Sumário Introdução A evolução da câmara fotográfica A Primeira: Câmara Obscura Fotografia: O Início A Câmara Escura Os Pioneiros da fotografia Fotografia e Comércio As Câmaras Analógicas As Câmaras chegam ao Público Maiores e Menores Século XX As Câmaras instantâneas Breve História da Polaroid Muitas Marcas e Modelos As Digitais: O Início Diferenças entre Tradicionais e Digitais Vantagens e Desvantagens da Fotografia Digital Vantagens da Fotografia Digital Desvantagens da Fotografia Digital Tipos de Câmaras Digitais Como Armazenar as Fotos Digitais Resolução Analógico X Digital Prós e Contras Tendências Conclusão Referencia Bibliográfica Introdução Este trabalho tem como objectivo mostrar alguns pontos importantes da história da fotografia. Datas marcantes, câmaras que se destacaram e fizeram sucesso entre toda a população. Primeiramente veremos o início da fotografia, já que foi após seu surgimento que se deu maior importância às câmaras fotográficas. Veremos alguns dos estudiosos responsáveis pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas fotográficas. Veremos também, as câmaras que se destacaram durante os anos que antecederam aos actuais, desde as grandes, de fole, de madeira, às menores e mais sofisticadas câmaras analógicas. Veremos ainda o surgimento da tecnologia digital e a revolução trazida por ela, analisando se esta é ou não uma técnica fotográfica que veio para ficar. Em suma, o trabalho aqui apresentado é uma pequena fracção da história fotográfica, desenvolvido para difundir esses fatos históricos, mesmo eles sendo partes de um grande contexto da história humana. A evolução da câmara fotográfica A Primeira: A câmara obscura A primeira câmara fotográfica data de 1515 – O italiano Leonardo da Vinci descreve cientificamente a câmara obscura. Precursora das câmaras fotográficas actuais consiste em uma sala totalmente escura, com um pequeno orifício em uma das paredes através do qual a luz passa, projectando imagens invertidas dos objectos externos na parede oposta à abertura. No final do século XVI, colocam-se lentes no orifício para melhorar a projecção das imagens. Nesse período, a câmara obscura era usada pelos pintores para copiar imagens da natureza. Fotografia: o inicio É muito difícil precisar as datas e etapas dos processos que levaram à criação da Fotografia, pois muitos deles são experiências conhecidas pelo homem desde a Antiguidade, e acrescenta-se a isso um conjunto de cientistas em diversas épocas e lugares que aos poucos foram descobrindo as partes deste intrincado quebra-cabeças, que somente no final do séc. XIX foi inteiramente montado. Entretanto, é possível apontar alguns destes fatos e descobertas como sendo relevantes para a invenção da fotografia. Os fundamentos daquilo que veio a se chamar fotografia vieram de dois princípios básicos, já conhecidos do homem há muito tempo, mas que tiveram que esperar muito tempo para se manifestar satisfatoriamente em conjunto, que são: a câmara escura e a existência de materiais fotossensíveis. Os princípios básicos do funcionamento da máquina fotográfica (os objectos reflectidos em uma câmara escura), já tinham sido descobertos por Aristóteles -400 A.C. Faltava descobrir um meio de registar as imagens captadas. A Câmara Escura A câmara escura nada mais é que uma caixa preta totalmente vedada da luz com um pequeno orifício ou uma objectiva em um dos seus lados. Apontada para algum objecto, a luz reflectida deste projecta-se para dentro da caixa e a imagem dele se forma na parede oposta à do orifício. Se, na parede oposta, ao invés de uma superfície opaca, for colocada uma translúcida, como um vidro despolido, a imagem formada será visível do lado de fora da câmara, ainda que invertida. De qualquer forma, a câmara escura foi largamente usada durante toda a Renascença e grande parte dos séculos XVII e XVIII para o estudo da perspectiva na pintura, só que já munida de avanços tecnológicos típicos da ciência renascentista, como lentes e espelhos para reverter à imagem. A câmara escura só não podia estabilizar a imagem obtida. Câmara escura Os pioneiros da fotografia •Johann Heinrich Schulze O professor alemão Johann Heinrich Schulze constata em1727, que a luz provoca o escurecimento de sais de prata. Essa descoberta, em conjunto com a câmara escura, fornece a tecnologia básica para o posterior desenvolvimento da fotografia. •Nicéphore Nièpce O cientista Nicéphore Nièpce, nascido na França em 1765 utilizou chapas metálicas emulsionadas com betume da Judéia, uma espécie de verniz que possui a propriedade de secar rapidamente quando exposto à luz para imprimir imagens na câmara obscura. O maior problema era o tempo elevado de exposição – provavelmente ultrapassava 8 horas – com isso, além da modificação das sombras, pelo movimento da Terra em relação ao Sol, que deixava a imagem irregular e confusa, a chapa ficava inteiramente seca. Assim, uma única imagem sobreviveu dessas experiências, muito provavelmente por ter sido tirada de sua janela, que permitia a entrada de luz em condições de temperatura mais amenas, fazendo o solvente não se evaporar. Essa 'fotografia', de 1826 ou 27, é actualmente considerada historicamente a primeira, mas o próprio Nièpce não considerava esta uma experiência bem-sucedida, porque a imagem original é um grande borrão, impossível de ser copiada, e cujos contornos só podem ser vistos quando olhados em