Anais do XIII Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas - 29 e30 de setembro de 2009 ISSN 1982-0178 TERAPIA PERIODONTAL NÃO-CIRÚRGICA EM PACIENTES COM PERIODONTITE CRÔNICA Wendi Priscila dos Santos Oliveira Faculdade de Odontologia Centro de Ciências da Vida [email protected] Resumo: O objetivo desse estudo clínico foi avaliar a resposta a terapia periodontal não-cirúrgica (TPNC) em pacientes com periodontite crônica e com o psicodiagnóstico de não estressados, que foram atendidos na Faculdade de Odontologia da PUC-Campinas. Metodologia: Dez pacientes portadores de periodontite crônica avançada e com o psico-diagnóstico de não estressados receberam TPNC. Serviram como critérios de exclusão da amostra: pacientes portadores de desordens médicas que pudessem influenciar na resposta ao tratamento: diabetes mellitus, osteoporose, artrite, HIV, síndromes e doenças mentais; pacientes grávidas ou em fase de amamentação; pacientes alcoólatras; pacientes que fizessem uso de medicamentos que afetam as condições periodontais nos últimos seis meses; pacientes que fizessem uso de drogas psicotrópicas e pacientes que já tivessem recebido TPNC nos últimos seis meses. Os seguintes parâmetros clínicos foram avaliados no início do estudo e com 1mês após TPNC: Índice de Placa (IP), Índice de Sangramento (ISS), Profundidade de Sondagem (PS) e Nível de Inserção Clínica (NIC). Resultados:Os resultados mostraram uma melhora em todos os parâmetros clínicos avaliados, caracterizados por uma redução nos IP, ISS, PS e NIC 1 mês após TPNC. Conclusão: a TPNC é um tratamento efetivo em pacientes com periodontite crônica avançada, na ausência de estresse emocional. Palavras-chave: terapia periodontal não-cirúrgica, periodontite crônica. Área do Conhecimento: Grande Área do Conhecimento: Ciências da Saúde/ – Sub-Área do Conhecimento – CNPq: Odontologia. 1. INTRODUÇÃO Na última década, os epidemiologistas começaram a avaliar o “risco” e os “fatores de risco” para susceptibilidade e progressão da doença periodontal. O “fator Karina Teixeira Villalpando Grupo de Pesquisa: Dentística Minimamente Invasiva Centro de Ciências da Vida [email protected] risco” pode ser definido como atributo ou exposição que aumenta a probabilidade de ocorrência da doença. A compreensão atual dos fatores de risco para a doença periodontal permite que eles sejam categorizados como fatores de risco “congênitos” e fatores de risco “adquiridos e ambientais”. Fatores de risco congênitos incluem: raça, sexo, fatores genéticos/hereditários, congênitas, disfunção fagocítica, e síndromes, como a Síndrome de Down. Fatores de risco adquiridos e ambientais incluem: higiene oral precária, idade, medicações, tais como fenitoína e drogas antiinflamatórias não-esteroidais, cigarros, imunodeficiência adquirida, doenças endócrinas adquiridas, como o diabetes, estresse e deficiências nutricionais. A pesquisa ampliou muito a visão do papel dos fatores de risco no aparecimento e na progressão da doença periodontal. Hoje, está claro que tanto os fatores de risco congênitos quanto os fatores adquiridos e ambientais determinam o início, a progressão e a resposta ao tratamento da doença periodontal [5,7,15]. Estudos preliminares sugerem que estresse crônico, depressão, problemas financeiros, isolamento social e outros fatores psicossociais podem representar um fator de risco para a periodontite [14,18]. A teoria é que o estresse deprimiria a resposta imunológica aos patógenos periodontais, determinando um aumento da gravidade da doença periodontal [10,12]. Alguns estudos sugerem que o estresse psicológico pode contribuir para uma resposta a terapia periodontal menos favorável [1,21]. Considerando que a literatura mostra que o estresse e fatores psicológicos podem atuar como modificadores do curso da doença periodontal, exercendo um efeito imunossupressivo que torna o indivíduo mais susceptível à doença periodontal, assim como pode atuar nos hábitos e frequência de higiene oral, este trabalho visa