METODOLOGIA PARA A PREVISÃO DE VAZÕES UMA SEMANA À FRENTE NA BACIA DO ALTO/MÉDIO RIO GRANDE Operador Nacional do Sistema Elétrico Presidência Rua da Quitanda 196/22º andar, Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ tel (+21) 2203-9594 fax (+21) 2203-9444 PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com © 2008/ONS Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização. ONS NT 139/2008 METODOLOGIA PARA A PREVISÃO DE VAZÕES UMA SEMANA À FRENTE NA BACIA DO ALTO/MÉDIO RIO GRANDE REVISÃO 1 - MAIO/2009 H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Sumário 1 Introdução 5 2 Objetivo 7 3 Descrição da Área em Estudo 8 4 Metodologia Atual de Previsão de Vazões Semanais 5 5.1 5.2 5.3 5.3.1 5.3.2 5.3.3 O Modelo SMAP Metodologia Calibração e validação dos parâmetros Testes de desempenho do modelo Introdução Métodos de reinicialização do modelo Variáveis e índices para análise do desempenho 6 Aplicação do Modelo SMAP à Bacia do Alto/Médio Rio Grande Configuração das sub-bacias Dados básicos Estações e dados fluviométricos Estações e dados pluviométricos Previsões de precipitação Séries de vazões naturais e incrementais 6.1 6.2 6.2.1 6.2.2 6.2.3 6.2.4 7 7.1 10 13 13 20 25 25 26 28 30 30 32 32 32 34 46 Resultados Calibração e validação dos parâmetros do modelo Testes de desempenho do modelo Comparação com o desempenho da metodologia atual 48 61 8 Conclusões e Recomendações 98 9 Operacionalização da Metodologia Proposta 100 10 Referências Bibliográficas 7.2 7.3 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 48 72 101 3 / 102 ANEXOS ANEXO 1 - Estações pluviométricas selecionadas para os estudos ANEXO 2 - Figuras correspondentes à identificação e remoção do viés da previsão de precipitação do modelo ETA ANEXO 3 - Faixas de variação dos coeficientes de representação espacial das estações pluviométricas ANEXO 4 - Hidrogramas de vazões observadas e calculadas nas etapas de calibração e de validação dos parâmetros do modelo ANEXO 5 - Hidrogramas de vazões observadas e calculadas e erros de previsão obtidos nas etapas de testes de desempenho do modelo ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 4 / 102 1 Introdução O Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS tem a responsabilidade de elaborar a previsão de vazões naturais médias diárias, semanais e mensais para todos os locais de aproveitamentos hidroelétricos do Sistema Interligado Nacional - SIN, além da geração de cenários mensais a partir do segundo mês, a serem utilizados nos processos de planejamento e programação da operação do SIN. O processo atual de previsão de vazões semanais, para a grande maioria das bacias, utiliza modelos estocásticos, que se baseiam na série histórica de vazões e nas últimas afluências naturais verificadas, não considerando observações de estações pluviométricas ou fluviométricas, nem tampouco informações de previsão de precipitação. Além disso, são obtidas previsões de vazões totais em locais de aproveitamentos hidroelétricos através do sistema PREVIVAZ, sendo as vazões relativas às bacias incrementais calculadas a partir de diferenças matemáticas entre os valores obtidos nessas previsões, sem nenhuma consideração de defasagem temporal devido ao translado da água entre os aproveitamentos. O sistema de previsão de vazões semanais PREVIVAZ vem sendo adotado pelo ONS para praticamente todos os aproveitamentos do SIN desde 2000, sendo formado por uma gama extensa de modelos estocásticos (94 modelos). A escolha do modelo que é utilizado em cada semana para cada aproveitamento é realizada pelo sistema através da análise dos erros médios quadráticos da previsão para todo o histórico. Desde 2000, o ONS vem acompanhando o desempenho desta modelagem, com base na comparação entre as vazões naturais previstas e observadas. A partir das análises efetuadas, verificou-se a necessidade de aprimorar o processo e as modelagens utilizadas na obtenção das previsões de vazões naturais semanais dos aproveitamentos integrantes do SIN, bem como as previsões relativas às bacias incrementais, principalmente nas bacias hidrográficas do subsistema Sul, ou em aproveitamentos localizados nas cabeceiras dos diferentes rios. Considerando a predominância significativa da hidroeletricidade no parque gerador de energia elétrica do Brasil, a qualidade da previsão da vazão natural dos aproveitamentos hidroelétricos apresenta-se como fator fundamental no planejamento e programação da operação do SIN, pois, a partir destas informações, se tomam decisões de operação visando otimizar os usos dos recursos disponíveis. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 5 / 102 Em novembro de 2003, foi criado o “Grupo de Trabalho para o aperfeiçoamento dos Modelos de Planejamento da Operação” – GT2, no âmbito do ONS, com o objetivo de analisar e propor aperfeiçoamentos dos modelos computacionais implantados no planejamento e programação da operação, bem como estabelecer metodologias complementares para apoio à decisão operativa. Para tratar de temas específicos associados ao acompanhamento e previsão hidrometeorológica, foi criado o Subgrupo Hidrologia. A partir do início de 2004, o ONS, com o acompanhamento do subgrupo Hidrologia e da ANEEL, providenciou o desenvolvimento e passou a utilizar novas modelagens de previsão de vazões, utilizando distintas metodologias nas seguintes bacias: - Bacia do rio Iguaçu (modelo Fuzzy – Redes Neurais). - Bacia incremental da UHE Itaipu, no rio Paraná (modelo misto conceitual/estocástico SMAP-MEL). - Bacias incrementais das UHEs São Simão e Cachoeira Dourada, no rio Paranaíba (modelo conceitual distribuído MGB-IPH). - Bacia do rio Uruguai (modelo misto de Redes Neurais - Mineração de Dados/PREVIVAZ – MPCV). Algumas destas metodologias se basearam na previsão direta das vazões incrementais, alterando assim o processo existente, que consistia no cálculo das vazões relativas às bacias incrementais a partir de diferenças de vazões totais. Considerando o melhor desempenho destas novas metodologias, quando comparado com os resultados da aplicação da metodologia até então vigente, baseada no sistema Previvaz para previsão de vazões uma semana à frente, a ANEEL autorizou o ONS a utilizá-las em seus processos de planejamento e programação da operação desde janeiro de 2008. A partir da aplicação destas novas metodologias para a previsão de vazões uma semana à frente, o ONS incluiu em seu Plano de Ação o desenvolvimento da aplicação destas metodologias a outras bacias do SIN, a começar pela bacia do Alto/Médio rio Grande, que compreende o trecho até a UHE Porto Colômbia. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 6 / 102 2 Objetivo Esta nota técnica apresenta uma proposta de aperfeiçoamento da metodologia da previsão de vazão uma semana à frente na bacia do alto/médio rio Grande (até a UHE Porto Colômbia), envolvendo a utilização do modelo conceitual concentrado SMAP, que considera como insumo as observações de estações pluviométricas e fluviométricas e as informações de previsão de precipitação na bacia, e tem como produto a previsão direta das vazões incrementais entre aproveitamentos. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 7 / 102 3 Descrição da Área em Estudo A bacia do rio Grande está localizada ao sul do estado de Minas Gerais e ao norte de São Paulo, entre as latitudes 19° 30’ e 22° 30’ S, e longitudes 43º 30’ e 51° 00’ W. O rio Grande nasce no Alto do Mirantão, na Serra da Mantiqueira, município de Bocaina de Minas, no estado de Minas Gerais, em altitude aproximada de 1.900m. A extensão maior da bacia está orientada predominantemente no sentido de SE a NW. Após percorrer cerca de 1.300km, o rio Grande se junta ao rio Paranaíba, formando, então, o rio Paraná. Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Aiuruoca, Ingaí, Capivari, do Cervo, do Peixe, Sapucaí, São João, Sapucaí Paulista, Pardo e Turvo; e pela margem direita os rios das Mortes, Jacaré, Uberaba e Verde ou Feio. A bacia ocupa uma área total de aproximadamente 143.000 km², dos quais cerca de 60% encontra-se em território mineiro e o restante no estado de São Paulo. Em relação à área em estudo (a montante da UHE Porto Colômbia), o rio Grande possui uma área de drenagem de 77.427 km2. O clima na região do Alto Rio Grande é tropical com chuvas de verão e estiagem no inverno, com temperatura média anual de 20°C. A jusante da usina de Furnas, o clima é mais quente e úmido, com temperatura média anual variando entre 23°C e 24°C. O período mais quente do ano é dezembro-janeiro, quando a temperatura máxima absoluta chega a atingir até 40°C. Os meses mais frios são junho e julho, quando são registradas temperaturas mínimas absolutas próximas a 0°C. A precipitação média anual na bacia do rio Grande varia em torno de 1.500mm, exceto em algumas regiões da Serra da Mantiqueira, onde ultrapassa 3.000mm. A região tem uma estação chuvosa no verão, estendendo-se de outubro a março, quando ocorrem cerca de 80% do total precipitado sobre a bacia. A estação seca é definida pelos meses de junho, julho e agosto, no inverno. Os meses de abril, maio e setembro são considerados meses de transição entre as estações seca e chuvosa. No verão ocorrem chuvas intensas e altas temperaturas que são causadas principalmente pelo aquecimento do ar durante o dia, disponibilidade de umidade na ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 8 / 102 atmosfera, deslocamento de frentes frias e áreas de instabilidade e pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul - ZCAS. O trimestre mais chuvoso é formado pelos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, sendo que o mês mais chuvoso do ano oscila entre dezembro e janeiro. Durante o inverno, somente o deslocamento de frentes frias ocasiona precipitação na região, porém, neste período, elas contam com uma menor quantidade de umidade disponível na atmosfera, o que acarreta em chuvas menos intensas. A rede hidrográfica da bacia, estando sob influência das chuvas de verão, registra maiores vazões nos meses de dezembro e janeiro. A área em estudo, com 77.427 km2, representa 56% da bacia do rio Grande e possui 10 aproveitamentos hidroelétricos em operação integrados ao SIN, sendo estes Camargos, Itutinga, Funil, Furnas, Mascarenhas de Moraes, L.C.Barreto, Jaguara, Igarapava, Volta Grande e Porto Colômbia. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 9 / 102 4 Metodologia Atual de Previsão de Vazões Semanais Assim como na maioria das bacias do SIN, a metodologia atual de obtenção da previsão de vazões semanais na bacia do rio Grande é realizada a partir da utilização do sistema PREVIVAZ, sendo calculada, para alguns locais de aproveitamentos na bacia (postos bases), sempre a previsão das vazões naturais totais. Para os demais aproveitamentos (postos não base), as previsões de vazões naturais totais são obtidas por regressões lineares, a partir das previsões realizadas para um posto base próximo. Os postos base e as equações de regressão para o cálculo da vazão prevista dos postos não base são definidos a partir do estudo da série histórica de vazões de cada aproveitamento e das relações estatísticas entre postos de uma determinada bacia. Os coeficientes das equações de regressão são diferentes para cada mês do ano e são obtidos a partir das séries de vazões médias mensais dos aproveitamentos hidroelétricos. Como nos processos de programação da operação do SIN são necessárias séries de vazões incrementais, as mesmas são calculadas por simples diferença entre as vazões naturais totais previstas para os locais de aproveitamentos, conforme a expressão a seguir: Qincprev( x ,t ) = Qtotprev( x ,t ) − ∑ Qtotprev xmont∈Mont (4.1) ( xmont ,t ) onde: Qincprev (x ; t) : vazão incremental prevista no aproveitamento x e no e no 3 instante/semana t (m /s). Qtotprev (x ; t) : vazão natural total prevista no aproveitamento x 3 instante/semana t (m /s). Qtotprev (xmon ; t) : vazão natural total prevista no aproveitamento xmon, pertencente ao conjunto dos aproveitamentos situados imediatamente a montante do aproveitamento x, e no instante/semana t (m3/s). O processo de previsão de vazões naturais semanais no ONS é realizado, em geral, às quartas-feiras, para o Programa Mensal de Operação – PMO, e às quintas-feiras, para as revisões semanais do PMO. Nestes dias, os Agentes de Geração de aproveitamentos definidos como base enviam previsões de vazões naturais diárias dos próximos três ou dois, respectivamente, possibilitando ao ONS ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 10 / 102 obter, a partir destas vazões previstas e das vazões naturais diárias verificadas até o dia da previsão, a vazão semanal estimada da semana em curso (Q). Na figura 4.1 é possível observar este esquema para a previsão em uma quarta-feira. Figura 4.1 – Esquema ilustrativo do processo de previsão de vazões Q Qprev Dias da semana S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Observado Previsto Próxima Semana Operativa Dia da Previsão Semana em curso Semana Prevista O sistema PREVIVAZ [CEPEL, 2004], desenvolvido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL, possui um conjunto de modelos estocásticos univariados para calcular previsões de vazões semanais para os aproveitamentos integrantes do SIN, com um horizonte de até seis semanas à frente. Este sistema é formado por 94 modelagens estocásticas que contemplam os modelos auto-regressivos e de médias móveis, com estrutura estacionária ou periódica, ou seja, os modelos AR(p) e PAR(p), com “p” de até ordem 4, PARMA (p,1) e ARMA (p,1), com “p” de até ordem 3. As transformações podem ser logarítmica, Box & Cox ou sem transformação [Guilhon, 2003]. Os métodos de estimação de parâmetros se baseiam no método da máxima verossimilhança, utilizando-se o método dos momentos, o método de regressão simples e o de regressão em relação à origem das previsões. O sistema PREVIVAZ funciona dividindo o histórico de vazões semanais em duas metades, estimando, para cada uma das 52 semanas, os parâmetros de todos os modelos estocásticos do sistema para a primeira metade do histórico e verificando o valor do índice (raiz quadrada) do erro médio quadrático (RMSE) para a segunda metade, conforme a equação 4.2, a seguir. T ∑ (Qprev, t − Qobs, t )2 t =1 T (4.2) Onde: ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 11 / 102 Qprev,t – vazão prevista no instante t. Qobs,t – vazão observada no instante t. T – número total de semanas da metade do histórico considerada. Em seguida, o sistema PREVIVAZ inverte, estimando os parâmetros de todos os modelos estocásticos do sistema para cada uma das 52 semanas, utilizando a segunda metade da série histórica, e verifica o erro médio quadrático para a primeira metade. Ao final, calcula-se então a média dos erros médios quadráticos das duas metades para todos os modelos e ordena-se de modo a escolher, dentre as 94 opções de modelo, aquele que apresente o menor valor médio de erro médio quadrático. Após a escolha do modelo, o PREVIVAZ estima novamente os parâmetros, considerando agora todas as semanas do histórico completo e passa a utilizar esse modelo, com novos parâmetros estimados, para a previsão de vazões de cada semana específica, utilizando a tendência hidrológica, isto é, os últimos valores de vazões naturais semanais observados no histórico recente. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 12 / 102 5 O Modelo SMAP 5.1 Metodologia O modelo SMAP (Soil Moisture Accounting Procedure) é um modelo conceitual de simulação hidrológica, do tipo transformação chuva-vazão. Foi desenvolvido em 1981 por Lopes, J.E.G., Braga, B.P.F. e Conejo, J.G.L., apresentado no International Symposium on Rainfall-Runoff Modeling realizado em Mississipi, U.S.A. e publicado pela Water Resourses Publications [LOPES ET AL., 1982]. O modelo foi aplicado com sucesso em diversas bacias brasileiras e vem sendo utilizado pelo ONS, desde janeiro de 2008, em combinação com o modelo estocástico multivariado “MEL”, para a previsão de vazões uma semana à frente da bacia incremental da UHE Itaipu, no rio Paraná [ONS/FCTH, 2005]. Além do bom desempenho nesta bacia, tanto na fase de testes como na fase de operacionalização, a escolha desse modelo para aplicação à bacia do alto/médio rio Grande deve-se também aos seguintes aspectos: - Facilidade de entendimento da metodologia e do funcionamento do modelo e de seus parâmetros, o que permite a realização de alguns ajustes/aprimoramentos, quando necessário. - Facilidade na obtenção dos dados de entrada necessários e na aplicação para a grande maioria das bacias do SIN. O modelo SMAP, em sua versão original (figura 5.1), é constituído por três reservatórios lineares hipotéticos representando: o reservatório do solo (Rsolo); o reservatório da superfície (Rsup), correspondente ao escoamento superficial da bacia; e o reservatório subterrâneo (Rsub), correspondente ao escoamento subterrâneo da bacia (escoamento de base). ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 13 / 102 Figura 5.1 – Esquema do modelo SMAP original (3 reservatórios) P Ep Er P - Es Es Rsup Ed Rsolo Str Capc K2t Q Crec Rec Rsub Eb Kkt Para bacias com significativas planícies de inundação, onde, em eventos de fortes chuvas, são verificados importantes extravasamentos pelas margens e amortecimentos nos picos das cheias, torna-se conveniente a inclusão de um quarto reservatório linear para representar o armazenamento e o escoamento de água nessas planícies. Na aplicação do modelo SMAP à bacia incremental de Itaipu, na sub-bacia do rio Ivinhema (afluente da margem direita do rio Paraná), foi necessária a consideração deste quarto reservatório, conforme ilustrado na figura 5.2. Para as demais sub-bacias daquele estudo, foi utilizado o esquema original do modelo SMAP, apresentado na figura 5.1. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 14 / 102 Figura 5.2 – Esquema do modelo SMAP aplicado à sub-bacia do rio Ivinhema – Inc. Itaipu (4 reservatórios) Para a aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande, constatou-se a necessidade de inclusão do quarto reservatório nas sub-bacias dos rios Verde em Porto dos Buenos e Sapucaí em Paraguaçu, afluentes da margem esquerda, a montante da UHE Furnas. Nestes estudos, foram realizadas algumas alterações em relação à utilização tradicional do modelo SMAP. Uma destas alterações refere-se ao ajuste na configuração do modelo para operação com quatro reservatórios, conforme pode ser visto na figura 5.3. Figura 5.3 – Esquema do modelo SMAP aplicado à bacia do rio Grande (4 reservatórios) P Ep Es Er P - Es K1t Rsup H Rsolo K2t Marg Ed Capc Str Rsup2 Qcalc Crec K3t Rec Ed2 Rsub Kkt Eb ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 15 / 102 A opção por esse ajuste justifica-se pelo fato que, para vazões relativamente baixas, não há extravasamentos pelas margens e escoamento pelas planícies. Outra vantagem da utilização deste esquema de quatro reservatórios é que, caso queira-se inibir o funcionamento do quarto reservatório, basta fixar um valor relativamente elevado para o parâmetro H. Dessa forma, pode-se utilizar o esquema do modelo SMAP apresentado na figura 5.3 para qualquer sub-bacia. As variáveis de estado de cada um dos quatro reservatórios são atualizadas a cada instante de tempo, de acordo com o seguinte procedimento: Rsolo(t) = Rsolo(t-1) + P(t) – Es(t) – Er(t) – Rec(t) (5.1) Rsub(t) = Rsub(t-1) + Rec(t) – Eb(t) (5.2) Rsup(t) = Rsup(t-1) + Es(t) – Marg(t) – Ed(t) (5.3) Rsup2(t) = Rsup2(t-1) + Marg(t) – Ed2(t) Se Rsolo(t) ≤ Str ⇒ Rsolo(t) = Rsolo(t) Se Rsolo(t) > Str ⇒ Rsup(t) = Rsup(t) + Rsolo(t) - Str ; ⇒ Rsolo(t) = Str (5.4) (5.5) onde: Rsolo(t): reservatório do solo no instante de tempo t (mm). Rsub(t) : reservatório subterrâneo no instante de tempo t (mm). Rsup(t) : reservatório da superfície no instante de tempo t (mm). Rsup2(t): reservatório da superfície/planície no instante de tempo t (mm). P(t) : precipitação média na bacia, a ser considerada pelo modelo no instante de tempo t (mm). Es(t) : escoamento para o reservatório de superfície no instante de tempo t (mm). Er(t) : evapotranspiração real no instante de tempo t (mm). Rec(t) : recarga subterrânea no instante de tempo t (mm). Eb(t) : escoamento básico, proveniente do reservatório subterrâneo, no instante de tempo t (mm). Marg(t) : extravasamento pelas margens no instante de tempo t (mm). ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 16 / 102 Ed(t) : escoamento superficial, proveniente do reservatório da superfície, no instante de tempo t (mm). Ed2(t) : escoamento superficial, proveniente do reservatório da superfície/planície, no instante de tempo t (mm). Str : capacidade de saturação do solo (mm). t : instante de tempo (no atual estudo: 1 dia). O modelo SMAP com quatro reservatórios é composto de sete funções de transferência, sendo que a separação do escoamento superficial é baseada no método do SCS (Soil Conservation Service do United States Department of Agriculture) [Soil Conservation Service, 1972]. Essas funções são as seguintes: 1. Se P(t) > Ai ⇒ S = Str − Rsolo (t −1) Es (t) = (P(t) − Ai) 2 P(t) − Ai + S (5.6) Se P(t) ≤ Ai ⇒ Es (t) = 0 2. Se (P(t) - Es (t) ) > Ep (t) ⇒ Er(t) = Ep(t) (5.7) Se (P(t) - Es (t) ) ≤ Ep (t) ⇒ Er(t) = (P(t) - Es (t) ) + (Ep(t) - (P(t) - Es (t) )) × Tu (t) 3. Se Rsolo (t −1) > Capc Crec Capc × Str ⇒ Rec (t) = × Tu (t) × Rsolo (t −1) − × Str 100 100 100 (5.8) Se Rsolo (t −1) ≤ Capc × Str ⇒ Rec (t) = 0 100 4. Se Rsup (t -1) > H ⇒ Marg (t) = (Rsup (t -1) - H) × (1 - 0.51 K1t ) (5.9) Se Rsup (t -1) ≤ H ⇒ Marg (t) = 0 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 17 / 102 5. Ed (t) = Rsup (t -1) × (1 - 0.51 K2t ) (5.10) 6. Ed2(t) = Rsup2 (t -1) × (1 - 0.51 K3t ) (5.11) 7. Eb (t) = Rsub (t -1) × (1 - 0.51 Kkt ) (5.12) onde: Tu (t) = Rsolo (t −1) (5.13) Str Ai : abstração inicial (mm). Ep(t) : evapotranspiração potencial (mm). Tu(t) : teor de umidade do solo (adimensional). Capc : capacidade de campo (%). Crec : parâmetro de recarga subterrânea (%). H : altura representativa para início de escoamento em planícies (mm). K1t : constante de recessão do escoamento para planícies (dia). K2t : constante de recessão do escoamento superficial (dia). K3t : constante de recessão do escoamento da superfície/planícies (dia). Kkt : constante de recessão do escoamento básico (dia). O cálculo da vazão é dado pela equação: Qcalc ( t ) = (Ed ( t ) + Ed2( t ) + Eb( t ) ) × Ad 86.4 (5.14) onde: ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 18 / 102 Qcalc(t) : vazão total calculada pelo modelo no instante de tempo t (m3/s). : área de drenagem da bacia considerada (km2). Ad As constantes de recessão - K1t, K2t, K3t e Kkt - são associadas à duração do intervalo, medido em dias, no qual a vazão do correspondente reservatório cai à metade de seu valor (não considerando nova recarga nesse período). O eventual transbordo do reservatório do solo é transformado em escoamento superficial. Os dados de entrada do modelo são os totais diários de chuva - P(t), os totais diários de evapotranspiração potencial - Ep(t), e as vazões médias diárias observadas em cada bacia considerada no estudo - Qobs(t). O total diário de chuva - P(t), a ser considerado pelo modelo no instante de tempo t, em cada bacia, é calculado a partir das seguintes expressões: Pb(t) = P1(t) x ke1 + P2(t) x ke2 + P3(t) x ke3 + ........ + Pn(t) x ken (5.15) P(t) = Pb(t - 3) x kt(-3) + Pb(t - 2) x kt(-2) + Pb(t - 1) x kt(-1) + Pb(t) x kt(0) + Pb(t + 1) x kt(+1) (5.16) onde: ke1 + ke2 + ke3 + ........ + ken = 1 (5.17) kt(-3) + kt(-2) + kt(-1) + kt(0) + kt(+1) = 1 (5.18) Pb(t) : precipitação média observada na bacia, no instante de tempo t (mm). P1(t) ; P2(t) ; .. ; Pn(t) : precipitação observada em cada posto pluviométrico da bacia, no instante de tempo t (mm). ke1 ; ke2 ; .. ; ken : coeficientes de representação espacial de cada posto pluviométrico, ou seja, o peso de cada posto no cálculo da precipitação média Pb(t) observada na bacia. kt(-3) ; kt(-2) ; .. ; kt(+1) : coeficientes de representação temporal, ou seja, os pesos utilizados para o cálculo da precipitação média P(t) na bacia, a ser considerada pelo modelo. Os coeficientes de representação temporal foram utilizados para o cálculo da precipitação média na bacia a ser considerada pelo modelo devido aos seguintes aspectos: - Em geral, as medidas de precipitação nos postos pluviométricos são realizadas às 7:00h, ou seja, a maior parte da precipitação ocorrida no dia t só é medida e ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 19 / 102 computada no dia t+1. Dessa forma, principalmente em bacias com tempo de concentração relativamente pequeno, a vazão média do dia t pode ser influenciada pela precipitação medida no dia t+1. - Em bacias com tempos de concentração maiores, pode haver uma defasagem temporal entre os picos de precipitação e de vazão. Neste caso, modelos concentrados ou mesmo semiconcentrados, como o SMAP, têm mais dificuldades de reproduzir esta defasagem, caso a precipitação média observada na bacia no instante de tempo t (Pb(t)) seja considerada integralmente como a precipitação a ser utilizada pelo modelo no instante de tempo t (P(t)). Os totais diários de evapotranspiração potencial - Ep(t), a serem utilizados para cada trecho incremental, são obtidos a partir dos valores mensais de evapotranspiração potencial estimados pelo modelo SISEVAPO [Müller, 2001], para o reservatório localizado no exutório desse trecho incremental. Esse modelo é utilizado pelo ONS para o cálculo da evaporação líquida de todos os reservatórios do SIN. A formulação utilizada para o cálculo da evapotranspiração potencial - Ep(t) é a seguinte: Ep(t) = Epus.jus (t) x kep (5.19) onde: Epus.jus (t) : evapotranspiração potencial mensal fornecida pelo modelo SISEVAPO [ONS, 2004] para a usina correspondente à bacia estudada ou, no caso de bacias em locais de estações fluviométricas, para a usina imediatamente a jusante da bacia (mm). kep : coeficiente de ajuste da evapotranspiração potencial média da bacia. Na aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande, foram utilizadas planilhas eletrônicas Excel. Para as etapas de calibração, validação e testes de desempenho do modelo foram utilizados períodos e conjunto de dados de entrada distintos. 5.2 Calibração e validação dos parâmetros Para o modelo SMAP aplicado à bacia do alto/médio rio Grande, os parâmetros calibrados, para cada sub-bacia estudada, foram os seguintes: ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 20 / 102 Ai : abstração inicial (mm). Str : capacidade de saturação do solo (mm). Capc : capacidade de campo (%). Crec : parâmetro de recarga subterrânea (%). K2t : constante de recessão do escoamento superficial (dia). Kkt : constante de recessão do escoamento básico (dia). H : altura representativa para início de escoamento em planícies (mm). K1t : constante de recessão do escoamento para planícies (dia). K3t : constante de recessão do escoamento da superfície/planícies (dia). ke1 ; ke2 ; .. ; ken : coeficientes de representação espacial de cada posto pluviométrico. kt(-3) ; kt(-2) ; .. ; kt(+1) : coeficientes de representação temporal. kep : coeficiente de ajuste da evapotranspiração potencial média da sub-bacia. Vale ressaltar que os seis primeiros parâmetros (Ai ; Str ; Capc ; Crec ; K2t e Kkt) são os mesmos a calibrar quando se utiliza a versão original do modelo SMAP com três reservatórios. Os três parâmetros seguintes (H ; K1t e K3t) são decorrentes da incorporação do quarto reservatório, que representa o eventual extravasamento pelas margens e escoamento pelas planícies de inundação. Os coeficientes ke ; kt e kep devem ser calibrados com vistas a uma melhor representatividade dos dados de precipitação média da sub-bacia - P(t) e de evapotranspiração potencial média da sub-bacia - Ep(t) , a serem utilizados pelo modelo. Neste estudo, assim como no estudo anterior, realizado para a bacia incremental da UHE Itaipu, optou-se por fixar o valor da abstração inicial – Ai em 2,0mm. As faixas adotadas para possíveis variações dos demais parâmetros, obtidas, em geral, a partir da aplicação do modelo SMAP em bacias de diversas regiões brasileiras, são apresentadas na tabela 5.1. O valor mínimo do parâmetro H (altura representativa para início de escoamento em planícies) deve ser estimado com base nos resultados preliminares da calibração e na experiência do hidrólogo na sub-bacia. Sugere-se, nas primeiras iterações da calibração, fixar um valor elevado para esse parâmetro (200,00 por exemplo), que iniba o funcionamento do quarto reservatório (ver figura 5.3). Caso os resultados da ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 21 / 102 calibração indiquem a existência de significativos amortecimentos em eventos de grandes cheias ou uma distribuição irregular dos coeficientes de representação temporal - kt, com valor de kt(-3) e/ou kt(-2) relativamente alto, é conveniente a ativação do quarto reservatório. Nestes casos, o valor mínimo de H deverá ser fixado acima dos valores máximos da variável de estado Rsup obtidos na calibração de eventos/períodos com cheias pequenas e médias. Não há valor máximo para o parâmetro H. Os valores mínimos e máximos dos coeficientes de representação espacial das estações pluviométricas – ke dependem da quantidade de estações existentes na sub-bacia e em sua proximidade, bem como na localização e situação relativa de cada estação. Tabela 5.1 – Faixas de variação dos parâmetros do modelo Parâmetro Valor Mínimo Valor Máximo Str 50 mm 2.000 mm Capc 30% 50% Crec 0% 100% H variável - K1t 0,2 dia 10,0 dia K2t 0,2 dia 10,0 dia K3t 10,0 dia 60,0 dia Kkt 30,0 dia 180,0 dia ke1 ; ke2 ;..; ken variável variável kt(-3) ; kt(-2) ;..; kt(+1) 0 1 kep 0,8 1,2 Para iniciar a calibração, é necessário fornecer valores iniciais para as variáveis de estado do modelo, ou seja, valores de Rsolo(0), Rsub(0), Rsup(0) e Rsup2(0). Estes valores são calculados pelas seguintes expressões: Rsolo (0) = Tuin × Str 100 (5.20) Rsub (0) = Ebin × 86, 4 (1 - 0,5(1 / Kkt) ) × Ad (5.21) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 22 / 102 Rsup (0) = Supin × 86, 4 (1 - 0,5(1 / K2t) ) × Ad Rsup2 (0) = Sup2in × 86, 4 (1 - 0,5(1 / K3t) ) × Ad (5.22) (5.23) onde: Tuin : teor de umidade inicial do solo (%). Ebin : vazão básica inicial (m3/s). Supin : vazão superficial inicial, proveniente do reservatório da superfície (m3/s). Sup2in:vazão superficial inicial, proveniente do reservatório da superfície/planície (m3/s). A correta estimativa dos valores de Tuin, Ebin, Supin e Sup2in é importante para o bom desempenho do modelo. Para isso, deve-se sempre iniciar o período de calibração no meio para o final do período seco do ano, com valores baixos de umidade do solo e de vazão superficial. Dessa forma, a vazão básica inicial (Ebin) deverá ser próxima da vazão observada inicial (Qobs(o)). Para a estimativa do valor de Supin, deve-se verificar a quantidade de chuva ocorrida nos dias anteriores. O valor de Sup2in, em geral, é nulo. Para calibração dos parâmetros de cada sub-bacia, utilizou-se a rotina solver da planilha eletrônica Excel, de forma semi-automática e iterativa, ajustando-se, a cada passo, um dos parâmetros listados na tabela 5.1. A função objetivo adotada foi a maximização do valor da seguinte expressão: SomaCoef = Cef + Cer (5.24) ∑ (Qobs (t) - Qobs) 2 - ∑ (Qobs (t) - Qcalc (t)) 2 ∑ (Qobs (t) - Qobs) 2 (5.25) onde: Cef = n abs (Qcalc(t) - Qobs(t)) Qobs(t) Cer = 1 - t =1 n ∑ ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com (5.26) 23 / 102 Cef : coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe [Nash, 1970]. Cer : coeficiente de erro relativo. Qobs : vazão média observada no período considerado (m3/s). O coeficiente de eficiência - Cef apresenta valores sempre inferiores à unidade, podendo variar na faixa de valores compreendidos entre −∞ e 1. Valores elevados do coeficiente de eficiência (próximos à unidade) indicam elevada associação entre os dados observados e calculados, representando um bom ajuste do modelo aos dados de campo. A obtenção de um coeficiente de eficiência igual à unidade representaria o ajuste perfeito (ou seja, a coincidência perfeita) entre as vazões observadas e calculadas. Devido à sua formulação, o coeficiente de eficiência é mais sensível aos desvios nas vazões mais elevadas. O coeficiente de erro relativo - Cer também apresenta valores sempre inferiores à unidade, podendo variar na faixa de valores compreendidos entre −∞ e 1. Da mesma forma, a obtenção de um coeficiente de eficiência igual à unidade representaria o ajuste perfeito entre as vazões observadas e calculadas. Devido à sua formulação, o coeficiente de eficiência é mais sensível aos desvios nas vazões mais baixas. Como SomaCoef é a soma dos dois coeficientes, o mesmo pode variar entre −∞ e 2, sendo que a obtenção de uma soma igual a 2 representaria o ajuste perfeito entre as vazões observadas e calculadas. Devido à sua formulação, este coeficiente, utilizado na função objetivo para calibração automática do modelo, é sensível aos desvios em todo o período do ano, tanto nas vazões mais baixas, quanto nas vazões mais elevadas. Para a etapa de calibração dos parâmetros do modelo, são selecionados de dois a cinco períodos distintos de 365 dias, procurando situações hidrológicas diversificadas na bacia, ou seja, períodos com cheia anual baixa, média e alta. Uma vez calibrados os parâmetros, passa-se à etapa de validação dos mesmos, selecionando de dois a cinco períodos distintos de 365 dias, diferentes dos usados na etapa de calibração. Os parâmetros Ai ; Str ; Capc ; Crec ; H ; k1t ; K2t ; K3t ; Kkt e os valores dos coeficientes kt, mais relacionados às características físicas da bacia, são os mesmos obtidos na etapa de calibração. Os valores dos coeficientes de distribuição espacial - ke, e o coeficiente de ajuste da evapotranspiração ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 24 / 102 potencial média da bacia - kep, mais relacionados à representatividade dos dados de entrada do modelo, são redefinidos para cada período. Nas duas etapas (calibração e validação) procurou-se trabalhar com uma rede de estações pluviométricas mais densa possível, sem distinção entre estações telemétricas e estações convencionais. O objetivo é assegurar uma maior distribuição espacial nos valores de precipitação observada na bacia, permitindo a obtenção de parâmetros do modelo mais representativos possíveis. 5.3 Testes de desempenho do modelo 5.3.1 Introdução A etapa de testes de desempenho do modelo é realizada com a seleção de períodos distintos dos utilizados nas etapas anteriores. O objetivo é a verificação do desempenho do modelo em situações semelhantes às que ocorrerão na fase de operacionalização do mesmo (operação em tempo real), com uma rede de estações pluviométricas de menor densidade (só as que disponibilizam dados diariamente) do que a utilizada na calibração e validação, bem como com a incorporação das previsões de precipitação para dez dias à frente (de forma diferente das etapas de calibração e validação, onde foram utilizados apenas valores observados de precipitação). Vale ressaltar as principais características destes testes: - Simula-se a previsão de vazão uma semana à frente, que é realizada para a elaboração do Programa Mensal de Operação (PMO) e suas revisões semanais. - Os parâmetros do modelo são os obtidos nas etapas de calibração e validação. - Os dados de entrada do modelo são: os valores observados de precipitação nas estações pluviométricas que disponibilizam dados diários por meio de satélite, rádio, telefonia etc.; os valores estimados de evapotranspiração potencial fornecida pelo modelo SISEVAPO; e as previsões de precipitação dos dias seguintes ao da previsão. - Utilizam-se as vazões observadas dos últimos 31 dias e são realizadas previsões de vazões do dia e dos dias seguintes ao dia da previsão. A vazão prevista para a próxima semana operativa é calculada a partir da média das vazões diárias previstas para os dias correspondentes. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 25 / 102 5.3.2 Métodos de reinicialização do modelo O modelo SMAP opera de forma contínua no tempo. A cada intervalo de tempo, há incorporação de precipitação média na bacia, contabilização de perdas por evaporação, liberação de escoamentos e atualização do nível d’água em cada um dos quatro reservatórios. Após algum tempo de uso, é normal a ocorrência de desvios entre o hidrograma de vazões observadas e o hidrograma de vazões calculadas pelo modelo. Em relação às vazões calculadas, esses desvios, em geral, são devidos aos seguintes fatores: - Erro ou falha nos dados observados de precipitação. - Não representatividade ou baixa densidade da rede de estações pluviométricas considerada na etapa de testes/operacionalização. - Não representatividade dos dados de evapotranspiração potencial. - Deficiência dos parâmetros do modelo obtidos nas etapas de calibração/validação. - Deficiência nas formulações básicas do modelo. Caso esses desvios não sejam corrigidos, ou seja, caso não haja um ajuste razoável entre o hidrograma de vazões observadas e o hidrograma de vazões calculadas pelo modelo em um período significativo de dias anteriores ao dia da previsão, a qualidade das vazões previstas poderá ser comprometida. Este ajuste pode ser obtido a partir da reinicialização do modelo com a aplicação de dois métodos: o ajuste das variáveis de estado iniciais do modelo; e o ajuste dos valores da precipitação observada a serem considerados pelo modelo (“chuva perfeita”). O primeiro método baseia-se no emprego de um algoritmo de otimização para o cálculo das variáveis de estado - Rsub, Rsup e Rsup2 (níveis de três reservatórios lineares considerados no modelo), no início do período de 31 dias anteriores ao dia da previsão, com vistas à minimização dos desvios entre os hidrogramas observado e calculado neste período. O segundo método (“chuva perfeita”), utilizado com sucesso nas bacias incrementais da UHE Lajeado [de Jesus, 2001] e da UHE Itaipu [ONS/FCTH, 2006], consiste no uso do modelo de forma reversa, calculando-se, por meio de um algoritmo de otimização, os valores da precipitação observada - P*(t) a serem considerados pelo modelo, também com vistas à minimização dos desvios entre os ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 26 / 102 hidrogramas observado e calculado no período de 31 dias anteriores ao dia da previsão. Os dois métodos, de certa forma, atuam no ajuste da precipitação observada. No primeiro método, ao ajustar os níveis d’água dos reservatórios lineares do modelo no início do período de 31 dias anteriores ao dia da previsão, altera-se, de forma indireta, a precipitação ocorrida antes deste período. No segundo método, de forma direta, ajusta-se a precipitação observada a ser considerada pelo modelo, ao longo de todo o período de 31 dias anteriores ao dia da previsão. Nos dois métodos, é conveniente impor limites mínimos e máximos, tanto no ajuste das variáveis de estado iniciais, como no ajuste dos valores de precipitação a serem considerados no modelo, fixando-se percentuais mínimos e máximos a serem aplicados, respectivamente, nas variáveis de estado calculadas quando da simulação da semana anterior ao dia da previsão e nas chuvas médias na bacia calculadas com base nas estações consideradas na etapa de testes/operacionalização. Neste estudo, optou-se pela utilização concomitante dos dois métodos, já que o desempenho de ajuste das variáveis de estado é melhor no período de chuvas fracas ou nulas e o desempenho do método de ajuste das chuvas médias a serem consideradas no modelo é melhor no período de chuvas médias e fortes. O algoritmo de otimização é semelhante ao utilizado na etapa de calibração, com o uso da função objetivo que procura a maximização da expressão 5.24. Com relação aos limites mínimos e máximos dos ajustes, foi proposta a utilização de valores baseados nas seguintes expressões: 0,8 Eb(t) ≤ Ebin ≤ 1,2 Eb(t) e 0,5 P(t) ≤ P*(t) ≤ 2,0 P(t) (5.27) onde: Ebin : vazão básica inicial, no começo do período de 31 dias anteriores ao dia da previsão (m3/s). Eb(t) : vazão básica calculada pelo modelo na simulação semanal anterior, correspondente ao dia relativo a Ebin (m3/s). P*(t) : precipitação a ser considerada pelo modelo na etapa de testes/operacionalização (mm). P(t) : precipitação média na bacia, definida conforme equações (5.15) e (5.16), com os valores de ke e kt obtidos nas etapas de calibração/validação e com a rede de estações pluviométricas disponíveis na etapa de testes/operacionalização. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 27 / 102 5.3.3 Variáveis e índices para análise do desempenho Devido à maior disponibilidade de dados de previsão de precipitação com início na quarta-feira, todas as simulações de desempenho do modelo foram realizadas sempre iniciando neste dia da semana. Para a análise dos resultados dos testes, foram calculadas as vazões médias observadas e previstas para o fechamento da semana operativa em curso e, principalmente, para a próxima semana operativa. As expressões utilizadas foram as seguintes: Qobs 3d = Qpre 3d = Qobs 1ºs = Qobs 1º d + Qobs 2º d + Qobs 3º d 3 Qpre 1º d + Qpre 2º d + Qpre 3º d 3 Qobs 4ºd (5.28) (5.29) + Qobs 5º d + Qobs 6ºd + Qobs 7º d + Qobs 8º d + Qobs 9º d + Qobs 10º d 7 (5.30) Qpre 1º s = Qpre 4º d + Qpre 5ºd + Qpre 6ºd + Qpre 7º d + Qpre 8º d + Qpre 9º d + Qpre 10º d 7 (5.31) onde: Qobs 3d : vazão média observada nos próximos três dias, para fechamento da semana em curso. No caso do estudo, quarta, quinta e sexta-feira (m3/s). Qpre 3d : vazão média prevista (calculada pelo modelo) para os próximos três dias, para fechamento da semana em curso (m3/s). Qobs iºd : vazão média observada no “i-ésimo” dia do período de previsão (m3/s). Qpre iºd : vazão média prevista para o “i-ésimo” dia do período de previsão (m3/s). O índice estatístico MAPE foi utilizado neste estudo para avaliação do desempenho do modelo e para posterior comparação com o desempenho da metodologia atual. Este índice foi obtido a partir da seguinte expressão: n abs (Qpre(t) - Qobs(t)) × 100 Qobs(t) MAPE = i=1 n ∑ (5.32) onde: ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 28 / 102 MAPE : média dos valores absolutos percentuais dos erros (%). abs(x) : valor absoluto de x. Qpre(t) : vazão média prevista no período considerado (m3/s). Qobs(t) : vazão média observada no período considerado (m3/s). n : número de testes realizados. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 29 / 102 6 Aplicação do Modelo SMAP à Bacia do Alto/Médio Rio Grande 6.1 Configuração das sub-bacias O trecho do estudo, denominado como alto/médio rio Grande, corresponde à bacia do rio Grande até o aproveitamento de Porto Colômbia, com 77.427km2. Conforme mencionado no item 3, existem dez aproveitamentos em operação neste trecho (Camargos, Itutinga, Funil, Furnas, Mascarenhas de Moraes, L.C.Barreto, Jaguara, Igarapava, Volta Grande e Porto Colômbia). Para aplicação do modelo, optou-se pela previsão direta das vazões apenas para os aproveitamentos de Camargos, Funil, Furnas e Porto Colômbia. Os demais aproveitamentos deverão ter suas vazões previstas calculadas com base em regressão linear, obtida a partir dos valores previstos para estes quatro locais, conforme descrito no item 9. Algumas estações fluviométricas existentes na bacia foram consideradas como pontos de cálculo do modelo, devido à importância de suas localizações e de suas áreas de controle. Estas estações foram a do rio Verde em Porto dos Buenos e a do rio Sapucaí em Paraguaçu, situadas na bacia incremental entre as UHEs Furnas e Funil, bem como a do rio Sapucaí Paulista em Fazenda Capão Escuro, localizada na bacia incremental entre as UHEs Porto Colômbia e Furnas. A tabela 6.1 e a figura 6.1 mostram, respectivamente, as principais características e a localização das sub-bacias selecionadas para a aplicação do modelo. Tabela 6.1 – Principais características das sub-bacias Sub-bacia Rio Área Incremental Área 2 (km ) % do total 1 - Camargos UHE Camargos Grande 6.279 8,1 2 - Funil UHE Funil / UHE Camargos Grande 9.491 12,3 3 - Porto dos Buenos Porto dos Buenos Verde 6.366 8,2 4 - Paraguaçu Paraguaçu Sapucaí 9.501 12,3 5 - Furnas UHE Furnas / UHE Funil; Porto Grande 20.501 26,5 Sapucaí 5.906 7,6 19.383 25,0 77.427 100,0 dos Buenos; Paraguaçu 6 - Fazenda Capão Escuro Fazenda Capão Escuro Paulista 7 - Porto Colômbia UHE Porto Colômbia / UHE Grande Furnas; Fazenda Capão Escuro Total ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 30 / 102 Figura 6.1 – Localização das sub-bacias -48.8 -19.4 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6 -19.4 Porto Colômbia -19.6 -19.6 -19.8 -19.8 Altitude (m) -20 -20 2200 Furnas -20.2 -20.2 7 -20.4 -20.4 -20.6 Camargos Fazenda 1400 6 Capão Escuro -20.8 -20.8 5 -21 -21 2 -21.2 -21.4 -21.4 -21.6 -21.6 -21.8 -22 -22 3 -22.2 -22.2 -22.4 -22.4 -22.6 Paraguaçu Porto dos Buenos -22.8 -48.8 -22.8 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 31 / 102 -44.6 -44.4 1000 600 400 200 0 1 -21.8 -22.6 1200 800 -21.2 4 1800 1600 Funil -20.6 2000 -44.2 -44 -43.8 -43.6 6.2 Dados básicos 6.2.1 Estações e dados fluviométricos A tabela 6.2 apresenta as estações fluviométricas utilizadas nos estudos. Tabela 6.2 – Estações fluviométricas utilizadas nos estudos Código Estação Rio 61012001 Madre de Deus de Minas Grande 61060001 61425000 61537000 61787000 61795000 Fazenda Laranjeiras Paraguaçu Porto dos Buenos Fazenda Capão Escuro Conceição das Alagoas Aiuruoca Sapucaí Verde Sapucaí Paulista Uberaba Área de Operadora Drenagem (km²) 2.097 Cemig 2.102 9.501 6.366 5.906 1.984 Cemig Furnas Furnas Furnas Furnas As principais estações fluviométricas foram as três citadas anteriormente, ou seja, Paraguaçu, Porto dos Buenos e Fazenda Capão Escuro. As demais estações foram utilizadas no tratamento das vazões incrementais (item 6.2.4). 6.2.2 Estações e dados pluviométricos Com vistas às etapas de calibração e validação dos parâmetros do modelo SMAP, trabalhou-se com uma rede de estações pluviométricas mais densa possível. Desta forma, com base no período de dados a ser utilizado nos estudos (1995 a 2007), foi realizada uma ampla pesquisa de estações existentes na bacia e, posteriormente, uma coleta de dados junto à CEMIG, FURNAS e ANA (por meio da HIDROWEB), além dos dados já disponíveis na Base de Dados Técnica – BDT do ONS. As estações pluviométricas selecionadas para o estudo estão apresentadas na figura 6.2 e relacionadas em tabela constante do anexo 1. Nessa tabela, são ainda informadas as estações que possuem seus dados disponibilizados diariamente (tempo real) e aquelas que foram utilizadas nas etapas de calibração/validação dos parâmetros e de testes de desempenho do modelo. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 32 / 102 Figura 6.2 – Localização das estações pluviométricas -48.8 -19.4 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6 -19.4 Zelândia -19.6 -19.6 Veríssimo -19.8 Conquista UHE Volta Grande -20 -19.8 Lagoa Conceição das Alagoas Usina Junqueira UHE Porto Colômbia Desemboque SE Jaguara Fazenda São Domingos -20.2 -20.2 UHE Masc. de Moraes Ituverava -20.4 -20 UHE Luiz Carlos Barreto (Estreito) Ponte Joaquim Justino Fazenda Poço Bonito Delfinópolis SE Pimenta Ipuã -20.4 Formiga Fazenda Sassafras Franca Fazenda Santa Cecília -20.6 -20.6 UHE Furnas Fazenda Boa Sorte Itaú de Minas Ponte Fernão Dias Candéias Guapé Usina Santana -20.8 -20.8 São Tiago Santana do Jacaré Brodosqui -21 Carmo do Rio Claro Cobiça Antinópolis Ilicínea Bom Sucesso Coqueiral Campos Gerais Guaranésia Guaxupé Usina Nepumoceno Juréia Três Pontas Usina Couro do Cervo Itumirim -21 Porto Tiradentes Porto do Elvas Barroso Vila Rio das Mortes Ibituruna -21.2 Carandaí Usina São João del Rei Boa Esperança Fazenda Fazenda Santo Antônio II Carvalhais Resende Costa SE Barbacena Usina Barbacena Campolide UHE Itutinga SE Itutinga -21.2 Fama -21.4 Carmo da Cachoeira Alfenas Luminárias Carrancas -21.4 M. de Deus Paraguaçu Porto Dos Buenos -21.6 UHE Poço Fundo -21.8 Ibertioga Santana do Garembeu Cruzília Fazenda Juca Casimiro Conceição Do Rio Verde Usina Do Chicão Fazenda Cachoeira Baependi Caxambu Silvianópolis Careaçu -22 Cristina SE Pouso Alegre -21.8 Bom Jesus da Penha Aiuruoca Carvalhos SE Liberdade -22 Vargem do Cervo -22.2 -21.6 Faz.Laranjeiras S.Vicente Faz.Paraíba Andrelândia B.Jardim Três Corações Monsenhor Paulo Palmela Dos Coelhos Usina Congonhal Alagoa Pouso Alto Pte Costa -22.2 Santa Rita do Sapucaí Itanhandu Virginia São João de Itajubá Ponte do Rodrigues Bairro Santa Cruz Conceição dos Ouros UHE Xicão Brasópolis Maria da Fé -22.4 -22.4 Bairro do AnaldinoUHE São Bernardo Cambuí (Csme) -22.6 -22.6 Fazenda da Guarda (Parque) Sapucaí-Mirim -22.8 -48.8 -22.8 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 33 / 102 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6 As falhas existentes no período de estudos foram preenchidas com dados observados em estações próximas. Em geral, foram selecionadas apenas estações cujas falhas existentes não fossem superior a 25% do período total do estudo (1995 a 2007). A análise de consistência dos dados pluviométricos foi realizada tanto em nível diário, por meio de Análise de Agrupamento (clusters) e Componentes Principais (ACP) [Han, 2000], técnicas já apresentadas e aplicadas em trabalhos anteriores desenvolvidos pelo ONS, quanto em nível médio anual, por meio de comparação entre estações e com base na topografia da área da bacia. Entre as estações selecionadas para o estudo, não foi identificada qualquer inconsistência significativa. Em poucas estações, dados inconsistentes em curtos períodos foram também substituídos por dados de estações próximas. Vale ressaltar que algumas estações cujos dados são disponibilizados diariamente foram implantadas após 1995 e, por isso, não têm históricos completos em todo o período utilizado nos estudos. Nesses casos, na etapa de testes de desempenho do modelo, foram utilizados dados de uma estação convencional mais próxima. 6.2.3 Previsões de precipitação A previsão de precipitação diária utilizada nos estudos foi realizada pelo modelo numérico de previsão de tempo ETA [Black T.L., 1994], no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC. Os pontos de grade utilizados do modelo ETA têm resolução espacial 40 x 40 km e a chuva média em cada sub-bacia foi calculada a partir de média aritmética. A precipitação prevista utilizada foi sempre para o intervalo de 10 dias à frente, no período de 1996 a 2003, com previsões efetuadas sempre com início às quartasfeiras. A tabela 6.3 apresenta a comparação entre os valores de precipitação média anual prevista e de precipitação média anual observada, bem como a relação entre os mesmos, em cada uma das sete sub-bacias consideradas pelo modelo. Verifica-se, em todas as sub-bacias, uma tendência de superestimativa dos valores de precipitação prevista, principalmente em sub-bacias que possuem desníveis mais acentuados em suas cabeceiras. A topografia mais elevada e irregular justifica os valores maiores da relação Pprev/Pobs nas sub-bacias 3 - Porto dos Buenos, 4 - Paraguaçu, 1 - Camargos e 2 - Funil e os valores menores nas sub-bacias 6 - Fazenda Capão Escuro e 7 - Porto Colômbia. Contudo, na mesma tabela 6.3, o ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 34 / 102 alto valor observado para esta relação para a sub-bacia 5 - Furnas (1,51) não pode ser justificado pela topografia e sua causa deve ser investigada em conjunto com a equipe técnica do CPTEC. Tabela 6.3 – Precipitação média anual prevista e observada em cada sub-bacia - Período 1996/2003 Precipitação Sub-bacia Média Anual (mm) Pprev/Pobs Observada Prevista 1 - Camargos 1.434,6 1.820,3 1,27 2 - Funil 1.400,4 1.774,8 1,27 3 - Porto dos Buenos 1.499,5 2.154,4 1,44 4 - Paraguaçu 1.435,6 1.838,3 1,28 5 - Furnas 1.333,9 2.013,3 1,51 6 - Fazenda Capão Escuro 1.532,1 1.716,6 1,12 7 - Porto Colômbia 1.476,6 1.614,8 1,09 Pela figura 6.3, elaborada com os dados de precipitação total média observada e prevista nos nove primeiros dias de cada previsão para a sub-bacia 1 - Camargos, percebe-se que a precipitação prevista pelo modelo ETA tem um comportamento semelhante à observada, alterando apenas a magnitude, o que indica que o modelo foi capaz de determinar os fenômenos meteorológicos que ocorrem na bacia, porém possui uma tendência (viés) a superestimar os totais previstos. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 35 / 102 Figura 6.3 – Precipitação total média observada e prevista no período 1996/2003 na sub-bacia 1- Camargos CAMARGOS 140 Observadas 120 Média Móvel 7 Previstas Precipitação Acumulada 9 dias (mm) Média Móvel 7 100 80 60 40 Abril a Julho 20 Agosto a Novembro Dezembro e Janeiro Fevereiro e Março 4/8 11/8 18/8 25/8 1/9 8/9 15/9 22/9 29/9 6/10 13/10 20/10 27/10 3/11 10/11 17/11 24/11 1/12 8/12 15/12 22/12 29/12 5/1 12/1 19/1 26/1 2/2 9/2 16/2 23/2 2/3 9/3 16/3 23/3 30/3 6/4 13/4 20/4 27/4 4/5 11/5 18/5 25/5 1/6 8/6 15/6 22/6 29/6 6/7 13/7 20/7 27/7 0 Para a sub-bacia 1 - Camargos, essa tendência se apresenta ao longo de todo o ano. Já para a sub-bacia 7 - Porto Colômbia, conforme apresentado na figura 6.4, apenas no período agosto/novembro esta característica de superestimativa é mais marcante. Figura 6.4 – Precipitação total média observada e prevista no per. 1996/2003 na sub-bacia 7 - Porto Colômbia PORTO COLÔMBIA 160 Observadas 140 Média Móvel 7 Previstas Média Móvel 7 Precipitação Acumulada 9 dias (mm) 120 100 80 60 40 Abril a Julho 20 Agosto a Novembro Dezembro e Janeiro Fevereiro e Março 4/8 11/8 18/8 25/8 1/9 8/9 15/9 22/9 29/9 6/10 13/10 20/10 27/10 3/11 10/11 17/11 24/11 1/12 8/12 15/12 22/12 29/12 5/1 12/1 19/1 26/1 2/2 9/2 16/2 23/2 2/3 9/3 16/3 23/3 30/3 6/4 13/4 20/4 27/4 4/5 11/5 18/5 25/5 1/6 8/6 15/6 22/6 29/6 6/7 13/7 20/7 27/7 0 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 36 / 102 Com vistas à identificação e remoção deste viés, foram realizados estudos para cada uma das sete sub-bacias consideradas no modelo. Para isso, foram adotadas as seguintes premissas: - Os estudos devem considerar o total de precipitação prevista acumulada no período e não apenas seus valores diários. Esta decisão justifica-se pelo fato de que o modelo ETA, de forma geral, consegue prever, com razoável qualidade, a ocorrência ou não de chuvas nos próximos dias, porém, além da tendência a superestimar os totais, em diversas vezes há uma defasagem entre a previsão e a observação dos dias de chuva com maior intensidade. Um estudo com uso apenas dos dados diários (valores previstos e observados no primeiro dia; idem para o segundo dia etc.) tenderia a mostrar uma grande dispersão entre os valores previstos e observados, prejudicando a análise, a identificação dessa defasagem e a remoção do viés das previsões. Neste estudo, consideraram-se os totais observados e previstos nos primeiros nove dias, já que a precipitação do décimo dia, pelos testes efetuados com o uso do modelo, não apresentou influência significativa na vazão da próxima semana operativa. - Devem-se considerar períodos distintos do ano na identificação e remoção do viés, já que o viés e os sistemas meteorológicos que ocasionam precipitação não têm o mesmo padrão ao longo dos meses. Tendo em vista as análises das características climáticas da região e a uniformização desses períodos nas sete sub-bacias consideradas, foram adotados quatro períodos distintos para identificação e remoção do viés: agosto a novembro; dezembro e janeiro; fevereiro e março; e abril a julho. A metodologia utilizada para a identificação e remoção do viés das previsões de precipitação, para cada uma das sete sub-bacias e cada um dos quatro períodos, foi a seguinte: - Obtenção dos totais de precipitação observada e prevista nos primeiros nove dias de cada previsão realizada no período 1996/2003. - Elaboração de curvas de permanência de precipitação observada e de precipitação prevista, como os exemplos das figuras 6.5 a 6.8, relativas à sub-bacia 1 - Camargos. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 37 / 102 - Elaboração de gráficos de precipitação prevista versus precipitação observada, plotando-se pontos de mesma freqüência da curva de permanência, como os exemplos das figuras 6.9 a 6.12, relativas à sub-bacia 1 - Camargos. - Ajuste de uma equação do segundo grau aos pontos do gráfico precipitação prevista VS precipitação observada, passando pela origem e limitado aos valores de precipitação prevista maiores do que a precipitação observada. Nestes estudos, optou-se pelo não cruzamento da reta de 45º, ou seja, evita-se que o valor considerado como previsto seja maior do que o valor previsto fornecido diretamente pelo modelo. - Cálculo da precipitação diária prevista com remoção de viés para os dez dias de previsão, por meio da seguinte expressão: Ppre(t) = PETA (t) × Ptotpre 9dias Ptot ETA 9dias (6.1) onde: ( Ptotpre 9dias = a × PtotETA 9dias ) 2 + b× (Ptot ETA 9dias ) (6.2) Ppre (t) : precipitação diária prevista com remoção de viés, para cada um dos dez dias de previsão (mm). PETA (t) : precipitação diária prevista pelo modelo ETA, para cada um dos dez dias de previsão (mm). Ptotpre 9dias : precipitação total prevista com remoção de viés, acumulada para os nove primeiros dias de previsão (mm). Ptot ETA 9dias: precipitação total prevista pelo modelo ETA, acumulada para os nove primeiros dias de previsão (mm). aeb : constantes da equação do segundo grau obtida para remoção de viés, em cada sub-bacia e em cada período considerado. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 38 / 102 Figura 6.5 – Curvas de permanência de precipitação - Período agosto/novembro - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Agosto/Novembro 300 Precipitação Total 9 dias (mm) 250 200 Prevista Observada 150 100 50 0 1% 7% 13% 18% 24% 30% 36% 42% 48% 54% 60% 65% 71% 77% 83% 89% 95% Figura 6.6 – Curvas de permanência de precipitação total - Período dezembro/janeiro - Sub-bacia 1 Camargos CAMARGOS - Período Dezembro/Janeiro 250 Precipitação Total 9 dias (mm) 200 150 Prevista Observada 100 50 0 1% 13% 24% 35% 46% 57% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 68% 79% 90% 39 / 102 Figura 6.7 – Curvas de permanência de precipitação - Período fevereiro/março - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Fevereiro/Março 180 160 Precipitação Total 9 dias (mm) 140 120 Prevista 100 Observada 80 60 40 20 0 1% 13% 24% 35% 46% 57% 68% 79% 90% Figura 6.8 – Curvas de permanência de precipitação - Período abril/julho - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Abril/Julho 80 70 Precipitação Total 9 dias (mm) 60 50 Prevista Observada 40 30 20 10 0 1% 7% 13% 18% 24% 30% 36% 42% 48% 54% 60% 65% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 71% 77% 83% 89% 95% 40 / 102 Figura 6.9 – Precipitação total observada e prevista - Período agosto/novembro - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Agosto/Novembro 300 Precipitação total Observada 9 dias - y - (mm) 250 200 y=x 150 146,2 100 2 y = 0,00392x + 0,42709x 2 R = 0,99056 50 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm) Figura 6.10 – Precipitação total observada e prevista - Período dezembro/janeiro - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Dezembro/Janeiro 300 Precipitação total Observada 9 dias - y - (mm) 250 y=x 200 172,0 150 100 2 y = 0,00179x + 0,69219x 2 R = 0,97544 50 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 41 / 102 Figura 6.11 – Precipitação total observada e prevista - Período fevereiro/março - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Fevereiro/Março 300 y=x 275, 1 Precipitação total Observada 9 dias - y - (mm) 250 200 150 100 2 y = 0,00127x + 0,65057x 2 R = 0,98080 50 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm) Figura 6.12 – Precipitação total observada e prevista - Período abril/julho - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS - Período Abril/Julho 100 Precipitação total Observada 9 dias - y - (mm) 80 y=x 60 55,2 40 2 y = 0,00725x + 0,59979x 2 R = 0,99057 20 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 42 / 102 As figuras 6.13 e 6.14 apresentam os dados de precipitação total média observada e prevista, sem e com remoção do viés, respectivamente, nos nove primeiros dias de cada previsão, para a sub-bacia 1 - Camargos. As figuras 6.15 e 6.16 apresentam esses dados para a sub-bacia 7 - Porto Colômbia. Com base nas mesmas, percebem-se os bons resultados obtidos com a aplicação da metodologia adotada para a identificação e remoção do viés da previsão de precipitação fornecida pelo modelo ETA. É possível verificar que, com a remoção do viés da previsão, os dados apresentam uma melhor distribuição em relação à reta de 45º, bem como a média dos valores de precipitação prevista se aproxima mais da média dos valores de precipitação observada. A tabela 6.4 apresenta as constantes a e b e os correspondentes limites de aplicação das equações de segundo grau obtidas para a remoção do viés da previsão de precipitação, para cada sub-bacia e período analisado. Tabela 6.4 – Constantes a e b e limites de aplicação das equações obtidas para remoção do viés da previsão de precipitação Período Período Período Período Agosto/Novembro Dezembro/Janeiro Fevereiro/Março Abril/Julho Sub-bacia a b Limite (mm) a b Limite (mm) a b Limite (mm) a b Limite (mm) 1 - Camargos 0,00392 0,42709 146,2 0,00179 0,69219 172,0 0,00127 0,65057 275,1 0,00725 0,59979 55,2 2 - Funil 0,00443 0,44497 125,3 0,00072 0,80994 264,0 0,00225 0,57288 189,8 0,01544 0,26893 47,3 3 - Porto dos Buenos 0,00351 0,35244 184,5 0,00238 0,47241 221,7 0,00155 0,49249 327,4 0,00814 0,39126 74,8 4 - Paraguaçu 0,00341 0,47233 154,7 0,00203 0,63334 180,6 0,00308 0,52903 152,9 0,00795 0,48164 65,2 5 - Furnas 0,00119 0,52182 401,8 0,00204 0,47112 259,3 0,00152 0,51448 319,4 0,00745 0,44803 74,1 6 - Fazenda Capão Escuro 0,00487 0,43763 115,5 - - - - - - - - - 7 - Porto Colômbia 0,00037 0,74494 689,4 - - - - - - - - - Observa-se que para as sub-bacias 6 - Fazenda Capão Escuro e 7 - Porto Colômbia somente se fez a correção do viés para os meses de agosto a novembro. O anexo 2 apresenta as figuras correspondentes à identificação e remoção do viés da previsão de precipitação do modelo ETA, para cada uma das sete sub-bacias consideradas na aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 43 / 102 Figura 6.13 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, sem remoção do viés, na sub-bacia 1 - Camargos Camargos 300 Precipitação Prevista 9 dias (mm) 250 200 150 100 P prevista > P observada = 73% P prevista ≤ P observada = 27% 50 Média das Precipitações Previstas = 47,9 Média das Precipitações Observadas = 36,9 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação Observada 9 dias (mm) Figura 6.14 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, com remoção do viés, na sub-bacia 1 - Camargos Camargos 300 Com Remoção de Viés Precipitação Prevista 9 dias (mm) 250 200 150 100 P prevista > P observada = 56% P prevista ≤ P observada = 44% 50 Média das Precipitações Previstas = 38,2 Média das Precipitações Observadas = 36,9 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação Observada 9 dias (mm) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 44 / 102 Figura 6.15 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, sem remoção do viés, na sub-bacia 7 - Porto Colômbia Porto Colômbia 300 Precipitação Prevista 9 dias (mm) 250 200 150 100 P prevista > P observada = 59% P prevista ≤ P observada = 41% 50 Média das Precipitações Previstas = 44,7 Média das Precipitações Observadas = 39,2 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação Observada 9 dias (mm) Figura 6.16 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, com remoção do viés, na sub-bacia 7 - Porto Colômbia Porto Colômbia Com Remoção de Viés 300 Precipitação Prevista 9 dias (mm) 250 200 150 100 P prevista > P observada = 55% P prevista ≤ P observada = 45% 50 Média das Precipitações Previstas = 41,3 Média das Precipitações Observadas = 39,2 0 0 50 100 150 200 250 300 Precipitação Observada 9 dias (mm) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 45 / 102 6.2.4 Séries de vazões naturais e incrementais As séries de vazões das sub-bacias referentes às estações fluviométricas (Porto dos Buenos, Paraguaçu e Fazenda Capão Escuro) foram fornecidas por FURNAS. Na análise de consistência realizada não foi detectado qualquer problema com os dados. As falhas existentes na série de Fazenda Capão Escuro foram preenchidas com base em correlação de vazões diárias entre dados desta estação e da estação de Fazenda São Domingos, situada a jusante, no mesmo rio Sapucaí Paulista, com uma área de drenagem de 6.252 km2. No período entre 01/janeiro/95 a 31/dezembro/2001, foi utilizada a série oficial de vazões naturais da sub-bacia 1 - Camargos, definida no projeto de revisão das séries de vazões da bacia do rio Grande, desenvolvido pelo ONS [ONS, Fev/2004]. Para o período posterior, a série de vazões foi obtida pelo processo de modulação [ONS, 2005], a partir dos dados fluviométricos observados nas estações do rio Grande em Madre de Deus de Minas e do rio Aiuruoca em Fazenda Laranjeiras, utilizando tempos de viagem iguais a 14 e 15 horas, respectivamente. A série de vazões incrementais da sub-bacia 2 - Funil foi obtida pela diferença entre a série oficial de vazões naturais de Funil e a série de vazões naturais de Camargos anteriormente mencionada, devidamente propagada com tempo de viagem igual a 13 horas. Em alguns dias do período de estiagem, foi necessária a realização de tratamentos específicos para eliminar valores extremamente baixos e oscilações diárias injustificáveis. Para obtenção da série de vazões incrementais da sub-bacia 5 - Furnas, primeiro foi calculada a vazão incremental bruta Furnas/Funil, obtida pela diferença entre a série oficial de vazões naturais de Furnas e a série oficial de vazões naturais de Funil, devidamente propagada com tempo de viagem igual a 36 horas. O passo seguinte foi o tratamento da vazão incremental Furnas/Funil, com uso do processo de modulação, a partir dos dados fluviométricos observados nas estações do rio Verde em Porto dos Buenos e do rio Sapucaí em Paraguaçu, utilizando tempos de viagem iguais a 12 e 10 horas, respectivamente. Por fim, as vazões incrementais da sub-bacia 5 - Furnas foram obtidas pela diferença entre as vazões incrementais tratadas Furnas/Funil e as vazões observadas em Porto dos Buenos e em Paraguaçu, devidamente propagadas. A série de vazões incrementais da sub-bacia 7 - Porto Colômbia foi calculada com metodologia semelhante à da sub-bacia 5 - Furnas. Primeiro, calculou-se a vazão ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 46 / 102 incremental bruta Porto Colômbia/Furnas, obtida pela diferença entre a série oficial de vazões naturais de Porto Colômbia e a série oficial de vazões naturais de Furnas, devidamente propagada com o uso dos tempos de viagem, passando pelos aproveitamentos de Mascarenhas de Moraes (23h), L.C.Barreto (7h), Jaguara (5h), Igarapava (10h), Volta Grande (12h) e Porto Colômbia (11h). O passo seguinte foi o tratamento da vazão incremental Porto Colômbia/Furnas, com uso do processo de modulação, a partir dos dados fluviométricos observados nas estações do rio Sapucaí Paulista em Fazenda Capão Escuro e do rio Uberaba em Conceição das Alagoas, utilizando tempos de viagem iguais a 8 e 6 horas, respectivamente. Por fim, as vazões incrementais da sub-bacia 7 - Porto Colômbia foram obtidas pela diferença entre as vazões incrementais tratadas Porto Colômbia/Furnas e as vazões observadas em Fazenda Capão Escuro, devidamente propagadas. No período entre 01/abril e 31/dezembro/2002, foi necessária a realização de tratamentos específicos para eliminar valores extremamente baixos e oscilações diárias injustificáveis. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 47 / 102 7 Resultados Para as etapas de calibração, de validação e de testes de desempenho do modelo, para posterior comparação com os resultados obtidos com a metodologia atual utilizada para a bacia do alto/médio rio Grande, foram utilizados os períodos constantes da tabela 7.1. Conforme mencionado nos itens 5.2 e 5.3, em cada uma das três etapas, foram selecionados anos com situações hidrológicas diversificadas na bacia, ou seja, períodos com cheias anuais baixa, média e alta. Os períodos tiveram sempre seu início em 01/agosto e término em 31/julho, de modo a propiciar melhores condições para a calibragem dos parâmetros, pois, do meio para o final do período seco, a vazão básica inicial (Ebin), em geral, é próxima da vazão observada inicial. Tabela 7.1 – Períodos utilizados nas etapas de calibração, validação e testes do modelo Etapa Calibração dos parâmetros Validação dos parâmetros Testes de desempenho 7.1 Período 1998/1999 ; 1999/2000 ; 2000/2001 e 2003/2004 1995/1996 ; 2004/2005 ; 2005/2006 e 2006/2007 1996/1997 ; 1997/1998 ; 2001/2002 e 2002/2003 Calibração e validação dos parâmetros do modelo Para a calibração dos parâmetros do modelo SMAP, em cada uma das sete subbacias consideradas nos estudos, foi utilizada a metodologia descrita no item 5.2. Para as sub-bacias 3 - Porto dos Buenos e 4 - Paraguaçu, foi necessária a ativação do quarto reservatório do modelo, para simular os extravasamentos para planícies e os significativos amortecimentos que ocorrem em eventos de grandes cheias (no caso específico da etapa de calibração, da cheia observada no período 1999/2000). Conforme já citado no item 6.2.2, as estações pluviométricas utilizadas para as etapas de calibração e validação dos parâmetros do modelo estão apresentadas no anexo 1. O anexo 3 apresenta os valores utilizados para a definição da faixa de variação dos coeficientes de representação espacial das estações pluviométricas – ke. Em geral, procurou-se estabelecer valores maiores, tanto de mínimos como de ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 48 / 102 máximos, para estações isoladas, localizadas dentro da sub-bacia, e valores menores para estações situadas fora da sub-bacia. As figuras 7.1 a 7.4 apresentam os hidrogramas observados e calculados pelo modelo SMAP na sub-bacia 1 - Camargos, nos quatro anos considerados na etapa de calibração. São mostrados, ainda, os hidrogramas do escoamento básico, provenientes do reservatório subterrâneo do modelo. As figuras 7.5 a 7.8 apresentam os hidrogramas correspondentes à etapa de validação. As figuras relativas a todas as sete sub-bacias estão apresentadas no anexo 4. Figura 7.1 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 1998/1999 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 400 350 300 250 200 150 100 50 0 1/8/1998 1/9/1998 1/10/1998 1/11/1998 1/12/1998 1/1/1999 1/2/1999 1/3/1999 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 1/4/1999 1/5/1999 1/6/1999 1/7/1999 49 / 102 Figura 7.2 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 1999/2000 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 700 600 500 400 300 200 100 0 1/8/1999 1/9/1999 1/10/1999 1/11/1999 1/12/1999 1/1/2000 1/2/2000 1/3/2000 1/4/2000 1/5/2000 1/6/2000 1/7/2000 Figura 7.3 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 2000/2001 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 350 300 250 200 150 100 50 0 1/8/2000 1/9/2000 1/10/2000 1/11/2000 1/12/2000 1/1/2001 1/2/2001 1/3/2001 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 1/4/2001 1/5/2001 1/6/2001 1/7/2001 50 / 102 Figura 7.4 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 2003/2004 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 600 500 400 300 200 100 0 1/8/2003 1/9/2003 1/10/2003 1/11/2003 1/12/2003 1/1/2004 1/2/2004 1/3/2004 1/4/2004 1/5/2004 1/6/2004 1/7/2004 Figura 7.5 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 1995/1996 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 400 350 300 250 200 150 100 50 0 1/8/1995 1/9/1995 1/10/1995 1/11/1995 1/12/1995 1/1/1996 1/2/1996 1/3/1996 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 1/4/1996 1/5/1996 1/6/1996 1/7/1996 51 / 102 Figura 7.6 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 2004/2005 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 1/8/2004 1/9/2004 1/10/2004 1/11/2004 1/12/2004 1/1/2005 1/2/2005 1/3/2005 1/4/2005 1/5/2005 1/6/2005 1/7/2005 Figura 7.7 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 2005/2006 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 300 250 200 150 100 50 0 1/8/2005 1/9/2005 1/10/2005 1/11/2005 1/12/2005 1/1/2006 1/2/2006 1/3/2006 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 1/4/2006 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006 52 / 102 Figura 7.8 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 2006/2007 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q bas ica calc Q obs Q calc 700 600 500 400 300 200 100 0 1/8/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/4/2007 1/5/2007 1/6/2007 1/7/2007 As tabelas 7.2 a 7.8 apresentam os parâmetros finais e os resultados da avaliação do ajuste do modelo SMAP obtidos para cada uma das sete sub-bacias consideradas nos estudos. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 53 / 102 Tabela 7.2 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 1 - Camargos FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO bacia Camargos Camargos Camargos data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 Parâmetros Str 100 100 100 K2t 5,5 5,5 5,5 Crec 100 100 100 Ai 2 2 2 Capc 42 42 42 Kkt 150 150 150 H 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 Ebin 45 62 70 Supin 1 5 5 Dados Ad= 6.279 6.279 6.279 Kep 1,04 1,01 1,07 Posto EVP Camargos Camargos Camargos Postos Chuva Fator Fator Fator 2144001 0,00 0,10 0,09 2144007 0,02 0,02 0,12 2144010 0,10 0,10 0,05 2144018 0,10 0,00 0,00 2144019 0,00 0,08 0,10 2144021 0,03 0,10 0,00 2144022 0,10 0,09 0,00 2144024 0,08 0,09 0,09 2144025 0,06 0,06 0,08 2144038 0,00 0,05 0,05 2244057 0,10 0,07 0,03 2244065 0,10 0,10 0,08 2144039 0,10 0,04 0,08 2144042 0,11 0,08 0,15 2244150 0,10 0,02 0,09 soma coef. Dist.Temporal 3 2 1 0 -1 soma coef. Resultados media desv.padrao C.Eficiencia C.E.R soma coef. Erro Méd. % Erro Méd. m3/s Camargos 01/08/06 31/07/07 Adotado 100 5,5 100 2 42 150 200 10,0 10,0 100 5,5 100 2 42 150 200 10,0 10,0 20 48 0 Média 6.279 1,09 Camargos Fator 0,05 0,06 0,10 0,10 0,10 0,10 0,00 0,10 0,10 0,05 0,02 0,10 0,10 0,02 0,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 -2% -7% 0,936 0,906 1,842 9% 11 1% 7% 0,918 0,908 1,826 9% 12 -2% 0% 0,941 0,926 1,867 7% 8 -5% -10% 0,948 0,913 1,861 9% 13 1,05 Média 0,06 0,05 0,09 0,05 0,07 0,06 0,05 0,09 0,08 0,04 0,05 0,09 0,08 0,09 0,05 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 Média -2% -3% 0,936 0,913 1,849 9% 11 bacia Camargos Camargos Camargos data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 Parâmetros Str 100 100 100 K2t 5,5 5,5 5,5 Crec 100 100 100 Ai 2 2 2 Capc 42 42 42 Kkt 150 150 150 H 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 Ebin 53 50 58 Supin 0 1 2 Dados Ad= 6.279 6.279 6.279 Kep 1,08 0,93 1,02 Posto EVP Camargos Camargos Camargos Postos Chuva Fator Fator Fator 2144001 0,10 0,10 0,09 2144007 0,02 0,15 0,15 2144010 0,00 0,10 0,07 2144018 0,07 0,00 0,10 2144019 0,10 0,10 0,03 2144021 0,05 0,05 0,07 2144022 0,10 0,00 0,10 2144024 0,07 0,10 0,00 2144025 0,00 0,02 0,10 2144038 0,00 0,05 0,00 2244057 0,10 0,04 0,03 2244065 0,10 0,02 0,10 2144039 0,10 0,10 0,02 2144042 0,09 0,07 0,13 2244150 0,10 0,10 0,01 soma coef. Dist.Temporal 3 2 1 0 -1 soma coef. Resultados media desv.padrao C.Eficiencia C.E.R soma coef. Erro Méd. % Erro Méd. m3/s ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Camargos 01/08/03 30/07/04 Adotado 100 5,5 100 2 42 150 200 10,0 10,0 100 5,5 100 2 42 150 200 10,0 10,0 20 51 0 Média 6.279 1,00 Camargos Fator 0,10 0,02 0,08 0,05 0,05 0,10 0,10 0,00 0,09 0,05 0,10 0,02 0,10 0,05 0,10 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 -4% -7% 0,916 0,895 1,811 10% 13 -1% 1% 0,862 0,884 1,746 12% 18 -6% -9% 0,876 0,879 1,754 12% 11 1% 10% 0,902 0,897 1,799 10% 13 1,01 Média 0,10 0,09 0,06 0,06 0,07 0,07 0,08 0,04 0,05 0,03 0,07 0,06 0,08 0,08 0,08 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,00 0,33 0,67 1,00 Média -3% -1% 0,889 0,889 1,778 11% 14 54 / 102 Tabela 7.3 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 2 - Funil FINAL VALIDAÇÃO bacia Funil Funil Funil Funil data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 Parâmetros Str 125 125 125 125 K2t 3,9 3,9 3,9 3,9 Crec 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 Capc 46 46 46 46 Kkt 135 135 135 135 H 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 70 76 76 66 Supin 0 0 0 0 Dados Ad= 9.491 9.491 9.491 9.491 Kep 1,05 1,18 1,09 1,20 Posto EVP Funil Funil Funil Funil Postos Chuva Fator Fator Fator Fator 2144037 0,02 0,15 0,02 0,02 2144005 0,07 0,00 0,07 0,02 2144006 0,00 0,08 0,00 0,00 2144038 0,02 0,10 0,10 0,02 2144000 0,00 0,10 0,00 0,10 2144023 0,00 0,00 0,03 0,03 2143006 0,00 0,10 0,00 0,10 2143005 0,07 0,00 0,00 0,10 2043018 0,15 0,02 0,15 0,15 2143008 0,11 0,02 0,02 0,04 2144009 0,06 0,10 0,05 0,03 2144002 0,10 0,00 0,06 0,07 2144028 0,02 0,03 0,10 0,10 204450 0,06 0,00 0,00 0,07 2143009 0,04 0,00 0,00 0,00 2144020 0,09 0,07 0,10 0,10 2144024 0,10 0,10 0,10 0,01 2144031 0,09 0,04 0,10 0,02 2143063 0,00 0,10 0,10 0,01 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator 3 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,05 0,05 0,05 0,05 0 0,50 0,50 0,50 0,50 -1 0,45 0,45 0,45 0,45 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados media -2% -4% -4% -4% desv.padrao -7% -10% -8% -10% C.Eficiencia 0,942 0,873 0,885 0,903 C.E.R 0,909 0,822 0,872 0,847 soma coef. 1,851 1,694 1,757 1,749 Erro Méd. % 9% 18% 13% 15% Erro Méd. m3/s 16 31 22 27 FINAL CALIBRAÇÃO Adotado 125 3,9 100 2 46 135 200 10,0 10,0 Média 1,13 Média 0,05 0,04 0,02 0,06 0,05 0,02 0,05 0,04 0,12 0,05 0,06 0,06 0,06 0,03 0,01 0,09 0,08 0,06 0,05 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,05 0,50 0,45 1,00 Média -4% -9% 0,901 0,862 1,763 14% 24 bacia Funil Funil Funil Funil data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04 Parâmetros Str 125 125 125 125 K2t 3,9 3,9 3,9 3,9 Crec 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 Capc 46 46 46 46 Kkt 135 135 135 135 H 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 74 64 72 56 Supin 0 0 0 0 Dados Ad= 9.491 9.491 9.491 9.491 Kep 1,18 1,11 1,07 1,06 Posto EVP Funil Funil Funil Funil Postos Chuva Fator Fator Fator Fator 2144037 0,02 0,07 0,06 0,15 2144005 0,06 0,00 0,02 0,00 2144006 0,10 0,03 0,10 0,00 2144038 0,02 0,10 0,02 0,07 2144000 0,10 0,10 0,00 0,10 2144023 0,00 0,10 0,01 0,00 2143006 0,10 0,00 0,05 0,09 2143005 0,00 0,10 0,10 0,02 2043018 0,02 0,02 0,09 0,07 2143008 0,10 0,03 0,11 0,02 2144009 0,10 0,00 0,00 0,00 2144002 0,00 0,10 0,10 0,00 2144028 0,04 0,00 0,10 0,10 204450 0,00 0,00 0,00 0,10 2143009 0,05 0,10 0,00 0,03 2144020 0,10 0,03 0,07 0,05 2144024 0,10 0,10 0,06 0,00 2144031 0,08 0,03 0,00 0,10 2143063 0,02 0,08 0,10 0,10 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator 3 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,05 0,05 0,05 0,05 0 0,50 0,50 0,50 0,50 -1 0,45 0,45 0,45 0,45 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados 0 0 0 media -5% -3% -1% -2% desv.padrao -9% -4% 1% -4% C.Eficiencia 0,921 0,952 0,930 0,906 C.E.R 0,882 0,880 0,906 0,839 soma coef. 1,804 1,832 1,836 1,745 Erro Méd. % 12% 12% 9% 16% Erro Méd. m3/s 17 17 10 24 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Adotado 125 3,9 100 2 46 135 200 10,0 10,0 Média 1,10 Média 0,08 0,02 0,06 0,05 0,08 0,03 0,06 0,06 0,05 0,07 0,03 0,05 0,06 0,03 0,04 0,06 0,06 0,05 0,07 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,05 0,50 0,45 1,00 Média -3% -4% 0,927 0,877 1,804 12% 17 55 / 102 Tabela 7.4 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 3 - Porto dos Buenos FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO bacia Porto dos Buenos Porto dos Buenos Porto dos Buenos Porto dos Buenos data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 Parâmetros Str 110 110 110 110 110 K2t 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 42 42 42 42 42 Kkt 150 150 150 150 150 H 50 50 50 50 50 K3t 28 28 28 28 28 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 63 71 78 42 Supin 9 5 4 3 Dados Média Ad= 6.366 6.366 6.366 6.366 Kep 0,99 0,99 1,03 1,16 1,04 Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média 2144004 0,09 0,00 0,00 0,00 0,02 2144003 0,00 0,10 0,07 0,07 0,06 2145001 0,10 0,10 0,06 0,10 0,09 2245065 0,15 0,12 0,07 0,02 0,09 2145008 0,00 0,10 0,00 0,10 0,05 2244068 0,02 0,07 0,10 0,10 0,07 2145024 0,05 0,00 0,09 0,10 0,06 2145023 0,10 0,00 0,00 0,10 0,05 2244071 0,09 0,10 0,07 0,00 0,06 2145003 0,15 0,15 0,15 0,08 0,13 2244054 0,15 0,02 0,15 0,15 0,12 2145009 0,00 0,00 0,00 0,06 0,02 2245080 0,00 0,05 0,05 0,00 0,02 2144037 0,00 0,10 0,10 0,10 0,08 2145049 0,10 0,10 0,10 0,02 0,08 bacia Porto dos Buenos Porto dos Buenos Porto dos Buenos Porto dos Buenos data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotado data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04 Parâmetros Str 110 110 110 110 110 K2t 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 42 42 42 42 42 Kkt 150 150 150 150 150 H 50 50 50 50 50 K3t 28 28 28 28 28 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 58 67 78 58 Supin 0 6 0 0 Dados Média Ad= 6.366 6.366 6.366 6.366 Kep 1,02 0,92 1,04 0,82 0,95 Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Postos ChuvaFator Fator Fator Fator Média 2144004 0,10 0,10 0,00 0,07 0,07 2144003 0,00 0,00 0,00 0,10 0,03 2145001 0,10 0,09 0,10 0,00 0,07 2245065 0,14 0,02 0,15 0,02 0,08 2145008 0,00 0,10 0,02 0,00 0,03 2244068 0,10 0,00 0,10 0,09 0,07 2145024 0,10 0,10 0,08 0,07 0,09 2145023 0,00 0,10 0,02 0,10 0,05 2244071 0,07 0,00 0,10 0,10 0,07 2145003 0,09 0,15 0,15 0,15 0,13 2244054 0,15 0,02 0,03 0,02 0,05 2145009 0,10 0,10 0,10 0,06 0,09 2245080 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 2144037 0,00 0,10 0,04 0,10 0,06 2145049 0,00 0,07 0,07 0,07 0,05 soma coef. Dist.Temporal 3 2 1 0 -1 soma coef. Resultados media desv.padrao C.Eficiencia C.E.R soma coef. Erro Méd. % Erro Méd. m3/s 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 -2% -8% 0,929 0,916 1,844 8% 10 -3% -2% 0,919 0,900 1,820 10% 16 -4% -4% 0,866 0,896 1,763 10% 10 -6% -7% 0,919 0,867 1,786 13% 22 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 Média -4% -5% 0,908 0,895 1,803 11% 15 soma coef. 1,00 Dist.Temporal Fator 3 0,00 2 0,00 1 0,36 0 0,34 -1 0,30 soma coef. 1,00 Resultados media -4% desv.padrao 4% C.Eficiencia 0,939 C.E.R 0,887 soma coef. 1,826 Erro Méd. % 11% Erro Méd. m3/s14 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 5% 13% 0,835 0,864 1,698 14% 25 -2% -3% 0,895 0,909 1,804 9% 9 -2% 5% 0,919 0,900 1,819 10% 12 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,36 0,34 0,30 1,00 Média -1% 5% 0,897 0,890 1,787 11% 15 56 / 102 Tabela 7.5 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 4 - Paraguaçu FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO bacia Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 Parâmetros Str 115 115 115 115 115 K2t 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 50 50 50 50 50 Kkt 140 140 140 140 140 H 55 55 55 55 55 K3t 45 45 45 45 45 K1t 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 70 80 85 55 Supin 20 30 15 18 Dados Ad= 9.501 9.501 9.501 9.501 Kep 0,86 0,94 0,87 1,08 0,94 Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média 2245084 0,05 0,00 0,01 0,00 0,02 2245087 0,10 0,02 0,08 0,02 0,05 2245070 0,10 0,00 0,10 0,10 0,08 2246050 0,10 0,10 0,10 0,02 0,08 2245074 0,00 0,10 0,00 0,00 0,03 2245066 0,10 0,00 0,00 0,00 0,03 2245088 0,05 0,06 0,02 0,10 0,06 2145017 0,02 0,02 0,11 0,15 0,08 2145022 0,07 0,02 0,02 0,15 0,07 2245086 0,00 0,10 0,06 0,02 0,05 2245000 0,10 0,09 0,10 0,00 0,07 2245083 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2245089 0,10 0,00 0,00 0,05 0,04 2245085 0,00 0,10 0,00 0,10 0,05 2245104 0,02 0,10 0,10 0,02 0,06 2245010 0,02 0,06 0,10 0,02 0,05 2246143 0,00 0,00 0,10 0,00 0,03 2245195 0,02 0,10 0,10 0,10 0,08 2245194 0,10 0,10 0,00 0,10 0,08 2145023 0,05 0,04 0,00 0,05 0,03 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44 -1 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados Média media -3% -3% -5% -5% -4% desv.padrao -5% 9% -2% -4% -1% C.Eficiencia 0,912 0,862 0,897 0,895 0,892 C.E.R 0,882 0,874 0,868 0,871 0,874 soma coef. 1,794 1,736 1,765 1,766 1,765 Erro Méd. % 12% 13% 13% 13% 13% Erro Méd. m3/s 21 24 18 25 22 bacia Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotado data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04 Parâmetros Str 115 115 115 115 115 K2t 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 50 50 50 50 50 Kkt 140 140 140 140 140 H 55 55 55 55 55 K3t 45 45 45 45 45 K1t 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 63 65 75 56 Supin 0 7 7 0 Dados Ad= 9.501 9.501 9.501 9.501 Kep 1,07 1,03 0,98 0,81 0,97 Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média 2245084 0,01 0,10 0,09 0,10 0,07 2245087 0,10 0,02 0,10 0,07 0,07 2245070 0,00 0,00 0,10 0,00 0,03 2246050 0,02 0,10 0,09 0,10 0,08 2245074 0,10 0,10 0,10 0,00 0,07 2245066 0,10 0,05 0,00 0,01 0,04 2245088 0,10 0,02 0,10 0,10 0,08 2145017 0,06 0,05 0,02 0,15 0,07 2145022 0,02 0,15 0,02 0,05 0,06 2245086 0,10 0,00 0,00 0,00 0,03 2245000 0,06 0,00 0,10 0,10 0,07 2245083 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2245089 0,10 0,10 0,09 0,00 0,07 2245085 0,07 0,10 0,00 0,02 0,05 2245104 0,02 0,02 0,02 0,03 0,02 2245010 0,10 0,10 0,02 0,10 0,08 2246143 0,04 0,00 0,00 0,00 0,01 2245195 0,00 0,00 0,10 0,01 0,03 2245194 0,00 0,09 0,00 0,10 0,05 2145023 0,00 0,00 0,05 0,05 0,03 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44 -1 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados Média media -5% -1% -7% -2% -4% desv.padrao 0% 0% -8% 1% -2% C.Eficiencia 0,939 0,757 0,906 0,913 0,879 C.E.R 0,877 0,894 0,884 0,887 0,886 soma coef. 1,817 1,651 1,790 1,801 1,765 Erro Méd. % 12% 11% 12% 11% 11% Erro Méd. m3/s 18 28 13 18 19 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 57 / 102 Tabela 7.6 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 5 - Furnas FINAL VALIDAÇÃO bacia Furnas Furnas Furnas Furnas data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 Parâmetros Str 85 85 85 85 K2t 6,5 6,5 6,5 6,5 Crec 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 Capc 44 44 44 44 Kkt 140 140 140 140 H 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 75 85 120 90 Supin 31 36 36 0 Dados Ad= 20.501 20.501 20.501 20.501 Kep 1,12 0,97 1,16 1,09 Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Postos Chuva Fator Fator Fator Fator 2145042 0,08 0,00 0,08 0,00 2145030 0,00 0,08 0,00 0,00 2146084 0,12 0,12 0,02 0,12 2145041 0,02 0,02 0,02 0,08 2045020 0,02 0,12 0,03 0,02 2145044 0,00 0,08 0,05 0,00 2046028 0,12 0,02 0,02 0,02 2145032 0,00 0,00 0,00 0,00 2045021 0,00 0,00 0,00 0,01 2045028 0,02 0,02 0,04 0,12 2045026 0,02 0,02 0,02 0,08 2146027 0,11 0,02 0,09 0,12 2044027 0,00 0,05 0,06 0,00 2045004 0,08 0,02 0,08 0,08 2145043 0,00 0,08 0,08 0,00 2145007 0,08 0,04 0,08 0,01 2145021 0,00 0,00 0,08 0,01 2145022 0,04 0,08 0,00 0,08 2145023 0,08 0,08 0,04 0,01 2144006 0,04 0,04 0,04 0,04 2145047 0,00 0,00 0,00 0,04 2046027 0,12 0,06 0,12 0,12 2146026 0,04 0,04 0,04 0,04 2045031 0,00 0,00 0,00 0,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator 3 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,25 0,25 0,25 0,25 0 0,25 0,25 0,25 0,25 -1 0,50 0,50 0,50 0,50 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados 0 0 0 media -6% -9% -10% -11% desv.padrao -4% -15% -6% -16% C.Eficiencia 0,930 0,862 0,771 0,868 C.E.R 0,855 0,811 0,803 0,825 soma coef. 1,785 1,672 1,573 1,692 Erro Méd. % 14% 19% 20% 18% Erro Méd. m3/s 37 70 58 71 FINAL CALIBRAÇÃO Adotado 85 6,5 100 2 44 140 200 10,0 10,0 Média 1,09 Média 0,04 0,02 0,10 0,04 0,05 0,03 0,05 0,00 0,00 0,05 0,04 0,08 0,03 0,07 0,04 0,05 0,02 0,05 0,05 0,04 0,01 0,11 0,04 0,00 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,25 0,25 0,50 1,00 Média -9% -10% 0,858 0,823 1,681 18% 59 bacia Furnas Furnas Furnas Furnas data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04 Parâmetros Str 85 85 85 85 K2t 6,5 6,5 6,5 6,5 Crec 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 Capc 44 44 44 44 Kkt 140 140 140 140 H 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 80 60 92 85 Supin 13 20 5 7 Dados Ad= 20.501 20.501 20.501 20.501 Kep 1,12 1,20 1,08 0,88 Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Postos Chuva Fator Fator Fator Fator 2145042 0,00 0,05 0,00 0,04 2145030 0,00 0,00 0,00 0,08 2146084 0,12 0,02 0,12 0,07 2145041 0,02 0,08 0,08 0,02 2045020 0,12 0,09 0,02 0,02 2145044 0,07 0,08 0,08 0,00 2046028 0,02 0,02 0,02 0,12 2145032 0,08 0,00 0,00 0,00 2045021 0,08 0,08 0,02 0,06 2045028 0,02 0,12 0,12 0,02 2045026 0,03 0,08 0,02 0,02 2146027 0,02 0,02 0,04 0,05 2044027 0,07 0,00 0,05 0,00 2045004 0,02 0,08 0,08 0,08 2145043 0,00 0,08 0,00 0,08 2145007 0,08 0,00 0,08 0,08 2145021 0,03 0,07 0,05 0,01 2145022 0,00 0,00 0,08 0,08 2145023 0,08 0,00 0,00 0,00 2144006 0,04 0,00 0,04 0,04 2145047 0,05 0,00 0,00 0,07 2046027 0,02 0,12 0,06 0,02 2146026 0,04 0,00 0,04 0,04 2045031 0,00 0,00 0,00 0,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator 3 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,25 0,25 0,25 0,25 0 0,25 0,25 0,25 0,25 -1 0,50 0,50 0,50 0,50 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados media -6% 0% -4% -1% desv.padrao -5% 2% 2% 1% C.Eficiencia 0,931 0,890 0,909 0,892 C.E.R 0,843 0,811 0,874 0,830 soma coef. 1,774 1,702 1,783 1,722 Erro Méd. % 16% 19% 13% 17% Erro Méd. m3/s 34 50 21 47 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Adotado 85 6,5 100 2 44 140 200 10,0 10,0 Média 1,07 Média 0,02 0,02 0,08 0,05 0,06 0,06 0,04 0,02 0,06 0,07 0,04 0,03 0,03 0,07 0,04 0,06 0,04 0,04 0,02 0,03 0,03 0,05 0,03 0,00 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,25 0,25 0,50 1,00 Média -3% 0% 0,905 0,840 1,745 16% 38 58 / 102 Tabela 7.7 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 6 - Fazenda Capão Escuro FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO bacia Fazenda Capão Fazenda Escuro Capão Fazenda Escuro Capão Fazenda Escuro Capão Escuro data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 Parâmetros Str 240 240 240 240 240 K2t 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 46 46 46 46 46 Kkt 80 80 80 80 80 H 200 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 63 64 54 44 Supin 0 0 0 0 Dados Média Ad= 5.906 5.906 5.906 5.906 Kep 0,88 0,90 0,99 0,88 0,91 Posto EVP P.ColômbiaP.ColômbiaP.ColômbiaP.Colômbia Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média 2147001 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 2047032 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 2047031 0,04 0,15 0,11 0,04 0,08 2047104 0,22 0,22 0,22 0,19 0,21 2147054 0,22 0,04 0,22 0,21 0,17 2047018 0,14 0,04 0,04 0,09 0,08 2147166 0,00 0,05 0,06 0,02 0,03 2047016 0,04 0,15 0,15 0,15 0,12 2048009 0,14 0,00 0,00 0,09 0,06 2047067 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 2047101 0,00 0,15 0,00 0,00 0,04 bacia Fazenda Capão Fazenda Escuro Capão Fazenda Escuro Capão Fazenda Escuro Capão Escuro data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotado data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04 Parâmetros Str 240 240 240 240 240 K2t 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 46 46 46 46 46 Kkt 80 80 80 80 80 H 200 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 50 46 59 61 Supin 0 0 0 0 Dados Média Ad= 5.906 5.906 5.906 5.906 Kep 0,89 1,00 0,87 0,90 0,92 Posto EVP P.ColômbiaP.ColômbiaP.ColômbiaP.Colômbia Postos ChuvaFator Fator Fator Fator Média 2147001 0,04 0,15 0,04 0,04 0,07 2047032 0,02 0,08 0,08 0,00 0,05 2047031 0,04 0,04 0,15 0,04 0,07 2047104 0,15 0,18 0,22 0,18 0,18 2147054 0,22 0,04 0,04 0,22 0,13 2047018 0,12 0,15 0,15 0,14 0,14 2147166 0,15 0,00 0,14 0,00 0,07 2047016 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 2048009 0,03 0,08 0,00 0,00 0,03 2047067 0,08 0,08 0,01 0,08 