certo ângulo e com luz adequada. A reprodução que hoje temos foi feita e retocada com técnicas modernas na década de 1950. Apesar das controvérsias, esta imagem de Nèpce (à esquerda) é considerada a primeira fotografia. Uma das primeiras máquinas fotográficas utilizadas por Nicéphore Niépce por volta de 1820-1830(à direita) Nièpce, entretanto, com todas estas experiências, acabou desenvolvendo uma forma de reprodução por contacto utilizando o betuma da Judéia, a que ele chamou 'Heliografia', ou 'escrita do sol'. •Louis Daguerre Foi através da divulgação de suas Heliografias que Nièpce acabou conhecendo outro personagem histórico: Louis Jacques Mandé Daguerre. Juntos firmaram uma sociedade na busca de aprimorar as técnicas até então desenvolvidas. Mas nada conseguiram juntos e 4 anos após a sociedade, Nièpce faleceu, em 1833. Em 1835 Daguerre descobre que placas de cobre cobertas com sais de prata conseguem captar imagens, que podem se tornar visíveis ao ser exposta ao vapor de mercúrio. Isso o leva a desenvolver, em 1939, o daguerreótipo, aparelho capaz de fixar a imagem com um tempo menor de exposição (em geral 30 minutos), o que possibilita realizar fotografias mais rápidas. Cada uma ainda é exemplar único, do qual não é possível fazer cópias. Câmara utilizada por Daguerre (à esquerda). Imagem que Daguerre considerava seu primeiro daguerreótipo bem-sucedido (à direita). •Talbot Em 1839-1840 o físico britânico William Henry Fox Talbot cria uma base de papel emulsionada com sais de prata que registar uma matriz em negativo a partir da qual é possível fazer cópias positivas. Esse processo, chamado de calótipo e patenteado em 1841, é mais barato do que o de Daguerre, tornando a fotografia mais acessível e mais presente na vida das pessoas. Entre 1844 e 1846 Talbot publica The Pencil of Nature, o primeiro livro ilustrado com fotografias. Esse método consistia em sensibilizar as folhas de papel inicialmente com nitrato de prata, e posteriormente com iodeto de potássio, formando o iodeto de prata. O iodeto era altamente sensível à luz, o que reduzia drasticamente o tempo de exposição, de horas para poucos minutos, e revelados numa solução de ácido gálico e nitrato de prata. Depois, fixados com o tiossulfato de sódio e eram obtidas imagens negativas em pouco tempo. •Florence Hercules Florence, outro estudioso do assunto, este francês, mas residente no Brasil, talvez não tenha sido diretamente responsável pelas descobertas, mas durante suas pesquisas deu a suas impressões de imagens o nome de fotografias, nome utilizado até hoje. Fotografia e comercio As dificuldades de reproduzir os parâmetros comerciais e estéticos desta época, e as patentes de Daguerre e Talbot contribuíram de forma produtiva para evolução tecnológica. Afinal, os fotógrafos desta época, para evitar o pagamento de altos tributos, precisavam mudar as fórmulas, o que gerou uma grande diversidade de processos fotográficos e uma conseqüente evolução comercial que desembocou na fotografia tal como hoje conhecemos. O processo foi mais ou menos assim: •Claude A maior dificuldade agora a ser superada era conseguir desenvolver um método que possibilitasse a cópia de qualidade da fotografia, já que o método de Daguerre não permitia cópias, e de Talbot as cópias eram de péssima qualidade. Muitos fotógrafos pensaram então no vidro, único material transparente disponível que possibilitaria a obtenção de cópias de qualidade comparável ao daguerreótipo. A dificuldade residia em fixar a emulsão num suporte de vidro, que não era poroso o suficiente para manter a emulsão fixa na placa. Esse problema foi resolvido em 1848 pelo neto de Nièpce, Claude, que descobriu ser a albumina da clara de ovo um excelente suporte para a emulsão de nitrato de prata, permitindo sua adesão no vidro de maneira extremamente eficiente. •Archer Em 1851 – O escultor britânico Frederick Scott Archer desenvolve o processo chamado de colódio úmido, negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução de nitrocelulose com álcool e éter. O fotógrafo tem de sensibilizar a placa imediatamente antes da exposição e revelar a imagem logo depois, pois que ao secar, a emulsão perdia sua capacidade fotossensível, o que desencadeava a necessidade do fotógrafo itinerar com todo o seu equipamento para preparar as chapas onde quer que fosse. Esse processo é 20 vezes mais rápido que os anteriores e os negativos apresentam uma riqueza de detalhes semelhante à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. Uma fotografia do laboratório móvel de Archer •Maddox Durante mais ou menos 20 anos, entre 1850 e 1870, este foi o principal sistema utilizado pela maioria dos fotógrafos, não obstante as constantes experiências e aperfeiçoamentos que aos poucos foram sendo incorporados à arte fotográfica. Em 1871 – O médico britânico Richard Maddox cria as chapas secas de gelatina com sais de prata, em substituição ao colódio úmido. Fabricadas em larga escala a partir de 1878, marcam o início da fotografia moderna. A grande vantagem em relação ao colódio úmido é que os fotógrafos podem comprar as chapas já sensibilizadas quimicamente, em vez de ter de prepará-las antes da exposição. •George Eastman O último capítulo relevante do desenvolvimento e aperfeiçoamento dos processos fotográficos deu-se, novamente com um inglês, chamado George Eastman. Eastman leu um artigo sobre a emulsão gelatinosa e