Cálculo Numérico Resolução Numérica de Equações – Parte I Prof. Jorge Cavalcanti – [email protected] MATERIAL ADAPTADO DOS SLIDES DA DISCIPLINA CÁLCULO NUMÉRICO DA UFCG - www.dsc.ufcg.edu.br/~cnum/ Cálculo Numérico – Objetivos Estudar métodos numéricos para a resolução de equações não lineares (determinar a(s) raiz(es) de uma função f(x), ou seja, encontrar o(s) valor(es) de x tal que f(x) = 0) Fundamentar a necessidade de uso de métodos numéricos para a resolução de equações não lineares Discutir o princípio básico que rege os métodos numéricos para a resolução de equações não lineares Apresentar uma série de métodos destinados à resolução de equações não lineares 2 Cálculo Numérico – Motivação I Necessidade de resolução de equações do tipo f(x) = 0 Estruturas Principio da Conservação F Circuitos i R +FV -FH +FH -FV Em cada nó : FH = 0 FV = 0 + v = g(i) E E - Ri – g(i) = 0 (Lei de Kirchhoff) Momento Energia Massa Reatores E1 E2 S E S Em um dado intervalo: massa = entradas - saídas 3 Cálculo Numérico – Motivação II é um zero da função f(x) ou raiz da Zeros podem ser reais ou complexos. Este módulo trata de zeros reais de f(x). equação f(x) = 0 se f() = 0. Eixo das ordenadas f(x) Zeros reais representados sobre o eixo das abscissas 1 2 Eixo das abscissas x 4 Cálculo Numérico – Motivação III A partir de uma equação de 2º grau da forma ax2 + bx + c = 0 Determinação das raízes em função de bec x = -b ± b2 – 4ac 2a a, Polinômios de grau mais elevado e funções com maior grau de complexidade Impossibilidade de determinação exata dos zeros 5 Cálculo Numérico – Motivação IV Princípio Básico dos Métodos Numéricos MÉTODOS VALOR INICIAL VALOR ACEITÁVEL DE RAIZ APRIMORAMENTO DOS VALORES MINIMIZAÇÃO DOS ERROS 6 Cálculo Numérico – Motivação V Etapas Usuais para a Determinação Raízes a partir de Métodos Numéricos MÉTODOS de FASE I FASE II Isolamento das raízes Refinamento das raízes Determinação de um intervalo (o menor possível) que contenha apenas uma raiz Melhoramento do valor da raiz aproximada (refinamento até a precisão desejada). 7 Cálculo Numérico – Motivação VI FASE I: ISOLAMENTO DAS RAÍZES Realização de uma análise teórica e gráfica da função de interesse Precisão das análises é relevante para o sucesso da fase posterior 8 Cálculo Numérico – Motivação VII TEOREMA 1: Sendo f(x) contínua em um intervalo [a, b], se f(a)f(b) < 0 então existe pelo menos um ponto x = entre a e b que é zero de f(x). Obs: Se f’(x) existir e preservar o sinal no intervalo [a, b], então este intervalo contém um único zero de f(x). 9 Cálculo Numérico – Motivação VIII ANÁLISE GRÁFICA: f(x) f(x) a a b x 2 1 3b x f(x) a 1 2 b x 10 Cálculo Numérico – Motivação IX Exemplo 01: f(x) = x3 – 9x +3 x f(x) - -100 – – -10 -5 -3 – – + -1 0 1 2 3 4 5 + + – – + + + f(x) é contínua para x R. I1 = [-5, -3] I2 = [0, 1] I3 = [2, 3] Cada um dos intervalos contém pelo menos um zero . 