Teste das Fábulas
CUNHA, J. A. & NUNES, M. L. T. Teste das Fábulas:
forma verbal e pictórica. São Paulo: Centro Editor de Testes
e Pesquisas em Psicologia, 1993. p.19-37.
Material
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
12 lâminas ilustradas;
Manual
Protocolo de análise;
Cronômetro.
ÁREA DE USO
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
Pode ser utilizado na clínica, para avaliação
psicodinâmica com crianças, adolescentes e
adultos.
Também pode ser utilizado em triagens.
Estrutura do Teste
Forma verbal;
 Forma pictórica.
 Pode ser usada após técnicas gráficas e medidas
intelectuais.
 Deve ser aplicado antes do CAT caso esse esteja no
planejamento também.
IDADE:
 Crianças a partir da idade escolar. Sendo mais indicados
para crianças de 4 a 13 anos de idade.
APLICAÇÃO
 Individual ou coletiva

DESCRIÇÃO

O teste das fábulas é conhecido como técnica projetiva
apercptiva;

Sua interpretação é psicodinâmica;

Sua medida é qualitativa que facilita a emergência de
material inconsciente (por meio da projeção)

Apercepção: é uma interpretação subjetiva da
interpretação.

Percepção: interpretação objetiva de um estímulo,
perceber e interpretar as informações que vem dos
sentidos.

Uso da Projeção nas Fábulas: de forma sintética é o uso
das defesas frente à ansiedade permitindo a avaliação
das áreas patológicas e sadias da personalidade.
FÁBULAS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Passarinho
Aniversário de casamento
Cordeirinho
Enterro ou da Viagem
Medo
Elefante
Objeto fabricado
FÁBULAS
8.
9.
10.
Passeio com a mãe ou o pai
Notícia
Sonho mau
F1 - Fábula do Passarinho
Trata da questão da dependência e independência em
relação as figuras parentais e como elas são percebidas,
fixação no passado, processo de separação, individuação,
relação frente ao mundo. Retrata também sentimentos
como desamparo, solidão, abandono, impotência e quais
os recursos internos que o sujeito utiliza para se defender
e se tornar independente.
Esta fábula estimula aspectos mais primitivos da
personalidade e também conteúdos orais.
F2 - Fábula do Aniversário de
Casamento
Investiga a reação da criança frente a cena primária e a
possível triangulação edípica. Trata do ciúmes e rejeição
por parte dos pais e evoca conteúdos orais.
F3 - Fábula do Cordeirinho
Mostra a conexão entre as histórias, emergindo os
conflitos. Apresenta a díade em que aparece a terceira
pessoa na vida do sujeito, o desmame, a separação entre
mãe e filho, nascimento do irmão, entrada na escola,
sentimento de autonomia ou de menos valia, rivalidade
fraterna, ciúme e competição.
F4 - Fábula do Enterro ou Fábula
da Viagem
Tem duas pranchas como forma de se obter um critério
para saber se a criança tem noção mais clara sobre a morte
ou não. Investiga como a criança lida com a morte e a
separação de alguém querido. Mostra como o sujeito lida
com a agressão e com a intensidade que ela produz, como
lida com as três situações problema vistos nas primeiras
pranchas.
F5 - Fábula do Medo
Investiga como a criança lida com os seus conteúdos
fóbicos.
F6 - Fábula do Elefante
Texto do complexo de castração e temores relacionados a
isto. Trata da questão vinculadas a fase fálica e a
sexualidade.
F7 - Fábula do Objeto Fabricado
Investiga a retenção e expulsão, controle esfincteriano e
características obsessivas.
Investiga de que maneira o sujeito lida com a questão da
atividade e passividade, manutenção do poder, conduta de
compartilhar e dividir.
Trata do complexo anal da possessividade.
F8 - Fábula do Passeio com a
Mãe ou Fábula do Passeio com o
Pai
Tem como objetivo avaliar o conflito edípico.
Fantasias relacionadas com rejeição em relação ao
progenitor do sexo oposto e rivalidade em relação ao
progenitor do mesmo sexo.
F9 - Fábula da Notícia
Investiga quais são os desejos e as expectativas da criança.
Quais os temores e medos relacionados a punição e
castigo. Nessa prancha, deve-se investigar se a criança
pode ganhar algum prêmio ou punição, procurando
também, quais são seus deveres.
F10 - Fábula do Sonho Mau
É a fábula de maior controle do teste. Nela é possível
resgatar algum conteúdo das pranchas anteriores. Quais os
conflitos existentes e onde está a hostilidade.
Também possibilita um momento de alívio.
Indicações