interessou-se por ela, a ponto de começar a fabricá-la em série. Mas, não dado por satisfeito, ainda achava complicado o processo de estocagem das chapas de vidro - além de pesadas, quebravam com facilidade -, e imaginou que poderia tornar a fotografia muito mais prática e eficiente se encontrasse uma maneira de abreviar o processo todo. Aliando a tecnologia da emulsão com brometo de prata (mais propícia para fazer negativos, e, consequentemente, cópias) com a rapidez de sensibilidade já existente na suspensão com gelatina e a transparência do vidro, Eastman substituiu esta última por uma base flexível, igualmente transparente, de nitrocelulose, e emulsionou o primeiro filme em rolo da história. Podendo então enrolar o filme, poderia obter várias chapas em um único rolo, e construiu uma pequena câmara para utilizar o filme em rolo, que ele chamou de "Câmara KODAK". Lançada comercialmente em 1888, reza a lenda que o nome veio de uma onomatopéia, o barulho que a câmara fazia ao disparar o obturador, e o sucesso do invento tornou todos os processos anteriores completamente obsoletos, relegados apenas a fotógrafos artesãos. "Câmara KODAK". Lançada comercialmente em 1888 Este foi o último capitulo do desenvolvimento da fotografia, não o ultimo parágrafo, pois, surgiram aperfeiçoamentos destas técnicas, como o filme colorido, mas todas utilizavam como base as conquistas de Eastman. Após a descoberta da forma de imprimir as imagens, ou seja, a descoberta das misturas químicas necessárias começa então a se desenvolver as câmaras fotográficas. A Câmara Fotográfica Os avanços na fotografia foram rápidos, correspondendo ao enorme interesse despertado na época pela actividade. A procura por novos materiais para suporte, por novos processos químicos que encurtassem a exposição, acelerassem a revelação e aperfeiçoassem a fixação das imagens foi incessante. Paralelamente, a busca de meios que facilitassem a disseminação da fotografia também foi espantosa: no espaço de poucos anos surgiram novos formatos e modalidades de câmaras, algumas delas servindo de parâmetro para o futuro e outras destinadas à curiosidade histórica. As câmaras chegam ao público Os primeiros equipamentos, na verdade, consistiam de câmaras escuras artesanais, em sua maior parte de madeira, feitas pelos próprios interessados e, geralmente, por artistas plásticos. Em Londres, Francis West começou a produzir câmaras para o chamado "desenho fotogénico". Para os daguerreótipos, Alphonse Giroux começou a vender várias unidades de sua câmara clássica parisiense, com duas caixas de madeira. A caixa posterior continha o vidro lustrado para focalizar, e deslizava para a caixa anterior, que continha a objectiva. Câmara escura vendida Uma câmara escura do tipo usado por Talbot e Daguerre. A primeira câmara amadora vendida. Maiores e menores Logo nasciam as primeiras competições e concursos, e elas sempre davam ensejo a novidades inusitadas. Câmaras imensas que portavam chapas de 110 por 90 centímetros (feitas por John Kirble em Glasgow, 1860): cada placa de vidro pesava 20 kg. Paralelamente, desde a década de 50, se introduzia a estereoscopia, e a tendência de construir-se câmaras diminutas foi mais fértil, estendendo-se até o século XX. Em 1850, um inglês chamado Skaife criou uma pistola fotográfica, primeira versão de uma espécie chamada de câmaras discretas (escondidas em guarda-chuvas, bengalas, chaveiros) que se tornariam uma febre no final do século, apesar da baixa qualidade dos resultados. Essas câmaras-detetive foram bem vendidas até o início do século XX. Mesmo na década de 1840, foram muito populares as câmaras de bolso que tiravam daguerreótipos de 8 x 11 milímetros, que tinham de ser observados com lente de aumento. Sinal de que os grandes formatos só tinham o caminho da ampliação para vingarem: na verdade, boa parte do público parecia ter grande interesse em experimentar o prazer de fotografar. As chamadas câmaras secretas ou "detective" foram uma verdadeira obsessão até o início do século XX. O desenho à esquerda mostra um modelo acoplado ao botão da camisa. Esta câmara data de 1906,e tirava 25 fotografias sobre película. Os estereoscópios - A popularização da fotografia e o incremento das actividades comerciais deve-se muito aos estereoscópios. O estereoscópio binocular possibilitou exposições de fracções de segundo, permitindo fotografar cenas em movimento. Eram feitas duas exposições sequenciais que encantavam o público com uma incrível ilusão de profundidade. A própria Rainha Vitória aprovou entusiasticamente o invento em 1851, e no ano seguinte ele ingressou nos Estados Unidos, onde foi vendido de porta-emporta e dizia-se que "não havia um lar sem um estereoscópio". Câmara estereoscópica Aqui, câmara estereoscópica de 1856, de J. B. Dancer. Estereógrafo de meados do século XIX. Equipamento utilizado para observar as fotos retiradas no estereoscópio Ampliadores - A mais conhecida das câmaras pequenas foi a criada por Adolphe Bertsch em 1860, a chamada "câmara automática": um caixotinho de 10x10 centímetros com foco fixo, que produzia negativos 6x6 para serem ampliados em até dez vezes. A ampliação até aquele momento requeria horas de sol sobre um papel de enegrecimento directo, por isso era pouco praticada.Bertsch reduziu esse tempo com um condensador duplo. Câmara solar, ampliador que requeria horas de sol. Em 1888 Eastman projetou