Deficiência intelectual/ cognitiva É a nomenclatura usada atualmente para definir o que antigamente se chamava de deficiência mental. Nesta deficiência englobam-se crianças em que o funcionamento intelectual é muito abaixo da média. As crianças com esta deficiência apresentam problemas cognitivos que se manifestam em problemas na aprendizagem, aptidões sociais e comportamento adaptativo: “comunicações, autonomia, atividades domésticas, socialização, autonomia na comunidade, responsabilidade, saúde e segurança, habilidades académicas, lazer e trabalho. Esta deficiência manifesta-se antes dos 18 anos de idade” (Ribeiro, 2008). Também neste grupo estão inseridos os dotados e sobredotados, cujo funcionamento intelectual, cognitivo é superior à média comum (no caso do teste de QI, registros acima de 140). As crianças com deficiência cognitiva são vistas como tendo necessidades educativas especiais de caracter permanente, por isso necessitam de respostas variadas a nível educativo, de forma a melhorar a sua inclusão escolar e a permitir mais autonomia na sua vida futura. De modo a facilitar a vida a estes indivíduos, apresentamos uma lista de alguns produtos que permitem otimizar a vida destas pessoas e a torna-las as mais autónomas possíveis. Nome do projeto Descrição Design de Produto para Crianças Autistas Investigação na área do design do produto que tem como objetivo formular um conceito de produto para crianças autistas, de forma a estimular as suas competências. Estão presentes nesta investigação temas como o design de produto, design inclusivo e o autismo. Foi idealizado um produto que proporciona o controlo de estimulações para o desenvolvimento de capacidades e tarefas e que se adapta a vários ambientes e situações (terapêuticas e/ou educacionais) facilitando a atenção e concentração de crianças com Perturbações do Espectro do Autismo. O produto idealizado é um módulo “hipo-estimulante”, que consiste numa secretária, à qual se pode juntar equipamento que promova o desenvolvimento de estímulo, de forma controlada. Este módulo pode considerar-se como um centro de atividades, quisto que sobre ela se podem desenvolver atividades pedagógicas, terapêuticas ou lúdicas. De acordo com a situação ou ambiente, permite às crianças autistas executar as suas tarefas e desenvolver as suas capacidades. Para que possa potenciar o desenvolvimento cognitivo é possível complementar o módulo com elementos que se adaptem à idade e/ou necessidade sensorial e motora de cada criança. Instituição País Ano Link https://www.repository. utl.pt/bitstream/10400.5 /4695/1/DESIGN%20D Universidade Técnica de Lisboa Faculdade de Arquitetura de Lisboa E%20PRODUTO%20P Portugal 2011 ARA%20CRIAN%C3% 87AS%20AUTISTAS% 20%20C%C3%A1tia%20 Morgado%20Rafael.pdf Vox4ALL Baloiço para as crianças com NEE Sistema de comunicação aumentativa e alternativa para smartphone e tablet, que pretende chegar a um vasto grupo de pessoas com problemas de comunicação definitivas ou temporárias, independente do grau de incapacidade e idade. Essencialmente destinado a pessoas com autismo, paralisia cerebral, síndroma de Down, ou qualquer outra perturbação ao nível da fala e linguagem. É um dispositivo móvel, logo de fácil portabilidade. Assenta no modelo das grelhas de comunicação. É possível gravar voz, tirar fotografias e escolher o símbolo adequado às necessidades de comunicação do utilizador. As grelhas estão interligadas, tornando-as dinâmicas e interativas. São individualizadas, de forma a possibilitar uma terapêutica o mais eficiente possível. Nas situações de tratamento o utilizador pode tirar partido da versatilidade da escolha de palavras, símbolos e imagem, que se encontrem mais enquadrados com o contexto, de maneira a tornar a comunicação mais eficiente. Este baloiço pode ser colocado em recreios de escola ou mesmo parques infantis perto de residências, e destina-se a crianças com paralisia cerebral. O objetivo deste baloiço é a inclusão social destas crianças com os seus pares de forma segura e adequada. Para idealizar este baloiço foi necessário um estudo aprofundado em diversas áreas, tais como, design ergonómico, inclusão social, paralisia cerebral e http://bica.imagina.pt/2 012/a-imagina-vaiImagina Portugal 2012 lancar-um-novoproduto-na-area-dacomunicacao/ http://ged.feevale.br/bib Centro Universitário Feevale virtual/Monografia/Mon Brasil 2007 ografiaMarcelleMuller.p df tecnologias assistivas. Este baloiço seguiu padrões antropométricos e normas da ABNT NRB 14350-1/1999 para se puder adaptar corretamente a crianças com cadeiras de rodas e crianças sem cadeiras de rodas. É acessível à faixa etária entre os 6 e os 11 anos de idade. A criança que utilizar o baloiço poderá sentir-se em segurança e conseguirá embalar-se, pois o encosto é elevado e possui duas partes laterais fechadas até uma altura em que poderá apoiar os cotovelos. Possui ainda um travão de segurança para impedir que a criança escorregue do assento, e um cinto de segurança. O produto consiste em duas guias, com alturas distintas, a serem colocadas em corredores. São compostas por Criação e desenvolvimento de um novo produto têxtil para crianças portadoras de paralisia cerebral com baixa visão diferentes texturas e cores contrastantes, estimulando a visão e o tato em simultâneo. Além das sensações proporcionadas, o envolvimento da criança dar-se-á pela inserção de bonecos de trapos temáticos no início da guia. Estes serão transportados por elas até o destino final, auxiliando na sua compreensão de espaço e percurso, criando a interação entre o produto e o seu utilizador. As guias deverão ser compostas por materiais laváveis e Universidade do Minho http://repositorium.sdu Portugal Escola de Engenharia 2009 m.uminho.pt/bitstream/ 1822/10796/1/tese.pdf com características muito específicas ao toque, para que a criança tenha contacto com superfícies diferentes, para que demonstre interesse e ao mesmo tempo, tenha contacto com materiais que possam surgir no seu dia-a-dia e que ela consiga identificar como um material já seu conhecido. Esta característica torna-se bastante importante porque a criança, se conhecer o material, à partida não o rejeita e consegue interagir com ele. O produto baseia-se na utilização dos sentidos táctil e visual, aliados ao universo lúdico, característico das crianças. O produto é estimulante e convidativo ao uso, favorecendo a relação da criança com o objeto e por meio deste, a facilidade com as suas atividades diárias Projeto RobóticaAutismo Este projeto de investigação pretende utilizar robots para melhorar a interação social das crianças com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA). Em particular, o objetivo é melhorar as competências de interação, comunicação e Universidade do reconhecimento de emoções com o ambiente e os outros. Minho e a Foram utilizados robots Lego Mindstorm, de maneira a fomentar a capacidade de comunicação e interação social APPACDM de Braga de adolescentes com autismo e deficiência mental. As experiências mostram que estes alunos conseguem realizar novas tarefas, como sentarem-se num local diferente para brincar com o robot, ou realizarem atividades http://roboticaPortugal 2009 autismo.com/ com colegas, tal como anteriormente tinham feito com o robot. O projeto como trabalha contexto diferenciados, influencia o envolvimento das famílias que, assim participam no desenvolvimento e beneficiam de uma transferência de competências e de rotinas muito importante para o contexto familiar.