avaliar a resposta ao tratamento periodontal não-cirúrgico em pacientes com periodontite crônica e com o psico-diagnóstico de nãoestressados. Anais do XIII Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas - 29 e30 de setembro de 2009 ISSN 1982-0178 2. METODOLOGIA 2.5. Exame Clínico Periodontal 2.1. Considerações éticas: Os pacientes passaram por um exame clínico periodontal no início do estudo e 1 mês após TPNC, que consistiu de: Esse estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Pontifícia Unio versidade Católica de Campinas, protocolo n 739/07. Todos os pacientes que participaram dessa pesquisa, estavam cientes da sua metodologia de forma escrita e verbal e assinaram termos de consentimento pós-informação. 2.2. Delineamento do Experimento: Dez pacientes portadores de periodontite crônica avançada receberam tratamento periodontal nãocirúrgico (TPNC), sendo que esses 10 pacientes apresentavam o psico-diagnóstico de nãoestressados, através de questionário de Sintomas de Estresse para Adultos (ISSL) [9] e avaliação desses sintomas por psicólogos da Faculdade de Psicologia da PUC-Campinas. 2.3. Critérios de inclusão na amostra: Serviram como critérios de inclusão na amostra: (1) Diagnóstico de periodontite crônica, com presença de pelo menos 8 sítios com profundidade de sondagem (PS) ≥ 5mm e sangramento à sondagem, sendo que 2 desses sítios deveriam apresentar PS ≥ 6mm e, outros 2 sítios PS ≥ 7mm. 2.5.1. Obtenção dos Índices Periodontais: Foram obtidos os Índices de Placa Bacteriana (IP) e de Sangramento à Sondagem (ISS). Esses índices verificaram, respectivamente, a presença ou ausência de placa bacteriana sem a necessidade de evidenciador de placa bacteriana e a presença ou ausência de sangramento durante a sondagem.Esses índices foram obtidos de todos os dentes nas suas seis faces: disto-vestibular, vestibular, mesiovestibular, mesio-lingual, lingual e disto- lingual e, foram realizados por um único examinador, previamente calibrado. 2.5.2. Obtenção das medidas de sondagem: Foram obtidas através da medição com sonda milimetrada Modelo Williams os seguintes parâmetros clínicos: (1) Profundidade de sondagem (P.S): distância em milímetros da margem gengival ao fundo da bolsa periodontal; (2) Retração gengival (R.G): distância em milímetros da junção cemento-esmalte até a margem gengival; (2) Diagnóstico psicológico de não estressado. (3) Nível de inserção clínica (N.I.C): distância em milímetros da junção cemento-esmalte ao fundo da bolsa periodontal. 2.4. Critérios de exclusão da amostra: Essas medidas também foram obtidas por um unico examinador previamente calibrado. Serviram como critérios de exclusão da amostra: (1) Pacientes portadores de diabetes mellitus, osteoporose, artrite, HIV, síndromes e doenças mentais por caracterizarem desordens médicas que também podem influenciar na resposta a terapia periodontal não-cirúrgica; 2.6. Terapia Periodontal Não-Cirúrgica (2) Pacientes grávidas ou em fase de amamentação; A Terapia Inicial consistiu de: instruções de higiene oral, ensino de escovação dental, do uso de fio dental ou de escova interdental. Também foi feita a remoção de fatores retentivos de placa bacteriana como cálculo supra-gengival, cáries ou excessos de restaurações e, confecção de próteses parciais provisórias, quando necessário. (3) Pacientes alcoólatras; (4) Pacientes que fizessem uso rotineiro de antiinflamatórios; (5) Pacientes que fizessem uso de drogas psicotrópicas; (6) Pacientes que fizeram uso de antibióticos nos últimos seis meses (anteriores à pesquisa); (7) Pacientes que receberam tratamento periodontal nos últimos seis meses (anteriores à pesquisa). Todos os pacientes receberam TPNC que foi dividida em: Terapia Inicial e Terapia Básica. 