CDU a crescer no o t r o P o d o t i r t s i dara uma vida melhor p Honório Novo Primeiro Candidato da CDU pelo círculo do Porto Porto, 26 de Junho de 2009 Senhoras e Senhores Convidados Caros amigos e amigas Caros camaradas Senhoras e Senhores Jornalistas Quero antes de mais agradecer ao Dr. Macedo Varela o facto de ter aceite ser o mandatário da candidatura da CDU no Distrito do Porto. Macedo Varela foi, para muitos de uma geração que despertava para a intervenção cívica, uma verdadeira referência ética e política. Recordamos o seu papel na Organização do 3.º Congresso da Oposição Democrática, em 1973; sublinhamos a seriedade e a competência como exerceu cargos públicos, na Câmara Municipal do Porto ou em Governos saídos da Revolução de Abril; invocamos a sua qualificada e reconhecida intervenção jurídica, que o levou a desempenhar cargos dirigentes na Ordem dos Advogados sem nunca esquecer a causa dos trabalhadores e dos mais fracos, (e de que é, aliás, exemplo mais recente a defesa vitoriosa dos sindicalistas processados pelo Governador Civil de Braga por se manifestarem publicamente contra José Sócrates). Muito nos honra, portanto, o facto de termos como mandatário distrital o Dr. Macedo Varela. Muito nos honra e mais ainda nos responsabiliza, face ao trabalho e aos desafios que temos pela frente. Queremos nesta ocasião saudar de forma especial a população do nosso Distrito. Queremos saudar os homens e mulheres que aqui vivem e trabalham, cada vez com mais problemas e dificuldades. Queremos saudar os jovens, trabalhadores e estudantes, cada vez mais precários e com menos perspectivas de futuro e de emprego estável. Queremos saudar, de forma muito especial, todos aqueles que são vítimas do desemprego que não pára de crescer e que no Porto atinge números assustadores. Queremos saudar os reformados e pensionistas a quem impuseram trabalhar mais anos para receber reformas cada vez mais pequenas e degradadas. Queremos dizer a todos que podem continuar a contar connosco. Que podem continuar a contar com os candidatos da CDU, que podem continuar a contar com a Coligação Democrática Unitária, Coligação onde cabem e têm voz milhares de independentes, onde está a Intervenção Democrática, onde estão os Verdes, onde está o Partido Comunista Português. Queremos dizer a todos que continuaremos a travar uma luta sem quartel em defesa do emprego, em defesa do desenvolvimento do distrito e do País, que continuaremos a lutar contra as injustiças, contra a exclusão social e a pobreza, a lutar por uma vida melhor para todos. Há quatro anos e meio anunciámos neste mesmo local os objectivos eleitorais da CDU para o distrito do Porto. Queríamos então mais votos para poder intervir melhor e com mais eficácia na resolução dos problemas do distrito e do País. Queríamos mais votos para recuperar o mandato perdido em 2002. Queríamos mais votos para eleger o Jorge Machado e poder multiplicar por dois o trabalho e a intervenção parlamentar e para nos podermos aproximar ainda mais dos problemas concretos dos trabalhadores e das populações. Hoje, caros camaradas, caros amigos e convidados, queremos mais! Hoje, a CDU está a crescer no País e está também a crescer, e muito significativamente, no nosso Distrito. Hoje temos mais força, temos mais e melhores condições, temos mais militantes e activistas, hoje temos um maior património de conhecimento e de trabalho. Por isso, a CDU quer continuar a crescer para derrotar a maioria absoluta do Partido Socialista. Por isso a CDU quer continuar a crescer no Distrito, quer ter mais votos e mais deputados em representação do Porto na Assembleia da República. E é exactamente por isso que a CDU não apresenta hoje apenas o cabeça de lista pelo Porto. É exactamente para que o Distrito e o País os fiquem a conhecer desde já, que a CDU apresenta hoje os seus três primeiros candidatos – a Fátima Monteiro, o Jorge Machado e eu próprio – que serão, temos fortes razões para confiar, os três próximos deputados eleitos pela CDU em representação do Círculo do Porto na Assembleia da República. A confiança que temos nos próximos resultados eleitorais e que hoje aqui reafirmamos não aparece por acaso nem surge por geração espontânea. Esta confiança resulta em primeiro lugar do trabalho que fizemos, do muito trabalho que realizámos ao longo desta legislatura de maioria absoluta e de políticas de direita do Governo José Sócrates. Um trabalho que resultou de um forte empenhamento colectivo, de uma ligação privilegiada com os problemas dos trabalhadores e das populações, um trabalho permanente de articulação com os problemas da actividade económica, desde o pequeno comércio de