0,06 2047101 0,00 0,05 0,03 0,15 0,06 soma coef. Dist.Temporal 3 2 1 0 -1 soma coef. Resultados media desv.padrao C.Eficiencia C.E.R soma coef. Erro Méd. % Erro Méd. m3/s 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 -1% 2% 0,951 0,918 1,869 8% 8 -3% -5% 0,921 0,894 1,814 11% 10 -3% -2% 0,951 0,901 1,852 10% 9 -5% -10% 0,906 0,889 1,795 11% 22 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 Média -3% -4% 0,932 0,901 1,833 10% 12 soma coef. 1,00 Dist.Temporal Fator 3 0,00 2 0,00 1 0,15 0 0,25 -1 0,60 soma coef. 1,00 Resultados media 0% desv.padrao 5% C.Eficiencia 0,963 C.E.R 0,925 soma coef. 1,888 Erro Méd. % 7% Erro Méd. m3/s 7 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 1,00 Fator 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 1% 7% 0,881 0,856 1,737 14% 14 -4% 8% 0,765 0,877 1,642 12% 6 -2% 8% 0,944 0,893 1,838 11% 10 1,00 Adotado 0,00 0,00 0,15 0,25 0,60 1,00 Média -1% 7% 0,888 0,888 1,776 11% 9 59 / 102 Tabela 7.8 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 7 - Porto Colômbia FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO bacia Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia data inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 Parâmetros Str 115 115 115 115 115 K2t 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 42 42 42 42 42 Kkt 100 100 100 100 100 H 200 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 92 88 105 111 Supin 15 16 6 7 Dados Média Ad= 19.383 19.383 19.383 19.383 Kep 1,04 1,20 1,07 1,20 1,13 Posto EVP Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média 2146078 0,02 0,12 0,12 0,02 0,07 1948001 0,00 0,08 0,00 0,00 0,02 1947002 0,05 0,00 0,00 0,08 0,03 2046009 0,02 0,12 0,12 0,02 0,07 2048004 0,08 0,08 0,02 0,06 0,06 2146026 0,08 0,00 0,08 0,08 0,06 2046031 0,00 0,02 0,08 0,04 0,04 2047067 0,12 0,02 0,12 0,12 0,10 1947008 0,08 0,00 0,08 0,00 0,04 2048011 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 2047116 0,08 0,00 0,00 0,08 0,04 1948003 0,12 0,09 0,12 0,12 0,11 2047101 0,02 0,08 0,02 0,08 0,05 2046011 0,06 0,03 0,00 0,04 0,03 2047016 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 2046027 0,01 0,02 0,00 0,06 0,02 2047045 0,00 0,00 0,05 0,00 0,01 2047115 0,00 0,00 0,00 0,08 0,02 2048096 0,08 0,08 0,00 0,00 0,04 2048042 0,05 0,09 0,06 0,02 0,05 2047118 0,04 0,08 0,06 0,00 0,05 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 -1 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados Média media -3% 0% -1% -3% -2% desv.padrao -4% 0% -1% -8% -3% C.Eficiencia 0,962 0,876 0,938 0,944 0,930 C.E.R 0,904 0,850 0,880 0,892 0,881 soma coef. 1,867 1,726 1,818 1,836 1,812 Erro Méd. % 10% 15% 12% 11% 12% Erro Méd. m3/s 22 40 27 42 33 bacia Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotado data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04 Parâmetros Str 115 115 115 115 115 K2t 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 Crec 100 100 100 100 100 Ai 2 2 2 2 2 Capc 42 42 42 42 42 Kkt 100 100 100 100 100 H 200 200 200 200 200 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Inicialização Tuin 20 20 20 20 Ebin 108 80 128 85 Supin 0 12 0 6 Dados Média Ad= 19.383 19.383 19.383 19.383 Kep 1,12 1,20 1,08 0,99 1,10 Posto EVP Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia Porto Colômbia Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média 2146078 0,07 0,02 0,06 0,02 0,04 1948001 0,08 0,08 0,08 0,07 0,08 1947002 0,08 0,08 0,08 0,03 0,07 2046009 0,12 0,02 0,02 0,02 0,05 2048004 0,02 0,08 0,02 0,02 0,04 2146026 0,08 0,02 0,08 0,08 0,07 2046031 0,01 0,00 0,08 0,08 0,04 2047067 0,12 0,02 0,02 0,02 0,04 1947008 0,00 0,00 0,00 0,08 0,02 2048011 0,00 0,04 0,00 0,04 0,02 2047116 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 1948003 0,12 0,12 0,02 0,12 0,10 2047101 0,06 0,08 0,08 0,08 0,07 2046011 0,01 0,07 0,00 0,08 0,04 2047016 0,01 0,08 0,08 0,00 0,04 2046027 0,08 0,08 0,08 0,00 0,06 2047045 0,00 0,00 0,07 0,08 0,04 2047115 0,08 0,00 0,05 0,08 0,05 2048096 0,03 0,08 0,08 0,08 0,07 2048042 0,02 0,12 0,02 0,02 0,05 2047118 0,00 0,00 0,08 0,01 0,02 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 -1 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Resultados Média media -5% -3% -5% 0% -3% desv.padrao -9% 11% -2% 5% 1% C.Eficiencia 0,934 0,865 0,872 0,922 0,898 C.E.R 0,889 0,864 0,894 0,871 0,879 soma coef. 1,823 1,729 1,765 1,793 1,777 Erro Méd. % 11% 14% 11% 13% 12% Erro Méd. m3/s 31 56 17 33 34 Pode-se verificar, com base nos valores da soma do coeficiente de eficiência e do coeficiente de erro relativo e nos valores dos erros médios (%) das vazões diárias calculadas em relação às vazões observadas, bem como nas figuras apresentadas no anexo 4, os bons resultados obtidos nas etapas de calibração e validação dos parâmetros do modelo SMAP, para todas as sete sub-bacias consideradas nos estudos. De modo geral, as três sub-bacias relativas às estações fluviométricas e a ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 60 / 102 sub-bacia 1 - Camargos apresentam os melhores resultados devido ao processo de obtenção de suas séries de vazões, por meio de medições diretas. As demais subbacias (2 - Funil, 5 - Furnas e 7 - Porto Colômbia) apresentam resultados ligeiramente inferiores em relação às primeiras, em razão do processo de obtenção de suas séries de vazões, calculadas por meio de diferenças entre vazões observadas no local e nos aproveitamentos de montante, devidamente propagadas. 7.2 Testes de desempenho do modelo Os testes de desempenho do modelo SMAP aplicado à bacia do alto/médio Grande envolveram um total de 208 simulações (4 anos x 52 semanas) para cada uma das sete sub-bacias consideradas nos estudos, utilizando a metodologia descrita no item 5.3. Os testes foram realizados considerando sempre a quarta-feira como o dia da elaboração da previsão, com um horizonte de dez dias à frente. Dessa forma, as vazões médias previstas para os dias restantes da semana operativa em curso e para a próxima semana operativa foram calculadas com base nas médias das vazões diárias previstas para o período entre o primeiro e o terceiro dia da previsão e entre o quarto e o décimo dia da previsão, respectivamente. As simulações foram realizadas para três situações distintas: - Uso das previsões originais de precipitação do modelo ETA. - Uso das previsões de precipitação do modelo ETA com a remoção do viés, conforme metodologia descrita no item 6.2.3. - Uso dos dados observados de precipitação na rede de estações pluviométricas (telemétricas e convencionais) em substituição aos dados de precipitação prevista. Esta última situação, simulada em três das sete sub-bacias, é conhecida como "previsão perfeita" e avalia, de certa forma, os erros da modelagem, que incluem: - Erros na concepção do processo utilizado pelo modelo na transformação de chuva em vazão. - Erros nos valores obtidos para os parâmetros do modelo. - Erros nos dados básicos de entrada do modelo (precipitação média observada, vazão observada e evapotranspiração potencial estimada). ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 61 / 102 As figuras 7.9 a 7.12 apresentam alguns exemplos de simulações realizadas para a sub-bacia 1 - Camargos, considerando a remoção do viés das previsões de precipitação do modelo ETA. Em todas as simulações percebe-se o bom ajuste entre os hidrogramas observados e calculados pelo modelo SMAP até o dia da previsão (ponto assinalado com uma cruz), mostrando o bom desempenho da metodologia de reinicialização do modelo, descrita no item 5.3.2. O desempenho do modelo nos dez dias de previsão depende, principalmente, do desempenho das previsões de precipitação em cada evento. Por exemplo, na simulação da previsão realizada no dia 6/11/1996, apresentada na figura 7.9, com uma situação de hidrograma de vazões observadas em fase de ascensão (até o dia 5/11/1996), o modelo de previsão de precipitação indicou ausência de chuvas ou chuvas fracas no período de dez dias à frente. Como de fato isto ocorreu, as vazões previstas para o período entre 6/11 e 15/11 ficaram bem aderentes às vazões observadas. Já na simulação da previsão realizada no dia 30/01/2002, apresentada na figura 7.11, com uma situação de hidrograma de vazões observadas em fase de início de recessão (até o dia 29/01/2002), o modelo de previsão de precipitação indicou a presença de fortes chuvas no período de dez dias à frente, com uma precipitação prevista acumulada em torno de 150mm. Embora tenham-se registradas chuvas em alguns dias desse período, a precipitação observada acumulada foi apenas cerca de 50mm, resultando em um hidrograma de vazões observadas bem abaixo do hidrograma previsto. Figura 7.9 – Simulação da previsão do dia 6/11/1996 - Sub-bacia 1 - Camargos Q basica calc Vazões (m3/s) Q obs Q calc 160 140 120 100 80 60 40 20 0 6/10/1996 13/10/1996 20/10/1996 27/10/1996 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 3/11/1996 10/11/1996 62 / 102 Figura 7.10 – Simulação da previsão do dia 4/02/1998 - Sub-bacia 1 - Camargos 250 Q basica calc Vazões (m3/s) Q obs Q calc 200 150 100 50 0 4/1/1998 11/1/1998 18/1/1998 25/1/1998 1/2/1998 8/2/1998 Figura 7.11 – Simulação da previsão do dia 30/01/2002 - Sub-bacia 1 - Camargos Q bas ica calc Vazões (m3/s) Q obs Q calc 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 30/12/2001 6/1/2002 13/1/2002 20/1/2002 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 27/1/2002 3/2/2002 63 / 102 Figura 7.12 – Simulação da previsão do dia 22/01/2003 - Sub-bacia 1 - Camargos Vazões (m3/s) Q basica calc Q obs Q calc 600 500 400 300 200 100 0 22/12/2002 29/12/2002 5/1/2003 12/1/2003 19/1/2003 26/1/2003 As figuras 7.13 a 7.23 mostram, nos 4 anos utilizados para a etapa de testes, as vazões previstas e os respectivos desvios da previsão da próxima semana operativa para a sub-bacia 1 - Camargos, para as simulações sem e com a remoção do viés da previsão de precipitação do modelo ETA. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 64 / 102 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 09/07/03 28/05/03 16/04/03 05/03/03 22/01/03 11/12/02 09/07/03 28/05/03 16/04/03 05/03/03 22/01/03 11/12/02 30/10/02 18/09/02 07/08/02 19/06/02 500 400 400 300 600 200 800 100 1000 0 1200 600 500 400 400 300 600 200 800 100 1000 0 1200 Precipitações 9 dias (mm) 600 Precipitações 9 dias (mm) 121 30/10/02 Vazão Média Observada = 18/09/02 114 07/08/02 Observadas Vazão Média Calculada = 08/05/02 121 19/06/02 Vazão Média Observada = 27/03/02 124 08/05/02 13/02/02 02/01/02 21/11/01 10/10/01 29/08/01 22/07/98 10/06/98 29/04/98 18/03/98 04/02/98 24/12/97 12/11/97 01/10/97 20/08/97 09/07/97 28/05/97 16/04/97 05/03/97 22/01/97 11/12/96 30/10/96 18/09/96 07/08/96 3 Vazões da próxima semana operativa (m /s) Observadas Vazão Média Calculada = 27/03/02 13/02/02 Camargos 02/01/02 21/11/01 10/10/01 29/08/01 22/07/98 10/06/98 29/04/98 18/03/98 04/02/98 24/12/97 12/11/97 01/10/97 20/08/97 09/07/97 28/05/97 16/04/97 05/03/97 22/01/97 11/12/96 30/10/96 18/09/96 07/08/96 3 Vazões da próxima semana operativa (m /s) Figura 7.13 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação Camargos 0 Previstas 200 Figura 7.14 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação Com Remoção de Viés 0 Previstas 200 65 / 102 Figura 7.15 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Sem remoção de viés da previsão de precipitação Camargos 600 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 500 400 300 200 Q prevista > Q observada = 55% Q prevista ≤ Q observada = 45% 100 0 0 100 200 300 400 500 600 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) Figura 7.16 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Com remoção de viés da previsão de precipitação Camargos 600 Com Remoção de Viés 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 500 400 300 200 Q prevista > Q observada = 46% Q prevista ≤ Q observada = 54% 100 0 0 100 200 300 400 500 600 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 66 / 102 Figura 7.17 – Erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Sem remoção de viés da previsão de precipitação 0 140% 100 120% 200 Média dos erros relativos = 7% 100% 300 Precipitações Previstas 80% 400 Precipitações Observadas 60% 500 40% 600 20% 700 0% 800 -20% 900 -40% 1000 -60% Precipitações 9 dias (mm) Erros relativos na previsão da próxima semana operativa Camargos 160% 1100 -4% 14% 11% 7% 1200 09/07/03 28/05/03 16/04/03 05/03/03 22/01/03 11/12/02 30/10/02 18/09/02 07/08/02 19/06/02 08/05/02 27/03/02 13/02/02 02/01/02 21/11/01 10/10/01 29/08/01 22/07/98 10/06/98 29/04/98 18/03/98 04/02/98 24/12/97 12/11/97 01/10/97 20/08/97 09/07/97 28/05/97 16/04/97 05/03/97 22/01/97 11/12/96 30/10/96 18/09/96 07/08/96 -80% Figura 7.18 – Erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Com remoção de viés da previsão de precipitação Com Remoção de Viés 0 140% 100 120% 200 Média dos erros relativos = 100% -1% 300 Precipitações Previstas 80% 400 Precipitações Observadas 60% 500 40% 600 20% 700 0% 800 -20% 900 -40% 1000 -60% Precipitações 9 dias (mm) Erros relativos na previsão da próxima semana operativa Camargos 160% 1100 5% -10% 0% 0% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 09/07/03 28/05/03 16/04/03 05/03/03 22/01/03 11/12/02 30/10/02 18/09/02 07/08/02 19/06/02 08/05/02 27/03/02 13/02/02 02/01/02 21/11/01 10/10/01 29/08/01 22/07/98 10/06/98 29/04/98 18/03/98 04/02/98 24/12/97 12/11/97 01/10/97 20/08/97 09/07/97 28/05/97 16/04/97 05/03/97 22/01/97 11/12/96 30/10/96 18/09/96 1200 07/08/96 -80% 67 / 102 Figura 7.19 – Erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Sem remoção de viés da previsão de precipitação 0 140% 100 120% 200 100% 300 Precipitações Previstas Precipitações Observadas 80% 400 13% 24% 19% 17% 09/07/03 28/05/03 16/04/03 05/03/03 22/01/03 11/12/02 30/10/02 18/09/02 07/08/02 19/06/02 08/05/02 27/03/02 13/02/02 02/01/02 21/11/01 10/10/01 29/08/01 22/07/98 10/06/98 29/04/98 18/03/98 04/02/98 24/12/97 12/11/97 01/10/97 20/08/97 09/07/97 800 28/05/97 0% 16/04/97 700 05/03/97 20% 22/01/97 600 11/12/96 40% 30/10/96 500 18/09/96 60% Precipitações 9 dias (mm) Média dos erros absolutos = 18,3% 07/08/96 Erros absolutos na previsão da próxima semana operativa Camargos 160% Figura 7.20 – Erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Com remoção de viés da previsão de precipitação Com Remoção de Viés 0 140% 100 200 120% 100% 300 Precipitações Previstas Precipitações Observadas 80% 400 14% 20% 16% 14% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 09/07/03 28/05/03 16/04/03 05/03/03 22/01/03 11/12/02 30/10/02 18/09/02 07/08/02 19/06/02 08/05/02 27/03/02 13/02/02 02/01/02 21/11/01 10/10/01 29/08/01 22/07/98 10/06/98 29/04/98 18/03/98 04/02/98 24/12/97 12/11/97 01/10/97 20/08/97 09/07/97 800 28/05/97 0% 16/04/97 700 05/03/97 20% 22/01/97 600 11/12/96 40% 30/10/96 500 18/09/96 60% Precipitações 9 dias (mm) Média dos erros absolutos = 16,0% 07/08/96 Erros absolutos na previsão da próxima semana operativa Camargos 160% 68 / 102 Figura 7.21 – Médias dos erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação Camargos Erros relativos na previsão da próxima semana operativa 60% 40% Erros médios Média Móvel 20% 0% -20% 23-jul 9-jul 25-jun 11-jun 28-mai 14-mai 30-abr 16-abr 2-abr 5-mar 19-mar 19-fev 5-fev 22-jan 8-jan 25-dez 11-dez 27-nov 13-nov 30-out 16-out 2-out 18-set 4-set 21-ago 7-ago -40% Figura 7.22 – Médias dos erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação Camargos Com Remoção de Viés Erros médios relativos na previsão da próxima semana operativa 60% 40% Erros médios Média Móvel 20% 0% -20% PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 23-jul 9-jul 25-jun 11-jun 28-mai 14-mai 30-abr 16-abr 2-abr 5-mar ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 19-mar 19-fev 5-fev 22-jan 8-jan 25-dez 11-dez 27-nov 13-nov 30-out 16-out 2-out 18-set 4-set 21-ago 7-ago -40% 69 / 102 Figura 7.23 – Médias dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação Camargos Erros absolutos na previsão da próxima semana operativa 60% 50% Período Original Agosto / Novembro Dezembro / Janeiro Fevereiro / Março Abril / Julho Ano 25,5% 25,1% 22,3% 6,1% 18,3% Erros Médios Com Ganho Com Remoção Remoção 20,9% 4,5% 22,7% 2,4% 19,1% 3,1% 6,3% -0,2% 16,0% 2,3% 40% Sem Remoção de Viés Média Móvel Com Remoção de Viés Média Móvel 30% 20% 10% 23-jul 9-jul 25-jun 11-jun 28-mai 14-mai 30-abr 16-abr 2-abr 19-mar 5-mar 19-fev 5-fev 22-jan 8-jan 25-dez 11-dez 27-nov 13-nov 30-out 16-out 2-out 18-set 4-set 21-ago 7-ago 0% Da análise das figuras anteriores, percebe-se um ganho significativo nos resultados das previsões de vazões com a aplicação do processo de remoção do viés da previsão de precipitação fornecida pelo modelo ETA, para a sub-bacia 1 - Camargos. Este ganho se dá em três dos quatro anos considerados na etapa de testes de desempenho do modelo, com a diminuição do erro médio anual da previsão (4% em 1997/98, 3% em 2001/02 e 3% em 2002/03). Mesmo no ano que não há melhoras (1996/97), o aumento nos erros médios é muito pequeno (cerca de 1%). Outro aspecto importante é a eliminação da tendência do modelo apresentar previsões superestimadas. Com o uso das previsões originais do modelo ETA, sem a correção do viés, o erro médio relativo das previsões foi de +7%. Quando se utiliza as previsões de precipitação com a remoção do viés, esse erro é reduzido para -1%. Por fim, pela figura 7.23, nota-se que, para a sub-bacia 1 - Camargos, a redução média dos erros da previsão de vazão com a aplicação do processo de remoção do viés da previsão de precipitação é de 2,3% (de 18,3% para 16,0%). O anexo 5 apresenta os conjuntos de figuras similares para todas as sub-bacias consideradas nos estudos. