Comunicado Sinteps na GREVE nº 12 – 14/3/2014
UMA SEMANA PODE MUDAR A HISTÓRIA DOS
TRABALHADORES DO CENTRO! QUEM NÃO
PAROU AINDA PODE ADERIR AGORA E AJUDAR
A CONQUISTAR NOSSAS EMENDAS!
Trabalhadores do Ceeteps,
Gostaria de discutir com vocês os caminhos da nossa mobilização.
Em 17 de fevereiro, tínhamos apenas uma promessa. Em 17 de março, temos uma
discussão fervente na Assembleia Legislativa sobre o plano de carreira dos trabalhadores do
Centro.
O que o diálogo não foi capaz de resolver, a greve conseguiu. Esta é a mais concreta
afirmação de que somente a luta traz conquistas. Por mais que estejamos sempre abertos ao
diálogo, o governo não cumpre seus compromissos e somente responde quando é pressionado.
A discussão do nosso plano de carreira iniciou-se em 2011, como resultado da greve
daquele ano, e somente se materializou na greve de 2014. O que em três anos o governo não
“conseguiu fazer”, num prazo recorde, de 12 de fevereiro (quando a greve foi oficialmente
comunicada pelo Sinteps ao Ceeteps) a 28 de fevereiro (quando o governo encaminhou seu
“plano” à Alesp), 16 dias foram suficientes para todas as secretarias concluíssem o plano de
cargos e salários.
Estamos sofrendo assédio moral desde o primeiro dia da greve, quando o secretário de
Desenvolvimento, Rodrigo Garcia, afirmou que a greve dificultava as negociações. Já no
segundo dia, recebemos comunicado oficial do corte de ponto.
Nos dias seguintes, muitas direções de unidades começaram a assediar os grevistas,
impedindo seu acesso às unidades; impedindo a colocação de material informativo nas
unidades; alguns impondo até que os grevistas fizessem comunicação formal de adesão; outros
publicando no Facebook oficial da escola a substituição dos grevistas; outros publicando nomes
dos grevistas como forma de execração pública. Alguns gestores informando, ainda, que os que
não aderissem à greve deveriam registrar as aulas como dadas; depois, se assim desejassem,
fazer a reposição e receber novamente!!!!!
A autarquia, ciente de tudo, não agiu como manda a lei. Ao contrário, continuou com
seus e-mails institucionais, coagindo os grevistas para o retorno ao trabalho, ameaçando-os com
o corte de salários, único meio de sustento da maioria. Em comunicações oficiais, passou
informações erradas, inclusive sobre os motivos da greve, causando mais pressão sobre os
grevistas. Orientou os gestores a ligarem insistentemente aos grevistas, mesmo aos que já
haviam comunicado sua decisão de permanecer em greve, ameaçando substitui-los na reposição
de aulas. Isso foi feito por e-mail.
Nossa categoria, composta por profissionais do mais alto gabarito, mostrou que as
intimidações são superadas pela organização do movimento. Os comandos de greve, atuando
diariamente nas unidades, têm conseguido desmistificar todas as falsas informações veiculadas,
inclusive a última, de que não haverá abertura de vestibular e vestibulinho.
Nada disso se concretizará. Nossa greve está na reta final. As ações judiciais contra o
assédio do Ceeteps estão em curso. Quanto mais provas produzirmos, mais chances de sucesso.
Envie TUDO o que tiver para [email protected].
A mobilização dos trabalhadores tem sido envolvente, emocionante e eficaz. TODOS os
deputados estaduais, de TODOS OS PARTIDOS, estão sendo procurados por nossos
trabalhadores em greve e têm nos ouvido com muita atenção. Fato idêntico aconteceu somente
em 2000, na vitoriosa greve contra a proposta do governo de desvincular o Ceeteps da Unesp.
A categoria mostra seu amadurecimento e resiste bravamente a todos os ataques do
governo, representado pela autarquia.
É possível que o projeto do governo e nossas emendas sejam votados na próxima
semana.
É hora de união! Conclamamos todos os trabalhadores à adesão maciça! A greve
está em curso, basta aderir!
Uma semana pode mudar a história dos trabalhadores do Ceeteps!
Todos ao ato público na Alesp, quarta feira, 19 de março de 2014, às 14 horas.
Silvia Elena de Lima
Presidente do Sinteps
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