ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA
REGIONAL VOLTA REDONDA
Comparativo
entre
extravasados
contra
canais
canais
obturados
obturados
e
pela
Técnica Convencional
LUCIANA BRAGA DE AGUIAR
Monografia apresentada ao curso
de Especialização em Endodontia
para a obtenção do título de
Especialista
Volta Redonda
2008
Data da defesa: ___/____/_____
Banca Examinadora
Prof.Dr_______________________________________
Julgamento_____________Assinatura______________
Prof.Dr_______________________________________
Julgamento_____________Assinatura______________
Prof.Dr_______________________________________
Julgamento_____________Assinatura______________
FICHA CATALOGRÁFICA
Aguiar, Luciana Braga
Comparativo entre canais obturados e extravasados
contra canais obturados pela Técnica Convenc ional orientador – Prof.Dr.Fernando Perreira da SilvaVolta Redonda - 2008
p.86
Monografia (Especialização–Endodontia-)
Associação Brasileira de Odontologia - Regional Volta
Redonda
Obturação; canais radiculares; infiltração.
DEDICATÓRIA
À minha mãe que mesmo já bastando o carinho me
deu o exemplo.
Ao meu pai (in memória) que nos ensinou que o
estudo é fundamental.
Ao meu marido que me deu ânimo muitas vezes me
dizendo que faltava pouco.
Ao meu filho que mesmo não entendendo muito bem
aceitou as minhas ausências.
AGRADECIMENTO
Ao professor Fernando por tudo que me ensinou e
principalmente por nos fazer ver que tudo tem solução. Por nunca
ter nos dado o peixe e sim nos ensinado a pescar.
Ao professor Joaquim por ter diagnosticado muitos dos
meus erros e tirado alguns dos meus medos.
Ao professor Alexandre por me fazer lembrar que apesar
dos obstáculos sempre é valido tentar salvar dentes.
Ao Marco Antonio por perguntar inúmeras vezes se
estava tudo bem comigo demonstrando com isso que eu
não estava sozinha.
Aos meus inicialmente colegas de turma e hoje
amigos.
Às minhas companheiras Gilmara que nos deu a
disciplina necessária e Fátima que aprendeu junto conosco.
Ao meu “anjo da guarda” Conceição que com tantos
problemas muitas vezes me ajudou nos meus.
E finalmente aos meus pacientes, pois sem eles não
chegaria aqui.
SUMÁRIO
RESUMO
1.INTRODUÇÃO....................................................... ........1
2. REVISÃO DA LITERATURA..........................................3
2.1.
Instrumentação
manual
e
instrumentação
rotatória...........................................................................3
2.2. Obturação do canal e selamento apical.....................17
3. PROPOSIÇÃO............................................................28
4.MATERIAIS E MÉTODOS ............................................29
4.1.Materiais...................................................................29
4.2. Métodos...................................................................32
5. RESULTADOS........................................................ ....44
6 DISCUSSÃO........................................................... ....47
7. CONCLUSÕES...........................................................53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................54
SUMMARY
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Brocas GG............................................................... ...33
Figura 2 - Dentes seccionados do G I........................................ .34
Figura 3 - Limas tipo Kerr 1º série................................................34
Figura 4 - Dentes seccionados do G II.........................................36
Figura 5 - Aparelho rotatório Easy Endo.......................................37
Figura 6 - Limas rotatórias...................................................... .....37
Figura 7 - Dentes impermeabilizados...........................................40
Figura 8 - Corte das raízes do espécime nº 1 do G I............... ... 42
Figura 9 - Corte das raízes do espécime nº 2 do G I................... 42
Figura 10 -Corte das raízes do espécime nº 3 do G I.............. ....42
Figura 11 - Corte das raízes do espécime nº 4 do G I............... ..42
Figura 12 - Corte das raízes do espécime nº 5 do G I............ .....42
Figura 13 - Corte das raízes do espécime nº 6 do G I.............. ...42
Figura 14 - Corte das raízes do espécime nº 7 do G I..................42
Figura 15 - Corte das raízes do espécime nº 8 do G I..................42
Figura 16 - Corte das raízes do espécime nº 9 do G I..................42
Figura 17 - Corte das raízes do espécime nº 10 do G I................42
Figura 18 - Corte das raízes do espécime nº 1 do G II.................43
Figura 19 - Corte das raízes do espécime nº 2 do G II ................43
Figura 20 - Corte das raízes do espécime nº 3 do G II.................43
Figura 21 - Corte das raízes d espécime onº 4 do G II.................43
Figura 22 - Corte das raízes do espécime nº 5 do G II.................43
Figura 23 - Corte das raízes do espécime º 6 do G II...................43
Figura 24 - Corte das raízes espécime nº 7 do G II......................43
Figura 25 - Corte das raízes do espécime º 8 do G II...................43
Figura 26 - Corte das raízes do espécime nº 9 do G II.................43
Figura 27 - Corte das raízes do espécime nº 10 do G II...............43
Figura 28 - Rx sobreobturação.....................................................49
Figura 29 - Sobreobturação .........................................................49
Figura 30 - Rx sobreobturação.....................................................49
Figura 31 – Cones de guta-percha ..............................................51
.
LISTA DE TABELAS
TABELA 5.1 – Medidas lineares, em mm, da infiltração marginal
apical do agente traçador nos espécimes instrumentados
manualmente
e
obturados
pela
técnica
da
compactação
lateral...GI.....................................................................................44
TABELA 5.2 - Medidas lineares, em mm, da infiltração marginal
apical do agente traçador nos espécime instrumentados por
rotatórios
e
obturados
pela
técnica
do
cone
único....GII.....................................................................................45
RESUMO
COMPARATIVO
ENTRE
CANAIS
OBTURADOS
E
EXTRAVASADOS CONTRA CANAIS OBTURADOS PELA
TÉCNICA CONVENCIONAL
O sucesso do tratamento endodôntico depende de
uma série de fatores entre eles de se conseguir obturações
com bom grau de vedação marginal apical. Preparando o
canal radicular com instrumento rotatório de níquel -titânio
obtem-se preparos de regularidade e conicidade diferente
daquelas conseguidas através da instrumentação manual.
Esse estudo comparou a infiltração apical de corante entre
dentes instrumentados manualmente e obturados pela
técnica de compactação lateral e dentes instrumentados
por aparelho rotatório e obturados pela técnica do cone
único. Foram utilizados 32 molares inferiores divididos em
grupos: G1 instrumentados manualmente e obturados a
1mm do ápice radiográfico pela técnica da compactação
lateral, G2 instrumentados por rotatórios acionados pelo
aparelho
Easy Endo e obturados sem travamento apical
pela técnica do cone único. Os espécimes foram imersos
em agente traçador e depois clivados para verificar a
infiltração marginal apical. A análise dos dados permitiu
concluir que todos os dentes apresentaram infiltração
marginal apical, estatisticamente comparando os resultados
a diferença entre os grupos G1 e G2 não foi signi ficante.
Palavras-chave: Obturação do canal, infiltração.
1. INTRODUÇÃO
O sucesso do tratamento endodôntico depende do
respeito á uma série de fatores, cada um com a sua
importância no resultado final.
Um dos grandes objetivos de todo tratamento
endodôntico é conseguir promover a obturação hermética
dos canais radiculares, sabendo-se que esse ideal é
impossível de ser alcançado devemos procurar chegar o
mais próximo dele.
