Alexander Proudfoot Conselho Consultivo Global Um artigo do conselho que merece sua atenção AUTOMEDICAÇÃO OU NÃO? VOCÊ ESTÁ PERDENDO UM BOM NEGÓCIO! Os presidentes e suas equipes trabalham zelosamente para colocar em prática uma estratégia e um plano de negócios vencedores Uma vez em vigor, execução e entrega do plano tornam-se a missão da equipe de operações. As empresas procuram incutir a mensagem de “entrega do plano” em cada célula da organização para a própria estabilidade da organização. No entanto, quando encontram-se barreiras e os resultados ao final do mês começam a registrar desvios significativos, as empresas começam a procurar formas para retomar o caminho traçado. Há duas escolas de pensamento predominante entre os diretores executivos sobre este tema. Uma delas é que “recrutamos os melhores gerentes disponíveis, remuneramo-lhes bem, eles comprometem-se totalmente com a nossa estratégia e nosso plano de negócios, e, assim, é trabalho deles organizar as iniciativas internas necessárias para corrigir o problema.” A outra escola de pensamento é que há empresas profissionais que se especializam em melhoria da performance, “como não temos recursos internos suficientes ou experiência para resolver o problema, então vamos procurar ajuda externa.” Bernard Attali: Ex-presidente do conselho e CEO da Air France: “Sou sempre cauteloso com relação aos CEOs que se voltam para fora de sua própria organização para basear sua estratégia. Por outro lado, para colocar a estratégia em ação, muitas vezes há a necessidade de ajuda com o gerenciamento da mudança ou sistemas de gerenciamento operacionais... especialmente uma ajuda que possa tornar a estratégia real e oferecer benefícios quantificáveis.” Jim Roberts: Ex-CEO da RAG American Coal e Foundation Coal: “Embora acredite que as empresas devam olhar internamente para resolver os principais desafios, os diretores devem estar dispostos a reconhecer quando os recursos internos não são adequados para resolver todos os problemas com sucesso.” Quando uma empresa opta pela filosofia do “faça você mesmo” é um pouco como automedicar-se – a empresa torna-se sua própria médica. Essa abordagem será analisada aqui no contexto de empresas que acreditam que podem otimizar o desempenho por meio da automedicação e, ainda consistentemente, atingem um desempenho abaixo das metas estabelecidas no plano de negócios. Nota-se que mesmo as empresas mais Alexander Proudfoot Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1511 - 8º andar • São Paulo, SP • CEP 04571-011 • tel: +55 11 3305 7800 www.alexanderproudfoot.com bem administradas, bem-intencionadas e posicionadas no primeiro quartil do seu segmento, muitas vezes falham em “entregar o plano”. A razão principal é que não sejam boas em seus próprios negócios, mas porque exigiram acima da capacidade de entrega dos seus recursos e não dispuseram de um “kit de medicamentos” necessário e suficiente para atingir os resultados desejados. Muitas empresas têm investido em abordagens e treinamentos específicos de “automedicação” para seus funcionários tais como Lean, Six Sigma, TQM e Process Reengineering. Tais metodologias são valiosas e eficazes quando corretamente aplicadas. No entanto, os melhores resultados só serão obtidos quando integrados em uma abordagem mais ampla, mais abrangente para a melhoria da performance. Gordon Ulsh: Ex-CEO da Exide Technologies: “Em muitos casos um “carrinho hospitalar utilizado para reanimação” poderia ser mais adequado do que o kit de medicamentos, em que muitas destas iniciativas são motivadas por desvios significativos das metas de custos ou de receitas. Tendo experiência com as iniciativas internas e externas, gostaria de acrescentar o risco de avanço lento do processo, onde os gerentes de nível médio desviam do foco diminuindo a eficácia. Separadamente, deve-se observar que muitos gerentes-chave podem ter sido contratados com a ideia de um trabalho mais “hands-off” em face de seus desempenhos prévios.” Os fundamentos da realização disciplinada, quando centrados em força de vendas, ativos de produção ou funções e suporte administrativos internos e gerais, são: quantificar e priorizar a quantidade de trabalho que deve ser realizado por uma área ou função; desenvolver expectativas ou relações de tempo no trabalho; assegurar que as pessoas designadas para o trabalho tenham recebido treinamento adequado e possuam as habilidades necessárias; designar o trabalho; acompanhar para identificar os desvios em relação às e abordar as desvios por meio de ações corretivas e treinamento. Individualmente ou coletivamente os elementos acima podem ser muito difíceis para as equipes internas enfrentar em seus esforços para otimizar o desempenho operacional. Personalidades diversas, bem como a resistência à mudança podem influenciar e prejudicar o desempenho. Eurípedes, o