uma câmara pequena e leve, cuja lente era capaz de focalizar tudo a partir de 2.5m de distância, e, seguidas as indicações de luminosidade mínimas, era só apertar o botão. Depois de terminado o rolo, o fotógrafo só precisaria mandar a câmara para o laboratório de Eastman, que receberia seu negativo, cópias positivas em papel e a câmara com um novo rolo de 100 poses. Seu slogan era "Você aperta o botão, nós fazemos o resto”.Uma verdadeira revolução, que fez da Kodak uma gigantesca empresa, pioneira em todos os demais avanços técnicos que a fotografia adquiriu até hoje. Fotos típicas das primeiras câmaras Kodak, que caracterizavam-se por seu formato de janela redondo. À esquerda, no alto, uma vista externa. O corpo era de madeira e a chave possibilitava o recolhimento da película, como se vê no corte ao lado direito, acima. Abaixo, à esquerda, uma visão seccional, onde se nota o obturador cilíndrico, accionado por um cordão. Por fim, abaixo, à direita, como a película era movimentada dentro da câmara. Século XX De 1900 – 1930 As mais conhecidas eram as de fole (sanfoninha) Kodak, Zeiss, Voigtländer, Ica e Goerz. Época das grandes máquinas alemãs de fole, de madeira, e que usam chapas de vidro e dão fotos de alta qualidade. Para os amadores, agora incluindo a Kodak, há uma enorme linha de máquinas menores e mais simples que usam filme em rolo 620 e 120 (mas igualmente complicadas de usar). Graflex - câmaras reflex (com espelho) com filmes de grande formato, de madeira e com muitos recursos para uso profissional. Kodak 1 De caixão Kodak número 1, 2, 3, 4 júnior e Brownie, Agfa Preiss Box. Para amadores e crianças, de caixote, com filme em rolo simples de usar, mas com qualidade sofrível. Brownie Detective (magazine Câmara) - são grandes e curiosas máquinas francesas de formato caixote, que tiram dez fotos com negativos de vidro tamanho 9x12, sem necessidade de recarga. 1930 detective Cyclos Dois caminhos para as câmaras esboçaram-se no início do século. Com a produção de filmes de 35mm para a indústria cinematográfica, surgiu uma grande variedade de câmaras que se utilizavam desse formato, uma solução económica para os usuários. E a supremacia da Eastman sobre a película de nitrocelulose em rolo fez com que surgisse câmaras para chapas (películas cortadas). A primeira Leica surgiria no ano de 14, desenhada pelo construtor de microscópios Oskar Barnack para a casa Leitz, de Wetzlar. Mas a Leica demoraria dez anos para se aperfeiçoar devido ao início da I Guerra Mundial e a inflação que a ela se seguiu na Alemanha, prejudicando a indústria de modo geral. A Leica se afirma - Em 1924 ela iniciava sua trajectória: era a primeira câmara miniatura a vir com telêmetro acoplado à sua objetiva Elmar, de excelente definição, com abertura máxima de f3,5. O poder de resolução era incomparável: como ressaltam Helmut e Alison Gernsheim, elevou as câmaras miniaturas a "verdadeiros instrumentos de precisão". Isso foi percebido a partir de 1931, quando os reveladores de grão fino reduziram a granulosidade dos filmes rápidos, assegurando boas ampliações. Um desenho da primeira Leica com telêmetro, seis velocidades, visão direta (visor óptico) e abertura máxima de f 3,5. Esse modelo foi lançado no mercado em 1925. De1930 – 1940 há o desenvolvimento da Leica alemã (pronuncia-se Laica), pioneira no uso de filme 35 de cinema. A Leica dominou o mercado durante toda a década de 30, e foi referencia de qualidade durante todo o século. Mas seu maior trunfo era sua lente: resultado do trabalho de Ernst Leitz como fabricante de microscópios e telescópios antes de criar sua própria firma, e da união deste com Oskar Barnack, que trabalhava também na fabricação de lentes na Zeiss. Dessa sociedade, o resultado foi uma câmara amadora com uma qualidade óptica extraordinária, e que aos poucos foi ganhando mercado, sendo usada largamente no fotojornalismo. Já em 1930, a Leica era tão popular que o formato 35 mm começou a ser progressivamente preferido para o uso amador, estourando como formato após a Segunda Guerra Mundial. Rolleiflex - Em 1929, a Frank & Heidecke, de Braunschweig, lançou a Rolleiflex, a precursora de inúmeras reflex de duas objectivas e filme de rolo, que logo sofreu uma inovação que a tornou muito popular, a possibilidade de troca das lentes para mudança de distâncias focais. A Rolleiflex de 1929 e o princípio da lentes gémeas: a luz que passa pela lente superior é reflectida num espelho e pode ser vista no visor acima da câmara, e aí se dá a focalização. O filme é exposto através da luz que atravessa a lente inferior. A Rolleiflex era a preferida dos profissionais. O novo formato introduzido dispensou o tripé e o tenebroso pano preto, que eram praticamente indispensáveis nas câmaras de fole. Com isso, a fotografia ganhou maior mobilidade e mudou pra sempre o ângulo de ver e fotografar as coisas. Foi entre as décadas 10-40 que surgiram – em resposta a Leica e a Rolleiflex - novas potências na fabricação de lentes e câmaras: os japoneses, como por exemplo, a Nikon (Nippon Kogaku), formada em 1917, a Olympus e a Asahi Pentax, ambas de 1919, a Minolta de 1928, a Canon de 1933 e a Fuji, de 1934. Em 1935 outras a se destacarem foram as Máquinas de baquelite (como a Baby Brownie) - fabricados num novo tipo de plástico, o baquelite (por sinal muito quebradiço), ela usa filme 127, mas são inúmeros modelos que usam filme 120. Simples e práticas de usar, popularizaram a foto entre amadores e crianças. 