O grau de vedação marginal apical conseguido na
obturação do canal radicular está diretamente relacionado
com a resolução do caso clínico como também com a
prevenção de novas ocorrências. Muitos estudos estão
sendo direcionados para se conseguir obturações com alto
grau de vedação marginal apical. No decorrer dos anos
muitas técnicas e instrumentais foram desenvolvidos para
se conseguir dar forma adequada ao canal radicular
durante a instrumentação, bem como muitos avanços foram
registrados no que se refere á obturação endodôntica
propriamente dita. Sabendo o que nos informa a literatura,
utilizaremos desses novos conceitos e recursos técnicos e
compararemos aos nossos próprios resultados. O objetivo
desse trabalho de conclusão de curso é comparar o grau de
vedação marginal apical promovido por duas técnicas
diferentes
de
instrumentação
e
obturação
do
canal
radicular. Para essa finalidade o experimento endodôntico
será realizado em dentes humanos extraídos divididos em
grupos. Em um grupo de dentes, os canais radiculares
serão instrumentados manualmente e receberão obturação
de acordo com a técnica de compactação lateral e no outro
grupo os canais radiculares serão instrumentados por
instrumentos rotatórios e depois obturados pela técnica do
cone único. Após serem obturados os dentes passarão por
um processo químico e serão, posteriormente, analisados,
quantificando a possível infiltração marginal apical. Uma
técnica será comparada á outra, ressaltando as vantagens
e desvantagens de cada uma.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1- INSTRUMENTAÇÃO MANUAL E INSTRUMENTAÇÃO
ROTATÓRIA
Desde o princípio, ficou claro para os pesquisadores que
o tratamento endodôntico só resultaria em sucesso se o
dentista fosse capaz de acessar, esvaziar, sanear e obturar
por completo os canais radiculares.
Dar
mais
detrimento
de
importância
outro
a
um
resultará
passo
em
operatório
fracasso
de
em
todo
tratamento. Visando esses objetivos, no decorrer dos anos
muitos avanços têm sido observados, resultados de muita
pesquisa acompanhada de desenvolvimento tecnológico.
Os estudos foram direcionados para o conhecimento do
campo operatório e desenvolvimento de técnicas mais
eficazes e rápidas objetivando o tratamento endodôntico
ideal.
A instrumentação dos canais radiculares tem valor
relevante
no
tratamento
endodôntico.
Os
trabalhos
científicos que seguem reconhecem o seu valor e visam
melhora-la.
Thompson & Dummer (1997) avaliaram a capacidade
dos instrumentos rotatórios Profile 0.4 série 29 de Ni -Ti
usando a técnica escalonada no sentido cervical apical
atestando a rapidez e a boa eficiência do sistema.
Lloyd et al (1997) analisaram a efetividade, no preparo
de canais curvos, da peça automatizada M4 com limas
Safety Hedström (aço inox) e concluíram que essas limas
são inefetivas na redução de material depositado ao longo
da parte interna do canal em severas curvas.
Pesce et al (1997) avaliaram o desvio e a conicidade
obtida em dentes preparados com as limas tipo K e
Flexofile. Observaram que as limas Flexofile causaram
menos transporte do canal e conicidade mais uniforme.
Tucker et al (1997) avaliaram a efetividade das limas
Flexofile em movimentos de limagem com anticurvatura e
pelo sistema automatizado Nimatic com limas de Ni -Ti
(Sensor-File), observaram que houve regularidade entre os
dois sistemas.
Lopes et al (1997) avaliaram os deslocamentos apicais
após a instrumentação do canal com lima K-Flexfile, K
Flexofile Gloden Mediums, Nitiflex e Profile 0,04 série 29
acionados por motor, concluindo que o deslocamento foi
nulo com limas Ni-Ti acionadas por motor.
Tepel & Schafer (1997) avaliaram os instrumentos
endodônticos e concluíram que em movimentos rotatórios
os instrumentos flexíveis de aço inoxidável eram melhores
que
os
de
aço
inoxidável
convencional.
No
quesito
eficiência de corte as limas Hedström de aço inoxidável e
de Ni-Ti apresentaram melhores resultados. No mesmo
estudo observaram que as limas de aço inoxidável com
ponta não cortante produziam melhores formas em canais
curvos.
Leonardo (1997) fez a descrição dos instrumentos
Profile série 29 em Ni-Ti utilizados em peça de mão de
baixa rotação e alto torque.
Cayon et al (1997) compararam instrumentos Flexofile,
Canal
Máster
”U”
Heliapical,
Flexogates,
Ultraflex
e
Lightspeed relatando que as limas Lightspeed, Ultraflex
Heliapical e Flexofile produziram canais mais rápidos.
Siqueira
et
al
(1997)
fizeram
uma
comparação
histológica para determinar o grau de limpeza do terço
apical de canais curvos na aplicação de cinco técnicas de
instrumentação: step back com limas de aço inoxidável,
step back com limas de Níquel-Titânio, ultra-som, força
balanceada e Canal Máster¨U¨. Concluíram não haver
diferenças estatísticas entre as técnicas e que nenhuma foi
capaz de limpar perfeitamente o canal radicular.
Berger
(1997)
atestou
a
importância
de
se
usar
instrumentos com conicidade progressiva e gradual, que
foram projetados em conicidade diferente do padrão que
era de 0,2 milímetros.
Bryant
et
al
(1998)
avaliaram
a
capacidade
de
modelagem de canais curvos instrumentados pelo sistema
Profile 0,04 e chegaram a conclusão de apesar de haver
um ganho de tempo operatório o sistema produzia uma
quantidade de “zips” considerável.
Machado (1998) utilizou três técnicas mecânicas para
avaliar a forma do preparo obtido em canais curvos. Usou o
sistema Profile 04, Profile 04 associado à técnica cérvico apical com auxílio de brocas Gattes-Glidden e Lightspeed
Relatou que o Sistema Profile associado à técnica cervico apical apresentou melhor forma.
Bertrand et al (1999) utilizaram microscopia eletrônica
para avaliar a capacidade de remoção de smear layer
quando utilizada a instrumentação manual e o Sistema
Quantec. Concluíram que o sistema Quantec foi mais
eficaz.
Schäfer (1999) comparou a eficiência de corte das limas
de aço inoxidável com secções quadrangular, triangular,
rombóide, ”S” e da lima Hedström com diferentes espiras.
As limas foram acionadas por movimentos de limagem ou
rotatórios.
Relatou
que
a
romboíde
de
24
espiras
demonstraram melhor eficiência de corte.
Pesce et al (1999) compararam a eficiência do preparo
manual de canais radiculares usando limas Nitiflex e
Flexofile, sempre usando a técnica cérvico-apical. Os
dentes preparados foram examinados quanto a presença ou
não de desvio apical, conicidade e superfície do preparo.
Não encontraram diferenças estatísticas entre os dois
instrumentos.
Costa & Bombana (1999) avaliaram a distorção da
curvatura em canais instrumentados por dois sistemas:
Quantec série 2000 e RBS, concluindo que o sistema
Quantec produz menor distorção que o RBS. Salientaram
também que o sistema Quantec foi mais rápido pelo fato do
sistema RBS necessitar de complementação manual e de
outros sistemas de rotatórios.
Peters
&
Barbakow
(2000)
utilizaram
microscopia
eletrônica para avaliar a presença de smear-layer após o
preparo com instrumentos rotatórios do sistema Lightspeed
e
Profile
e
concluíram
que
os
dois
têm
resultados
fizeram
uma
avaliação
estatisticamente iguais.
