
Pinhel
Portalegre
Porto
Trancoso
Valença
Viana
Vila Real
Vila Viçosa
114.7
108.3
120.4
114.5
156.1
94.5
144.2
111.9
85.8
155.0
195.7
Dadas as características específicas dos centros urbanos, as taxas de
fecundidade eram aí por norma mais altas que no resto do território. Em
Portugal estimava-se em 126.2 por mil em finais do século131. No caso
específico de Lisboa, a intensidade migratória provocou um aumento anormal da percentagem de mulheres em idade fértil, sem que esse acréscimo
tivesse correspondência com o número total de nascimentos. Esse facto
reflecte-se em taxas de fecundidade baixas e contrárias à tendência manifestava pelos demais núcleos urbanos do Reino132.
A nupcialidade
Outro aspecto de extrema importância nas formas de crescimento populacional das gentes portuguesas foi a nupcialidade, que como já referimos
130 Fernando de Sousa, ob. cit., pp. 262 e 267.
131 Teresa Rodrigues, Lisboa no século XIX..., p. 211.
132 Em 1801, a TFG foi calculada em 99.38 por mil, em 1853 nos 106.34 por mil, mas em 1890
voltava a ser de apenas 97.1 por mil (Teresa Rodrigues, idem, p. 211).
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pertenciam às comarcas de Portalegre e Vila Viçosa, contrapondo