2.6.1. Terapia Inicial: 2.6.2. Terapia Básica: A Terapia Básica consistiu de raspagem e alisamento radicular subgengival, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, com o uso de instrumentos manuais e ultrassônicos apropriados. Anais do XIII Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas - 29 e30 de setembro de 2009 ISSN 1982-0178 Toda a TPNC foi completada entre 4 a 6 sessões e foi reavaliada após 4 até 6 semanas. PS (t=0) PS (t=1) ΔPS 2.7. Terapia de Manutenção Paciente 1 4,4 3,0 1,4 A Terapia de Manutenção consistiu de um programa de controle de placa, no qual foram reforçadas as instruções de higiene oral e foi realizada profilaxia dental profissional ao completar o período de 1 mês, quando foi feita a reavaliação final. Paciente 2 4,1 2,3 1,8 Paciente 3 3,4 2,4 1,0 Paciente 4 3,3 2,3 1,0 Paciente 5 3,1 2,3 0,8 3. RESULTADOS Todos os pacientes retornaram para a reavaliação de 1 mês e a amostra ficou constituída por 10 pacientes adultos, sendo 3 mulheres e 7 homens, com média de idade de 45,3 anos, sendo a idade mínima de 32 e a máxima de 59 anos. Quanto ao hábito de fumar haviam 4 pacientes fumantes e 6 pacientes nãofumantes. Paciente 6 2,3 2,0 0,3 Paciente 7 2,6 2,3 0,3 Paciente 8 3,0 2,5 0,5 Paciente 9 3,7 2,6 1,1 Paciente 10 3,5 2,4 1,1 Média 3,34 2,41 0,93 A tabela 1 mostra os valores percentuais individuais e a média dos Índices de Placa Bacteriana (IP) e de Sangramento à Sondagem (ISS) no início do estudo (t=0) e na reavaliação de 1 mês (t=1). Tabela1: Valores individuais e médias percentuais de IP e ISS no início do estudo (t=0) e depois de 1 mês (t=1). IP % (t=0) IP% (t=1) ISS% (t=0) ISS% (t=1) Paciente 1 64,9 24,5 79,8 44,7 Paciente 2 63,6 50 65,1 10,6 Paciente 3 55,9 45,2 67,8 18,4 Paciente 4 50 42,3 64,5 24,3 Paciente 5 51,3 48 62 28 Paciente 6 25,3 39,3 18,6 4 Paciente 7 29,3 26 40 Paciente 8 30,3 54,1 Paciente 9 50,8 Paciente 10 Média A tabela 3 mostra os valores médios da variação do Nível de Inserção Clínica (NIC) no início do estudo (t=0) e na reavaliação de 1 mês (t=1). Tabela 3: Valores individuais e médias em milímetros de NIC no início do estudo (t=0) e depois de 1 mês (t=1). NIC (t=0) NIC (t=1) Paciente 1 5,0 4,3 0,7 Paciente 2 4,5 3,6 0,9 Paciente 3 3,7 3,1 0,6 Paciente 4 3,3 2,5 0,8 16 Paciente 5 3,5 2,8 0,7 74,4 33,9 Paciente 6 2,8 2,5 0,3 49,1 61,4 37,7 Paciente 7 3,2 3,1 0,1 46,5 47,2 82,6 54,8 Paciente 8 3,5 3,1 0,4 46,79 42,57 61,62 27,24 Paciente 9 4,8 3,9 0,9 Paciente 10 4,6 4,1 0,5 Média 3,89 3,3 0,59 A tabela 2 mostra os valores médios da variação da Profundidade de Sondagem (PS) no início do estudo (t=0) e na reavaliação de 1 mês (t=1). Tabela 2: Valores individuais e médias em milímetros de PS no início do estudo (t=0) e depois de 1 mês (t=1). ΔNIC Os resultados mostraram uma melhora em todos os parâmetros clínicos avaliados, caracterizados por uma redução no IP de 46,79% para 42,57%; no ISS Anais do XIII Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas - 29 e30 de setembro de 2009 ISSN 1982-0178 de 61,62% para 27,24% e, médias de redução na PS de 0,93mm e no NIC de 0,59mm 1 mês após TPNC. 4. Discussão O estresse pode estar relacionado à doença periodontal basicamente por meio de dois modelos: modelo comportamental- em que ocorre aumento no consumo de cigarros, higiene oral menos efetiva e mudanças nos hábitos nutricionais, ou modelo biológico – através de redução no fluxo salivar, alteração da circulação gengival e alterações na resposta imune-inflamatória [11]. Entretanto, os mecanismos envolvidos na patogênese das doenças periodontais em relação ao estresse são ainda desconhecidos e hipotéticos [20]. Vários estudos têm avaliado a possibilidade de relação entre características clínicas da doença periodontal e estresse ou fatores psicossociais [3,8,14,16,18,20,21]. No entanto, poucos estudos têm documentado a influência de fatores psicosociais sobre a cicatrização dos tecidos periodontais após tratamento periodontal [ 1,4,19,21]. O primeiro estudo que avaliou a relação entre depressão e a resposta ao tratamento periodontal foi publicado em 2002 por Elter et al. [4]. Nesse estudo retrospectivo realizado em uma clínica de saúde médica e odontológica integradas, um total de 697 pacientes receberam avaliação periodontal