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 70 / 102 A tabela 7.9 apresenta os erros médios (MAPE) obtidos nas previsões de vazões do período de dias restantes da semana operativa em curso (1º ao 3º dia de previsão) e da próxima semana operativa (4º ao 10º dia). Tabela 7.9 – Erros médios - MAPE - obtidos na previsão de vazões (%) Sub-bacia 1- Camargos 2 - Funil Previsão do 1º ao 3º dia Previsões de Precipitação ETA ETA Previsão original c/ rem. viés perfeita 9,0 8,8 7,8 10,2 - 17,0 15,6 - 8,4 8,5 7,5 18,4 14,8 9,9 11,1 11,2 - 17,3 16,6 - 13,9 12,8 12,4 26,8 18,5 15,7 6 - Fazenda Capão Escuro 8,3 8,1 - 15,1 15,0 - 7 - Porto Colômbia 12,6 11,4 - 22,1 17,8 - 3 - Porto dos Buenos 4 - Paraguaçu 5 - Furnas 10,2 Previsão do 4º ao 10º dia Previsões de Precipitação ETA ETA Previsão original c/ rem. viés perfeita 18,3 16,0 9,7 Na análise desta tabela, pode-se verificar que: - Há ganhos significativos, em quase todas as sub-bacias estudadas, nos resultados das previsões de vazões do 4º ao 10º dia, ao utilizar o processo de remoção do viés das previsões de precipitação do modelo ETA. Com relação às previsões do 1º ao 3º dia, esses ganhos, em geral, não são significativos, devido à forte dependência das vazões previstas para este período em relação às vazões e chuvas observadas nos dias anteriores ao dia da previsão e ao fato desses erros serem de menor porte, o que dificulta possíveis melhorias. - As sub-bacias com os piores desempenhos, incluindo os relativos ao uso da "previsão perfeita" (uso dos valores da chuva observada nas previsões de precipitação), são: 5 - Furnas (incremental Furnas / Funil - Porto dos Buenos Paraguaçu); e 7 - Porto Colômbia (incremental Porto Colômbia / Furnas - Fazenda Capão Escuro). Este fato justifica-se pelo processo de obtenção das séries de vazões destas duas sub-bacias, que é feito de forma indireta, por meio de diferenças entre vazões observadas (ver item 6.2.4). Vale ressaltar que, na aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande, foram detectadas possibilidades de futuros aprimoramentos pontuais do modelo, a saber: - Entre os meses de abril a setembro, o modelo tende a apresentar uma inércia maior do que as naturais existentes nas sub-bacias. A causa disto pode estar ligada ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 71 / 102 à eventual ocorrência de chuva localizada na bacia, a qual, neste período, produz cheias com pequeno volume e hidrogramas de vazões com rápidas ascensão e recessão. O modelo, que trabalha com chuva média na bacia, não consegue gerar, neste período, hidrogramas com tais características. Vale ressaltar que este comportamento do modelo, em geral, não ocorre no período outubro/março, quando as chuvas tendem a serem mais intensas, freqüentes e distribuídas. Como um possível aprimoramento do modelo, pode-se testar o uso de valores diferentes do parâmetro K2t (constante de recessão do escoamento superficial): o primeiro, maior, para o período outubro/março; e o segundo, menor, para o período abril/setembro. - Na etapa de testes ou na fase de operacionalização, o método utilizado para reinicialização do modelo, de ajuste dos valores da precipitação observada a serem consideradas pelo modelo ("chuva perfeita"), pode ser aprimorado, dando-se maiores pesos às datas mais recentes, de forma a uma maior compatibilização entre o hidrograma calculado pelo modelo e o hidrograma observado, nos dias anteriores mais próximos ao dia da previsão. Os valores dos desvios diários entre as vazões observadas e calculadas nos últimos "X" (31) dias podem ser ponderados por uma distribuição logarítmica, dando-se maiores pesos às datas mais recentes. Neste caso, a equação que fornece o peso a ser aplicado a cada dia "i" do período de "X" dias é a seguinte: Peso (N -i +1) = 7.3 ln (i + 1) - ln (i) ln (X + 1) (7.1) Comparação com o desempenho da metodologia atual Conforme citado no item 4, a metodologia atual de obtenção da previsão de vazões semanais na bacia do rio Grande é realizada com a aplicação do modelo PREVIVAZ, a partir de séries de vazões naturais totais. As previsões de vazões incrementais, necessárias para uso dos modelos de programação da operação do SIN, são calculadas por simples diferença entre as vazões naturais totais previstas para os locais de aproveitamentos, conforme a expressão 4.1. Cabe ressaltar três aspectos fundamentais que foram considerados: a) Nos estudos reportados nesta nota técnica, para a previsão de vazões do 1º ao 3º dia, necessária para o fechamento das vazões observadas/previstas da semana ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 72 / 102 em curso, foi utilizado o modelo estocástico PREVIVAZH [CEPEL, 2008], da família de modelos de previsão de vazão, que desagrega uma previsão semanal de vazões em valores diários. b) O sistema PREVIVAZ é processado para os postos base (Camargos, Funil, Furnas e Porto Colômbia) sendo calculadas previsões para os demais locais intermediários (Itutinga, Mascarenhas de Moraes, Luiz Carlos Barreto, Jaguara, Igarapava e Volta Grande) por regressões lineares baseadas nas séries mensais dos postos base. c) Para estes postos não base não foi realizada uma análise de desempenho. A metodologia proposta para a previsão da vazão da próxima semana operativa na bacia do alto/médio rio Grande (até a UHE Porto Colômbia) envolve a utilização do modelo conceitual concentrado SMAP, que considera como insumo as observações em estações pluviométricas e fluviométricas e as informações de previsão de chuva na bacia, e tem como resultado a previsão direta das vazões incrementais entre aproveitamentos. Nesta aplicação, considera-se, também, a remoção do viés da previsão de precipitação fornecida pelo modelo ETA, conforme descrito no item 6.2.3. As comparações entre os desempenhos da metodologia atual e da metodologia proposta foram feitas em relação às vazões previstas na sub-bacia 1 - Camargos e nas bacias incrementais Funil/Camargos, Furnas/Funil e Porto Colômbia/Furnas. Além dessas quatro bacias, foram comparadas as vazões previstas para a bacia total de Furnas, apenas para auxílio à análise dos resultados das duas metodologias, já que os modelos de programação e planejamento da operação utilizados pelo ONS trabalham com séries de vazões incrementais e estas vazões incrementais previstas hoje são obtidas por diferença entre as previsões de vazões totais. As vazões previstas com a metodologia proposta foram obtidas da seguinte forma (ver tabela 6.1, no item 6): - Camargos: Vazões previstas para a sub-bacia 1 - Camargos. - Funil/Camargos: Vazões previstas para a sub-bacia 2 - Funil. - Furnas/Funil: Vazões previstas para a sub-bacia 5 - Furnas, somadas às vazões previstas nas sub-bacias 3 - Porto dos Buenos (com tempo de viagem de 12 horas) e 4 - Paraguaçu (com tempo de viagem de 10 horas). ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 73 / 102 - Porto Colômbia/Furnas: Vazões previstas para a sub-bacia 7 - Porto Colômbia, somadas às vazões previstas na sub-bacia 6 - Fazenda Capão Escuro (com tempo de viagem de 8 horas). - Furnas: Vazões previstas para a bacia incremental Furnas/Funil, somadas às vazões previstas nas bacias Camargos e Funil/Camargos, devidamente propagadas. As figuras 7.24 a 7.29 apresentam as previsões de vazões da próxima semana operativa (4º ao 10º dia) para Camargos. A figura 7.30 apresenta os erros médios absolutos referentes às previsões com as duas metodologias. A figura 7.31 mostra os ganhos/perdas nos resultados da previsão ao utilizar a metodologia proposta em relação à metodologia atual. As figuras 7.32 a 7.39; 7.40 a 7.47; 7.48 a 7.55 e 7.56 a 7.63 apresentam os correspondentes gráficos referentes, respectivamente, às bacias incrementais de Funil/Camargos, Furnas/Funil, Porto Colômbia/Furnas e à bacia total de Furnas. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 74 / 102 Figura 7.24 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 1996/97 CAMARGOS 1996/97 600 0 500 200 Precipitação Total 9 dias (mm) Observado 400 400 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 23/07/97 09/07/97 25/06/97 11/06/97 28/05/97 14/05/97 30/04/97 16/04/97 02/04/97 19/03/97 05/03/97 19/02/97 05/02/97 22/01/97 08/01/97 25/12/96 11/12/96 27/11/96 13/11/96 1200 30/10/96 0 16/10/96 1000 02/10/96 100 18/09/96 800 04/09/96 200 21/08/96 600 07/08/96 300 Figura 7.25 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 1997/98 CAMARGOS 1997/98 600 0 500 200 Precipitação Total 9 dias (mm) Observado 400 400 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 22/07/98 08/07/98 24/06/98 10/06/98 27/05/98 13/05/98 29/04/98 15/04/98 01/04/98 18/03/98 04/03/98 18/02/98 04/02/98 21/01/98 07/01/98 24/12/97 10/12/97 26/11/97 12/11/97 1200 29/10/97 0 15/10/97 1000 01/10/97 100 17/09/97 800 03/09/97 200 20/08/97 600 06/08/97 300 75 / 102 Figura 7.26 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 2001/02 CAMARGOS 2001/02 600 0 500 200 Precipitação Total 9 dias (mm) Observado 400 400 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 17/07/02 03/07/02 19/06/02 05/06/02 22/05/02 08/05/02 24/04/02 10/04/02 27/03/02 13/03/02 27/02/02 13/02/02 30/01/02 16/01/02 02/01/02 19/12/01 05/12/01 21/11/01 07/11/01 1200 24/10/01 0 10/10/01 1000 26/09/01 100 12/09/01 800 29/08/01 200 15/08/01 600 01/08/01 300 Figura 7.27 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 2002/03 CAMARGOS 2002/03 600 0 500 200 Precipitação Total 9 dias (mm) Observado 400 400 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 23/07/03 09/07/03 25/06/03 11/06/03 28/05/03 14/05/03 30/04/03 16/04/03 02/04/03 19/03/03 05/03/03 19/02/03 05/02/03 22/01/03 08/01/03 25/12/02 11/12/02 27/11/02 13/11/02 1200 30/10/02 0 16/10/02 1000 02/10/02 100 18/09/02 800 04/09/02 200 21/08/02 600 07/08/02 300 76 / 102 Figura 7.28 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Metodologia Atual Metodologia Atual CAMARGOS 600 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500 600 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) Figura 7.29 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos Metodologia Proposta Metodologia Proposta CAMARGOS 600 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500 600 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 77 / 102 Figura 7.30 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS 60% Período Agosto / Novembro Dezembro / Janeiro Fevereiro / Março Abril / Julho Ano Média dos Erros Absolutos 50% Médias dos Erros Absolutos Met. Atual Met. Proposta GANHO 21,7% 20,9% 0,8% 27,3% 22,7% 4,6% 23,8% 19,1% 4,7% 8,7% 6,3% 2,3% 18,6% 16,0% 2,6% Metodologia Atual 40% Met. Atual Média Móvel 7 Metodologia Proposta Met. Proposta Média Móvel 7 30% 20% 10% 17/7 3/7 19/6 5/6 22/5 8/5 24/4 10/4 27/3 13/3 27/2 13/2 30/1 16/1 2/1 19/12 5/12 7/11 21/11 24/10 10/10 26/9 12/9 29/8 15/8 1/8 0% Figura 7.31 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Sub-bacia 1 - Camargos CAMARGOS 80% 60% Melhoras Met. Proposta - Met. Atual 40% 20% 0% 7/8/96 6/8/97 1/8/01 7/8/02 -20% -40% -60% Melhora Média -80% -100% = 2,6% = 59% Melhora acima de 30% = 10% Piora acima de 30% 3% Semanas de Melhora = -120% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 78 / 102 Figura 7.32 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos Simulação para o período 1996/97 1996/97 INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS 2.200 0 2.000 100 1.800 200 Metodologia Atual 1.400 400 Metodologia Proposta 23/07/97 09/07/97 25/06/97 11/06/97 28/05/97 14/05/97 30/04/97 16/04/97 02/04/97 19/03/97 05/03/97 19/02/97 1100 05/02/97 0 22/01/97 1000 08/01/97 200 25/12/96 900 11/12/96 400 27/11/96 800 13/11/96 600 30/10/96 700 16/10/96 800 02/10/96 600 18/09/96 1.000 04/09/96 500 21/08/96 1.200 07/08/96 3 Vazão (m /s) 300 Observado Precipitação Total 9 dias (mm) 1.600 Figura 7.33 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos Simulação para o período 1997/98 0 800 100 700 200 Observado 600 300 Metodologia Atual ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 22/07/98 08/07/98 24/06/98 10/06/98 27/05/98 13/05/98 29/04/98 15/04/98 01/04/98 18/03/98 04/03/98 18/02/98 04/02/98 21/01/98 900 07/01/98 0 24/12/97 800 10/12/97 100 26/11/97 700 12/11/97 200 29/10/97 600 15/10/97 300 01/10/97 500 17/09/97 400 03/09/97 400 20/08/97 500 06/08/97 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta Precipitação Total 9 dias (mm) 1997/98 INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS 900 79 / 102 Figura 7.34 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos Simulação para o período 2001/02 INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS 0 800 100 700 200 Observado 600 300 Metodologia Atual 17/07/02 03/07/02 19/06/02 05/06/02 22/05/02 08/05/02 24/04/02 10/04/02 27/03/02 13/03/02 27/02/02 13/02/02 30/01/02 16/01/02 900 02/01/02 0 19/12/01 800 05/12/01 100 21/11/01 700 07/11/01 200 24/10/01 600 10/10/01 300 26/09/01 500 12/09/01 400 29/08/01 400 15/08/01 500 01/08/01 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta Precipitação Total 9 dias (mm) 2001/02 900 Figura 7.35 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos Simulação para o período 2002/03 INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS 0 800 100 700 200 Observado 600 300 Metodologia Atual ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 23/07/03 09/07/03 25/06/03 11/06/03 28/05/03 14/05/03 30/04/03 16/04/03 02/04/03 19/03/03 05/03/03 19/02/03 05/02/03 22/01/03 900 08/01/03 0 25/12/02 800 11/12/02 100 27/11/02 700 13/11/02 200 30/10/02 600 16/10/02 300 02/10/02 500 18/09/02 400 04/09/02 400 21/08/02 500 07/08/02 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta Precipitação Total 9 dias (mm) 2002/03 900 80 / 102 Figura 7.36 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Metodologia Atual INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS Metodologia Atual 600 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500 600 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) Figura 7.37 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Metodologia Proposta INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS Metodologia Proposta 600 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500 600 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 81 / 102 Figura 7.38 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS 60% Período Agosto / Novembro Dezembro / Janeiro Fevereiro / Março Abril / Julho Ano Média dos Erros Absolutos 50% Médias dos Erros Absolutos Met. Atual Met. Proposta GANHO 30,9% 20,3% 10,5% 37,0% 22,3% 14,7% 36,7% 17,1% 19,7% 10,3% 6,9% 3,4% 25,8% 15,6% 10,2% 40% Metodologia Atual Met. Atual Média Móvel 7 Metodologia Proposta 30% Met. Proposta Média Móvel 7 20% 10% 17/7 3/7 19/6 5/6 22/5 8/5 24/4 10/4 27/3 13/3 27/2 13/2 30/1 16/1 2/1 19/12 5/12 7/11 21/11 24/10 10/10 26/9 12/9 29/8 15/8 1/8 0% Figura 7.39 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia incremental Funil/Camargos INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS 300% 250% Melhoras Met. Proposta - Met. Atual 200% 150% 100% 50% 0% 7/8/96 6/8/97 1/8/01 7/8/02 -50% Melhora Média -100% = 10,2% = 63% Melhora acima de 30% = 15% Piora acima de 30% 3% Semanas de Melhora -150% = -200% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 82 / 102 Figura 7.40 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 1996/97 1996/97 INCREMENTAL FURNAS / FUNIL 3.500 3.000 2.500 Observado Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 2.000 1.500 1.000 500 23/07/97 09/07/97 25/06/97 11/06/97 28/05/97 14/05/97 30/04/97 16/04/97 02/04/97 19/03/97 05/03/97 19/02/97 05/02/97 22/01/97 08/01/97 25/12/96 11/12/96 27/11/96 13/11/96 30/10/96 16/10/96 02/10/96 18/09/96 04/09/96 21/08/96 07/08/96 0 Figura 7.41 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 1997/98 1997/98 INCREMENTAL FURNAS / FUNIL 2.000 1.800 1.600 Observado 1.400 Metodologia Proposta 3 Vazão (m /s) Metodologia Atual 1.200 1.000 800 600 400 200 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 22/07/98 08/07/98 24/06/98 10/06/98 27/05/98 13/05/98 29/04/98 15/04/98 01/04/98 18/03/98 04/03/98 18/02/98 04/02/98 21/01/98 07/01/98 24/12/97 10/12/97 26/11/97 12/11/97 29/10/97 15/10/97 01/10/97 17/09/97 03/09/97 20/08/97 06/08/97 0 83 / 102 Figura 7.42 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 2001/02 INCREMENTAL FURNAS / FUNIL 2001/02 2.000 1.800 1.600 Observado 1.400 Metodologia Proposta 3 Vazão (m /s) Metodologia Atual 1.200 1.000 800 600 400 200 17/07/02 03/07/02 19/06/02 05/06/02 22/05/02 08/05/02 24/04/02 10/04/02 27/03/02 13/03/02 27/02/02 13/02/02 30/01/02 16/01/02 02/01/02 19/12/01 05/12/01 21/11/01 07/11/01 24/10/01 10/10/01 26/09/01 12/09/01 29/08/01 15/08/01 01/08/01 0 Figura 7.43 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 2002/03 INCREMENTAL FURNAS / FUNIL 2002/03 2.000 1.800 1.600 1.400 Observado Metodologia Proposta 3 Vazão (m /s) Metodologia Atual 1.200 1.000 800 600 400 200 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 23/07/03 09/07/03 25/06/03 11/06/03 28/05/03 14/05/03 30/04/03 16/04/03 02/04/03 19/03/03 05/03/03 19/02/03 05/02/03 22/01/03 08/01/03 25/12/02 11/12/02 27/11/02 13/11/02 30/10/02 16/10/02 02/10/02 18/09/02 04/09/02 21/08/02 07/08/02 0 84 / 102 Figura 7.44 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Metodologia Atual INCREMENTAL FURNAS / FUNIL Metodologia Atual 3.500 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) Figura 7.45 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Metodologia Proposta INCREMENTAL FURNAS / FUNIL Metodologia Proposta 3.500 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 85 / 102 Figura 7.46 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil INCREMENTAL FURNAS / FUNIL 60% Período Agosto / Novembro Dezembro / Janeiro Fevereiro / Março Abril / Julho Ano Média dos Erros Absolutos 50% Médias dos Erros Absolutos Met. Atual Met. Proposta GANHO 26,8% 21,5% 5,4% 27,5% 15,4% 12,1% 21,2% 13,3% 7,9% 16,6% 8,8% 7,8% 22,6% 14,8% 7,8% 40% Metodologia Atual Met. Atual Média Móvel 7 Metodologia Proposta Met. Proposta Média Móvel 7 30% 20% 10% 17/7 3/7 19/6 5/6 22/5 8/5 24/4 10/4 27/3 13/3 27/2 13/2 30/1 16/1 2/1 19/12 5/12 7/11 21/11 24/10 10/10 26/9 12/9 29/8 15/8 1/8 0% Figura 7.47 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia incremental Furnas/Funil INCREMENTAL FURNAS / FUNIL 150% Melhoras Met. Proposta - Met. Atual 100% 50% 0% 7/8/96 6/8/97 1/8/01 7/8/02 -50% Melhora Média -100% = 7,8% = 61% Melhora acima de 30% = 13% Piora acima de 30% 3% Semanas de Melhora = -150% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 86 / 102 Figura 7.48 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas Simulação para o período 1996/97 1996/97 INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS 2.500 2.000 Observado Metodologia Proposta 3 Vazão (m /s) Metodologia Atual 1.500 1.000 500 23/07/97 09/07/97 25/06/97 11/06/97 28/05/97 14/05/97 30/04/97 16/04/97 02/04/97 19/03/97 05/03/97 19/02/97 05/02/97 22/01/97 08/01/97 25/12/96 11/12/96 27/11/96 13/11/96 30/10/96 16/10/96 02/10/96 18/09/96 04/09/96 21/08/96 07/08/96 0 Figura 7.49 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas Simulação para o período 1997/98 1997/98 INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS 1.400 1.200 