Dietz
et
al
(2000)
dos
instrumentos rotatórios no quesito fratura quando são
aplicadas rotações diferentes. Foi utilizado o sistema
Profile (n.3, 4e 5) com limas de Ni-Ti em rotação de 150,
250 e 350 rpm. Este estudo provou que os instrumentos de
conicidade 04 fraturam menos quando usados em rotações
menores.
Cohen Sfephen & Burns (2000) afirmaram que a
mecanização do preparo do canal radicular foi um processo
inevitável sendo que a cada dia mais instrumentos foram
desenvolvidos para essa finalidade.
Perreira
et
al
(2001)
fazendo
uso
de
molares
superiores avaliaram o desvio apical sofrido nos canais
radiculares sob ação das limas de aço inoxidável e de Ni Ti, relataram não haver diferença estatística entre os dois
instrumentos.
Ahlquist et al (2001) em seus estudos compararam,
através de varredura microscópica, o grau de limpeza
obtido em dentes instrumentados pela técnica manual e
através de instrumentação rotatória (Profile). Concluíram
que na região apical do canal radicular estava mais limpa
nos canais preparados manualmente.
Segundo Sydney & Batista (2001) como uma evolução
natural da instrumentação rotatória, começaram a aparecer
no mercado instrumentos rotatórios elétricos, que segundo
o autor proporcionam um controle da velocidade e do
torque além de serem silenciosos e não há diferença entre
os motores elétricos e pneumáticos no que se refere a
deformação e fratura dos instrumentos.
Yared et al (2002) montaram dentes em articulador,
colocados
de
maneira
a
dificultar
o
acesso
e
com
simulação de pequena abertura de boca. Esses dentes
foram
instrumentados
por
operadores
inexperientes,
utilizando instrumentos rotatórios á ar, com torque alto,
torque baixo e torque baixíssimo. Relataram que a ma ior
ocorrência de fratura de instrumental ocorreu no rotatório
movido a ar, sem controle de torque. Também verificaram
que quanto menor o torque mais seguro era o preparo.
Schafer
et
al (2002) compararam a eficiência de
instrumentos rotatórios FlexMaster em relação aos manuais
K-Flexofile
de
aço
inoxidável.
Concluíram
que
os
FlexoMaster foram mais capazes de manter a curvatura
original do canal, porém as limas K-Flexofile foram mais
eficazes na limpeza do conduto.
Garcia et al (2002) avaliaram microscopicamente a
capacidade
de
limpeza
do
terço
apical
dos
canais
radiculares instrumentados por instrumentos acionados por
motor Profile Taper 0,04 Série 29 e Quantec SC. Relataram
que nenhum instrumento foi capaz de limpar totalmente o
terço apical dos canais radiculares concluindo que a
qualidade da limpeza esta diretamente relacionada à
anatomia do canal e não somente ao instrumento utilizado.
Versümer et al (2002) compararam preparos realizados
com rotatórios do sistema Profile 04 e Lightspeed sob
vários aspectos e concluíram que ambos mantiveram a
curvatura do canal radicular e com o uso do Lightspeed não
foi
verificado
fratura
de
instrumentos,
perda
do
comprimento de trabalho, perfuração ou degrau apical
sendo o sistema que alargou uniformemente o canal.
Duarte et al (2002) examinaram os preparos de 30
dentes que foram divididos em dois grupos. No grupo 1 os
dentes foram preparados pela técnica manual, cérvico apical
utilizaram
limas
Flexofile.
No
grupo
2
foram
instrumentados pelo sistema rotatório Profile usand o limas
de Ni-Ti. Observaram que as limas de aço inoxidável
produziram maior formação de desvio sendo que no
sistema rotatório ocorreu maior perda do comprimento de
trabalho do que na instrumentação manual. Não houve
fratura de instrumentos nas duas técnicas utilizadas.
Gonçalves et al (2003) trabalharam em 30 incisivos
inferiores, nos quais após ás aberturas coronárias, foram
preenchidos com tinta nanquim. Depois os dentes foram
divididos em três grupos G1: instrumentados com rotatório
GT, G2: instrumentados manualmente e o G3 associação
de
ambos.
Depois
de
preparados,
os
dentes
foram
seccionados e foi feita avaliação do desgaste promovido
através da remoção da tinta nanquim. Não houve diferença
de resultado das três técnicas.
Martin et al (2003) estudaram fatores que influenciavam
as fraturas das limas nos sistemas rotatórios e concluíram
que a alta velocidade provocava quebras das limas.
Também observaram que quanto maior era o grau de
curvatura do canal radicular maior era o risco de fratura.
Leonardi (2004) avaliou os preparos instrumentados com
limas manuais Flexofile e dois sistemas de rotatórios com
limas de Ni-Ti: sistema K3 (SDS Kerr) e o RaCe (FKG), a
irrigação foi manual e ultra sônica. Após os preparos os
blocos foram digitalizados, analisados concluindo que o
melhor preparo foi conseguido pelas técnicas mecanizadas
com irrigação manual.
LimongI et al (2004) avaliaram o desvio apical sofrido
em canais instrumentados por peças automatizadas de giro
contínuo representada pelo Sistema Pow-R (Moyco-UnionBroach) e de giro alternado no caso M4 (Kerr-USA). Não foi
observada diferença entre os dois sistemas quanto ao
desvio apical provocado no canal radicular.
Vanni et al (2004) visando à comprovação de que
usando
sistemas
rotatórios
com
limas
de
Ni-Ti
os
deslocamentos apicais seriam menores que os produzidos
pelas limas manuais de aço inoxidável, usaram 100
molares superiores divididos em cinco grupos: G1: sistema
Quantec 2000(Analytic Endodontcs, México), G2: Profile T
0.04 (Dentsplay Maillefer, Suíça), G3: Profile série 29 T 004
(Dentsplay Tulsa Suíça), G4: Pow-RT 002 (Moyco-UnionBroach, EUA)e G5: limas manuais de aço inoxidável
Flexofile (Dentsplay Maillefer,Suíça). Em todos os dentes o
terço cervical foi preparado previamente. Os instrumentos
rotatórios foram usados em contra ângulos redutores de
velocidade. Os resultados demonstraram que todos os
canais sofreram desvios sendo que os menores foram no
grupo 4 e os maiores nos grupos 2 e 3.
Souza (2005) utilizou 25 dentes que foram preparados
mecanicamente pelos sistemas Protaper, Sistema RaCe e
Sistema K POT 3, sendo que os grupos foram irrigados com
clorexidina 0,12% e hipoclorito de sódio 1%. Depois de
preparados os dentes foram seccionados e analisados,
concluindo que a clorexidina se mostrou superior ao
hipoclorito a 1% no terço médio independente da técnica
usada
e
no
equivaleram.
terço
apical
as
duas
substâncias
se
Schafer et al (2005) avaliaram a influência de tipos
diferentes de aparelhos rotatórios exerciam sobre a forma
do preparo obtido, sendo que em todos os aparelhos foram
usadas limas FlexoMaster de Ni-Ti. Foram realizados
preparos em canais curvos simulados utilizando três tipos
diferentes de aparelhos rotatórios com controle de torque
(ENDOadvance, SIRONiTi e Endo IT ). Observaram que os
preparos realizados com o ENDO IT foram mais rápidos e
em todos os casos foram poucos desvios provocados.
Concluindo que todos os sistemas eram apropriados para o
preparo de canais radiculares.
