USO RACIONAL DE ÁGUA: RELATO TÉCNICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO Autoria: Fernanda Julio Barbosa Campos, Heidy Rodriguez Ramos RESUMO Este Relato Técnico descreve uma solução para problemas enfrentados em um Hospital Público. Dificuldades financeiras, falta de equipamentos médico-hospitalares, de medicamentos, de investimentos. O projeto relatado buscou a economia de recursos naturais por meio do Programa de Uso Racional da água (PURA), visando maior eficácia e eficiência na gestão dos recursos públicos, sem redução na qualidade dos serviços prestados. Com o Projeto relatado, foram alcançados bons resultados financeiros e as inovações apresentadas pelos funcionários, no desenvolvimento dos projetos de reuso foram ações que mereceram maior destaque, pelo comprometimento com a instituição e com o meio ambiente em busca da sustentabilidade. Palavras-chave: Sustentabilidade; Reuso; Saúde; água ABSTRACT This Technical Report describes a solution to problems faced in a public hospital. Financial difficulties, lack of medical equipment, medicines, investments. The project reported sought the saving of natural resources through the Program for the Rational Use of Water (PURA), to greater effectiveness and efficiency in the management of public resources, without reducing the quality of services provided. With Project reported were achieved good financial results and innovations made by employees in the development of reuse projects were actions that deserved greater prominence, for their commitment to the institution and to the environment in pursuit of sustainability. Keywords: Sustainability; Reuse; Health; water _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 1/11 1. Introdução Este Relato Técnico descreve uma solução para problemas enfrentados em um Hospital Público. Este Hospital faz parte do Programa de Qualidade denominado Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) da Associação Paulista de Medicina (APM), desde 2001, tendo sido este modelo de gestão escolhido para reorganização da Instituição. A cultura da gestão pela qualidade foi sendo assimilada pelos funcionários desde a sua implantação, com o objetivo de, por ser órgão público sujeito à troca de dirigentes, não sofrer descontinuidade em suas atividades. A implantação do modelo de gestão pela qualidade trouxe à Instituição: o planejamento estratégico, a criação do Núcleo da Qualidade, um novo organograma funcional, orientado por processos, introdução do uso de ferramentas da qualidade, revisão de processos empregando o PDCA entre outros. Como toda Instituição Pública que depende de orçamento público, dificuldades financeiras são enfrentadas pelos gestores, sendo que as necessidades são muitas, tais como falta de equipamentos médico-hospitalares, falta de medicamentos, falta de investimentos em infraestrutura. O projeto relatado buscou a economia de recursos naturais, no caso, a água, por meio do Programa de Uso Racional da água (PURA), visando maior eficácia e eficiência na gestão dos recursos públicos da infraestrutura, sem redução na qualidade dos serviços prestados. 2. Referencial Teórico A gestão integrada de recursos hídricos tem como principais fundamentos o uso sustentado dos recursos, a abordagem multisetorial e o emprego de medidas não estruturais, entre as quais se destaca a gestão de demanda. Essa concepção ampla da gestão dos recursos é uma decorrência do conceito de desenvolvimento sustentável, que associa o processo de desenvolvimento à equidade social e à manutenção da capacidade de suporte dos sistemas ambientais (MUÑOZ, 2000). Há dois programas para gestão integrada de recursos hídricos em andamento no Brasil, segundo John, Agopyan e Silva (2001), que merecem destaque: o Programa para Uso Racional de Água (PURA) implementado no estado de São Paulo; e o Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA). Estes dois programas desenvolvem campanhas educativas; atividades de medição e