11 Cálculo Numérico – Motivação X Exemplo 02: f(x) = x – 5e-x x 0 1 2 3 ... f(x) – – + + ... f(x) admite pelo menos um zero no intervalo [1, 2] O zero é único? Análise do sinal de f’(x) f’(x) =1/(2x )+ 5e-x > 0, x > 0 f(x) admite um único zero em todo seu domínio de definição, localizado no intervalo [1, 2] . 12 Cálculo Numérico – Motivação XI OBSERVAÇÃO: Se f(a)f(b) > 0, então se pode ter diversas situações no intervalo [a, b]. f(x) f(x) a b x f(x) a a 1 2 b b x x 13 Cálculo Numérico – Motivação XII ANÁLISE GRÁFICA I Construção do gráfico de f(x) Localização das abscissas dos pontos nos quais a curva intercepta o eixo ox Obtenção da equação equivalente g(x) = h(x) a partir da equação f(x) = 0 Construção dos gráficos de g(x) e h(x) no mesmo sistema cartesiano II III Uso de programas para traçado de gráficos de funções Localização dos pontos x nos quais g(x) e h(x) se interceptam (f() = 0 g() = h() ) 14 Cálculo Numérico – Motivação XIII Estudo Detalhado do Comportamento de uma Função a partir de seu Gráfico Domínio da função Pontos de descontinuidade Intervalos de crescimento decrescimento Pontos de máximo e mínimo Concavidade Pontos de inflexão Assíntotas da função e (Vide Cálculo...) 15 Cálculo Numérico – Motivação XIV Exemplo 03: f(x) = x3 – 9x +3 (Uso do método I ) f’(x) = 3x2 - 9 f(x) f’(x) = 0 <=> x = 3 x -4 -3 -3 -1 0 1 3 2 3 f(x) -25 3 13,3923 11 3 -5 -7,3923 -7 3 1 -4 -3 1 [-4, -3] 2 [0, 1] 3 [2, 3] 2 -2 -1 1 3 2 3 4 x 16 Cálculo Numérico – Motivação XVI Exemplo 03: f(x) = x3 – 9x +3 y (Uso do método II ) h(x) g(x) g(x) = x3 h(x) = 9x -3 1 -4 -3 -2 -1 2 1 2 3 3 x 4 1 (-4, -3) 2 (0, 1) 3 (2, 3) 17 Cálculo Numérico – Motivação XVIII Exemplo 04: f(x) = x – 5e-x ( Uso do Método II ) x – 5e-x = 0 <=> x = 5e-x g(x) = x h(x) y h(x) = 5e-x [1, 2] g(x) 1 2 3 4 5 6 x 18 Cálculo Numérico – Motivação XX Exemplo 05: f(x) = x logx – 1 xlog(x) – 1 = 0 log(x) = 1/x g(x) = log(x) h(x) = 1/x y [2, 3] h(x) g(x) 1 2 3 4 5 6 x 19 Cálculo Numérico – Motivação XXII FASE II: REFINAMENTO Aplicação de métodos numéricos destinados ao refinamento de raízes Diferenciação refinamento dos métodos Modo de Método Iterativo Caracterizado por uma série de instruções executáveis seqüencialmente, algumas das quais repetidas em ciclos (iterações) 20 Cálculo Numérico – Motivação XXIII CRITÉRIOS DE PARADA Teste: xk suficientemente próximo da raiz exata? Como verificar tal questionamento? Interpretações para raiz aproximada x é raiz aproximada com precisão se: |x - | < ou ii. |f( x )| < i. Como proceder se não se conhece ? 21 Cálculo Numérico – Motivação XXIV Redução do intervalo que contém a raiz a cada iteração Obtenção de um intervalo [a,b] tal que: [a,b] e b–a< x [a,b] pode ser tomado como x |x - | < , x [a,b] f(x ) a b x b–a< 22 Cálculo Numérico – Motivação XXV |x - | < |f( x )| < Nem sempre é possível satisfazer ambos os critérios Métodos numéricos são desenvolvidos de modo a satisfazer pelo menos um dos critérios 23 Cálculo Numérico – Motivação XXVI PROGRAMAS COMPUTACIONAIS Teste de Parada Estipulação do número máximo de iterações Prevenção contra loopings erros do programa inadequação do método ao problema 24