DIVISÃO LOCAÇÃO DE COMBOIOS PARA LUBRIFICAÇÃO | INFORMATIVO ALMAQ SANT’ANNA | EDIÇÃO 03
ADITIVOS
O Expresso Almaq edições 3 e 4,
dá enfoque à importância dos
óleos lubrificantes, sua
formulação e a melhor
composição para os diversos
tipos de equipamentos e motores.
Nesse Expresso, tratamos de um
dos fatores mais importantes na
hora de escolher o óleo: a
aditivação.
Os aditivos são substâncias, que,
adicionadas ao lubrificante,
conferem a esse produto novas
características desejáveis, ou
melhoram aquelas já existentes.
Eles são utilizados para maximizar
o desempenho do lubrificante,
melhorar as condições de
lubrificação, prolongar sua vida
útil e “criar uma barreira” para
proteger o seu equipamento.
A escolha dos aditivos corretos a
serem empregados na
formulação de um óleo é uma
tarefa complexa. Além de
demonstrar efeciência em serviço,
eles devem ser quimicamente
compatíveis entre si (óleo/aditivo),
para resultar em um produto final
perfeitamente balanceado.
Fique atento às nossas dicas e
boa leitura!
Roberto Paiva
Diretor
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ALMAQ
Os principais aditivos utilizados na
formulação dos lubrificantes modernos.
ABAIXADORES DO PONTO DE MÍNIMA FLUIDEZ
Nos óleos lubrificantes, à medida
que a temperatura diminui, os
hidrocarbonetos parafínicos
tendem a formar cristais que
reduzem a fluidez normal do
óleo. Quanto mais baixa a
temperatura, maior a
quantidade de cristais formados
e maior a possibilidade de
ocorrer sua aglomeração, até o
ponto em que o lubrificante para
de fluir.
O aditivo abaixador do ponto de
fluidez não impede a
cristalização das parafinas, mas
modifica a forma pela qual ela se
processa. Este aditivo forma uma
película protetora nas superfícies
dos cristais recém-formados (que
estão em sua menor dimensão),
impedindo o seu crescimento em
formas alongadas e protegendoos contra a adesão a outros
cristais, evitando, assim, a
formação de um emaranhado.
Os cristais permanecem sob a
forma de minúsculos grãos
dispersos no meio do óleo, que
pode fluir mais facilmente.
o
20 C
o
-15 C
Com a diminuição da
temperatura, o óleo
escorre com dificuldade.
20oC
-15oC
De maneira geral, utilizam-se os
polímeros para abaixar o ponto
de fluidez.
O óleo mantém constante
o seu escorrimento natural.
As lacas e depósitos de
carbono formam-se com o
funcionamento a quente.
As lacas e os
depósitos de carbono
ficam inócuos.
DETERGENTES/DISPERSANTES
Os aditivos detergentes são
substâncias que auxiliam a manter
limpas as superfícies metálicas,
minimizando a formação de borras e
lacas de qualquer natureza, por meio
de reações ou processos de solução.
Não promovem, exatamente uma
ação de limpeza, mas reduzem a
tendência de formação de depósitos.
Sulfonatos, fenatos e fosfatos são
algumas das substâncias utilizadas
para esse fim.
A função do aditivo dispersaste é
manter em suspensão, nas menores
dimensões possíveis, os produtos de
oxidação e outros contaminantes
sólidos. Os dispersantes têm grande
afinidade com as partículas de
impurezas, que são envolvidas por
películas que impedem a sua
aglomeração e a formação de
partículas maiores, que causariam
sérios danos à lubrificação.
Os principais compostos utilizados
como aditivos dispersantes são as
amidas, os ésteres, as aminas e os
polimetacrilatos.
As borras, substâncias
altamente nocivas, formam-se
com o funcionamento a frio.
O óleo sem borras
lubrifica melhor.
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ANTIOXIDANTES
O oxigênio presente no ar,
quando em contato com o óleo,
faz com que este perca
algumas de suas propriedades.
A oxidação do lubrificante,
provocada pelo constante
contato com o oxigênio do ar
(especialmente em
temperaturas elevadas), tem
efeitos nocivos sobre a sua
performance em serviço. Tais
efeitos incluem a formação de
produtos ácidos, o
aparecimento de borras e
vernizes e o aumento da
viscosidade. Os produtos
ácidos constituem um risco de
corrosão, enquanto os
depósitos de borras e vernizes
podem eliminar folgas,
aumentar o desgaste e
prejudicar a dissipação de
calor. Compostos oxidados
podem elevar a viscosidade a
tal ponto que tornem o
lubrificante inadequado para
suas funções.
