Apresentamos esta candidatura com uma certeza, a europa em que acreditamos nunca será construída sem a nossa participação. Não somos Euro fanáticos nem eurocéticos, somos portugueses e por isso somos europeus. Somos portugueses e por isso queremos mais liberdade para produzir, não aceitamos a Europa das quotas; Somos portugueses e por isso queremos mais ambição e menos resignação; Somos portugueses com alma e sangue de conquistador e por isso não nos subjugamos a qualquer poder exterior, Somos portugueses que querem construir uma Nova Europa A Europa de hoje é cinzenta, sem cor e sem esperança. É tempo de voltar a acreditar, tempo de construir, de retomar as causas mobilizadoras e gregárias das Nações europeias. Recuperar o espirito genuíno significa reabilitar os princípios estruturantes que lhe deram vida, onde se destaca o princípio da subsidiariedade e da solidariedade. A Europa que queremos é uma Europa JUSTA e SOLIDÁRIA Esta Europa que reclama pela redução de salários é uma Europa injusta e infiel. Infiel aos seus princípios, infiel aos seus fundadores e Infiel à sua história. Não foram as armas e todo o poder militar do ocidente que venceram o comunismo. Travaram o seu expansionismo mas não o derrotaram. Quem derrotou o comunismo foi a justiça, foi o justo salário, a justa retribuição do trabalho. A justiça foi a arma que destruiu os alicerces de toda a construção Marxista baseada na mais-­‐valia e na concentração do Capital. A justa retribuição foi o catalisador do desenvolvimento e da reconstrução Europeia. Foi o salário justo que descobriu em cada pessoa o melhor que ela tem para dar e gerou energias que até então se desconheciam. Esta é a ideia de Europa que queremos reabilitar, por isso não aceitamos que se destrua o ESTADO SOCIAL EUROPEU, marca identitária e “pedra de abóboda” do nosso desenvolvimento económica. Porque queremos uma Europa mais solidária e mais justa propomos que seja instituída uma PENSÃO SOCIAL EUROPEIA. Não é uma pensão destinada a quem pode trabalhar mas sim a quem, por razões da idade ou por qualquer eventualidade, se viu privado da capacidade de trabalho. Falamos das pessoas com mais de 65 anos, falamos dos inválidos, falamos das pessoas com deficiência mental, falamos de pessoas que dependem de outras para viver e é para essas que a queremos dizer PRESENTE. A nova PENSÃO SOCIAL Europeia deverá ser financiada por impostos indirectos, tributação a incidir sobre o consumo, que permitirá aos Estados aliviar a tributação sobre o trabalho. A incidência no consumo oferece maior equidade porque tem por base todos os produtos, independentemente da sua origem, enquanto o actual modelo, ao incidir sobre os rendimentos do trabalho, prejudica os produtos nacionais, retirando-­‐lhes competitividade, em favor de produtos importados, sobretudo quando provêm de mercados onde o preço baixo é alcançado com o sacrifício dos Direitos Humanos. Uma europa Justa é, também, uma europa que não coloca as economias ao serviço de uma moeda. Uma Europa Justa faz precisamente o contrário, é a moeda que tem de se ajustar às diferentes economias. O Euro, no modelo de hoje, prejudica as chamadas economias periféricas -­‐ com produtos de menor valor acrescentado -­‐ em proveito egoístico de duas economias baseadas em produtos forte valor acrescentado. Em 2002, ano de entrada em circulação do Euro, um americano precisava de 35 dólares para comprar uns sapatos portugueses de 8.000$00 (40€), hoje, em 2014, para comprar uns sapatos de 40€ necessita de 55 dólares. A nova moeda, o Euro, reduziu a competitividade e a UE quer compensar essa perda com a redução de salários. Não é justo e não aceitamos. Não aceitamos que seja Portugal a sair do euro, não podemos dizer às centenas de milhares de famílias portuguesas que vão acrescentar mais peso ao fardo que já carregam. A saída do euro implicaria um agravamento insuportável nas taxas de juro dos empréstimos à habitação. Implicaria quase duplicar a prestação que mensalmente é paga ao Banco. Não nos resignamos nem aceitamos subserviência aos chamados “donos da Europa”, o Euro precisa de ser reformulado, a valorização excessiva destrói a competitividade, se alguém tem de sair que saiam os que querem uma moeda hipervalorizada. Uma Europa Justa é uma Europa que pensa nas famílias e nas pessoas. A candidatura do PPM propõe a criação de um fundo de resgate das famílias sobre endividadas. Exigimos a mesma resposta, e nunca aceitaremos menos, que foi dada pela Europa à crise bancária. A Banca foi salva pelo esforço e sacrifico das pessoas, é tempo de salvar as pessoas e as famílias da especulação usurária. Com o acordo de União Bancária, acordado, há uma semana exigiremos que na Europa não sejam admitidas taxas de juro superiores a 15%. Não é aceitável que sejam praticados juros de 30%. São juros usurários à espera de quem está desesperado e sozinho não tem força, negociando em conjunto poderemos reduzir em mais de 60% estes juros e aumentar o rendimento disponível das famílias. O fundo de resgate irá permitir reduzir os juros sobre as famílias, aumentar os prazos e libertar liquidez que, tantas e tantas vezes, faz falta para as necessidades básicas de supermercado. Sabemos que para