Controlabilidade exata para uma equação hiperbólica de segunda ordem com termos de ordem baixa Waldemar D. Bastos Adalberto Spezamiglio Depto de Matemática, IBILCE, UNESP 15054-000, São José do Rio Preto, SP E-mail: [email protected] 1 Introdução nos lados do setor Ω∞ e Γ1 o restante. Assim, Γo é composta de segmentos de reta enquanto que Γ1 é a parte curva da fronteira de Ω. Consideramos controle no domı́nio assim descrito, com controle atuando somente na parte curva da fronteira. Mais precisamente provamos o seguinte teorema: Consideramos aqui a controlabilidade exata na fronteira para uma equação hiperbólica nas variáveis independentes (x, y, t) ∈ R2 + 1 com coeficientes constantes. Mais precisamente, estudamos controlabilidade para a equação P (∂)u = 0 em domı́nios não suaves do plano, onde 2 2 [email protected] Teorema 2: Seja Ω um polı́gono curvo, contido no setor ângular Ω∞ , como descrito no parágrafo acima. Então existe T > 0 tal que, dados (u0 , u1 ) ∈ H 1 (Ω)× L2 (Ω), com u0 = 0 em Γo existe controle g ∈ L2 (Γ1 × [0, T ]) de modo que a solução u ∈ H 1 (Ω × [0, T ]) do problema de valor incial e fronteira 2 ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ P (∂) = ∂t 2 − ∂x2 − ∂y 2 + a0 ∂t + a1 ∂x + a2 ∂y + b, e a0 , a1 , a2 , b são números reais satisfazendo 1 b − {a20 − a21 − a22 } ≥ 0. 4 P (∂)u = 0 em Ω × [0, T ] Seja Ω ⊂ R2 um domı́nio limitado, simplesmente u(0) = u , u (0) = u em Ω 0 t 1 conexo e com fronteira ∂Ω suave por partes e sem cúspides. Chamamos polı́gono curvo um domı́nio u=0 em Γo × [0, T ] com tais caracterı́sticas. Denotamos ν o vetor B(∂)u = g em Γ1 × [0, T ] unitário normal externo de ∂Ω, ∂u ∂ν = ∇u · ν e 2 2 1 B(∂)u = αu + β ∂u ∂ν onde α + β 6= 0. Sejam H , 1 0 L2 (= H 0 ), Hloc e L2loc (= Hloc ) os espaços de Sobolev satisfaz u(T ) = ut (T ) = 0 em Ω.¤ usuais. Provamos o seguinte teorema: Este teorema transfere para a equação P (∂)u = 0 2 o resultado provado por Bastos e Spezamiglio em [2], Teorema 1: Seja Ω ⊂ R um um polı́gono curvo. 1 para a equação de onda. Ressaltamos que o Teorema Então existe T > 0 tal que, dados (u0 , u1 ) ∈ H (Ω)× 2 2 2 não pode ser demonstrado usando o método HUM, L (Ω), existe controle g ∈ L (∂Ω × [0, T ]) de modo 1 de J.-L. Lions [3]. Aqui, utilizamos o mesmo método que a solução u ∈ H (Ω×[0, T ]) do problema de valor utilizado em [1] e [2]. incial e fronteira P (∂)u = 0 u(0) = u0 , ut (0) = u1 B(∂)u = g em Ω × [0, T ] em Ω em ∂Ω × [0, T ] Referências [1] Bastos, W. D.; Delgado, M.A.J. Boundary control for the 2-D wave equation on curved polygons. Rev. Mat. Est., São Paulo, v.22, n.3, p.103-111, 2004. satisfaz u(T ) = ut (T ) = 0 em Ω. ¤ Um caso particular do resultado acima é aquele provado por Bastos e Delgado em [1]. Lá considerou- [2] Bastos, W. D.; Spezamiglio, A. A note on the controllability for the wave equation on nonsmooth se o caso em que a0 = a1 = a2 = b = 0. plane domains. Systems & Control Letters, n.55, Seja Ω∞ o setor ângular (aberto) com vértice na π 2 p.17-20, 2006. origem de R e ângulo central m , onde m é algum inteiro positivo. Seja Ω um polı́gono curvo contido no [3] Lions, J.-L. Exact Controllability, Stabilization interior de Ω∞ , distante da origem e com alguns de and Perturbations for Distributed Systems. SIAM seus lados apoiados nos lados do setor ângular Ω∞ . Review, v.30, n.1, p.1-68, 1988. Denotaremos Γo a parte da fronteira de Ω apoiada 1