Dessa forma, nota-se que o
grau de oxidação é um fator
determinante do período de
vida útil do lubrificante. Para
aumentar esse período,
reduzindo a velocidade de
oxidação, utiliza-se o aditivo
antioxidante.
No início do processo de
oxidação, a velocidade de
reação é pequena,
aumentando-se à medida que a
reação progride. Este aumento
de velocidade deve-se à
presença de peróxidos que são
os produtos iniciais da oxidação
Evitam a oxidação e
mantêm inalteradas as
propriedades do óleo.
e agem como catalisadores, ou
seja, "aceleradores" da reação.
Quanto mais a reação
progride, mais peróxidos são
formados; e quanto mais
peróxidos são formados, mais
se acelera a reação.
Os aditivos antioxidantes
atuam, então, de duas
maneiras:
A) inibindo a reação
HIDROCARBONETO OXIGÊNIO, já que, por terem
maior afinidade com o oxigênio
do que as moléculas de
hidrocarboneto, eles agem
como receptadores daquele
elemento;
ANTICORROSIVOS
Os agentes corrosivos que
podem estar presentes no
lubrificante são provenientes
da oxidação do óleo por
produtos da queima
incompleta do combustível
(no caso de motores de
combustão interna) e da
umidade.
A função do aditivo
anticorrosivo é proteger as
partes metálicas do ataque
desses agentes.
Em geral, os aditivos são
compostos por moléculas
polares que se orientam e se
fixam à superfície metálica,
formando uma película
protetora que impede o
contato do agente corrosivo
com o metal.
O ditiofosfato de zinco, os
ditiocarbonatos metálicos e
os terpenos sulfurados são
algumas das substâncias
usadas como anticorrosivos.
B) transformando os peróxidos
em moléculas inertes,
eliminando, assim, o agente
catalisador da reação.
Com a ação desses aditivos,
pode-se prolongar em muito o
tempo de utilização de um óleo.
O que se consegue não é
eliminar a oxidação, mas
manter a sua velocidade
controlada até que o aditivo
seja considerado gasto.
Na prática, pode-se dizer que,
caso não aconteça nenhum fato
operacional anormal, o tempo
de vida útil de um óleo é o
tempo de vida útil de sua
aditivação antioxidante.
As substâncias ácidas
atacam as superfícies
metálicas e as corroem.
As superfícies
metálicas ficam
intactas.
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ALMAQ
A Viscosidade do óleo é
muito sensível às variações
de temperatura.
Com a variação de temperatura,
o óleo mantém sua viscosidade em
valores mais uniformes.
MELHORADOR DE ÍNDICE DE VISCOSIDADE.
Os aditivos melhoradores de l.V.
substâncias químicas que são,
adicionadas ao óleo lubrificante,
têm o efeito de diminuir a
variação da viscosidade com a
temperatura.
Para esse fim, são usados
polímeros de alto peso
molecular. Quando o óleo está
frio, os polímeros assumem uma
forma compacta, pouco
alterando a viscosidade original.
À medida que a temperatura
aumenta, a estrutura molecular
do polímero vai se abrindo, e ele
passa a atrapalhar o movimento
interno das moléculas do óleo,
tornando-as mais coesas. Isto
evita uma queda acentuada da
viscosidade a altas temperaturas.
Um exemplo típico de óleo que
emprega essa aditivação é o
chamado óleo multiviscoso,
utilizado em motores de
combustão interna. Este óleo
conserva um ponto de fluidez
ótimo a baixas temperaturas, o
que facilita o arranque do motor
e a circulação do óleo e, ao
mesmo tempo, mantém a
viscosidade necessária a altas
temperaturas, assegurando uma
lubrificação perfeita e menor
consumo de óleo lubrificante.
ANTIESPUMA
O óleo lubrificante tende a formar
espuma quando agitado em presença
de ar, dificultando a transferência de
calor, atrapalhando a transmissão de
forças e causando o rompimento da
película lubrificante.
