EFEITO DO CONSUMO DE ALTAS DOSES DE CAFEÍNA ASSOCIADA
OU NÃO A OSTEOPOROSE SOBRE A DENSIDADE ÓSSEA
EM FÊMURES DE RATAS
Paula Fernanda da Silva Fonseca; Marta Ferreira Bastos (Orientadora); Poliana Mendes
Duarte (Co-orientadora) – Biomedicina
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Palavras-chave: densidade óssea, cafeína, osteoporose, ratos.
A remodelação óssea ocorre por meio da formação e reabsorção do tecido ósseo. Estes
processos acontecem simultaneamente, porém em algumas doenças, pode ocorrer o
desequilíbrio. A osteoporose é uma patologia osteometabólica, na qual há uma diminuição da
densidade mineral óssea e deterioração da microarquitetura, aumentando a fragilidade
esquelética e a predisposição a fraturas. A cafeína é consumida pela maioria das pessoas no
mundo, entretanto existem relatos de que esta substância aumenta o risco do desenvolvimento
da osteoporose, estimulando a perda óssea e diminuindo a densidade óssea mineral.
Considerando-se que a osteoporose é altamente prevalente, e a cafeína é uma das substâncias
farmacologicamente ativas mais consumidas no mundo, já que está presente em refrigerantes,
chás, energéticos, medicamentos e café, o presente projeto tem como objetivo avaliar os
possíveis efeitos nocivos do consumo de cafeína na densidade óssea em fêmures de ratas
ovariectomizadas. Sessenta ratas Wistar serão divididas em grupos: Controle: animais que não
receberão cafeína e sofrerão ovariectomia simulada; Cafeína: ratas que receberão água
contendo 10 mg/Kg/dia de cafeína durante 65 dias e ovariectomia simulada; Osteoporose:
animais não receberão cafeína e serão ovariectomizados; Cafeína + osteoporose: ratas
ovariectomizadas receberão água contendo 10 mg/100g/dia de cafeína durante 65 dias. Após o
período experimental de 65 dias, os animais serão sacrificados, os fêmures serão removidos e
o tecido passará por um processamento histológico. As secções histológicas serão coradas
com HE e então, digitalizadas. A densidade óssea no fêmur será avaliada com o auxílio de um
retículo quadriculado sobre o qual será feita a contagem dos pontos coincidentes com osso em
relação à quantidade de pontos total. As médias dos valores obtidos pelas as análises
histométricas serão calculadas obtendo-se um resultado final para cada animal independente.
Os resultados serão submetidos ao teste de normalidade para escolha de métodos paramétricos
ou não paramétricos de análise estatística. A hipótese de que o consumo de cafeína,
osteoporose ou associação de ambos os fatores, influencia a densidade nos fêmures será
testada pelo teste de Kruskal Wallis (teste de Dunn) ou ANOVA (teste de Tukey). Todas as
análises serão realizadas em nível de significância de 5%. Os resultados dos estudos clínicos
envolvendo a cafeína e o tecido ósseo ainda são contraditórios, e existem poucos estudos em
animais que associaram a cafeína com a osteoporose induzida por ovariectomia, até o presente
momento.
Projeto elaborado com o apoio do Programa Institucional de Iniciação Científica da
Universidade Guarulhos – PIBIC-UnG - Rodada I-2011.
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