1935 Baby Brownie Depois da guerra, todas perderiam fama e espaço para a sueca Hasselblad, de Gotemburgo, que acomodava chapas de 6x6cm em compartimento intercambiável. Profissionais e amadores - A fotografia, desde o final do século XIX, consolidou-se como o meio tecnológico de expressão mais popular e acessível da história. Ao lado das câmaras profissionais, foram desenvolvidos modelos práticos, as chamadas câmaras automáticas, que progressivamente foram eliminando "requintes" como a abertura do diafragma e o tempo de exposição, permitindo que a actividade fotográfica fosse dissociada do conhecimento da luz e do processo fotográfico. No entreguerras, a mais difundida dessas câmaras foi a Óptima, fabricada pela Agfa. Em 1947 surgiu a primeira Polaroid, criada por Edward H. Land nos EUA, permitiu que um positivo fosse obtido em 60 segundos após a exposição, revelando o papel dentro da própria câmara e aproximando a fotografia de uma brincadeira de criança, lúdica e divertida. A câmara instantânea A primeira Polaroid, chamada Polaroid Land em função de seu criador, lançada no mercado em 1948. Breve história da Polaroid A fascinante história da Polaroid começou com o americano Edwin Land, então com 17 anos, que pesquisava a polarização da luz. Em 1928, Land criou o filtro polarizador para óculos, pára-brisa de carros e aviões, instrumentos militares e câmaras fotográficas. Em 1940, era dono da empresa Vectograph, que fazia equipamentos militares no período da Segunda Guerra Mundial. Em 1944, a filha questionou por que não se podia ver uma foto na hora. A partir de então, passou a pensar no assunto até chegar à câmara e ao filme One Step, apresentados três anos depois aos funcionários da empresa. Em 1948, a Model 65 chegou ao mercado como a primeira Polaroid. Produzia imagens em tom sépia e vendeu 1 milhão de unidades até 1955 A seguir, vieram novas câmaras e filmes instantâneos: branco & preto, colorido (1963), tungstênio, alto contraste, pack 4X5, grande formato, transparências, raio-x, slides e de cinema. Os Polaroid Land Films variavam de ISO 50 a 3000, e chegavam até ISO 20000 para Instant 600 Sun system. Em 1972, veio a SX-70, com fabricação de 5000 câmaras e 50000 packs diários. Em 1974, a marca passou a produzir suas próprias lentes e baterias. Até 2002, a Polaroid havia fabricado 13 milhões de câmaras. Chegou a ser copiada pela Kodak que, depois, teve de pagar uma indemnização de i bilhão de dólares. Passou por uma grave crise financeira anos atrás, ajustou-se e hoje faz impressoras, scanners, produtos para estúdios, laboratórios e câmaras digitais - além, claro, de filmes instantâneos das câmaras Polaroid One e da Diminuta i - Zone Pocket Sticker. A principal dificuldade encontrada pelas câmaras Polaroid no mercado foi o alto custo unitário das fotos e sua qualidade questionável e o tamanho minúsculo de uma cópia 6X10. Hoje ainda as instantâneas perderam espaço para as digitais. Polaroid, actualmente ou é artigo de museu, ou de coleccionador, amante de seu design. Polaroid SX-70 A SX-70 foi um marco na história da Polaroid e hoje é uma câmara cultuada por uma legião de fãs um várias partes do planeta. Lançada em 1972 e fabricada nos EUA, foi a primeira (e única) câmara reflex da marca e surpreendeu pelo desing arrojado. Contudo, o parto da SX-70 foi duro. A ideia era fazer um modelo que fosse diferente de todas as complicadas câmaras Polaroid da época. Parecidas com as antigas câmaras de fole, funcionavam na vertical, eram grandes e pesadas, difíceis de usar e regular. Ela foi fabricada com a sanfoninha de borracha, que viabilizou uma câmara dobrável. Depois de fechada, a SX-70 virava uma caixinha misteriosa que media 18 cm de comprimento, 10 cm de largura e 3 cm de altura. Aberta, ia a 13 cm de altura. Tudo era articulado e dobrável, o que permitia abrir e fechar a câmara sem botões, com facilidade e precisão. Mesmo com o esquecimento das Polaroids a SX-70 tornou-se um objecto cultuado (e ainda usado) por uma legião de fãs. Muitas marcas e modelos Durante os anos de 1960 – 1970 dividindo espaço com a Polaroid se destaca novamente a Rolleiflex e os modelos Yashica - popularização das máquinas de formato 6x6 (com filme 120); tiram 12 fotos de qualidade, mas são lentas e trabalhosas de operar. Época das grandes ampliações conhecidas como "poster" (tamanho 50x60) os negativos 6x6 são ideais para elas. Primeira câmara Yashica de 1957 A Yashica 35 G lançada em 1966 revolucionou as amadoras com uma câmara compacta com novas tecnologias como o obturador electrónico e a exposição semi-automática. Em substituída pela Yashica ME1, câmara amadora de visor directo que bateu recordes de venda e motivou a instalação de uma fábrica da Yashica no Brasil. Esses dois modelos já com a utilização do filme 35 mm. A Yashica 35 G e a ME1 (à esquerda) As 35 mm reflex (Pentax, Nikon, Canon, Minolta e Yashica) - marca a chegada das máquinas de uma única lente, com enquadramento através da objectiva. Permite o uso de objectivas como grande angulares e teleobjetivas potentes, além de motordrive para transporte rápido do filme. As que mais se destacaram nessa época foram as câmaras da marca Nikon, que após tentativas de conquistar o mercado desde 1917, o conseguiu com a linha Nikon F. A primeira de muitos do modelo Nikon F foi lançada em 1959, e