Essa formação de espuma é inevitável,
mas o problema pode ser minimizado
adicionando-se ao óleo um aditivo
com a capacidade de torná-la instável.
Esse aditivo, denominado antiespuma,
desmancha as bolhas de ar assim que
elas atingem a superfície livre do
líquido. Supõe-se que ele atua
causando o enfraquecimento da
película da bolha, o que causa o seu
rompimento.
O ar mistura-se com
o óleo criando espuma,
que permite o contato
com as superfícies
metálicas.
As bolhas
dissolvem-se.
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As superfícies
metálicas
estão em
contato "seco"
quando se
inicia o
movimento.
AGENTE DE OLEOSIDADE
Os agentes de
oleosidade
asseguram uma
boa lubrificação
também quando
se inicia o
movimento.
De um modo geral, os agentes de
oleosidade são adicionados aos óleos
para diminuir o coeficiente de atrito
em condições limite de lubrificação.
São, geralmente, do tipo de óleos
graxos. Foram desenvolvidos para
promover a lubrificação dos cilindros
de máquinas a vapor, com
consequente aplicação em óleos para
caixas de velocidades automáticas,
em óleos para redutores semfim/coroa e em óleos para
barramento de máquinas operatrizes,
além de outras aplicações.
ANTIDESGASTE.
Quando temos uma lubrificação
hidrodinâmica, as superfícies são
separadas pelo filme lubrificante e
inexiste o contato de metal com metal.
Não obstante
a proteção
normal do óleo, o uso
contínuo pode provocar
abrasões nas superfícies
metálicas.
Há casos, porém, em que, devido ao
tempo requerido para a formação
desse filme ou devido à ação de altas
cargas sobre ele, a lubrificação fluida
não pode ser mantida, e as partes
metálicas se tocam.
Para evitar esse contato, é
incorporado ao lubrificante um aditivo
à base de fósforo e Zinco,
denominado antidesgaste.
Os ditiofosfatos de Zinco (ZDDPs) são
aditivos que funcionam como
antioxidantes, inibidores de corrosão,
e principalmente, como agentes
antidesgaste. O Zinco, que é o
principal deles e constitui um
componente essencial nos motores e
sistemas hidráulicos, vai sendo
depositado nas peças, promovendo,
assim, uma proteção adicional ao
sistema.
ADITIVO EXTREMA PRESSÃO - EP
Com este
aditivo, as superfícies
metálicas ficam
protegidas contra abrasões.
Caso as pressões e velocidades
sejam elevadas de tal maneira a
provocar o rompimento constante da
película lubrificante, a temperatura
nos pontos de contato se eleva a
valores que ocasionam microssoldas
nestes pontos, ocorrendo um
desgaste por arrancamento de
material.
Antes que isso ocorra, tem início a
ação do aditivo denominado EP
(Extrema Pressão) Sua composição é
à base de Fósforo ou enxofre e, sob a
ação de altas temperaturas, ele reage
com o metal, formando uma camada
protetora que impede a soldagem
dos picos salientes.
A sua ação é muito parecida com a
do aditivo antidesgaste, diferindo
deste na temperatura necessária para
o inicio da reação: enquanto o
antidesgaste atua quando a
temperatura dos pontos de contato
atinge cerca de 200°C, o aditivo EP
c o m e ç a a a t u a r a ,
aproximadamente, 600°C.
ALMAQ
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AGENTE DE ADESIVIDADE
São aditivos usados em
lubrificantes que operam em locais
de difícil retenção mecânica, em
locais sujeitos a perdas por
gravidade e centrifugação e em
indústrias nas quais não pode
haver respingo de óleo (indústria
alimentícia, por exemplo).
Atuam por intermédio de polímeros
orgânicos, de alto peso molecular,
que têm acentuadas propriedades
de adesão e coesão e conferem ao
lubrificante maior faculdade de
aderência às superfícies metálicas.
Esgotamento
químico dos aditivos.
Normalmente, os aditivos têm um certo período de vida útil. Ao longo do
tempo de serviço do óleo lubrificante, ele vai perdendo a capacidade de
proteção pelo efeito da contaminação do óleo.
Através dos resultados obtidos nas análises de óleo, pode-se determinar
se a carga de aditivos do óleo, estão dentro dos parâmetros ideais para
garantir a proteção contra os agentes contaminantes.