Troian et al (2006) avaliaram o grau de deformação e
fraturas das limas do sistema rotatório RaCe em relação
aos instrumentos do K3. Concluíram que o sistema K3 se
mostrou mais resistente que o RaCe.
Plotino et al (2007) avaliaram a resistência à fadiga dos
instrumentos
rotatórios
do
sistema
M2
NiTi,
usados
empregando movimentos de escovação e não escovação,
em
canais
instrumentos
instrumentos
ovais.
Para
esse
estudo
utilizaram
10
fazendo movimento de escovação e 10
foram
usados
sem
o
movimento
de
escovação. Cada instrumento foi usado para dar forma a 10
canais ovais. Todos os instrumentos foram girados até
provocarem fratura dos mesmos. Chegaram à conclusão
que o nível de confiança foi de 95%. Concluíram que as
limas
do
sistema
intracanal,
sem
M2
foram
falhas
operadas
demonstrando
com
sucesso
que
esses
instrumentos rotatórios podem ser usados com segurança
em circunstâncias clínicas simuladas até 10 vezes em
canais ovais.
Cheung
et
al
(2007)
compararam
os
defeitos
encontrados nos instrumentos manuais e rotatórios Pro Taper após o uso clínico. Através da observação por
varredura microscópica foram analisadas as deformações
sofridas pelos instrumentos rotatórios após 17 meses de
uso. Concluíram que tanto os instrumentos manuais como
os rotatórios sofreram 14 % de fraturas.
Hayashi
et
al
(2007)
estudaram
os
fatores
que
influenciariam a flexibilidade dos instrumentos rotatórios
híbridos de Ni-Ti e constataram que o calor adicional na
ponta do instrumento diminui sua flexibilidade propiciando a
ocorrência de fratura.
Rodig et al (2007) compararam o preparo do canal
radicular usando dois instrumentos rotatórios de NiTi:
Profile
04
e
GT.
Foram
instrumentados
50
molares
inferiores que possuíam as raízes mesiais com curvatura
de 20º á 40º. Observaram que os dois sistemas mantiveram
bem a curvatura original do canal sem grandes desvi os de
trajetórias.
Segundo Pécora (2007) a existência de instrumental
confeccionado em Ni-Ti, favoreceu a limpeza apical dos
canais radiculares principalmente em canais curvos onde
há uma exigência de maior flexibilidade dos instrumentais.
Para Pécora, as companhias produtoras de instrumentos
rotatórios erram ao recomendar o uso pela técnica Crowm Dowm transportada da técnica manual, segundo o autor
isso faz com que a ponta do instrumento trabalhe sempre
presa favorecendo as fraturas dos mesmos. Ele propõe o
uso da técnica Free Tip Preparation. Outro erro dos
fabricantes, segundo Pécora, é aumentar a conicidade dos
instrumentos, mas manter a ponta #25, salientando que
quanto maior a conicidade menor o grau de flexibilidade,
dando como exemplo uma lima #60 de conicidade 02 é
flexível para vencer grandes curvaturas e suficiente para
limpar bem o terço apical.
2.2: OBTURAÇÂO DO CANAL E SELAMENTO APICAL
Após ter conseguido, através da instrumentação, a
completa limpeza do canal radicular a preocupação pass a a
ser com a obturação do mesmo. O grande objetivo da
obturação
do
canal
radicular
sempre
foi
obter
um
fechamento hermético de todo conduto. Com os trabalhos e
pesquisas
chegou-se
a
conclusão
que
o
vedamento
hermético do canal era o ideal, porém inalcançá vel. Todos
os esforços foram feitos através dos anos direcionados
para aprimorar técnicas e materiais para chegar o mais
próximo possível desse ideal.
Mccullagh et al (1997) avaliaram as mudanças de
temperatura sofridas nas raízes durante o processo de
obturação
do
canal
radicular
através
da
técnica
termomecânica. Foram usados condensadores de guta percha acionados por peças rotatórias com velocidades de
8, 12 e 16 X de 10 (3) RPM. Nessas circunstâncias o calor
gerado nas raízes foi de 97ºC. A diferença de qualidade
radiográfica das obturações não foi significante, porém, os
autores salientaram que a temperatura gerada no dente
possuía uma importância biológica.
Mcrobert & Lumley (1997) estudaram “in vitro” o índice
de vedação coronária da obturação do canal radicular
alcançado utilizando três técnicas de obturação: 1-System
B; 2-Obtura II e 3-Alphaseal. Analisando radiograficamente,
as três técnicas produziram obturações sem vácuo, quando
os dentes foram imersos em corante a técnica do System B
e a Obtura II apresentaram menor índice de infiltração
coronária que a Alphaseal e a condensação lateral.
Siqueira Jr (1997) verificou em seus estudos que após
á limpeza dos canais radiculares mesmo sem a obturação
era
possível
haver
regressão
das
lesões
periapicais
anteriores ao tratamento. No entanto declara que se o
canal radicular não for totalmente preenchido esse espaço
vazio se torna um local propício para a proliferação de
microrganismos pré-existentes que tenham sobrevivido á
instrumentação do canal radicular.
Lee et al (1997) avaliaram as modificações sofridas
pelos cones de guta-percha diante de alterações térmicas.
Observaram que todas as marcas comerciais de cone de
guta-percha estudados apresentaram expansão com o
aumento de temperatura e contração com a diminuição da
temperatura.
Pesce et al (1997) compararam a infiltração marginal
apical em dentes instrumentados com o auxílio do creme de
Endo-PTC
sendo
que
alguns
foram
irrigados
com
detergente+anti-séptico e outros apenas com Hipoclorito de
Sódio a 1%. Constataram que houve mais infiltração apical
nos dentes irrigados somente com Hipoclorito de Sódio, e
consideraram essa substância irrigadora foi incapaz de
remover todo o creme de Endo-PTC do interior do canal
radicular.
Canalda-Sahli et al (1997) compararam o selamento
marginal apical conseguido por duas técnicas de obturação
do canal radicular: Guta-Percha termoplastificada e á
condensação
lateral.
Concluíram
não
haver
diferença
estatística entre elas.
Antonopoulos et al (1998) estudaram o selamento
marginal apical dos canais radiculares obturados pela
técnica do cone único e a de condensação lateral.
Concluíram que as duas técnicas apresentaram capacidade
de selamento apicais similares.
Timpawat et al (1998) avaliaram a capacidade de
selamento apical dos canais radiculares obturados com as
técnicas do Thermafil sem cimento, com cimento á base de
óxido de zinco e eugenol e com um cimento á base de
ionômero de vidro (Ketac Endo) com e sem a remoção do
smear layers. Concluíram que o uso de cimento melhora a
qualidade da técnica Thermofil, e tirando ou não a camada
de smear layers não houve alteração nos resultados
obtidos pelos dois cimentos.
Esber
et
al
(1998)
correlacionaram
os
ciclos
mastigatórios com a infiltração marginal apical dos canais
radiculares. Esse estudo feito “in vitro” sugeriu que o
aumento dos ciclos mastigatórios aumentava a infiltração
apical.
Kerezoudis et al (1999) preocupados com a adaptação
do cone de obturação do canal radicular á região apical
principalmente naqueles casos em que não é observada a
constrição
apical,
por
exemplo,
em
casos
de
ápice
incompleto, reabsorção radicular, sobre instrumentação, os
pesquisadores propuseram como técnica plastificar a ponta
do cone principal de guta-percha usando para isso espátula
aquecida. Colocaram o cone pouco plastificado no interior
do canal para copiar a morfologia da região apical,
favorecendo
a
adaptação
da
obturação
nessa
área,
melhorando o grau de vedação marginal apical.