O Teste das Fábulas, aplicado individualmente, é
adequado para detectar crises situacionais e de
desenvolvimento, conflito neurótico, transtorno
neurótico e psicótico.
É útil, também, como recurso psicodiagnóstico e
terapêutico.
É recomendado em casos de diferentes tipos de
transtornos mentais.
Em aplicações coletivas pode ser utilizado como
instrumento de triagem de conflitos emocionais em
crianças, adolescentes e adultos.
Indicações

Em aplicações coletivas pode ser utilizado como
instrumento de triagem de conflitos emocionais em
crianças, adolescentes e adultos.

A análise das respostas vai permitir identificar casos
com probabilidade de terem problemas.

A forma de administração,
psicodiagnóstica, é individual.

O tempo de administração médio é de 15 minutos.
com
finalidade
Indicações

É importante o estabelecimento de um bom rapport prévio.

O Teste das Fábulas não serve como técnica
introdutória, pois, pode-se obter respostas muito
ansiosas e imaturas.

Em crianças usa-se após uma técnica gráfica.

Se na
bateria de teste inclui o CAT, não é
recomendado aplicá-lo antes das Fábulas, porque o
CAT impõe um desgaste afetivo maior.
Instruções

Na aplicação com crianças de pouca idade, pode-se
simplesmente propor brincar de contar histórias:

“Eu começo a história e você continua”.

Com mais crianças com mais idade, aproximadamente
10 anos ou mais, como também, com adolescentes e
adultos, pode-se usar a sugestão de Duss (1986),
apresentando as histórias como teste de imaginação.
Instruções




A versão combinada, proposta pelos autores, pode ser
apresentada como jogo, mesmo para crianças de mais
idade.
As histórias não devem ser lidas e não se deve
modificar sua formulação. Devem ser memorizadas.
A verbalização deve ser natural e espontânea, sem
dramatização.
Segundo Duss (1986), “conta-se a história de forma
direta, com bastante vivacidade e entusiasmo no
detalhes, mas é preciso muito cuidado para não dar
qualquer entonação que influencie a criança”. (p. 24)
Instruções

Com crianças até 8 anos aproximadamente, ao mesmo
tempo em que se começa a contar a história, apresentase a lâmina correspondente e, no decorrer da história
vai se indicando a ilustração adequada.

As histórias são simples, mas deve-se prestar atenção
com F8, a Fábula do Passeio, em que o herói é do
mesmo sexo do sujeito.

Deve-se marcar o tempo para cada uma das fábulas.
Instruções

Tempo de Reação – fim da verbalização do
examinador e início do sujeito.

Caso o sujeito responda “não sei”... e haja uma pausa
antes de começar a contar sua história, o tempo de
reação deve ser contato até ter início da verbalização
propriamente dita (qualquer tipo de resposta que
envolva 1 conexão entre seus elementos, seja ou não
adaptada ao conteúdo da fábula.
Instruções
Verbalização não adaptada – pode ser examinada
quanto à ocorrência de estados emocionais, fantasias e
defesas.
 Verbalização adaptada – é produtiva porque constitui
uma resposta à situação.
Quando existem interferências externas ou internas podese repetir a história. Neste caso usar (R) no registro das
verbalizações.
É importante qual tipo de interferência (alguém bateu na
porta).

Instruções

Em casos, em que não se identifica a interferência, e a
criança produz uma resposta não adaptada, pode-se
repetir a história.

As verbalizações devem ser anotadas integralmente,
bem como as pausas, as mudanças de entonação de voz
ou os comportamentos não verbais.
Inquérito

No final de cada verbalização, introduz-se o inquérito,
mesmo que seja dada uma resposta popular ou taxativa
(1 afirmação, geralmente curta e clara, que não suscitam
dúvidas ao examinador).

Mas, sempre que a resposta pareça lógica, simples e
adequada, sempre pode ser enriquecida, principalmente
em relação às conotações afetivas. O inquérito é
importante para estimular a fantasia.
Inquérito

As perguntas devem ser neutras e não sugestivas. Dê
preferência deve-se usar as próprias palavras que o
sujeito utilizou.
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Teste das Fábulas: forma verbal e pictórica.