1.000 Observado Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 800 600 400 200 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 22/07/98 08/07/98 24/06/98 10/06/98 27/05/98 13/05/98 29/04/98 15/04/98 01/04/98 18/03/98 04/03/98 18/02/98 04/02/98 21/01/98 07/01/98 24/12/97 10/12/97 26/11/97 12/11/97 29/10/97 15/10/97 01/10/97 17/09/97 03/09/97 20/08/97 06/08/97 0 87 / 102 Figura 7.50 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas Simulação para o período 2001/02 INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS 2001/02 1.400 1.200 1.000 Observado 800 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 600 400 200 0 -200 17/07/02 03/07/02 19/06/02 05/06/02 22/05/02 08/05/02 24/04/02 10/04/02 27/03/02 13/03/02 27/02/02 13/02/02 30/01/02 16/01/02 02/01/02 19/12/01 05/12/01 21/11/01 07/11/01 24/10/01 10/10/01 26/09/01 12/09/01 29/08/01 15/08/01 01/08/01 -400 Figura 7.51 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas Simulação para o período 2002/03 INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS 2002/03 1.400 1.200 1.000 Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta 3 Vazão (m /s) 800 600 400 200 0 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 23/07/03 09/07/03 25/06/03 11/06/03 28/05/03 14/05/03 30/04/03 16/04/03 02/04/03 19/03/03 05/03/03 19/02/03 05/02/03 22/01/03 08/01/03 25/12/02 11/12/02 27/11/02 13/11/02 30/10/02 16/10/02 02/10/02 18/09/02 04/09/02 21/08/02 07/08/02 -200 88 / 102 Figura 7.52 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Metodologia Atual INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS Metodologia Atual 2.500 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 2.000 1.500 1.000 500 0 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 -500 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) Figura 7.53 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Metodologia Proposta INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS Metodologia Proposta 2.500 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 2.000 1.500 1.000 500 0 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 -500 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 89 / 102 Figura 7.54 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS 100% Período Agosto / Novembro Dezembro / Janeiro Fevereiro / Março Abril / Julho Ano 90% 80% Médias dos Erros Absolutos Met. Atual Met. Proposta GANHO 58,7% 19,3% 39,4% 44,0% 24,3% 19,6% 38,6% 12,1% 26,5% 26,0% 6,9% 19,1% 41,9% 14,8% 27,1% Média dos Erros Absolutos 70% Metodologia Atual Met. Atual Média Móvel 7 60% Metodologia Proposta Met. Proposta Média Móvel 7 50% 40% 30% 20% 10% 17/7 3/7 19/6 5/6 22/5 8/5 24/4 10/4 27/3 13/3 27/2 13/2 30/1 16/1 2/1 19/12 5/12 21/11 7/11 24/10 10/10 26/9 12/9 29/8 15/8 1/8 0% Figura 7.55 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS 350% Melhora Média 300% Semanas de Melhora Melhoras Met. Proposta - Met. Atual 250% = 27,1% = 79% Melhora acima de 30% = 33% Piora acima de 30% 1% = 200% 150% 100% 50% 0% 7/8/96 6/8/97 1/8/01 7/8/02 -50% -100% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 90 / 102 Figura 7.56 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 1996/97 1996/97 FURNAS TOTAL 5.000 4.500 4.000 Observado Metodologia Atual 3.500 3.000 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 2.500 2.000 1.500 1.000 500 23/07/97 09/07/97 25/06/97 11/06/97 28/05/97 14/05/97 30/04/97 16/04/97 02/04/97 19/03/97 05/03/97 19/02/97 05/02/97 22/01/97 08/01/97 25/12/96 11/12/96 27/11/96 13/11/96 30/10/96 16/10/96 02/10/96 18/09/96 04/09/96 21/08/96 07/08/96 0 Figura 7.57 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 1997/98 1997/98 FURNAS TOTAL 3.000 2.500 Observado 2.000 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 1.500 1.000 500 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 22/07/98 08/07/98 24/06/98 10/06/98 27/05/98 13/05/98 29/04/98 15/04/98 01/04/98 18/03/98 04/03/98 18/02/98 04/02/98 21/01/98 07/01/98 24/12/97 10/12/97 26/11/97 12/11/97 29/10/97 15/10/97 01/10/97 17/09/97 03/09/97 20/08/97 06/08/97 0 91 / 102 Figura 7.58 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 2001/02 FURNAS TOTAL 2001/02 3.000 2.500 Observado 2.000 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 1.500 1.000 500 17/07/02 03/07/02 19/06/02 05/06/02 22/05/02 08/05/02 24/04/02 10/04/02 27/03/02 13/03/02 27/02/02 13/02/02 30/01/02 16/01/02 02/01/02 19/12/01 05/12/01 21/11/01 07/11/01 24/10/01 10/10/01 26/09/01 12/09/01 29/08/01 15/08/01 01/08/01 0 Figura 7.59 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 2002/03 FURNAS TOTAL 2002/03 3.000 2.500 Observado 2.000 Metodologia Atual 3 Vazão (m /s) Metodologia Proposta 1.500 1.000 500 ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 23/07/03 09/07/03 25/06/03 11/06/03 28/05/03 14/05/03 30/04/03 16/04/03 02/04/03 19/03/03 05/03/03 19/02/03 05/02/03 22/01/03 08/01/03 25/12/02 11/12/02 27/11/02 13/11/02 30/10/02 16/10/02 02/10/02 18/09/02 04/09/02 21/08/02 07/08/02 0 92 / 102 Figura 7.60 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia total de Furnas Metodologia Atual FURNAS TOTAL Metodologia Atual 4.500 4.000 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) Figura 7.61 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia total de Furnas Metodologia Proposta FURNAS TOTAL Metodologia Proposta 4.500 4.000 3 Vazão Prevista Semana Operativa (m /s) 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 3 Vazão Observada Semana Operativa (m /s) ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 93 / 102 Figura 7.62 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas FURNAS TOTAL 60% Período Agosto / Novembro Dezembro / Janeiro Fevereiro / Março Abril / Julho Ano Média dos Erros Absolutos 50% Médias dos Erros Absolutos Met. Atual Met. Proposta GANHO 24,2% 18,8% 5,4% 25,6% 14,1% 11,4% 20,2% 11,2% 9,0% 12,8% 7,4% 5,3% 19,9% 13,0% 7,0% 40% Metodologia Atual Met. Atual Média Móvel 7 Metodologia Proposta Met. Proposta Média Móvel 7 30% 20% 10% 17/7 3/7 19/6 5/6 22/5 8/5 24/4 10/4 27/3 13/3 27/2 13/2 30/1 16/1 2/1 19/12 5/12 7/11 21/11 24/10 10/10 26/9 12/9 29/8 15/8 1/8 0% Figura 7.63 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia total de Furnas FURNAS TOTAL 100% 80% Melhoras Met. Proposta - Met. Atual 60% 40% 20% 0% 7/8/96 6/8/97 1/8/01 7/8/02 -20% -40% Melhora Média -60% -80% = 7,0% = 63% Melhora acima de 30% = 12% Semanas de Melhora Piora acima de 30% = 2% -100% ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 94 / 102 Nos resultados obtidos com a metodologia atual para a bacia incremental Furnas/Funil e, principalmente, para a bacia incremental Porto Colômbia/Furnas, ocorreram grandes oscilações semanais das previsões de vazões, com a presença de alguns valores negativos. Este fato justifica-se pelo uso, na metodologia atual, de um modelo univariado, sem informações de previsão de precipitação, o qual obtém as previsões de vazões incrementais pela diferença entre as previsões de vazões totais (ver item 4). No caso da incremental Porto Colômbia/Furnas, as condições hidrológicas, em um determinado instante em Porto Colômbia, podem ser diferentes das observadas em Furnas. Assim, após o final de um período de dias chuvosos na bacia, o hidrograma de vazões em Furnas já pode estar em fase de recessão e o hidrograma de vazões em Porto Colômbia ainda estar em fase de ascensão. A metodologia atual, ao utilizar um modelo univariado cujos resultados são muito influenciados pela tendência hidrológica, em geral prevê, nestes casos, vazões crescentes em Porto Colômbia e decrescentes em Furnas. Como conseqüência, as vazões incrementais Porto Colômbia/Furnas, obtidas pela diferença entre as previsões de vazões nos dois locais, tendem a ser superestimadas. No caso contrário, após um período de dias com estiagem e o início de um período de dias chuvosos, o hidrograma de vazões em Furnas já pode estar em fase de ascensão e o hidrograma de vazões em Porto Colômbia ainda estar em fase de recessão. Nestes casos, a metodologia atual prevê, em geral, vazões decrescentes em Porto Colômbia e crescentes em Furnas. Como conseqüência, as vazões incrementais Porto Colômbia/Furnas, obtidas pela diferença entre as previsões de vazões nos dois locais, tendem a ser subestimadas e, em alguns casos, resultam em valores negativos. A tabela 7.10 apresenta os principais resultados obtidos nas simulações das previsões de vazões da próxima semana operativa (4º ao 10º dia), com a aplicação da metodologia atual e da metodologia proposta. Os resultados representam a média de 208 simulações para cada local de comparação, ou seja, foram realizadas 52 simulações em cada um dos quatro anos já citados na tabela 7.1. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 95 / 102 Tabela 7.10 – Principais resultados obtidos nas simulações das previsão de vazões da próxima semana operativa (do 4º ao 10º dia da previsão) Bacia Erros Médios Erros maiores MAPE que 40% Metodologia Metodologia Ganhos com uso da metodologia proposta Diminuição dos Frequência Melhoras Pioras maiores maiores Atual Proposta Atual Proposta que 30% que 30% (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 1- Camargos 18,6 16,0 12 8 2,6 59 10 3 Incremental Funil/Camargos 25,8 15,6 19 10 10,2 63 15 3 Incremental Furnas/Funil 22,6 14,8 15 7 7,8 61 13 3 erros médios Incremental Porto Colômbia/Furnas 41,9 14,8 37 6 27,1 79 33 1 Furnas Total 19,9 13,0 14 5 7,0 63 12 2 Da análise da tabela e figuras anteriores percebe-se que: - Os erros médios das previsões de vazões da próxima semana operativa obtidas com a metodologia proposta apresentaram pouca variação entre as bacias. Os erros médios, em geral, diminuíram com o aumento da área de drenagem de cada bacia, de 16,0% para a bacia de Camargos para 14,8% nas bacias incrementais de Furnas/Funil e de Porto Colômbia/Furnas. Este fato pode ser explicado pela configuração semiconcentrada do modelo SMAP adotada para estas duas bacias incrementais, dividindo-se a primeira em três sub-bacias (3 - Porto dos Buenos, 4 Paraguaçu e 5 - Furnas) e a segunda em duas sub-bacias (6 - Fazenda Capão Escuro e 7 - Porto Colômbia). - Os erros médios das previsões obtidas com a metodologia atual apresentaram grande variação entre as bacias, variando de 18,6% para Camargos e 41,9% para a incremental Porto Colômbia/Furnas. Os erros tendem a crescer quando a previsão é realizada para bacias incrementais, em razão da metodologia utilizada (item 4), a qual obtém a previsão da vazão incremental a partir da diferença entre as previsões de vazões de bacias totais. - Com a implantação da metodologia proposta, em geral, há ganhos significativos nos resultados das previsões de vazões da próxima semana operativa em todas as bacias estudadas. De forma geral, estes ganhos ocorreram em todos os períodos do ano. A menor redução dos erros médios da previsão de vazão ocorreu em Camargos (2,6%) e a maior na bacia incremental Porto Colômbia/Furnas (27,1%). Com a implantação da metodologia proposta, nota-se, também, em todas as bacias ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 96 / 102 estudadas, uma redução significativa na ocorrência dos grandes erros de previsão, principalmente na bacia incremental Porto Colômbia/Furnas. Sem considerar eventuais vantagens do tipo de modelo utilizado em cada metodologia, os ganhos nos resultados das previsões de vazões, com a implantação da metodologia proposta, decorrem, basicamente, de cinco fatores: - Do uso de informações de previsões de precipitação, com a aplicação da metodologia de identificação e remoção de eventual viés da previsão; - Da utilização de informações de chuvas e vazões observadas em estações existentes nas bacias; - Do uso de intervalo de tempo diário para processamento do modelo, o qual permite uma melhor aderência às condições hidrológicas vigentes nas bacias; - Da utilização de uma configuração semiconcentrada para o modelo SMAP, dividindo-se as maiores bacias incrementais em duas ou três sub-bacias (a metodologia atual utiliza o modelo PREVIVAZ, que é univariado); e - Do uso direto de séries de vazões incrementais. Com relação ao último item, vale ressaltar que, mesmo para previsões em bacias totais, como nos casos das bacias de Camargos e de Furnas Total, o desempenho da metodologia proposta é, de forma geral, melhor que o da metodologia atual. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 97 / 102 8 Conclusões e Recomendações A metodologia atual utilizada para obtenção da previsão de vazões da próxima semana operativa (uma semana à frente), na bacia do alto/médio rio Grande, é realizada a partir do uso do modelo estocástico univariado PREVIVAZ, que não considera informações de previsão de precipitação e informações de chuva e vazões observadas em estações existentes na bacia. As previsões de vazões das bacias incrementais, necessárias para alimentação dos modelos utilizados pelo ONS nos processos de programação da operação do SIN, são calculadas pela diferença entre as previsões de vazões totais obtidas em locais de aproveitamentos. A metodologia proposta para a previsão de vazões da próxima semana operativa envolve: a utilização do modelo determinístico SMAP, de forma semiconcentrada (dividido em sub-bacias), com o uso de observações de estações fluviométricas e pluviométricas existentes na bacia; o uso de informações de previsão de precipitação; e a utilização de séries de vazões incrementais e, em conseqüência, a previsão direta das vazões incrementais. Após as simulações da aplicação desta metodologia proposta, pode-se concluir que: - De forma geral, o uso de previsões de precipitação traz ganho significativo nos resultados das previsões de vazões. Contudo, foi verificado um viés positivo nas previsões fornecidas pelo modelo ETA (tendência de superestimar os valores da precipitação prevista), sendo desenvolvida, nestes estudos, uma metodologia para identificação e remoção deste viés, que poderá ser utilizada em qualquer bacia do SIN. - A comparação entre os desempenhos da metodologia proposta e da metodologia atual foi realizada com base em 208 simulações semanais, envolvendo quatro anos com condições hidrológicas distintas e quatro bacias incrementais (Camargos, incremental Funil/Camargos, incremental Furnas/Funil e incremental Porto Colômbia/Furnas). Os resultados obtidos mostraram, de forma geral, um ganho significativo nos resultados das previsões das vazões da próxima semana operativa com o uso da metodologia proposta, a saber: a) Redução significativa dos erros médios da previsão de vazões em todas as bacias e em todos os períodos do ano. b) Redução significativa da ocorrência de grandes erros da previsão. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 98 / 102 Além disso, com base na experiência adquirida com a operacionalização de novos modelos em outras bacias do SIN (ver item 1), pode-se afirmar que a necessidade do uso de observações de estações fluviométricas e pluviométricas, com a implantação da metodologia proposta, proporcionará um ganho na qualidade do acompanhamento das condições operativas dos aproveitamentos e das condições hidrológicas da bacia do alto/médio rio Grande. Desta forma, recomenda-se a utilização da metodologia proposta nesta nota técnica para a previsão de vazões dos dias restantes da semana em curso e da próxima semana operativa para os aproveitamentos da bacia do alto/médio rio Grande, para uso nos processos do Programa Mensal da Operação (PMO) e de suas revisões. Como aprimoramentos futuros, recomendam-se ainda: - A aplicação de novos testes de desempenho desta metodologia para a bacia do alto/médio rio Grande, com o uso de alguns aprimoramentos do modelo SMAP, conforme citado no item 7.2. - A aplicação desta metodologia para o restante da bacia do rio Grande, bem como para outras bacias do SIN. - A realização de estudos para identificação e eventual remoção de viés das previsões de precipitação fornecidas pelo modelo ETA para outras bacias do SIN. - O maior uso, de forma direta, de séries de vazões incrementais nos processos de programação e planejamento da operação do SIN. - O desenvolvimento e uso de um sistema computacional, em substituição às planilhas eletrônicas existentes, visando proporcionar maior agilidade no processamento das informações e na obtenção das previsões. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 99 / 102 9 Operacionalização da Metodologia Proposta Para a operacionalização da metodologia proposta para a previsão de vazões da próxima semana operativa nos locais dos aproveitamentos são necessários os seguintes passos: - Obtenção, em tempo real, dos valores de chuva observada nas estações pluviométricas da CEMIG, FURNAS e INMET. - Obtenção das informações das previsões de precipitação fornecida pelo modelo ETA e correção do viés da previsão (item 6.2.3). - Obtenção dos valores de vazão observada nas estações fluviométricas da CEMIG e FURNAS. - Cálculo das vazões incrementais das sete sub-bacias consideradas no modelo SMAP. - Cálculo das previsões de vazões, a partir da execução do modelo SMAP aplicado à bacia do alto/médio rio Grande, para as bacias incrementais de Camargos, Funil/Camargos, Furnas/Funil e Porto Colômbia/Furnas. - Cálculo das previsões de vazões para as bacias incrementais de Mascarenhas de Moraes/Furnas, L.C.Barreto/Mascarenhas de Moraes, Jaguara/L.C.Barreto, Igarapava/Jaguara, Volta Grande/Igarapava e Porto Colômbia/Volta Grande, a partir das previsões da bacia incremental Porto Colômbia/Furnas e de forma proporcional às vazões médias de longo termo (MLT) de cada bacia incremental. ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com 100 / 102 10 Referências Bibliográficas Black T.L., “NMC Notes: The New NMC mesoscale Eta model:Description and forecast examples. Weather and Forecasting”.256-278, 1994. Cataldi, M., Machado, C.O., “Avaliação da previsão de precipitação utilizando a técnica de Downscale do modelo ETA e suas aplicações no setor elétrico”, XIII Congresso de Meteorologia, 2004. Cataldi,M.; Machado, C.O.; Guilhon, L.G.F.; Chou, S.C.; Gomes, J.L.; Bustamante, J.F., "Análise das previsões de precipitação obtidas com a utilização do modelo Eta como insumo para modelos de previsão semanal de vazão natural.", RBRH, vol.12, nº3, JUL/SET 2007, p. 5-12. CEPEL, “Modelo de Previsão de Vazões Semanais Aplicado ao Sistema Hidroelétrico Brasileiro – Modelo Previvaz”, Manual de Referência, 2004. 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