dramaturgo grego, é famoso pelo ditado, “por falta de um prego, perdeu-se uma ferradura; por falta de uma ferradura, perdeu-se um cavalo; por falta de um cavalo, perdeu-se uma batalha e por falta de uma batalha, perdeu-se um reino.” Compreender e ser capaz de identificar conexões e causas interligadas é fundamental para qualquer iniciativa de melhoria. As operações, especialmente no mundo de hoje, envolvem uma mistura complexa de clientes, funcionários, tecnologia, bens de capital, etc. Compreender as desconexões e falhas requer um “mergulho profundo” no nível de execução dos negócios. O presidente que avalia essa questão pode estar pensando: “Tenho uma equipe muito competente, mas para atingir nossos objetivos ambiciosos e alcançar nosso potencial como equipe e como empresa, exige-se muito trabalho e muitas mudanças. Se a nossa empresa está realmente caminhando para seu Alexander Proudfoot Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1511 - 8º andar • São Paulo, SP • CEP 04571-011 • tel: +55 11 3305 7800 www.alexanderproudfoot.com desempenho ideal, para tornar-se a melhor em sua classe e tornar-se mais competitiva, preciso contratar um grupo de treinadores para minha equipe que tenha muita experiência e que sejam realmente bons em: identificar as causas-raiz dos problemaspara alterar a performance da empresa; apoiar a os gestores, de modo que possa cumprir o processo de mudança, e quem pode proporcionar o tempo e know-how adicionais, garantindo que o projeto seja dotado dos recursos apropriados; ajudar a lidar com os problemas de relacionamento que retardam o ritmo de mudança da empresa; assegurar que as mudanças sejam sustentáveis, porque os treinadores têm a experiência para saber a) que os dados devem ser coletados, b) o melhor sistema para coletar os dados, c) as principais métricas a serem coletadas a partir de dados, d) o sistema de gerenciamento necessário que deve ser implementado a fim de assegurar a sustentabilidade da mudança.” Vamos examinar como quatro lições aprendidas se relacionam com a questão do “automedicamento” ou vamos buscar ajuda externa sob a perspectiva dos desafios que as equipes internas enfrentam quando elas são as “médicas”?: Precisamos de “olhos novos”: Funcionários que trabalham em equipes internas, em geral, são contratados com base nos requisitos estabelecidos por habilidade para um trabalho específico e não por compreender as conexões entre os processos de trabalho, as habilidades de supervisão e as frequentes advertências eavisos quando os eventos não programados começam a ocorrer. A complexidade das interconexões, identificando as causas-raiz e a capacidade de prever uma solução holística, requer um ponto de vista diferente. Além disso, a alta administração frequentemente é informada sobre o que sua organização constata que eles gostariam de ouvir. Problemas, avaliações e pareceres são filtrados pela cadeia de comando e a imagem real é quase imperceptível aos olhos dos comandantes. “Temos os recursos para identificar e instalar uma nova abordagem?” Todos os membros das equipes internas têm “tarefas do dia-a-dia” que devem executar, além de servir em forças-tarefa internas. Um salto quântico de melhoria raramente é alcançado com times trabalhando em em tempo parcial, e como atenção dividida com outras atividades. Os resultados tendem a ser esporádicos, aumentados e considerados muito aquém da melhoria total alcançável. Paul Manduca: Presidente da Aon UK Ltd. e atual diretor sênior independente da Prudential PLC: “Os problemas de ter um trabalho fixo, enquanto é convidado a assumir um papel significativo de um novo projeto não deve ser subestimado, principalmente quando surgem problemas com esse projeto. Além disso, o pensamento radical necessário para obter resultados reais exige a independência de pensamento que os funcionários nem sempre são incentivados a ter.” “ As ações da equipe são independentes das relações internas?” Provavelmente não. A maioria das empresas promove e encoraja um ambiente colegial quando se trata de relações entre os pares. Isso cria um ambiente de trabalho mais produtivo em muitos aspectos. No entanto, quando os colegas Alexander Proudfoot Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1511 - 8º andar • São Paulo, SP • CEP 04571-011 • tel: +55 11 3305 7800 www.alexanderproudfoot.com resistem a novas abordagens que exigem que eles ou seus departamentos mudem, os membros da equipe interna em geral vão fazer o possível para evitar o confronto. Isso prejudica seriamente o esforço, tanto na fase da análise quanto na fase da implementação. Michael Miles: Presidente da Schroder plc, ex-presidente do conselho da Swire Group e ex-CEO da Cathay Pacific Airlines: “Quando se trata de melhorias internas, pedir a seus funcionários que aceitem uma situação na qual eles serão os únicos prejudicados impõe uma