implicou facilmente. Primeira Nikon F foi lançada em 1959 A Nikon, juntamente com a Cannon são as marcas que dominam o mercado dos analógicos até os dias actuais. Mas surge uma diversidade muito grande de marcas e modelos, a fotografia torna-se cada vez mais popular e melhor. Nikon F Photomic Ftn de 1968 A partir de 1970 começam a surgir os primeiros rumores das fotos digitais. As analógicas continuam a se desenvolver. Surgem as 100% automáticas. Na década de 80 surgem as analógicas com Backs Digitais, acoplamentos digitais feitos na parte traseira das câmaras convencionais que usam filmes. Cânon AE-1 primeira máquina no mundo a incluir um microcomputador embebido (à esquerda). Canon EOS 5 de 1994, totalmente automática. As digitais: O início Em 1982 a marca Sony lançou a primeira câmara digital, de nome engraçado “Mavica”, que produzia imagem de qualidade duvidosa e, para piorar, em P&B. Mas a tecnologia digital data desde 1970, não com as câmaras em si, mas com os escaner e a digitalização das fotos analógicas. A grande dificuldade nessa época ainda era a qualidade duvidosa do sistema e o custo alto de implantação e impressão. O sistema digital somente emplacou em 2000, quando a qualidade das câmaras superaram 1 mega com preços abaixo de 200 dólares. A impressão ficou mais fácil e barata. Hoje filmes e cartões de memória convivem harmoniosamente. As digitais evoluem rapidamente, todo semana surgem lançamentos das várias marcas. As mais conhecidas são: Sony, Olympus, Nikon, Canon e Kodak. Nikon coolpix 8800, lançada em Setembro de 2004 (à esquerda). Modelo: DSC-V1 da Sony (centro). Olympus Stylus 410 (à direita) Diferenças entre tradicionais e digitais •Nas câmaras digitais não se utilizam filmes, e sim um cartão de memória para armazenamento das imagens. Esse cartão permite que se grave, copie e apague (delete) arquivos de imagens (inclusive vídeo). •A luz do flash funciona quase como numa câmara comum, e dependendo do modelo da câmara digital, pode vir embutido no corpo e/ou utilizando um flash externo. •As câmaras digitais, além de um visor idêntico às das máquinas fotográficas tradicionais (não SLR), incorporam talvez a maior novidade que é um visor através de tela de cristal líquido (LCD) localizado na parte posterior do corpo da câmara. A principal vantagem é que o fotógrafo vê a imagem exactamente como será fotografada. A maior desvantagem é que em ambientes de muita luz (sob o sol, por exemplo), é praticamente impossível usar o visor LCD e, além disso, o uso contínuo do visor acaba rapidamente com a bateria. •As objectivas são muito semelhantes, mas na fotografia digital muitas câmaras incorporam o recurso de zoom digital, além do zoom ótico. Acontece que o zoom digital é irreal, uma “aproximação”, ou, melhor ainda, uma “ampliação” gerada por software. Isso resulta numa imagem imprecisa e de cores inconsistentes. De qualquer modo, mais tarde, através de qualquer software editor de imagens pode-se ampliar qualquer parte da imagem. •Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura de diafragma, nos modelos mais simples de câmaras digitais, são totalmente automáticos. Contudo, nas câmaras digitais mais modernas, pode-se regular não apenas cada um desses itens individualmente, mas também estabelecer “sensibilidade do filme”, ou seja, definir se a captura da imagem se dará numa sensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA ou até mais, dependendo da sofisticação do modelo. •Muitos dos mais modernos modelos de câmaras digitais também incorporam o recurso de áudio e vídeo, ou seja, é possível filmar alguns segundos ou minutos (depende da capacidade de armazenamento em cartão de memória do equipamento). Também é possível anexar “anotações” de voz numa imagem. Vantagens e desvantagens da fotografia digital Vantagens da Fotografia Digital: As câmaras digitais não necessitam de filmes e revelação dos mesmos, o que é uma grande economia de gastos. E também você mesmo pode fazer todo o processo fotográfico: tirar as fotos descarregá-las no computador e se necessário imprimi-las na sua impressora doméstica. Todo este processo é muitíssimo mais rápido do que o convencional que utiliza filmes de base química. Sem contar a poluição ambiental causada pelos mesmos no seu processamento. Também é possível ver as fotos da sua câmara digital em uma TV comum, bastando para isto ligá-la com um cabo na mesma. As câmaras digitais são capazes de tirar de dezenas a milhares de fotos, dependendo de sua memória. Muitos modelos actualmente são capazes de também gravar som durante alguns segundos ou até mais de uma hora. Também podem capturar sequências de imagens por até quase um minuto, caracterizando-se aí um pequeno "clip". E para aqueles que não gostam ou não querem utilizar o computador, já existem câmaras digitais que dispensam o seu uso e imprimem as suas fotos ligadas directamente numa impressora. Ou conectadas directamente a um telefone celular enviam suas fotos via e-mail na Internet para qualquer lugar do planeta. Como se vê as potencialidades das câmaras digitais parecem não ter fim. E depois do investimento inicial de compra do computador e câmara, suas fotos terão um custo quase zero. Desvantagens da Fotografia Digital: São poucas as desvantagens das câmaras digitais. Sendo que a principal é sem dúvida ainda o seu custo, comparativamente com as câmaras tradicionais elas são muito mais