Ozada et al (1999) testaram três tipos de cimentos
endodonticos: Apexid, Diaket e Ketac-Endo, no quesito
promoção da vedação marginal apical. Observaram que na
utilização do cimento Ketac-Endo os níveis de infiltração
apical eram maiores.
Ferraz (1999) utilizou técnicas diferentes de obturação
de canal radicular e avaliou a infiltração marginal apical
promovida por cada uma. Utilizou as técnicas de obturação
termomecânica híbrida, ultra-sônica e da condensação
lateral da guta-percha sempre utilizando o cimento Sealer
26. Não observou diferenças estatísticas entre as técnicas
empregadas.
Santa-Cecìlia et al (1999) compararam o selamento
marginal apical promovido pelas técnicas de obturação
Thermafil e da condensação lateral da guta-percha em
canais radiculares retos e curvos. Os resultados mostraram
não haver diferenças estatísticas entre as técnicas, mas
também demonstraram que em canais retos o grau de
selamento apical era pior que em canais curvos.
Kytridou et al (1999) avaliaram a adaptação das
obturações de canal obtidas utilizando duas técnicas de
obturação.
Todos
os
dentes
foram
instrumentados
mecanicamente usando limas de Níquel-Titâneo do sistema
Profile 04 \ 06. Os canais foram obturados por três técnicas
diferentes: 1-Sealapex; 2- guta-percha fase alfa introduzida
no canal radicular com portador plástico de Thermafil e 3guta-percha fase beta usando o System B. Observaram que
pela
técnica
de
obturação
utilizando
o
Thermafil
o
extravasamento apical foi significativo,e esse valor foi se
acentuando com o aumento do tempo de observação.
Lyroudia et al (2000) propuseram um novo método de
avaliação do grau de infiltração marginal apical, fazendo
uso de imagens digitalizadas que posteriormente fornecem
a reconstrução tridimensional da área avaliada.
Almeida et al (2000) avaliaram a capacidade de
selamento apical promovida pelos cimentos endodônticos
Fillcanal, Ketac-Endo e AH Plus quando usados aplicando a
técnica de condensação lateral. Os resultados mostraram a
superioridade do cimento AH Plus em relação aos demais.
Bezerra et al (2000) fizeram uma análise comparativa
do selamento apical promovido por diferentes técnicas de
obturação
em
canais
preparados
com
instrumentação
automatizada. Todos os dentes foram instrumentados com
instrumentos de Níquel-Titânio da série Quantec2000 e
foram obturados pelas técnicas de condensação vertical,
condensação lateral e termo condensação utilizando o
System B. Apesar de não haver diferenças estatísticas
entre todas as técnicas o menor grau de selamento foi
observado no sistema termo plastificado.
Silva Neto et al (2001) avaliaram o grau de infiltração
marginal apical em canais radiculares obturados por duas
técnicas: Tagger e System B. A infiltração foi medida em
microscópio óptico com ocular micrométrica pela técnica da
planimetria. Os resultados mostraram favoráveis á técnica
do System B.
Wu et al (2002) realizaram um estudo preliminar
comparando a porcentagem de preenchimento do canal
radicular, com atenção especial á região apical, quando
obturados
com
guta-percha
empregando
termo
condensação vertical. Em um grupo de dentes foi aplicado
o calor a 4 mm do ápice e em outro a 2 mm do ápice.
Concluíram que a qualidade da obturação termoplástica
estava
diretamente
relacionada
à
profundidade
da
aplicação do calor e a largura do canal radicular no terço
apical.
Observaram
que
quanto
mais
próximo
do
comprimento de trabalho se aplicava o calor melhor era a
qualidade da obturação, porém se o canal nessa região
fosse amplo favoreceria o extravasamento de material para
o periápice radicular.
Brosco et al (2003) este estudo teve como objetivo
avaliar o selamento apical de canais radiculares obturados
por diferentes técnicas. As técnicas de obturação utilizadas
foram: 1- Condensação lateral ativa realizada com lima tipo
Kerr; 2- Onda Continua de Condensação realizada pelo
System B; 3- guta percha termo plastificada injectada pelo
sistema
Ultrafill;
4-
guta
percha
termo
plastificada
mecanicamente realizada pelo sistema JS Quick-Fill; 5guta-percha
termo
plastificada
associada
a
um
cone
principal realizada com o sistema Microseal. Concluíram
que o sistema Microseal apresentou selamento apical
semelhante ao do System B e melhor que os demais grupos
Os grupos da Condensação Lateral, Ultrafil e JS Quick -Fill
apresentaram capacidade de selamento semelhantes.
Pinheiro et al (2003) avaliaram a qualidade da
obturação e a diferença de profundidade de penetração, no
interior canal radicular, dos espaçadores digitais (Finder
Spreader), limas tipo Kerr, Flexofile e Nitiflex quando
usados como espaçadores, na técnica da Condensação
Lateral Ativa. Concluíram que as limas tipo Kerr usadas
como espaçadores proporcionaram obturações de melhor
qualidade e as limas de Nitiflex foram as que mais
penetraram nas obturações indo até 1 mm aquém do ápice
radicular.
Bailey et al (2004) avaliaram “in vitro” a qualidade da
obturação obtida pela condensação ultra-sônica da gutapercha termo plastificada em comparação a guta percha
fria. Concluíram que a condensação lateral à frio resultava
em obturações com mais vácuos.
Carvalho Junior et al (2005) estudaram in vitro a
infiltração marginal apical em canais obturados pela técnica
termomecânica
híbrida.
Para
esse
estudo
os
canais
radiculares foram obturados pela técnica termomecânica
híbrida utilizando os cimentos endodônticos Endofill, Ketac Endo e Sealer 26. Concluiram que nenhum cimento foi
capaz de impedir a infiltração marginal apical, sendo que o
cimento
Sealer
selamento apical.
apresentou
melhores
resultados
de
Dulaimi et al (2005) analisaram a profundidade e a
carga necessária para a penetração do alargador durante a
obturação
dos
canais
diferentes
técnicas.
radiculares
Foram
instrumentados
utilizadas
quatro
por
técnicas
diferentes de instrumentação: 1-Step-Back sem o uso das
brocas Gattes-Glidden; 2-Step-Beck com o uso das brocas
Gattes-Glidden; 3- Crowm-Dowm e 4-uma técnica híbrida
(Step-Dowm, Step-Back). Concluíram que o tipo de preparo
influi na profundidade de penetração do alargador, mas não
na carga empregada ao mesmo.
Camões
et
al
(2006)
estudaram
três
marcas
comerciais de cones de guta-percha visando avaliar os
seus calibres apicais. As marcas avaliadas foram Tanari,
Diadent e Dentsply. Concluíram que os cones da marca
Tanari
possuíam
melhor
relação
entre
calibre
de
instrumento e diâmetro D0 ou D1.
De Deus et al (2006) analisaram em laboratório a área
de preenchimento da guta-percha intracanal utilizando
Thermafil, Sistema B e condensação lateral. Concluíram
que o Thermafill promoveu melhor preenchimento do canal
radicular do que os outros métodos utilizados.
