Os forrageiros de Coptotermes gestroi (Isoptera, Rhinotermitidae) utilizam mais de uma via de acesso ao alimento? Vanelize Janei1; Ives Haifig1; Darren Norris2; Leonardo Freitas Corrêa3; Aline Peruchi4; Ana Maria Costa-Leonardo1 1 Laboratório de Cupins, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Av. 24A, No. 1515, Bela Vista, Rio Claro, SP. CEP: 13.506-900. [email protected] 2 Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Av. 24A, No. 1515, Bela Vista, Rio Claro, SP. CEP: 13.506-900. [email protected] 3 Laboratório de Entomologia, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Av. 24A, No. 1515, Bela Vista, Rio Claro, SP. CEP: 13.506-900. [email protected] 4 Departamento de Entomologia, ESALQ/USP, Piracicaba, Avenida Pádua Dias, 11, Bairro Agronomia, Piracicaba, SP. [email protected] Coptotermes gestroi é uma espécie de cupim exótica no Brasil que constrói ninhos policálicos e forrageia em várias fontes alimentares simultaneamente. Este estudo objetivou verificar se os forrageiros de C. gestroi escolhem a via mais curta até o alimento ou se utilizam de mais vias durante o forrageamento. Para tanto, foram realizados dois bioensaios, testando: 1. duas vias iguais de acesso ao alimento (15 cm de comprimento cada); 2. duas vias diferentes de acesso ao alimento, uma de 15 cm e outra de 30 cm de comprimento. Cada unidade experimental foi composta por duas câmaras (145mL), das quais partiam conexões em “T” interligadas pelas vias (iguais ou diferentes). Em uma das câmaras (“câmara ninho”) foi adicionada uma população de cupins forrageiros (200 operários + 20 soldados) e na outra (“câmara alimento”) um pedaço de Pinus sp. Para cada bioensaio foram realizadas 10 repetições, sendo observados a casta que chegou primeiro à “câmara alimento” e o fluxo de forrageiros entre as câmaras, durante períodos de 5 minutos, após 24, 48 e 72 h. Os dados de fluxo de forrageiros foram analisados estatisticamente por meio de uma ANOVA: 3 fatores para medidas repetidas (α = 0,05), comparando-se vias, repetições e observações. A casta de operários foi a primeira a chegar à “câmara alimento” em 85% dos testes. A análise dos dados do bioensaio 1 mostrou que não houve diferença significativa entre as vias de acesso (F1,76 = 2,289; P = 0,13447), entre as observações realizadas (F1,72 = 0,000; P = 0,99997) e entre as repetições (F1,76 = 0,000; P = 0,99997). A análise dos dados do bioensaio 2 também não mostrou diferença significativa entre as vias de acesso (F1,72 = 0,353; P = 0,5543), entre as observações realizadas (F1,72 = 0,000; P = 1,0000) e entre as repetições (F1,72 = 0,000; P = 0,9999). Os resultados indicam que os forrageiros de C. gestroi não escolhem a via mais curta até o alimento, ocorrendo um trânsito de cupins em mais de uma via durante o forrageamento. Palavra-chave: cupins; forrageamento; fontes alimentares Apoio: CNPq