caras, principalmente os modelos mais sofisticados para uso profissional. Você não terá gastos com filmes e revelação, mas gastará com pilhas. E estas duram pouco nas digitais. Talvez por isto uma boa pedida seja a utilização de pilhas ou baterias recarregáveis, pois mesmo que tenham um custo maior inicialmente, podem ser recarregadas cerca de umas mil vezes em média. Se você necessita de tirar fotos em sequência rápida, saiba que os modelos mais simples não conseguem fazê-lo levando vários segundos entre uma foto e outra. Se este é a sua exigência não deixe de ver as especificações da câmara que deseja adquirir. Saiba também que as câmaras de baixa resolução (320x240, 640x480 pixels) não permitem uma cópia impressa de boa qualidade maior do que uns 10x15cm no máximo numa impressora a jato-de-tinta. Cópias proporcionalmente maiores só com as câmaras de resolução bem mais alta. Tipos de câmaras digitais Câmara Digital de Visor Directo: são o tipo mais simples e barato, pequenas e de fácil manuseio. Por ter visor directo, a imagem vista não é a mesma que esta sendo fotografada. E quanto mais perto estiver o objecto a ser fotografado maior será o erro de paralaxe, isto porque a imagem vista pela lente da câmara é diferente da observada pelo visor, uma vez que eles estão em posições diferentes em relação um ao outro. Um exemplo deste tipo de câmara é a Kodak DC25, que apesar de ter um visor de cristal líquido, este só é usado para ver as fotos depois de feitas. Kodak DC25 Câmara Digital Reflex: tem as mesmas características de uma câmara reflex comum. Ou seja, a imagem vista pelo visor é a mesma que chega até o CCD da câmara digital. Exemplo: Kodak DCS-420. Câmara Digital c/ Visor de Cristal Líquido (LCD): neste tipo de câmara o fotógrafo vê a imagem a ser fotografada num pequeno visor de cristal líquido que mede em torno de 2,5 polegadas e esta colocado na parte traseira da máquina. Esta é a tendência actual das novas câmaras. Exemplo: Casio QV-300, Sony Mavica, Nikon Culpix. Backs Digitais: São acoplamentos digitais feitos na parte traseira das câmaras convencionais que usam filmes. Normalmente são colocados nas câmaras de estúdio: Hasselblad, Mamiya, Sinar e outras. Mas também é usado em modelos de 35 mm, como é o caso da Nikon-N90 e a Canon-EOS 1-N. A vantagem aí é se usar uma câmara, lentes e acessórios de alta qualidade juntamente com a tecnologia digital. Estes conjuntos podem custar até mais de US$50.000,00. Daí o seu uso ainda muito restrito. Como armazenar as fotos digitais Armazenagem das fotos: as imagens fotografadas na câmara digital normalmente são guardadas na memória interna que elas possuem. E que em alguns modelos esta capacidade pode ser aumentada colocando-se mais módulos de memória. Ou utilizando cartões de memória tipo PCMCIA ou Flashcards. A capacidade de armazenar fotos varia nos modelos actuais, temos modelos que podem guardar 16 e outros podem chegar até cerca de algumas centenas de imagens ou mesmo milhares. O que depende sempre da resolução utilizada nas mesmas e da memória disponível. Em alguns modelos de câmaras profissionais de alta resolução as fotos à medida que são feitas vão sendo enviadas para o computador, no qual estão conectadas via cabo, pois as mesmas não têm memória interna. Por isto são utilizadas para fotografias de estúdio. Existem ainda câmaras que guardam suas fotos em disquetes de 3,44 Mb comuns. Que sem dúvida é a forma mais barata de memória existente e muito prática. Uma vez que só é preciso retirar o disquete da câmara e inseri-lo no driver do computador, sem a necessidade de cabos como fazem todas as outras máquinas digitais. Mas como as imagens fotográficas consomem muita memória, outros tipos de mídia para armazenar as fotos estão a caminho de serem utilizadas: como os mini CDs e DVDs. Armazenamento final das fotos: as fotos feitas nas câmaras digitais devem ser descarregas depois de esgotada a capacidade da câmara de guardá-las. Ou seja, devem ser mandadas para o computador, onde serão armazenadas e lá poderão ser editadas caso necessário. Estas fotografias também poderão ser gravadas para maior segurança em um CD ROM. O foto Cd da Kodak tem vida estimada de 100 anos. Nos comuns este tempo é bem menor, estima-se em cerca de 15 anos no mínimo e este tempo também depende das condições em que será guardado. Mas de qualquer modo os actuais CDs são mais seguros e duráveis que os filmes do processo fotográfico convencional. Mas como a tecnologia digital de uso fotográfico é muito recente, só o futuro confirmará essa durabilidade acima citada. Resolução: É a quantidade de pontos que formam a imagem e a sua distribuição no espaço por ela ocupado, normalmente medida em pixels por polegada (ppi). Quanto maior a resolução, mais informação a imagem possui. A resolução das câmaras actuais varia de acordo com os modelos. Nas mais simples podemos ter uma resolução, por exemplo, de 320x240 pixels por polegada. Em modelos médios esses valores são de 640x480 a 1280x960pixels/pol. E nos modelos profissionais podem chegar a mais de 4096x4096 pixels/pol. Quanto maior o número de pixels, maior o tamanho da imagem e melhor a sua qualidade. Muitos acreditam que a imagem fotoquímica já está aparentemente “morta” e aplicam tudo nas digitais. Outros, na dúvida, investem discretamente nesta nova vertente fotográfica. A evolução da história da fotografia deu novos e largos passos