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Uma Senhora FUNCEF
O
que é mais importante em um Fundo de
Pensão, ser o maior ou o mais rentável? Não seria por acaso ter a melhor
governança o mais necessário? E o que dizer
do relacionamento com seus participantes? Ou
nada disso, pois o que interessa mesmo é pagar os maiores benefícios?
Como podemos ver, são muitas as variáveis e a resposta requer cuidado. Claro que
os temas citados são importantes, mas não
dá para colocar a lente da simplificação nesta
complexa questão, mas se é para destacar um
ponto da maior relevância para uma entidade
de previdência complementar este é, sem dúvida, a solidez dos seus planos de benefícios.
É que não podemos desprezar os estragos que
um plano insolvente acarreta para seus participantes, com o consequente reflexo em todo o
sistema de previdência complementar que, em
última análise, sobrevive de confiança.
Estas questões trazem a reflexão sobre
como está a FUNCEF neste contexto de cumprimento de seu papel, como Fundo de Pensão
dos empregados da CAIXA.
Desde 1977, ano em que a FUNCEF iniciou
suas atividades, passaram pela Fundação gestões profissionais, e algumas, infelizmente,
nem tanto. Mas isto não importa agora, pois
nosso foco aqui é fazer uma avaliação dos últimos oito anos.
Os números são impressionantes: o patrimônio mais que quadruplicou, sendo o maior
acréscimo entre os maiores fundos de pensão;
o incremento na quantidade de participantes
se aproximou dos cinqüenta mil, também des-
taque entre as principais EFPC.
Quando se olha pelo lado da governança, os destaques são também visíveis. Como
exemplos temos a alteração no Estatuto, permitindo a eleição de metade dos Diretores, a
aprovação do Código de Conduta e a criação de
Comitês de Assessoramento Técnico.
Destaca-se também o relacionamento com
nossos participantes, por meio da criação de
canais eficientes de atendimento, inclusive a
Ouvidoria, em vias de implementação. Não podemos esquecer que após anos sem reajustes,
foi concedido neste período trinta por cento de
aumento real nos benefícios saldados. A lista
de conquistas não é pequena, temos ainda o
Novo Plano, o Saldamento do REG/REPLAN, o
ingresso dos aposentados do ex-PMPP, da PREVHAB, e muito mais.
Voltando assim à questão inicial, podemos
resumir que o importante em um Fundo de Pensão é que seja gerido com
profissionalismo, com foco em seu
objeto, que é administrar planos de
previdência complementar, e foi isto
que vimos nos últimos oito anos.
Em que pese a pouca idade da
Fundação, uma Balzaquiana de
trinta e poucos anos, podemos dela hoje nos orgulhar
e, mesmo sabendo dos
desafios que virão, que
fazem parte da essência
da previdência complementar, dizer que é uma
Senhora FUNCEF.
Eugênio Fabio de Resende
Consultor da Presidência FUNCEF - 10/05/2011
revista FUNCEF
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