gerenciamento do uso de água em edifícios; e P&D de metodologias, tecnologias e equipamentos de baixo consumo, muitos deles já disponíveis no mercado para utilização imediata. Neste trabalho, foi utilizado o Programa de Uso Racional da Água (PURA), criado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) em 1996, preocupada com o quadro de escassez de água. Este programa tem como principal objetivo atuar na demanda de consumo de água, incentivando o Uso Racional por meio de ações tecnológicas e medidas de conscientização dos clientes para enfrentar a escassez de recursos hídricos. O Programa busca: conscientizar a população da questão ambiental visando mudanças de hábitos e eliminação de vícios de desperdício com foco na conservação e consequente aumento da disponibilidade do recurso água; promover maior disponibilidade de água para áreas carentes e garantir o fornecimento; prorrogar a vida útil dos mananciais existentes de modo a garantir a curto e médio prazo o fornecimento da água necessária à população; reduzir _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 2/11 os custos do tratamento de esgoto ao diminuir os volumes de esgotos lançados na rede pública; postergar investimentos necessários à ampliação do Sistema Produtor de Água bem como do Sistema de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana de São Paulo; incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à redução do consumo de água; diminuir o consumo de energia elétrica e outros insumos. (SABESP, 2013). A SABESP em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) e o Instituto de Pesquisas tecnológicas (IPT), forneceu as bases de sustentação tecnológica do programa, sendo que, na primeira fase, foi montada a estrutura e depois, foram desenvolvidos os projetos-pilotos para criação da metodologia de ação, em Hospitais, Escolas Estaduais, Cozinhas Industriais, Prédios Comerciais e Condomínios, entre outros, com resultados surpreendentes. Segundo Silva, Tamaki e Gonçalves (2008) o Programa de Uso Racional da Água da Universidade de São Paulo (PURA-USP) representou uma mudança de paradigma de exclusiva gestão da oferta de água para gestão também da demanda, mais coerente com os preceitos do desenvolvimento sustentável. Além da manutenção do consumo em patamares reduzidos e do estabelecimento de um sistema estruturado de gestão da demanda, foram realizadas atividades de caráter tecnológico (eliminação de vazamentos, substituição de equipamentos sanitários convencionais por modelos economizadores e minimização de desperdícios em processos), de mobilização (divulgação, campanhas de conscientização e treinamentos) e de gestão da demanda de água. Este Relato mostra que além do programa PURA, o Hospital Público em questão também assimilou os preceitos de desenvolvimento sustentável, que segundo Oliveira (2011), em se tratando de uma tendência mundial a ser assimilada, a sustentabilidade difunde-se naturalmente pela sociedade, podendo ser espontaneamente diluída em todos os setores sociais, culturais e, com grande relevância na economia. Neste caso, sendo bem compreendida, torna-se argumento passível de análise na área da construção civil, ponto pacífico nas discussões dos principais teóricos, na sociedade, nas agências publicitárias, nas instituições de ensino, entre os líderes comunitários etc. Ou seja, numa extensa malha social que se interessa em dar uma contribuição para o processo do desenvolvimento social global relacionado a todas as áreas das atividades humanas. Assim sendo a criação do hábito e a prática de atividades ambientalmente afirmativas caracterizam uma necessidade majoritária do ser humano por se tratar do comprometimento do futuro da humanidade. Indubitavelmente será uma atitude obrigatória, pois os países em desenvolvimento já questionam e trabalham essa conscientização. 