proximidade ao vasto tecido das micro e pequenas empresas, completamente desprezadas por um Governo cada vez mais protector dos grande grupos e interesses económicos, um trabalho ímpar que no Distrito não tem qualquer paralelo em mais nenhum partido ou força partidária. E posso assegurar-vos que vamos mostrar que o trabalho dos deputados do PCP eleitos no Porto não tem comparação. Vamos fazê-lo concelho a concelho, escola a escola, fábrica a fábrica, unidade de saúde a unidade de saúde, instalação de segurança a instalação de segurança, tribunal a tribunal, centro de dia a centro de dia, equipamento desportivo a equipamento desportivo, lembrando sempre quem levantou os problemas e quem não o fez, quem apresentou as propostas e as soluções para as questões concretas das populações e do distrito, e quem não o fez, quem defendeu um programa de emergência social para o Distrito do Porto e quem o rejeitou ou desprezou, quem defendeu postos de trabalho e a capacidade produtiva instalada, e quem a destruiu ou deixou destruir, quem é que defendeu e quem é que boicotou o investimento público no Distrito. Vamos fazê-lo e mostrar que não há força partidária no País e no Distrito que mais esteja próxima dos eleitores e dos problemas concretos, que mais honre os compromissos e a palavra dada, que mais lute contra as injustiças, que mais defenda os mais fracos e não têm voz, que mais lute por uma vida melhor. Vamos fazê-lo, Caros camaradas, caros amigos e convidados para mostrar que é tempo de terminar com as falsas alternâncias da caras e de palavras, que é tempo de terminar com a total consonância de interesses, de projectos e de práticas políticas em torno de um bloco central partidário que começa no PS, que se prolonga pelo PSD e só termina no CDS/PP. Uma palavra sobre a Regionalização. Ao que parece o tema está, ou vai estar outra vez na moda. Sobretudo fala-se dele fora dos círculos do poder centralizado. É bem verdade que não há candidato pelo Porto – seja ele qual for e venha ele de onde vier – que não jure fidelidade à regionalização, em especial em períodos pré eleitorais. Mesmo que tudo o que se disse ou se prometeu seja depois esquecido e lançado para o caixote do lixo. Defendemos há muito que é preciso e urgente avançar com a regionalização administrativa. É um imperativo constitucional. Será mais um instrumento de participação democrática descentralizada, condição necessária, ainda que não suficiente para permitir um desenvolvimento mais coeso do território nacional, para combater mais eficazmente as assimetrias regionais, (que não cessam de crescer), para erradicar a evidente e sempre crescente discriminação no investimento público. Há quatro anos os primeiros candidatos pelo Porto defenderam a regionalização. Mesmo aqueles cujos Partidos sempre foram e são contra a regionalização, que a rejeitaram em referendo, ou que mantêm sobre o tema uma posição partidária mais que duvidosa. Com excepção do PCP, contudo, mais nenhum passou dessas pias intenções. Fizemos em Lisboa o que anunciámos no Porto, apresentámos uma iniciativa legislativa que só não avançou por causa da posição inflexível e autoritária de José Sócrates contra a regionalização. E por isso lançamos desde já o repto às restantes candidaturas. Definam-se quanto à regionalização de uma vez por todas. Mas não queiram ser levados a sério se insistirem em dizer uma coisa no Porto outra contrária em Lisboa, se quiserem voltar apenas a ensaiar um discurso duplo para enganar as populações. A CDU encara com grande determinação e confiança mais esta importante batalha pela democracia. Uma batalha contra quem quer reduzir a vida política a um pantanal de corrupção, de amiguismo e de interesses inconfessáveis. Uma batalha contra o empobrecimento da vida política, contra a abstenção e o desencanto gerado pelas esperanças frustradas por quatro anos de governação autoritária do Governo José Sócrates. Uma batalha pelo pluralismo que assegure o direito constitucional de tratamento jornalístico equidistante e independente. Uma batalha pelo esclarecimento que motive uma participação cívica empenhada de mais jovens e mais mulheres. Uma batalha que confirme a CDU como força de ruptura com as políticas retrógradas e de direita dos últimos anos e dos últimos governos, e que confirme a CDU como força motriz de uma política alternativa e de esquerda. Uma batalha pelo progresso e pelo desenvolvimento do País e do nosso Distrito. Uma batalha que ganhe mais apoios e mais votos para reforçar e continuar a fazer crescer a CDU. E, com toda a confiança, uma batalha para eleger três deputados pelo Porto. Viva o distrito do Porto! Viva a CDU!