MOTRICIDADE Gustavo Bandeira Santos INTRODUÇÃO Somática Voluntária Meio externo Motricidade Meio interno Involuntária Visceral VIAS MOTORAS • 1. Vias Piramidais Trato corticospinal anterior e lateral Córtex cerebral – áreas motoras primária, secundária e somestésicas Decussação das pirâmides – 90% Coluna anterior da medula FUNÇÃO: movimentos voluntários VIAS MOTORAS • 2. Vias Extrapiramidais Trato rubrospinal (núcleo rubro) - Facilitação flexora e motricidade voluntária da musculatura distal Trato reticulospinal (formação reticular) - Movimentos voluntários e reflexos da musculatura axial Trato tetospinal (colículo superior) - Movimentos reflexos da cabeça em resposta a estímulos visuais Trato vestibulospinal (núcleos vestibulares) - Facilitação extensora e manutenção do equilíbrio EXAME FÍSICO INSPEÇÃO PALPAÇÃO MENSURAÇÃO Atrofia generalizada – doenças sistêmicas, neurológicas avançadas e do neurônio motor; Atrofia proximal – distrofia, doenças do neurônio motor, seringomielia, miopatia inflamatória; Atrofia distal – neuropatia periférica. Motricidade Voluntária Motricidade Espontânea Pede-se ao paciente executar uma séria de movimentos (flexão, extensão etc), principalmente nos membros. Sd. Piramidal - Diminuição da velocidade dos movimentos Sd. Extrapiramidal - Diminuição da velocidade e progressiva diminuição da amplitude dos movimentos. SEMPRE AFASTAR LESÕES LOCAIS EXTRANEUROLÓGICAS Força Muscular GRAUS: 0 - nenhuma força 1 - discreta contração muscular 2 - movimenta mas não vence a gravidade 3 - movimento contra a força da gravidade 4 - movimento completo contra a gravidade e certa resistência exercida pelo examinador 5 - força normal Provas Deficitárias Provas Deficitárias Prova de Barré (MMSS e MMII) Provas Deficitárias Prova de Migazzini (MMSS e MMII) Provas Deficitárias Prova de Raimiste Prova de Wartemberg Tônus Muscular Tônus Muscular INSPEÇÃO PALPAÇÃO MOVIMENTO PASSIVO Hipotonia – achatamento das massas musculares, consistência muscular diminuída, passividade e extensibilidade aumentadas. Hipertonia – consistência muscular aumentada, passividade diminuída e extensibilidade aumentada. Tônus Muscular HIPERTONIA Piramidal – espasticidade e elasticidade (Sinal do canivete) Extrapiramidal – rigidez e plasticidade (Sinal da roda denteada) Transitória – meningite, tétano, atetose. Reflexos Reflexos Superficiais CUTÂNEO-PLANTAR Resposta normal – flexão dos dedos Abolição do reflexo – choque medular, hiperceratose Resposta anormal – extensão do hálux (Sinal de Babinski) Reflexos Superficiais CUTÂNEO-ABDOMINAL Resposta normal – contração dos músculos e desvio da cicatriz umbilical ipsilateral Abolição do reflexo – lesão piramidal, obeso, idoso e multíparas Reflexos Profundos Aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador, pronador, bicipital e tricipital. Clônus – lesão piramidal Arreflexia ou hiporreflexia – poliomielite, polineuropatia periférica, miopatia Hiperreflexia – lesão piramidal Reflexo pendular – lesão do cerebelo Reflexo de Defesa Beliscão no pé, flexão forçada dos dedos ou percussão repetida da região plantar. Resposta normal – membro permanece na posição ou apresenta discreta retirada Resposta anormal – flexão do pé sobre a perna, desta sobre a coxa e dela sobre o quadril (Lesão medular) Coordenação e Equilíbrio Coordenação Depende de dois centros: cerebelo e funículo posterior. Prova dedo-nariz Prova calcanhar-joelho Prova dos movimentos alternados: diadococinesias Escrita Grafestesia Equilíbrio Estático Paciente em posição vertical, com os pés juntos e os olhos fechados; Se ao fechar os olhos o paciente cair imediatamente = Sinal de Romberg; Se cair para um dos lados = síndrome vestibular; Sem padrão de queda = síndrome cerebelar. Equilíbrio Dinâmico Marcha hemiplégica ou ceifante. Marcha anserina Marcha parkinsoniana ou de pequenos passos Marcha ebriosa ou cerebelar Marcha tabética Marcha vestibular ou em estrela Marcha escarvante Marcha claudicante Marcha em tesoura ou espástica Marcha Hemiplégica Membro superior fletido e em adução, e mão fechada em leve pronação; Membro inferior espástico e joelho não flexionado; A perna arrasta pelo chão descrevendo um semicírculo. Marcha Anserina Acentuação da lordose lombar, inclinando o tronco ora para a direita e ora para a esquerda; Diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. Marcha Parkinsoniana Anda como um bloco enrijecido, sem o movimento automático dos braços; Passos miúdos e rápidos, e cabeça inclinada para frente. Marcha Ebrioso O paciente ziguezagueia como um bêbado; Decorre de lesões do cerebelo. Marcha Tabética Paciente olha fixamente para o chão. Pés são levantados abruptamente e explosivamente tocados no chão novamente. Neurossífilis (tabes dorsalis), mielose funicular (deficiência de vitamina B12 e ácido fólico), mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, mielopatia vacuolar (HIV). Marcha Vestibular Paciente com lateropulsão, como se estivesse sendo empurrado para o lado lesado quando anda; Se andar para frente e voltar de costas com os olhos fechados descreverá uma estrela. Marcha Escarvante Paciente com paralisia do movimento de dorsiflexão do pé, arrastando-o e caindo frequentemente. Marcha Claudicante Paciente manca para um dos lados ao andar; Lesão arterial periférica (DAP) e lesões do aparelho locomotor Marcha em tesoura Membros inferiores enrijecidos e espásticos; Os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. Paralisia cerebral. Muito Obrigado!!!