3. Metodologia da Produção Técnica Foram utilizados como metodologia para a implantação do Projeto: • Realização de reuniões com parceiro: Concessionária de Água, a fim de estabelecer parcerias com foco na economia de recursos não-renováveis e diminuição de custos. • Celebração de contrato com a Concessionária de água para adesão ao Programa PURA objetivando a economia de água. • Ações de Valorização dos Funcionários. • Campanhas de Educação e Conscientização para uso racional da água. _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 3/11 • Compra de Acessórios Economizadores de Água. Por efeito de confidencialidade foi adotado o nome de “Hospital Público” para a Instituição em estudo. 4. Contexto do Projeto ou Situação-Problema A Administração do Hospital em 2005 deparou-se com grandes desafios: buscar a economia no uso de recursos naturais e com o mesmo orçamento, manter o funcionamento da instituição efetuando investimentos prioritários e necessários para o atendimento ao paciente. Foram realizadas reuniões com as Gerências e Coordenadorias, a fim de traçar as diretrizes do Departamento, dentro do contexto vigente e visando uma melhoria nos processos de trabalho. Ao longo dos três anos na Diretoria de Administração e Infra-Estrutura, foi aprimorado este Planejamento Estratégico departamental, tendo em 2008, conseguido efetuar com a equipe uma estruturação de Planos de Ação detalhada que foi em sua totalidade inserida no Planejamento Estratégico da Instituição para 2009-2012. Foi criado um Grupo de Planejamento Estratégico. Contou-se com a participação de mais de 131 colaboradores e com a aprovação do Conselho Gestor do Hospital em Dezembro de 2008, com a inserção de duas Diretrizes inovadoras para a Instituição para além de outros objetivos também garantir a continuidade e ampliação do Projeto aqui descrito: trata-se do 7º e 8º Objetivo Estratégico da Instituição: Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade Econômico-Financeira, respectivamente. O objetivo do Projeto aqui relatado foi planejar e executar ações que trouxessem resultados financeiros positivos para que a instituição pudesse investir em equipamentos médico-hospitalares, garantindo sua sustentabilidade, atender com qualidade às necessidades dos clientes internos e externos e ao mesmo tempo atender à demanda iminente em todo o planeta: a economia de recursos não renováveis, procurando, inicialmente atingir a meta de redução de 10%. 5. Tipo de Intervenção e Mecanismos Adotados Primeiramente, para Implantação do Programa PURA, o Hospital teve que apresentar à Concessionária um relatório de que teve a intenção de reduzir consumo, desenvolvendo as seguintes ações: • Campanhas de conscientização de economia de água • Implantação da leitura diária de hidrômetro Após, procedeu-se a Assinatura de Contrato em 27 de março de 2006, onde o Hospital se comprometeu a estar adimplente com as contas e em estar reduzindo o consumo de água Em Julho de 2006 foi instituída uma Comissão que contava com um encanador, uma Administradora e uma Supervisora de Limpeza, que fez diariamente busca ativa de vazamentos e equipamentos danificados, intervindo imediatamente junto ao serviço de manutenção para correção dos problemas, desenvolveu ações educativas quando detectou mau uso dos acessórios e efetuou os levantamentos das condições da rede interna, externa, reservatórios e equipamentos (torneiras, sanitários, chuveiros, tubulações). Foram enviados a um curso denominado pela Concessionária como “CaçaVazamentos”, desde os Coordenadores, funcionários do Setor de Hidráulica, até a Supervisora do Contrato de Limpeza, já que seria efetuado um trabalho em equipe. _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 4/11 RUA Procedeu-se à compra, através de Pregão de peças e acessórios economizadores de água (instalação de torneiras com sensor de presença, dispersadores, misturadores, reguladores de vazão de água para chuveiros) de acordo com a especificação técnica da Concessionária, no valor total de R$ 94.000,00. Estes materiais foram instalados gradualmente pela equipe