muitos o sobre-­‐endividamento das famílias é um castigo merecido. Sabemos que o discurso oficial do Governo quer que o país acredite que a situação a que chegámos é da responsabilidade de todos, não é verdade! Não é verdade, a crise teve origem no sector financeiro e teve reflexos mais graves nos Estados com dívidas soberanas elevadas. Dívidas contraídas para alimentar operações especulativas SWAP’s, PPP’s, BPN’s e outros demais. As dívidas das famílias serviram para pagar o supermercado, para pagar a escola dos filhos e, muitas vezes, para pagar os ordenados em pequenas empresas e pequenos comércios. Conhecemos centenas de pessoas que, no desespero de tentar salvar a sua pequena empresa, contraíram empréstimos pessoais a juros incomportáveis. O Fundo de resgate proporcionará, a milhares de portugueses, voltar à sua actividade, recuperar a sua empresa e, sobretudo, recuperar a esperança no futuro. Queremos uma Europa de referência Ecológica. A nossa presença no Parlamento Europeu permitirá propor a criação de um fundo de conversão da frota automóvel. Um fundo que proporcione até 2020 a conversão de todos os veículos urbanos para veículos movidos a electricidade. É esta a nossa missão, recuperar a esperança e a confiança em Portugal. É por este sonho e por estas ideias que nos mobilizamos, sabemos que vamos ser atacados mas isso não nos esmorece, pelo contrário, só aumenta a energia que é, cada vez mais, contagiante. Vão dizer que somos conservadores, vão dizer que somos de direita, vão dizer que somos populistas. Não somos Conservadores do género daqueles que vivem agarrados ao passado, daqueles que olham desconfiados para o futuro, não somos daqueles conservadores que temem a mudança. Mas somos conservadores na atitude e no pensamento que temos perante a vida e perante a natureza. Ser verdadeiramente Conservador é rasgar a indiferença, não recear a mudança, é questionar, confrontar e reformar mas sem nunca confundir a verdadeira mudança com a simples novidade, nunca confundir o essencial com o acessório O essencial é o Homem, a Terra e a Natureza. E recordo as palavras sábias e intemporais do Chefe Índio de Seattle, há 150 anos atrás: “Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.” A verdade é que a natureza faz um esforço tremendo para consertar os erros que, todos os dias o homem, sem consciência, lhe inflige. Um esforço contínuo nos últimos 100 anos mas é uma batalha contra a ganância humana, uma batalha que já não consegue ganhar. O tempo de esperar que alguém dê um grito de BASTA já passou. É tempo de Agir. Por todo o planeta soam sinais de alarme mas o egoísmo e a ignorância, numa aliança devastadora, tornam surdos os poderes públicos, só tu os poderás travar, não é amanhã, é HOJE! Com a candidatura do PPM o Parlamento Europeu ganhará uma voz que nenhum poder interesseiro poderá travar. Ser verdadeiramente conservador é perceber que tudo tem um limite e o limite do homem é a terra que lhe dá a vida. Para aqueles que dirão que somos de Direita gostaria de esclarecer que não nos identificamos com a esquerda mas também nada temos a ver com a direita que se agiganta perante os fracos e se encolhe perante os Fortes. Nada temos a ver com a Direita que dá abrigo aos agiotas que das pessoas fazem números e na desgraça alheia encontram novas oportunidades. Somos pessoas que querem construir, que trabalham para criar valor, para viver e repartir e tudo o que pedimos é que nos deixem produzir! Sim, somos da direita produtiva, da direita que gosta de investir e que não quer andar a pedir. Não aceitamos a Europa das quotas, não aceitamos a Europa dos directórios, não nos subjugamos à Europa dos Interesses. Somos a única alternativa para quem acredita na Europa mas não aceita um federalismo parasita que dos Estados faz regiões e das pessoas faz números. Somos da direita do povo, somos gente, somos trabalho e ambição, somos sonho e determinação, somos coragem e audácia, somos fado e emoção, somos portugueses, somos uma Nação! Desafiamos todas as outras candidaturas a discutirem a questão europeia, a falarem do que é importante ao invés de brincarem aos Primeiro-­‐Ministro. Té hoje só ouvimos a candidatura da coligação Aliança Portugal criticar o líder do PS e a candidatura do PS ainda não disse nada além de criticar o Primeiro Ministro. Os portugueses merecem respeito e respeito significa discutir o que é realmente importante para o país, significa saber o que cada um pensa sobre Pretendem um Banco Central Europeu ao serviço da política monetária e financeira dos Estados ou um Banco Europeu ao serviço da banca? Pretendem uma moeda que se ajuste às diferentes economias ou vamos manter um Euro que sacrifica as chamadas economias periféricas com produtos de menor valor acrescentado? Por que razão não foi constituída a agência de notação Financeira Europeia? Anunciada várias vezes e outras tantas adiada? Aceitam mecanismos de conversão das dívidas soberanas e eventual mutualização ou pretendem continuar com a política do faz-­‐de-­‐conta que nada resolve e tudo adia? Fazemos o desafio para que todos falem claro, para que a campanha tenha como missão combater a abstenção. 
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