Monticelli et al (2007) avaliaram a capacidade de
selamento de dois sistemas de obturação utilizando cone
único e termo condensação. Os dentes do grupo de
controle foram obturados canais radiculares com AH PLUS
com termo condensação vertical. Os demais canais foram
obturados pela técnica do cone único no sistema ActiV GP
e GuttaFlow. Concluíram que pelas duas técnicas foi
possível obter um bom selamento apical, sugeriram que os
resultados poderiam melhorar se fossem utilizados cones
de obturação acessórios.
3. PROPOSIÇÃO
Neste trabalho verificou-se a capacidade de vedação
das técnicas de instrumentação manual e rotatória com
variantes no limite apical dos espécimes.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1-Materiais
-32 molares inferiores humanos extraídos
-Micro motor –Kavo do Brasil -Joinville
-Contra-ângulo –Kavo do Brasil -Joinville
-Aparelho rotatório elétrico Easy Endo-Easy Equip.Odont.B.H.
-Broca diamantada cilíndrica n. 3100- Sorensen
-Broca diamantada esférica n.1016 - Sorensen
-Broca diamantada tronco-cônica n. 2068-Sorensen
-Brocas de baixa rotação tipo Gates-Glidden nº1, 2 e 3
Maillefer- Suiça
-Régua milimetrada-Kerr Sybron
-Limas tipo Kerr -1ºsérie, 25 mm, de aço inoxdável, K-FileDentsply-Maillefer
-Limas Rotary NiTi File-Size-1-6 Length- 25mm -Miltex-U.S.A.
-Espaçador digital #30, # 35 e #40 - Dentsply-Maillefer
-Cone principal de guta-percha #30 e #40 da Dentsply
-Cones acessórios de guta-percha - Dentsply
-Cones de guta-percha #30e #40 - Máster Rubber
-Cones de papel absorvente - Dentsplay
-Calcadores tipo Paiva n.1, 2, 3 e 4-Starlet
-Lamparina á álcool
-Placa de vidro
-Espátula de manipulação n.24-Duflex-Juiz de Fora
-Pinça clínica – Duflex – Juiz de Fora
-Explorador clínico nº5- Duflex- Juiz de Fora
-Cimento endodôntico Fill canal (pó + liquido) - Technew
-Seringa descartável de 10ml
-Hipoclorito de Sódio á 2 %
-Filmes radiográficos periapicais - Kodak do Brasil
-Solução reveladora – Kodak do Brasil
-Solução fixadora – Kodak do Brasil
-Colgadura
-Corante azul de metileno manipulado
-Ester de cianoacrilato-Loctite Super Bonder-Henkel Ltda
-Esmalte de unha na cor vermelho-Colorama-Procosa
Produtos
de Beleza Ltda
-Estufa de esterilização - Olidef Cz Ltda – Ribeirão Preto
-Termômetro - Incoterm
-Disco de carburudum
-Maquina Fotográfica Digital -Cyber-Shot 32 Sony
-Negatoscópio - VH Softline
-Lupa de aumento 4X
-Folha de papel transparente milimetrada
-Água destilada
-Autoclave Cristófoli 12 l
4.2 - Métodos
Foram
utilizados
32
molares
inferiores
humanos
limpos e autoclavados, com rizogênese completa, extraídos
por razões diversas, armazenados em água destilada à
temperatura ambiente até a hora do uso. Como os dentes
apresentavam cáries, obturações e fraturas na região da
coroa, visando padronizar as amostras, as coroas foram
seccionadas próximo ao colo dentário utilizando para isso
uma ponta de diamante nº 3100 em motor de alta rotação.
Todos os dentes foram submetidos á cirurgia de acesso,
realizada com ponta de diamante esférica nº. 1016 e foram
removidas
quaisquer
interferências
nas
entradas
dos
canais com ponta de diamante tronco-cônica nº 2068
acionadas pelo motor de alta rotação.
Foram introduzidas limas tipo Kerr #10 ou #15 de
acordo com o calibre canal radicular em questão. Todos os
dentes foram radiografados, utilizando filmes periapicais
para se obter a Odontometria. Os filmes passaram pelo
processo de revelação. Através dessas radiografias foram
determinados os comprimentos de trabalho, que no caso se
padronizaram á 1 mm dos ápices radiográficos.
Todos os dentes foram instrumentados manualmente
com as limas tipo Kerr #10 e # 15 com constante irrigação
de 15 ml de Hipoclorito de Sódio á 2% de concentração.
Em todos os dentes, durante todo o experimento, foi
tomado o cuidado de se manter os ápices radiculares livres
e desobstruídos. Foi feito uso constante da lima # 08
ultrapassando o ápice radicular. Logo após as regiões
cervicais foram alargadas pelo uso de brocas tipo Gattes Glidden nº1, 2 e 3 (Fig.1) acionadas por motor de baixa
rotação.
FIGURA 1 BROCAS G.G.
Após essa etapa os dentes foram divididos em seis
grupos.
Grupo I: Composto de 10 dentes (Fig. 2).
FIGURA 2 Dentes seccionados do GI
Neste grupo seguiu-se a instrumentação manual onde
além das limas tipo Kerr #10 e #15, foram trabalhadas
também as limas #20, #25, #30 nos canais mesiais e mais
as limas #35 e #40 nos canais distais (Fig.3).
FIGURA 3 Limas tipo Kerr 1º série
Durante
a
instrumentação,
a
cada
troca
de
instrumento foram realizadas irrigações com 15 ml de
Hipoclorito de Sódio á 2% e desobstrução do forame apical
com a lima #08. Utilizou-se a técnica coroa-ápice com a
confecção do batente apical e mantendo o comprimento de
patência. Após o término da instrumentação dos canais,
eles foram irrigados novamente e secos com cones de
papel absorvente. Realizaram-se as provas dos cones de
guta-percha principais, que foram escolhidos de acordo
com calibre da última lima utilizada na instrumentação.
Todos os canais mesiais foram obturados com cones #30 e
os distais com cone #40. Foi certificado que todos os cones
de guta-percha principal estavam travados no comprimento
de
trabalho
Todos
os
dentes
foram
novamente
radiografados para confirmar essa posição. Os dentes
foram obturados com cimento endodôntico tipo Grossman.
O cimento foi pincelado nas paredes do canal radicular com
o próprio cone principal, o qual foi então travado no
comprimento de trabalho seguindo-se a Compactação
Lateral. Foram utilizados espaçadores digitais # 30, #35 e
#40 para proporcionar a entrada dos cones de guta-percha
secundários. Quando se observou que os cones de guta percha secundários não mais entravam no canal radicular,
todos os cones foram cortados á 3 mm alem da entrada do
canal. Com condensadores de Paiva nº 1, 2, 3 e 4
aquecidos
na
chama
da
lamparina
foi
realizada
compactação vertical vigorosa.
Grupo II: Composto de 10 dentes (Fig. 4 ).
FIGURA 4 Dentes seccionados do GII
Esse grupo após o preparo inicial passou a ser
instrumentado por instrumentos rotatórios de níquel-titânio,
acionados por um motor elétrico de baixa rotação, cujo
torque foi ajustado para 350 rpm. O aparelho rotatório
usado nesse trabalho foi o Easy Endo (Fig. 5).
FIGURA 5 Aparelho Easy Endo
A seqüência de instrumentos usada foi a sugerida pelo
fabricante (Fig. 6)
FIGURA 6 Lim as rotatórias
Entre as trocas de instrumentais o canal foi mantido
irrigado com Hipoclorito de Sódio á 2% de concentração e o
ápice
radicular
estabelecidos
desobstruído
que
os
pela
canais
lima
#08.
mesiais
Foram
fossem
instrumentados até a lima rotatória #30 e os distais até a
lima
#40.