no período de 1 ano, sendo que 85 desses pacientes (12,2%) apresentavam depressão. Em um modelo de regressão logística multivariável demonstrou-se que pacientes com depressão clínica tiveram médias 2 vezes maiores comparadas com as dos pacientes sem depressão, de resposta ao tratamento periodontal inferior a mediana (valor definido como corte; acima dele caracteriza uma resposta boa ao tratamento; abaixo dele uma resposta ruim ao tratamento). Mulheres apresentaram diagnóstico de depressão 2 vezes maior do que os homens e, o nível de doença periodontal dos pacientes nesse estudo foi considerado de moderado a severo. Os autores concluíram que a depressão clínica pode ter um efeito negativo na resposta ao tratamento periodontal para a população estudada, sugerindo que uma avaliação do nível de depressão antes do tratamento periodontal poderia servir para melhorar a qualidade, a acessibilidade e a eficácia do tratamento periodontal na população de pacientes que sofrem de depressão. Wimmer et al., 2005 [21] realizaram um estudo prospectivo de 24 meses para determinar a influência de diferentes comportamentos ambientais so- bre a TPNC e sobre o curso da doença periodontal. TPNC foi realizada em 80 pacientes com periodontite crônica após terem sido avaliados sobre suas estratégias individuais para lidarem com o estresse. O questionário para lidar com o estresse foi usado para obter dados de psicodiagnóstico e o nível de inserção clínica (NIC) foi usado como parâmetro clínico. Após 2 anos de manutenção regular, a condição periodontal foi avaliada. Os resultados mostraram que pacientes com comportamento defensivo tiveram valores de inserção, estatisticamente piores comparados com pacientes com outras formas de comportamento. A porcentagem de sítios com NIC≤5mm (leve a moderado) foi estatisticamente menor em pacientes com comportamento defensivo do que pacientes com outros comportamentos. Nenhuma das formas individuais para lidar com o estresse revelaram alterações significativas ao longo de 24 meses. O subteste para uso de drogas (álcool,nicotina, tranqüilizantes) assim como alterações nesse subteste ao longo do tempo foram correlacionados significativamente com NIC; um aumento no valor de t do subteste do uso de drogas foi acompanhado por um aumento significante no NIC. Os autores concluíram que estratégias passivas foram mais pronunciadas na doença avançada, assim como em casos com uma resposta pobre ao TPNC, enquanto que pacientes com comportamentos ativos tiveram menos doença. Estratégias de comportamento mal adaptadas, especialmente em associação com fatores de risco ambientais como fumo, são de grande importância na história médica, no tratamento e na manutenção de pacientes com doença periodontal. Também em 2005, Vettore et al. [19], avaliaram a influência do estresse e da ansiedade sobre a resposta ao tratamento periodontal não-cirúrgico (TPNC) em pacientes com periodontite crônica. Sessenta e um pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com a profundidade de sondagem (PS): Grupo controle apresentou PS≤4mm (n=20); Grupo 1 apresentou pelo menos 4 sítios com 4≤PS≤6mm (n=26); Grupo 2 apresentou pelo menos 4 sítios com PS≥6mm (n=20). Estresse; estado de ansiedade (EA); traço de ansiedade (TA); índice de placa (IP); índice gengival (IG); PS e nível de inserção clínica (NIC) foram medidos no baseline e 3 meses após a TPNC. Os resultados mostraram que níveis de TA foram diferentes entre os grupos no baseline e após TPNC. IP foi correlacionado com EA no baseline. A redução da freqüência de NIC≥6mm foi correlaciona- Anais do XIII Encontro de Iniciação Científica da PUC-Campinas - 29 e30 de setembro de 2009 ISSN 1982-0178 do com TA após ajustes para os fatores de confundimento. Indivíduos estressados não mostraram redução da freqüência de PS≥6mm no grupo1 e redução da freqüência de NIC: 4-6mm e NIC≥6mm no grupo 2. Os autores desse estudo sugerem uma influência do traço de ansiedade e do estresse sobre a resposta a TPNC. Pode-se observar que a escassez de estudos sobre fatores de risco psicossociais e ambientais para a doença periodontal, em especial, em relação a resposta ao tratamento periodontal requerem mais estudos nessa área da odontologia. 