de Manutenção do Hospital. Com a motivação da equipe e a valorização dos funcionários, que será descrita abaixo, a equipe de manutenção procedeu a inovações, passando a identificar pontos na instituição que possuíam alta demanda de água e propondo novos projetos para evitar o desperdício, tais como: Reuso de Água na Bomba de Vácuo e Captação, Utilização e Reutilização de Água no Sistema de Gases Medicinais. Foi inserido no contrato com a empresa prestadora de serviços de limpeza um formulário para acompanhamento e apontamento de vazamentos para agilização do processo de manutenção. Esta Planilha foi distribuída a funcionários da limpadora para preenchimento rápido, através de marcação de X, quando detectado o problema, o que agilizou a intervenção da manutenção. A Concessionária instalou para a instituição medidores eletrônicos nos hidrômetros, cujo consumo de água pode ser monitorado pela internet. No Sistema de Reuso da Água na Bomba de Vácuo, a água que refrigera o motor do equipamento de vácuo que supre o centro cirúrgico era jogada diretamente no esgoto. Esta água foi redirecionada para uma caixa d´água de 50 litros colocada na saída e dali bombeada para uma caixa d´água de 1000 litros, instalada acima do equipamento à vácuo e através de um relê, é acionada para circular, refrigerando o motor, conforme Figura 1. CAIXA D’AGUA EQUIPAMENTO À VACUO CAIXA D’AGUA BOMBA Figura 1 – Sistema de Reuso de Água da Bomba de Vácuo Fonte: Hospital Público (2013) Foram utilizados materiais e equipamentos existentes no hospital, tais como: bombas que estavam obsoletas e anteriormente usadas nas máquinas de hemodiálise, tubulação _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 5/11 retirada da caldeira quando da reforma do equipamento e que serviram de estrutura para a sustentação da caixa d´água de 1.000 litros, peças e materiais de estoque: caixa d´água de 1.000 litros, relê, registros, canos, etc. No Projeto de Captação, Utilização e Reutilização de Água, no sistema de gases medicinais, os fluidos armazenados nos tanques de oxigênio e nitrogênio ao percorrerem as serpentinas dos evaporadores para serem transformados no estado gasoso fazem acumular, nas mesmas uma grande quantidade de gelo. Essa camada de gelo é removida diariamente utilizando-se a pressão da água de uma mangueira. Toda água utilizada para tal, mais a provinda do derretimento do gelo se perdia no solo e ralos. No Projeto executado, utilizando-se do caimento do piso de uma área de 30m2, essa água é captada por grelhas, que captam também as águas das chuvas e as direcionam a uma caixa d’água subterrânea intermediária. Com uma bomba, essa água é enviada a outras duas caixas d’água superiores e pela força da gravidade, quando acionada pela mangueira é utilizada para a realização do degelo, reiniciando, assim, o ciclo do sistema, conforme Figura 2. Figura 2 – Sistema de captação, utilização e reutilização de Água Fonte: Hospital Público (2013) Com o tempo, pelo processo de decantação, criam-se no fundo dessas caixas camadas de sujidades quando é, portanto, necessária sua limpeza. Desenvolveu-se junto à Supervisão de Limpeza do hospital, conforme a periodicidade necessária detectada nos primeiros meses de utilização do sistema, um cronograma de limpeza realizada pela empresa contratada e responsável por esse serviço. Foram utilizados recursos disponíveis: material no valor de R$1.107,00 e mão-de-obra no valor de R$ 3840,00, (5 homens, 8 horas em 8 dias), totalizando R$ 4947,00. 