moginews.com.br Cidade Sexta-feira, 24 de julho de 2015 Frio Reservatórios Variação de temperatura pega todos de surpresa Estação mais fria do ano sofre grandes oscilações entre dias mais quentes e outros frios e deixa os mogianos sem saber o que vestir Daniel Carvalho Stefany Leandro Apesar de ser inverno, a queda brusca das temperaturas, nos últimos dias, pegou muitos mogianos de surpresa. Isso porque, até então, a estação mais fria do ano vinha sendo marcada por um “calor fora de época”. Para se aquecer e fugir do frio, que na tarde de ontem os termômetros marcaram 19ºC, segundo a empresa de meteorologia Climatempo, muitas pessoas resolveram resgatar os casacos, blusas e até mesmo gorros e cachecóis que estavam esquecidos no guarda-roupa. Segundo a dona de casa Taís Godoy Varela, de 32 anos, a principal preocupação foi aquecer a filha Alice, de apenas um ano e cinco meses. “Como esse tempo anda muito ‘doido’, uma hora está calor e, de repente, esfria, meu maior cuidado é agasalhar minha filha. Até porque as crianças são mais frágeis a essa mudança de temperatura, então precisam estar bem protegidas”, disse. O aposentado Antônio Miguel, 73, por sua vez, contou que mesmo tendo 5 Muitas pessoas tiveram de resgatar casacos, blusas e gorros que estavam esquecidos no guarda-roupa se agasalhado ao sair de casa, encontrou na rua um frio mais intenso do que esperava: “Hoje em dia não tem mais essa de frio no inverno e calor no verão. Está tudo desregulado. No mesmo dia está quente e, de repente, esfria. Eu mesmo estou congelando aqui, pois imaginei que no decorrer do dia fosse esquentar mais.” Incerteza Muitas pessoas têm dificuldade na hora de escolher que roupa escolher Já a dona de casa Valdete Maria da Silva, 59, ressaltou que mesmo acompanhando as previsões climáticas pelos noticiários, quando o assunto é a temperatura, o jeito é contar com a sorte: “Às vezes, a gente sai com um monte de blusa e, do nada, o sol aparece. Então, temos de ficar carregando um monte de coisa. Mas também tem dias que saímos com poucas roupas e esfria. Hoje, por exemplo, me agasalhei e estou torcendo para que a temperatura não mude.” Sistema Produtor Alto Tietê tem nova queda O nível de água nas cinco represas do Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) continua em queda. Ontem, na medição feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível era de 18,6%, 0,2 ponto porcentual menos que na quarta-feira. Há exatamente uma semana, o sistema armazenava 19,7%. Dia a dia a queda do nível de água represada mostra que a falta de chuvas consistentes em julho, aliada ao desperdício de parte da população, colocam em risco os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. No Alto Tietê, os reservatórios tiveram apenas 29,4 mm de chuva este mês, contra uma média histórica de 49,2 mm. Há um ano – em 23 de julho de 2014 – o nível do Sistema Alto Tietê era de 22%, um pouco mais que o deste ano. No entanto, dois anos antes, em 2013, a situação era totalmente diferente, bem longe da crise hídrica que São Paulo e alguns Estados passam. Naquela ocasião, havia 62,6% nas represas da região. O Sistema Produtor Alto Tietê é composto pelos seguintes reservatórios: Ponte Nova (Rio Tietê), limite de Salesópolis e Biritiba Mirim; Paraitinga (Rio Paraitinga), em Salesópolis; Biritiba (Rio Biritiba), na divisa de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes; Jundiaí (Rio Jundiaí), em Mogi das Cruzes; e barragem de Taiaçupeba (Rio Taiaçupeba), que fica entre Mogi e Suzano. Nele, são tratados 15 mil litros de água por segundo para atender 4,5 milhões de pessoas da zona leste de São Paulo e dos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mauá, parte de Mogi das Cruzes, parte de Santo André e dois bairros de Guarulhos (Pimentas e Bonsucesso). Julien Pereira Represa de Taiaçupeba também apresenta queda na capacidade