Dinâmicas de Grupos Um instrumento de seleção História A Dinâmica de Grupo surgiu em 1914, tendo-se como seu criador o cientista comportamental, Kurt Levy, fundamentando-se de que o homem vive em grupos. Durante muito tempo a técnica de Dinâmica de Grupo vinha sendo utilizada somente na área de treinamento, mais precisamente para integração de pessoal, psicoterapia em grupo, cooperação, liderança, iniciativa, criatividade, aquecimento, etc. Mais recentemente, o método vem sendo utilizado para seleção de pessoal, pelo fato deste, fornecer uma rica informação do indivíduo, mesmo antes do trabalho. Na Suíça, há um cemitério exclusivo para enterrar pessoas que não são naturalizadas no país, ou seja, todo e qualquer estrangeiro que venha a falecer no país. Um dia, um Suíço cristão foi visitar um parente e levou uma belo arranjo de flores ao túmulo de seu ente querido. Ao olhar para o lado, um oriental estava organizando no túmulo de sua falecida esposa um prato de arroz branco, de maçãs caramelizadas, incenso, velas, cartas e alguns doces. O Cristão pensou, lá está uma ótima oportunidade de levar Deus ao coração deste pobre homem. Se aproximou do oriental e disse: "Meu amigo, que horas você acha que este falecido vai levantar e comer estas coisas?". O Oriental respirou fundo e com voz apaziguada respondeu: "Meu caro, este falecido levantará para comer estas coisas no mesmo dia em que o seu parente falecido levantar para sentir o perfume do arranjo de flores que você trouxe." O profissional que atua com entrevistas de seleção de pessoal está automaticamente, antes de tomar qualquer decisão, suscetível a influências subjetivas de sua própria história de vida (valores morais, preconceitos, resistências, limites, e assim por diante). O maior desafio de um selecionador de pessoal, consiste em tentar ir além de seus sentimentos e interpretações pessoais ao reunir informações sobre a história de vida dos candidatos, seu repertório comportamental e probabilidades de comportamentos futuros se chegasse a assumir o cargo pleiteado. Durante a sessão, o avaliador (ou grupo de avaliadores) deverá atentar-se à cada participante e avaliar: liderança; comunicação; espírito empreendedor; conhecimento profissional; cooperativismo; aptidões; personalidade; inteligência; e outros fatores variáveis. “Quando nossas funções estão além ou aquém de nossa capacidade, existe ansiedade ou desmotivação, com conseqüentes danos para a pessoa e para a organização”. (Marcos Luiz Bruno, Diretor do Instituto Pieron) Etapas de uma dinâmica Planejamento, Rapport e Apresentação de Objetivos Preparar o ambiente engloba: check list de estimulação visual, auditiva, olfativa, física, mista necessária ou desnecessária presente no ambiente, organização do material da dinâmica, quantidade de cadeiras, coffee breack, etc. Já o Rapport e Apresentação da empresa, condições de trabalho, objetivos da dinâmica estão muito além do que simples cortesia. Elas fazem parte de importantes características do facilitador: repertório de empatia, repertório de respeito ao outro, respeito a sua prática profissional, respeito a diversidade comportamental, etc. Dinâmicas de Quebra Gelo ou Aquecimento Compreendem atividades ou dinâmicas que objetivem, facilitem e/ou propiciem a baixa das defesas psicológicas, ansiedade, ou ainda, que de alguma forma, "aqueça" um determinado grupo de pessoas a entrarem em dinâmicas de avaliação comportamental com maior naturalidade, desenvoltura e performance acerca de si mesmos ou seja, partem da premissa que estando o sujeito com defesas e ansiedade controlada, eleva-se a probabilidade de que este emita comportamentos conscientes / inconscientes com maior fidedignidade, podendo o facilitador analisar com maior propriedade as situações em dinâmicas que possam ser análogas ao dia - a - dia do avaliado. Dinâmicas de Apresentação Compreendem atividades ou dinâmicas que objetivem, facilitem e/ou propiciem a apresentação dos sujeitos imersos em atividades em equipe. É natural que as dinâmicas de grupo evidenciem e/ou inibam determinadas pessoas e comportamentos mais do que outras, neste sentido, uma dinâmica de apresentação dá a cada sujeito a oportunidade de falar de si mesmo, de expor verbalmente e gestualmente seus pontos fortes, pontos à melhorar, características pessoais de sua personalidade, etc. Dinâmicas de Avaliação de Competências Compreende em atividades ou dinâmicas que objetivem, facilitem e/ou propiciem a observação dirigida de competências (Repertórios comportamentais), ou seja, compreendem a gama de atividades planejadas previamente