Em
todos
os
dentes
os
canais
foram
instrumentados até o comprimento de trabalho previamente
determinado.
Completada a instrumentação os canais
radiculares foram irrigados novamente e á seguir secos
com
cones
de
papel
absorventes.
Os
dentes
foram
obturados pela técnica de cone único, utilizando cones de
guta-percha rolados à mão indicados pelo representante do
aparelho Easy Endo. O cone selecionado para cada canal
radicular seguiu o calibre do último instrumento rotatório
usado, ou seja, cone #30 nos canais mesiais e #40 nos
canais
distais.
Todos
os
dentes
desse
grupo
foram
radiografados com os cones de guta-percha em posição
para verificar se estavam no comprimento de trabalho
desejado.
O
cimento
endodôntico
tipo
Grossman.
O
cimento foi levado ao canal radicular com o auxílio do cone
de guta-percha até este alcançar o comprimento de
trabalho. Os calcadores endodônticos de Paiva foram
aquecidos na chama da lamparina e promoveram o corte
dos excessos de guta-percha que se encontravam nas
porções
coronárias
dos
dentes,
no
mesmo
promovida uma intensa condensação vertical.
ato
foi
Estabeleceram-se grupos de controle positivo e negativo
para o Grupo I bem como para o Grupo II. Os grupos de
controle foram constituídos de três dentes cada.
Todos
os
dentes
dos
grupos
de
controle
foram
instrumentados empregando a sua respectiva técnica. Nos
dentes do grupo de controle do Grupo I a instrumentação
foi manual e instrumentação rotatória nos dentes do Grupo
II. Nenhum dente recebeu obturação endodôntica.
Nos dentes do grupo de controle positivo não foi feito
nenhum tipo de impermeabilização externa. Toda superfície
externa do elemento dentário foi deixada livre propiciando a
futura penetração do corante.
Nos dentes do grupo de controle negativo, foi feita uma
barreira impermeabilizante em toda superfície externa dos
dentes para impedir a entrada do corante. Foi aplicada uma
camada de éster de cianoacrilato sobreposta por uma
camada de esmalte de unha em toda área externa dos
dentes desse grupo.
Após as instrumentações todos os dentes tiveram as
câmaras pulpares seladas com cimento provisório. Os
dentes dos grupos I e II receberam uma camada de
impermeabilizante aplicada em toda parede externa do
dente excetuando os 3 mm apicais, correspondente ao
terço apical da raiz dental. O impermeabilizante usado foi o
èster de cianoacrilato. Para melhorar a visibilidade da área
impermeabilizada sobre a camada de éster de cianoacrilato
foi pincelada uma camada de esmalte de unha na cor
vermelha (Fig. 7).
FIGURA 7 Dentes impermeabilizados
Todos os dentes foram imersos em corante. O corante
usado nessa pesquisa foi o azul de metileno á 0,5% e pH
7,2 preparado em farmácia de manipulação. Os dentes
foram mantidos no corante, em estufa a temperatura de
37ºC por um período de 48 horas.
Concluído o período de incubação, os dentes foram
retirados do corante e lavados em água corrente por 24
horas para remover o excesso do corante. Após a remoção
do excesso de corante os dentes foram secos em papel
toalha.
A seguir as raízes dentárias foram desgastadas no
sentido vestíbulo-lingual. Esses desgastes foram feitos com
disco de carburudum acionados em baixa rot ação. Os
desgastes das raízes foram feitos até alcançar os canais
radiculares e parados ao expor as obturações endodônticas.
Todo material obturador foi removido do interior dos canais
radiculares
com
o
auxílio
do
explorador
clínico
como
mostram as figuras 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18,
19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27.
Foi medida a área de penetração do corante no interior
dos canais radiculares. A medição foi feita em milímetros
sobrepondo ás raízes uma folha milimetrada transparente.
Para facilitar a visualização foi usada uma lupa de aumento
quatro vezes.
CORTES DOS ESPECIMES DO GRUPO I
INSTRUMENTADOS MANUALMENTE
CORTES DOS ESPECIMES DO GRUPO II
INSTRUMENTADOS POR APARELHO ROTATÓRIO
5. RESULTADOS
Os resultados da infiltração marginal ocorrida nos ápices
dos espécimes foram expressos nas tabelas á seguir:
TABELA 5.1. Medidas lineares, em mm, da infiltração
marginal apical nos dentes instrumentados pela Técnica
Manual e obturados pela Técnica da Compactação Lateral.
Espécime
Dente 1
Dente 2
Dente 3
Dente 4
Dente 5
Dente 6
Dente 7
Dente 8
Dente 9
Dente 10
Média
Distal
Mesio-Vestibular
5,0
5,0
2,0
8,0
2,0
2,0
DL=10,0 DV=3,0
3,0
9,0
1,0
3,0
3,0
DL=2,0 DV=3,0
6,0
11,0
7,0
6,0
3,0
5,0
12,0
5,09
5,0
Mesio-lingual
5,0
7,0
2,0
2,0
0,0
2,0
7,0
10,0
6,0
9,0
5,0
TABELA 5.2. Medidas lineares, em mm, da infiltração
marginal apical nos dentes instrumentados pela Técnica
Rotatória e obturados pela Técnica do Cone Único .
Espécime
Dente 1
Dente 2
Dente 3
Dente 4
Dente 5
Dente 6
Dente 7
Dente 8
Dente 9
Dente 10
Média
Distal
Mesio-Vestibular
1,0
2,0
DV=4,0 DL=2,0
1,0
8,0
8,0
10,0
10,0
3,0
5,0
5,0
4,0
1,0
5,0
1,0
3,0
2,0
4,0
5,0
6,0
4,0
4,3
Mesio-lingual
2,0
1,0
8,0
5,0
2,0
5,0
5,0
3,0
2,0
6,0
3,9
Esses valores foram submetidos ao teste de aderência
a curva de normalidade.
Teste de aderência curva normal: Valores originais
A. Freqüências por intervalos de classe:
Intervalos de classe: M-3s
M-2s
M-1s Med.
M+1s
M+2s M+3s
----------------- ------ ------ ------ ------ ------ ------ -----º
Curva normal:
0.44
5.40 24.20 39.89 24.20
5.40 0.44º
Curva experimental: 0.00
1.52 37.88 30.30 19.70
9.09 1.52º
º
B.Cálculo do Qui quadrado:
Interpretação
Graus de liberdade: 4
A distribuição amostral testada
Valor do Qui quadrado: 16.19
não normal
Probabilidade de Ho: 0.2800
ÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄÄ
A distribuição amostral testada resultou em não normal.
Em função desse resultado utilizou-se o teste de MannWitney para verificar a existência de diferença entre as
amostras.
コ---------------------------------------------------コ
コ Valores de U:
コ
コ U(1) = 658
コ
コ U(2) = 431
コ
コ---------------------------------------------------コ
コ Valor calculado de z: 1.4556
コ
コ Probabilidade de igualdade (H0): 7.27 % コ
コ---------------------------------------------------コ
コ Não significante, amostras iguais (alfa > 0.05) コ
コ---------------------------------------------------コ
Detectada diferença não significante entre as amostras,
utilizou-se o teste comparativo entre as médias dos postos
das duas amostras ratificou não haver diferença significativa
entre as médias.