5. Conclusão Dentro dos limites do presente estudo, podese concluir que a TPNC é um tratamento efetivo em pacientes com periodontite crônica avançada, na ausência de estresse emocional. 6. Referências bibliográficas 9. Lipp, M.E.N. O Modelo Quadrifásico do Stress. Mecanismos Neuropsicofisiológicos do Stress: Teoria e Aplicações Clínicas 2000. 1: p.18, 20. 10. Marcenes, W.S., Sheiham, A. The relationship between work stress and oral health status. Society Scientific Medicine 1992; 35: p. 1511-1520. 11. Monteiro da Silva, AM; Oakley, DA; Newman, HN; Nohl, FS; Lloyd, HN. Psychosocial factors and adult onset rapidly progressive periodontitis. J Clin Periodontol, 1996; 26: p.789-794. 12. Moss ME, Beck JD, Kaplan BH, et al: Exploratory case-control analysis of psychosocial factors and adult periodontitis. J. Periodontol 67: 1060-1069, 1996. 13. Newton, T. Specification and analysis of the effects of coping in research on the relationship between psychosocial stress and periodontal disease. J Clin Periodontol, 2005; 32: 1134-1140. 15. Salvi GE, Lawrence HP, Offenbacher S, et al. Influence of risk factors in the pathogenesis of periodontitis. Periodontology 2000 14: 173-201, 1997. 14. Peruzzo DC et al. A systematic review on stress and psychological factors as possible risk factors for periodontal disease. J. Periodontol 78 :1491-1504, 2007. 1. Axtelius B, Soderfeldt B, Nilsson A, Edwanrdsson S, Attstrom R. Therapy-resistant periodontitis. Psychosocial characteristics. J Clin Periodontol 1998; 25: p. 482491. 16. Solis, ACO; Lotufo, RFM; Pannuti, CM; Brunheiro, EC; Marques, AH and Lotufo-Neto,F. Association of periodontal disease to anxiety and depression symptoms and psychosocial stress factors. J Clin Periodontol, 2004; 31: 633-638. 2. Del Peloso Ribeiro, E; Bittencourt, S; Ambrosano, GMB; Nociti Jr, FH; Sallum, EA; Sallum, AW and Casati, MZ. Povidone-Iodine used as an adjunct to NonSurgical Treatment of Furcation Involvements. J Periodontol, 2006; 77: 211-217. 17. Trombelli, L; Scapoli, C; Tatakis, DN; Grassi, L. Modulation of clinical expression of plaque-induced gingivitis: effects of personality traits, social support and stress. J Clin Periodontol, 2005; 32: 1143-1150. 3. Dolic, M; Bailer J; Staehle, HJ; Eickholz, P. Psychosocial factors as risk indicators of periodontitis. J Clin Periodontol, 2005; 32: 1134-1140. 4. Elter, J.R.; White, B.A.; Gaynes,B.N. Bader,J.D. Relationship of Clinical Depression to Periodontal Treatment Outcome. J Periodontol, 2002; 73: 441-449. 5. Johnson NW: Risk factors and diagnostic tests for destructive periodontitis. Proceedings, First European Workshop on Periodontology, Switzerland, pp 90 - 119, 1993. 6. Klages, V; Weber AG and Wehrbein, H. Approximal plaque and gingival sulcus bleeding in routine dental care patients: relation to life stress, somatization and depression. J Clin Periodontol, 2005; 32: 575-582. 7. Komman KS, Crane A, Wang H-Y, et al. The interleukin-1 genotype as a severity factor in adult periodontal desease. J. Clin Periodontol 24: 72-77 1997. 8. Linden, G.J., Mullally, B.H., Freeman, R. Stress and progression of periodontal disease. J Clin Periodontol, 1996; 23: 675-680. 18. Vettore, M.V. et al. The relationship of stress and anxiety with chronic periodontitis. J Clin Periodontol, 2003; 30: p. 394-402. 19. Vettore, M.V. et al. The influence of stress and anxiety on the response of non-surgical periodontal treatment. J Clin Periodontol, 2005; 32: 1226-1235. 20. Wimmer, G.; Janda, M; Wieselmann-Penkner, K. Coping with stress: Its influence on periodontal disease. J Periodontol, 2002; 73: 1343-1350. 21. Wimmer, G.; Kohldorfer,G.; Mischak, I.; Lorenzoni, M and Kallus, K.W. Coping with Stress: its influence on periodontal therapy. J Periodontol, 2005; 76: 9098.