limitação significativa sobre a capacidade de gerar uma mudança expressiva e sustentável. O resultado final é a perda de um bom negócio.” “Podemos implementar efetivamente um processo duradouro de gerenciamento de mudança?” O maior obstáculo a superar na implantação é, em geral, a resistência das pessoas. Elas tendem a temer o desconhecido. Na concepção e redesenho de processos, de um novo sistema de gerenciamento operacional e de treinamento da organização por meio de mudança, a maioria do esforço deve ir para a parte de gerenciamento de mudança. No início, muitos estão propensos a resistir ao programa porque ele representa mudança. Ao contrário da crença popular, a maioria da oposição não vem de sindicatos ou de supervisão de primeira linha. Evitar conflito com esses grupos requer habilidade, porém representam o menor dos problemas devidamente guiados, esses indivíduos tornam-sealiados. Geralmente eles são críticos de muitas das questões que estão sendo abordadas. A parte da organização que em geral fornece a maior resistência é o gerenciamento médio e superior. Eles se sentem ameaçados com a ideia de alguém entrar em sua área e alcançar melhorias que os gerentes foram incapazes de realizar. Muitas vezes são defensivos, embora aparentemente tentando parecer o contrário, e muitas vezes têm abaixo deles os membros da equipe interna. arren Holmes: Ex-vice-presidente e CEO interino da Hudbay Minerals: W “O esforço para encarregar-se de um processo de grande mudança é difícil, especialmente se a expectativa for de um resultado final que será uma empresa mais eficiente e rentável, e também com uma capacidade maior para manter o ritmo acelerado de melhoria. Organizações que não conseguem atingir seu potencial, muitas vezes o fazem porque subestimam o trabalho exigido em termos de tempo, foco, experiência, profundidade da análise e complexidade do processo de mudança, tanto sob o ponto de vista de relacionamentos quanto de recursos humanos e técnicos”. “Criar uma base ampla de suportepara a mudança é fundamental para a construção de uma empresa e um projeto bem-sucedidos.” A realização de um objetivo de reduzir os custos em 20% ou mais ou aumentar as receitas em 5%-10%, em harmonia e sem investimento de capital, é um enorme desafio e responsabilidade. As pessoas da empresa estão muitas vezes desconfortáveis e inseguras em como proceder. Elas provavelmente não têm familiaridade com a elaboração do projeto de estabelecer uma mudança. Subestimam a quantidade de problemas e resistências que poderão surgir e são muitas vezes assaltadas por dúvidas, medo de fracasso e de retaliação. Isso pode levar ao desgaste do valor dos compromissos, subterfúgios, atrasos e resultados inexpressivos. Manter o rumo com disciplina, dedicação, entusiasmo e senso de urgência representa, na maioria das vezes, um “plano audacioso demais” para a abordagem da equipe interna. Alexander Proudfoot Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1511 - 8º andar • São Paulo, SP • CEP 04571-011 • tel: +55 11 3305 7800 www.alexanderproudfoot.com Jim Roberts: Há importantes elementos para olhar quando as iniciativas internas são organizadas: Os atrasos na execução em consequência de metas inadequadamente definidas e limites de responsabilidades e autoridade não delineados; A falta de visão na criação de processos necessários para ter sucesso porque os líderes das iniciativas estão”muito próximos da situação” para reconhecer as áreas problemáticas; A ausência de / ou disposição debilitada para a autocrítica e, igualmente importante, para sugerir “mudanças” a outros colegas do departamento. “Não sacuda meu barco e eu não vou sacudir o seu,” torna-se parte do processo; As iniciativas internas podem não dispor de “Autenticidade.” Os níveis médios e inferiores de gerenciamento podem percebê-las como apenas mais um projeto que posteriormente acabará. O talento e a experiência externos demonstram que a empresa é séria e comprometida com o sucesso e a sustentabilidade da iniciativa. Isso reduzirá a resistência à mudança por toda a organização e As iniciativas internas com mais frequência resultarão em desempenho irregular em toda a organização. Alguns gerentes estão melhores qualificados do que outros para tomar iniciativas de melhoria contínua e mais dispostos a aceitar a mudança. Os recursos externos podem identificar áreas problemáticas e comunicar uma avaliação imparcial do progresso para o CEO. Há, normalmente, uma grande oportunidade de melhoria, mesmo nas empresas mais bem administradas. Perder um bom negócio é, infelizmente, o resultado final da dependência da opção de automedicação. Alexander Proudfoot Av. Eng. Luís Carlos Berrini, 1511 - 8º andar • São Paulo, SP • CEP 04571-011 • tel: +55 11 3305 7800 www.alexanderproudfoot.com Copyright © 2011 Alexander Proudfoot. All right reserved. BRPR GA 0511 30297