6. Resultados Obtidos e Análise _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 6/11 Com o Projeto de reuso de água da bomba de vácuo, o hospital passou a economizar aproximadamente 6.000 litros de água por dia, aproximadamente R$ 12.960,00 por ano. Com o Projeto de captação, utilização e reutilização de água do sistema de gases medicinais, a economia estimada foi de: R$1.612,80/mês, totalizando R$ 19.353,60/ano. Com o Programa PURA, de 2006 a 2008, obteve-se uma redução financeira, que pode ser observada no gráfico 1, somada aos projetos de Reuso, de aproximadamente R$ 46.586, 12/mês, sendo aproximadamente R$ 595.000,00/ano. Gráfico 1 – Custo Médio Mensal de Consumo de Água, excluindo-se o aumento de tarifa Fonte: Hospital Público (2013) O Resultado do Programa PURA para a sustentabilidade do Planeta foi a redução, de 2006 para 2008 de 1.886m3 por mês, ou seja 22.632m3 por ano que transformados em litros correspondem a 2.263.200 de litros por ano, conforme gráfico 2. _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 7/11 Gráfico 2 – Média Mensal de Consumo de Água (m3) Fonte: Hospital Público (2013) As economias e reduções de consumo de água foram de aproximadamente R$842.697,24/ano; sendo a redução de consumo: 51.504m3/ano ou seja, 51.504.000 de litros/ano. Silva (2004) propõe que se o Programa for dotado de caráter permanente; se for estruturado e inserido na estrutura da instituição; se contemplar planejamento, préimplantação, implantação, pós-implantação e, durante todo seu desenvolvimento, gestão da demanda da água; além da redução do consumo, serão obtidos outros resultados, chamados de efeitos: alterações nos sistemas de suprimento de água fria e de equipamento sanitário, em rotinas de manutenção predial e administrativas, e em parâmetros de projeto; desenvolvimento tecnológico dos equipamentos; despertar para a conservação da água; e mudanças comportamentais dos usuários; e que se estes efeitos forem gerenciados, aliando-se à gestão da demanda da água e do próprio Programa, os patamares de consumo serão mantidos em seus níveis inferiores ou até mesmo reduzidos. (SILVA; TAMAKI; GONÇALVES, 2008). Pode-se notar que os patamares de consumo foram mantidos e reduzidos, tanto no aspecto ambiental de economia de água, quanto no aspecto financeiro, conforme os gráficos 3 e 4, respectivamente. 16000 14476 14000 13213 12593 12000 10379 10510 10000 8467 8794 7765 8000 6000 M3 4000 2000 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013até abril 2013 Gráfico 3 – Média Mensal de Consumo de Água (m3) – 2006 a abril de 2013 Fonte: Elaborado pelos autores (2013) _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 8/11 250000 225464 179186 175877,88 175820 173021,03 157548 156287 200000 142080 150000 100000 R$ 50000 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013até abril 2013 Gráfico 4 – Média Mensal de Consumo de Água (R$) – 2006 a abril de 2013 Fonte: Elaborado pelos autores (2013) Não obstante os resultados econômico-financeiros alcançados, as inovações apresentadas pelos funcionários, no desenvolvimento dos Projetos de Reuso foram as ações que mereceram maior destaque, pelo envolvimento, comprometimento com a instituição e com o meio ambiente. 7. Conclusões Com o Projeto relatado, foram alcançados bons resultados financeiros, a meta de redução de 10% foi atingida e ultrapassada e procedeu-se a aquisição de equipamentos médico-hospitalares. Em Novembro de 2008, o Hospital foi vencedor no “Prêmio São Paulo Cidade – Inovação em Gestão Pública”, com o trabalho: “Gestão pela Qualidade”, que envolveu o trabalho de todas as Diretorias (Médica, Administrativa, Técnica e de Recursos Humanos) e do Núcleo de Qualidade. Também neste mesmo evento foi finalista com o trabalho: ”Captação, Utilização e Reutilização de Água no Sistema de Gases Medicinais”, sendo que este trabalho também foi 1º lugar entre os trabalhos científicos apresentados em pôsteres no II Congresso Peruano de Administração Hospitalar, organizado pela Federação Peruana de Administração Hospitalar (FEPAS) nos dias 27 a 29 de maio de 2009. Conforme citado anteriormente, hoje a instituição conta com um Planejamento Estratégico, sendo continuado pela nova administração, estruturado com 8 Diretrizes: 1º Gestão participativa da Autarquia; 2º Humanização nas relações com as partes interessadas; 3º Ampliação e melhoria na prestação de serviços; 4º Gestão da informação; 5º Recuperação e incorporação