e o processo para essa evolução, faz a história se repetir. A tecnologia digital, como vem se apresentando até agora, não constitui uma ameaça à fotografia tradicional e, muito pelo contrário, representa ferramenta, um recurso adicional, tanto técnico quanto estético para o próprio fotógrafo. A fotografia tradicional é composta de várias técnicas e procedimentos próprios. Assim como, fotografar em preto e branco, com negativo colorido, ou fotografar em cromo exigem conhecimentos e discursos estéticos diferenciados e outros procedimentos próprios, as câmaras digitais exigirão seus próprios conhecimentos. A tecnologia digital tem aberto novos horizontes, ampliando recursos que até então dependiam de trabalho artesanal tal como: restauração de imagens, reprodução, montagens e fusão. Possibilita impressão em tecidos, aplicação em madeiras, paredes, porcelanas e outras, até então dependentes de imperfeitos processos alternativos, cujos custos sempre foram proibitivos. Esta tecnologia vem ocupando cada vez mais o espaço da fotografia Instantânea. É também utilizada para substituir os dispendiosos processos diretos, cópias e ampliações fotoquímicas, a partir de cromos ou mesmo de negativos “imperfeitos”. A imagem digital veio para ficar. Não para substituir o que já foi conquistado, mas para facilitar a vida do fotógrafo, agregando novos valores. Analógico X Digital Nunca esteve tão acesa a polêmica sobre as vantagens e desvantagens do filma e da captura digital. Muitos fotógrafos ainda não abrem mão do filme ou simplesmente acham que ainda não é o melhor momento para investir na compra de um equipamento digital. Outros defendem o digital com unhas e dentes, devido à imensa vantagem em rapidez para ver e enviar as imagens, ganho de tempo, redução de custos – sem altos gastos com filmes, revelação e escaneamentos – além da qualidade para atender à grande maioria dos trabalhos. Apesar de toda a polarização do digital, nos países subdesenvolvidos como o Brasil o universo digital ainda é algo dominado pelo marketing, já que o poder econômico da população, principalmente no mercado amador, não permite que esse cenário se torne real. Ou sim o grande avanço, onde o numero de câmaras digitais vendidas aumentou muito no ano passado, mas isso ocorre entre os profissionais. Analisando o futuro, tudo caminha para que o digital domine a mercado dentro de alguns anos, mas atualmente, e assim o será por algum tempo, a sobrevivência dos lojistas espalhados pelo país dependerá ainda do mercado analógico. Apenas 6% das fotos digitais tiradas são reveladas. Prós e contras Há controvérsias em vários pontos quando a discussão envolve a disputa entre filme e digital. Uma delas é sobre quantos megapixels seriam necessários para conseguir a resolução de um cromo de 35 mm. Estudos da Kodak estimam 36 megapixels. Já estudiosos do assunto acreditam que 25 megapixels são o suficiente. E, no caso de um fotograma de médio formato de 6 X 7 cm, calcula-se algo próximo de 100 megapixels, chegando à cerca de 500 megapixels para um cromo de grande formato (10 X 12 cm). Uma das vantagens do filme é que a película não “dá pau, não desaparece, não estraga a sim mesma, não tem incompatibilidade com softwares e arquivos, e que negativos p&b sobreviverão mais que qualquer um de nós”. Sobre o digital, câmaras como a Nikon D1 não capturam imagens com grãos, obtendo resultado mais limpo com ela em ISSO 200 do que obtendo com o cromo Fuji Velvia 50, um dos preferidos dos profissionais. Enfim, ainda é cedo para avaliar todo o potencial do sistema digital. Já que o filme é o resultado de mais de cem anos de refinamento. O digital está apenas começando. Pesquisas recentes provam que 90% dos usuários de câmaras digitais continuam utilizando câmaras com filmes, ou seja, as duas (digital e filmes) ainda caminharão juntas por um bom tempo. Tendências: Vai Bem: CDS com foto câmaras digitais mais simples câmaras com 2 ou 3 megapixel venda de minilabs digitais lojas com revelação digital Não vai bem •Modelos muito caros •Troca muito rápida de mídias •As poucas cópias dos digitais •Consumidor não conhece digital •Varejo não sabe vender digital Conclusão Como nos demais meios históricos a evolução da câmara fotográfica foi de estrema importância para a população mundial, é graças ao desenvolvimento alcançado ao longo dos anos que hoje ao lado das imagens feitas pelas câmaras de vídeo à câmara fotografia é o principal meio para registar fatos que mudaram e mudam constantemente o contexto social. Analisamos a história da responsável por registar a sua própria história e a história da humanidade. A câmara fotográfica, e isso pode ser claramente observado, tornou-se e torna-se capaz de fazer um número cada vez maior de apaixonados por ela. Um fato importante que não deve ser deixado de lado é o fato de que esse processo de desenvolvimento foi largamente acelerada devido à concorrência dentro do mercado fotográfico, onde, procurando diminuir custos e assim conseguir entra no mercado competitivo, surgiram n formas de fotografar e n formas diferentes de obter a fotografia. Isso deve ser analisado como um ponto positivo, pois acelera o crescimento, e induz a população a acompanhá-lo. Enfim, foi de suma satisfação realizar esta pesquisa e possibilitar a todos os alunos da sala a possibilidade de conhecer uma fracção muito importante e interessante da história humana.