pelo facilitador na tentativa assertiva de coletar informações concretas e observáveis acerca das características comportamentais topográficas e / ou funcionais ditas e compreendidas como "competência". É o caso: Liderança, Iniciativa, Motivação, Agressividade, Trabalho em equipe, Persuasão, Criatividade, Controle Emocional, Flexibilidade, Planejamento, Raciocínio Lógico, Abstrato, Espacial, Numérico, Verbal, etc. Dinâmica de Fechamento Compreende em atividades ou dinâmicas que objetivem, facilitem e/ou propiciem o fechamento de gestalt, de possíveis demandas clínicas que não desrespeitam ser tratadas pelo psicólogo organizacional em posição de recrutamento e seleção (frustração, complexo de inferioridade, personalidades de risco, etc). As atividades de fechamento promovem através de lições de moral, sensibilizações, reflexões, e afins um reforço à estrutura psíquica e comportamental do sujeito ao saírem de uma bateria de testagem cuja finalidade aproxima-se da seleção natural, cuja possibilidade obscura é a rejeição, a reprovação, ela prepara o sujeito para utilizar estas possibilidades ao seu favor e desenvolvimento. Vivenciando! Quebra gelo: cadeado, roda atrapalhada, amnésia. Apresentações: nome/características informantes –Falso/verdadeiro Competências: pássaros engaiolados O que foi avaliado? Pressão, resistência a frustração, astúcia, quebra de padrões, agressividade/passividade. Praticando... Concordo/Discordo 1. Componentes nucleares. 2. Aborto. 3. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. 4. Quem tem competência se estabelece”. 5. A conquista é uma questão de sorte. 6. Habilitação no trânsito aos 16 anos. 7. Bater nos filhos. 8. Globalização. 9. Desmatamento na Amazônia. 10. Salário (altíssimo) de jogador de futebol. 11. Mulher no comando de empresas. 12. Homem cozinhando, fazendo supermercado, participando de reuniões de pais na escola, etc.. 13. Distribuição das finanças no lar: cada um deve ser dono do seu salário. 14. TV por assinatura. 15. Sexo na Internet. 16. Infidelidade: os direitos são iguais? O que foi avaliado? Capacidade de persuasão, formas de comunicação e argumentação, aprendizagem, flexibilidade, preconceitos (pode gerar competitividade). Para avaliarmos competência podemos também utilizar: estudos de caso, tempestades de idéias, debates, discussão em pequenos grupos. Indicadores de aprovação Demonstrou reais e comprovadas qualificações, competência e experiências para ocupar a posição em disputa. Tem um passado de realizações que o credenciam e que podem ser exploradas e aproveitadas por seu futuro empregador; Demonstrou efetivo, concreto e objetivo interesse pelo cargo; Demonstrou ser uma pessoa positiva, bem humorada e entusiasmada; Foi coerente durante o processo todo. Não manipulou, não mentiu ou tentou parecer o que não é; Foi pontual nas entrevistas e em outros compromissos. Indicadores de aprovação Mostrou-se aberto, disponível, interessado e envolvido em todas as etapas pela qual passou; Possui apresentação adequada em relação ao cargo e ao público com o qual se relacionará; Teve um comportamento ético limpo. Demonstrou possuir valores morais saudáveis e normalmente aceitos. Não falou sobre dados confidenciais ou sigilosos, além de demonstrar lealdade com seus antigos empregadores e respectivos colegas; Demonstrou preocupação com as demais pessoas envolvidas no processo, bem como habilidades adequadas para se relacionar com elas. Indicadores de reprovação Possui qualificações muito acima (ou, obviamente, muito abaixo) das necessidades da posição; Mora longe em relação ao local de trabalho ou tem dificuldades de locomoção; Não tratou o pessoal de recepção e de apoio de maneira adequada; Não se manteve em seu devido lugar, não observando os limites ético e de bom senso no seu relacionamento com o potencial empregador; Não demonstrou que teve realizações importantes ou apropriadas para a posição em disputa, em sua trajetória profissional; Demonstrou mau humor ou estar de mal com o mundo; Indicadores de reprovação Demonstrou indecisão com relação à proposta de trabalho e ao salário que foi oferecido, ou foi lento demais para tomar decisões a respeito; Teve um comportamento ético, em relação aos seus antigos empregadores e respectivos colegas de trabalho, pouco recomendável; Mentiu durante o processo ou foi pego em situações de contradição, inspirando desconfiança e insegurança quanto às suas reais qualificações, personalidade e caráter; Pareceu totalmente desinformado sobre a empresa para a qual estava se candidatando e alienado em relação a muitas etapas do processo.