Comparação entre as médias dos postos das amostras
フヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘヘケ
Amostras comparadas
Diferença
Valores críticos
Significância
Comparações duas a duas entre médias 0,05 0,01
0.001
ns
Comp Lat X Cone Unico : 6.8182
9.2823 12.3404 16.0422
6. DISCUSSÃO
Várias são as técnicas prospostas para promover o
adequado selamento marginal apical. Em nosso trabalho
testou-se a eficácia de duas destas técnicas, sem que
ficasse demonstrado supramacia de uma sobre a outra. ..
Mesmo com disponibilidade de grande variedade de
materiais e técnicas de obturação, trabalhos como os de
Almeida et al (2000), Bezerra et al (2000), Silva Neto et al
(2001), Wu et al (2002) e outros, demonstram que canais
com obturações herméticas ainda não foram alcançados.
Em nosso trabalho comparou-se a capacidade de
selamento
apical
proporcionado
pelas
técnicas
de
Compactação Lateral e do Cone Único. Para determinar o
grau de vedação apical foi utilizado o azul de metileno
como substância evidenciadora.
Analisando
as
médias
das
infiltrações
marginais
apicais, podemos afirmar que os melhores resultados foram
verificados quando utilizamos a técnica do Cone Único em
comparação a técnica da Condensação Lateral.
A analise estatística dos valores obtidos nos diversos
espécimes de cada grupo não apresentou diferenças
significantes o que vai de encontro com os resultados dos
trabalhos de vários autores tais como: Canalda-Sahli et al
(1997), Antopolos et al (1998), Santa-Cecília (1999),e
outros.
Há algumas hipóteses que talvez tenham colaborado
para esse que as medias das vedações marginais apicais
tenham sido um pouco mais favoráveis a técnica do Cone
Único.
Primeiramente, apesar da proposta inicial do trabalho
ser de obturar todos os canais a 1 mm aquém do ápice
radicular, nos espécimes submetidos á obturação pela
técnica do cone único sempre ocorreu sobreobturação. O
cone de guta-percha foi empurrado para além do ápice
radicular, com isso promovendo a obturação do canal
cementário. (Fig. 28, 29 e 30)
FIGURA 28 Rx sobreobturação
FIGURA 29 Sobreobturação
FIGURA 30 Rx sobreobturação
Fato
que
não
ocorreu
nos
dentes
obturados
pela
compactação lateral. Apesar de o cimento ter ultrapassado
um pouco a ponta dos cones nunca alcançou o ápice
radicular. Provavelmente a constante ultrapassagem do
forame apical, no uso do aparelho rotatório, não permitiu
que
se
formasse
o
batente
apical
responsável
pela
ancoragem do cone de guta-percha. Esse preenchimento
involuntário dos canais cementários na técnica do cone
único pode ter contribuído para aumentar os níveis de
vedação
apical
desses
dentes
em
relação
aos
da
compactação lateral.
Uma segunda hipótese para justificar os resultados
obtidos nesse trabalho talvez esteja no preparo do canal
radicular conseguido na fase de instrumentação. Nos
dentes
obturados
instrumentados
pelo
com
cone
único,
instrumentos
os
de
canais
foram
níquel-titânio
acionados por motor elétrico em baixa rotação com torque
variado. Esses instrumentos são comprovadamente mais
flexíveis e pelo seu desenho com diferentes conicidades
são capazes de produzir canais mais cônicos, diferente dos
obtidos com as limas convencionais usadas manualmente.
A obturação do canal radicular evidencia os resultados
obtidos nas fases anteriores do tratamento endodôntico.
Sendo assim talvez o preparo com instrumentos rotatórios
seja capaz de dar o formato mais adequado a região apical
do canal radicular do que a instrumentação manual,
favorecendo assim a vedação marginal apical. Pensando
nisso, seria oportuno sugerir em um futuro trabalho em que
os canais fossem instrumentados pela mesma técnica se
diferenciando apenas no que tange a obturação.
Outra hipótese se baseia no fato de sabermos que na
técnica de compactação lateral os feixes de cones e
cimento
obturador
são
empurrados
contra
a
parede
dentinária radicular, permitindo a formação de espaços
vazios, uma vez que a guta-percha, em seu estado sólido,
não se molda ao canal radicular instrumentado. Esses
espaços serviriam de via á infiltração marginal apical e por
não existirem na obturação por cone único, o bloqueio é
maior.
Outro fator a ser analisado diz respeito ao próprio cone de
guta-percha utilizado. O cone de guta-percha utilizado na
técnica do cone único é mais maleável e responde melhor
ao uso de calor. Com isso a compactação vertical é mais
eficiente
promovendo
assim
melhor
adaptação
da
obturação ás paredes do canal, aumentando a barreira
física á penetração apical.
Outro aspecto a ser considerado que diz respeito aos
cones está na diferença de desenho do cone de obturação
principal. Na figura 31 é mostrado que o cone usado na
técnica da compactação lateral tem o formato mais paralelo
que os da técnica do cone único. Esse formato pode estar
contribuindo favoravelmente á melhor adaptação apical das
obturações por cone único.
FIGURA 31 Cones de Guta -percha
Não foram encontrados na literatura trabalhos, com os
mesmos materiais e métodos impossibilitando assim de
criarmos parâmetros para a comparação de resultados.
Esse trabalho abre novas perspectivas de pesquisas.
Levando em consideração que na analise estatística
as
diferenças
não
foram
significativas
preferimos
a
obturação por compactação lateral, entre outros motivos
por permitir um controle melhor do nível das obturações.
7. CONCLUSÃO
Analisando os resultados do presente trabalho e
considerando as condições nas quais foi executado, foi
possível concluir:
1. Em todos os espécimes analisados ocorreram infiltração
marginal apical.
2. Ocorreram
sobreobturações
em
todos
os
dentes
obturados pela técnica do cone único.
3. Foi possível controlar os níveis das obturações nos
dentes obturados pela técnica da compactação lateral,
evitando assim sobreobturações.
4. Os dentes obturados pela técnica do cone único
promoveram um maior grau de vedação marginal apical. O
corante teve maior penetração nos dentes obturados pela
técnica da compactação lateral.
5. A diferença estatística não foi significante entre os
grupos.
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SUMMARY
COMPARATIVE
OVERFLOW
BETWEEN
AGAINST
CANAL
FILLING
CONVENTIONAL
AND
TECHNIQUE
CANALS FILLING
The success of the endodont treatment depends on a
series of factors between them of if obtaining filling with
good degree of prohibition apical. Preparing the canal root
with rotatory nickel-titanio instrument one gets prepares of
regularity and different coning of those obtained through the
manual instrumentation. This study it manually compared
the apical infiltration of corante between instrumented teeth
and filling for the technique of lateral compacting and teeth
instrumented for rotatory and filling for the unique cone.
Manually used 32 molar inferiors divided in two group s: G I
manual instrumented and filling 1 mm of the apex for the
technique of the lateral compacting; G II instrumented by
rotatory set in motion device Easy Endo and filling without
apical of the only cone. After prepare had received
waterproof external. Finished this stage the teeth had been
immersed in parted corante and after this period.
Analyzes to conclude that all the teeth had presented
infiltration apical;
no significant difference was found
between the two groups.
Autorizo a reprodução pelos interessados
Luciana Braga de Aguiar
Volta Redonda, 15 de março de 2008
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comparativo entre canais obturados e