de novas tecnologias e infra-estrutura; 6º Gestão, valorização, capacitação e desenvolvimento de Recursos Humanos; 7º Responsabilidade Socioambiental; _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 9/11 8º Sustentabilidade Econômico-Financeira. Conforme (LAMBERT et al. 2008) a sustentabilidade nas edificações, além de contribuir para a redução do impacto ao meio ambiente, apresenta-se como uma das perspectivas para a promoção do bem estar social e aumento da produtividade dos usuários. Mas apesar das incontestáveis melhorias que estas alternativas tecnológicas podem resultar, é imprescindível que haja uma reeducação da população, atentando sobre as mudanças climáticas que vêm ocorrendo e o futuro do planeta, para que cada um contribua fazendo a sua parte com consciência ecológica. Conclui-se que a economia de recursos financeiros foi essencial para os clientes internos e externos e para a Instituição. Além disso, foi constatado que para atingir o ideal de sustentabilidade do meio ambiente, deve-se valorizar e tratar do ser humano, para que suas atitudes não sejam somente de mudanças de hábito e sim, que estejam incorporadas em seu dia-a-dia, como algo natural, intrínseco do viver. _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 10/11 Referências John, V. M.; Agopyan, V.; Silva, V. G. da. Agenda 21:Uma proposta de discussão para o construbusiness brasileiro. ANTAC – Encontro Nacional e I Encontro Latino Americano sobre edificações e Comunidades Sustentáveis. Canela, 24 a 27 de abril de 2001. Disponível em:<http://pcc5100.pcc.usp.br/arquivos/Constru%C3%A7%C3%A3o%20e%20desenvolvime nto%20sustent%C3%A1vel/Agenda%2021%20CCivil%20-%20evento%20ANTAC.pdf>. Acessado em: 09/07/2013. Lamberts, R; Triana, M.A; Fossati, M; Batista, J. O. Sustentabilidade Nas Edificações: Contexto Internacional e Algumas Referências Brasileiras na Área. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/documents/sustentabilidade_nas_edificacoes_co ntexto_internacional_e_algumas_referencias_brasileiras_na_areasustentabilidade_nas_edifica coes_contexto_internacional_e_algumas_referencias_brasileiras_na_area.pdf>. Acessado em 19/07/2013. Muñoz, Héctor Raúl, organizador. Interfaces da gestão de recursos hídricos: desafios da lei de águas de 1997. 2. ed. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos, 2000. Disponível em: <http://www.uff.br/cienciaambiental/biblioteca/rhidricos/prefacio.pdf>. Acesso em: 24 set. 2013. Oliveira, J. A. da C. Proposta de Avaliação e Classificação da Sustentabilidade ambiental de canteiro de obras. Metodologia eco obra aplicada no distrito federal – DF. Tese de Doutorado em estruturas e construção civil. Publicação: Departamento de Engenharia Civil. PECC-UnB, Brasília/ DF: Agosto, 2011. Disponível em: < http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/9884/1/2011_JorgeAntonioCunhaOliveira.pdf>. Acessado em: 09/07/2013. SABESP, 2013. Uso racional da água. Disponível em: <http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&temp2=3&proj=sabes p&pub=T&nome=Uso_Racional_Agua_Generico&db=&docid=9760C5E6A76DA55E83257 11B0050E912>. Acessado em: 09/07/2013. Silva, R. T.; Porto, M. F. do A. Gestão urbana e gestão das águas: caminhos da integração. Estud. av. vol.17 no.47. São Paulo. Jan./Apr. 2003. ISSN 0103-4014, disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142003000100007>. Acessado em: 09/07/2013. Silva, G. S. da; Tamaki, Humberto Oyamada; Gonçalves, Orestes Marraccini. O PURA-USP e o uso sustentável da água na Universidade de São Paulo. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Brasil, 2008 – I Encontro Latino-Americano de Universidades Sustentáveis. Disponível em: <ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/public/Sustentabilidade/ELAUS2008/trabalhos/209.pdf>. Acessado em: 09/07/2013. _________________________________________________________________________ Anais do II SINGEP e I S2IS – São Paulo – SP – Brasil – 07 e 08/11/2013 11/11