“Os aditivos atacam
diretamente os
contaminantes, perdendo
suas propriedades e sua
força ao longo dessa
batalha; por isso, a
necessidade da análise
periódica do óleo.
LOCAÇÃO DE
COMBOIOS
DE LUBRIFICAÇÃO
Mais uma novidade Almaq!
Caminhão 6x4 equipado com Ar Condicionado;
Plataforma Gascom Prolub Press;
Tanque de Abastecimento Diesel 10.000 litros;
Carretéis retráteis para abastecimento dos óleos;
Vazão da Bomba de Combustível – ate 200 l/m;
Medidores de vazão dos óleos lubrificantes – Digitais;
Compartimentos de óleos lubrificantes com
capacidade de 250 litros cada;
Filtragem de alta eficiência na linha de
abastecimento do diesel;
Filtros individuais na saída dos reservatórios dos
óleos lubrificantes;
01 Compartimento
para tambor de
graxa;
A constante busca por
inovações, respostas rápidas às
solicitações e um pós-vendas
ágil e personalizado tem como
principal objetivo proporcionar
as melhores soluções para
nossos clientes, transformando
satisfação em relacionamento
e comprometimento.
ALMAQ
S A N T ’A N N A
www.almaqsantanna.com.br | 31 . 2125.2501
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Identifique, através de seu relatório de análise de
óleo, se o produto que você utiliza possui a carga
aditiva específica para o seu equipamento ou
componentes. Veja, abaixo, alguns exemplos:
presença de um aditivo antioxidante, inibidor de
corrosão, antidesgaste e de extrema-pressão, que
suporta elevadas cargas de engrenamento sem
partir o filme de óleo.
·
Cálcio, Cálcio + Magnésio ou somente
Magnésio indicam a presença de aditivos
detergentes/dispersantes, utilizados para manter as
superfícies limpas e os materiais insolúveis em
suspensão, além de inibir a formação de ácidos;
·
Molibdênio indica a presença de aditivos
modificadores de atrito, que facilitam o deslizamento
entre as peças;
·
Zinco e Fósforo indicam a presença de um
aditivo que exerce múltiplas funções. Os ditiofosfatos
de Zinco (ZDDPs) são aditivos que funcionam como
antioxidantes, inibidores de corrosão e,
principalmente, como agentes antidesgaste;
·
Fósforo em óleos para eixo indica a
·
Silício indica a presença de um aditivo
antiespumante que é utilizado em, praticamente,
todos os óleos. Isso justifica a presença de silício até
mesmo nas amostras de óleo novo. O valor médio
encontrado é próximo a 10 ppm, mas não gera
desgaste por ser uma molécula orgânica não
abrasiva. Todos os valores encontrados a partir de
20 ppm podem indicar uma contaminação externa
por poeira, que é altamente abrasiva.
Fuligem - um mal que deve ser combatido
Como a fuligem contamina o óleo do motor?
A causa principal é uma combustão deficiente –
queima incompleta da mistura ar/combustível.
Quando se queima completamente combustível
limpo, os únicos substratos são a água e dióxido
de carbono. No entanto, quando há impureza e
ineficiência no ciclo de combustão de um motor,
surgem inúmeros produtos como a fuligem,
ácidos e outros elementos de transição. A fuligem
é um particulado rico em carvão e altamente
polar. A maioria da fuligem e demais subprodutos
da combustão sai através do sistema de
escapamento do motor.
Mas isso não é regra; uma porcentagem sopra por
meio dos anéis da câmara de combustão para o
cárter, local em que contamina o lubrificante. A
fuligem pode ter efeitos adversos sobre o óleo e o
ALMAQ
S A N T ’A N N A
motor: aumento da viscosidade do lubrificante;
bloqueio de passagens, prejudicando a
lubrificação; diminuição da efetividade dos
aditivos antidesgaste, dispersante e detergente;
aumento do desgaste do motor. Por isso, é
importante que se faça o monitoramento
periódico quanto à presença de fuligem, além dos
demais ensaios físico-químicos que determinem a
presença de contaminantes externos e de
desgaste.
Quando a fuligem estiver em níveis críticos, devese tomar as providências necessárias para a
solução das causas indicadas no laudo de análise
do óleo. Essas causas, normalmente estão ligadas
a problemas nos sistemas de admissão e de
alimentação ou de desgaste excessivo no motor.
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Fonte: Informativo OILCHECK
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