Hysteria grupo XIX de teatro Hysteria Espetáculo Hysteria fala das intrincadas relações sociais da mulher brasileira na virada do século XIX/XX e, para tanto, se acompanha a história de cinco mulheres internadas no hospício Carioca Pedro II (Praia Vermelha). Aproximar-se dessas mulheres diagnosticadas como histéricas é trazer à tona trajetórias pessoais e únicas, depoimentos de desejos abafados, relâmpagos de vivacidade, fragmentos de memórias que não poucas vezes parecem se confundir com as histórias das mulheres dos dias de hoje, que são delicadamente convidadas a participar da peça. A história da mulher do século XIX é uma história diurna. A ideia de abdicar dos holofotes e apresentar a peça utilizando a luz solar, além de uma coerência histórica, aproxima a nossa cena das referências pictóricas da época. Ao pesquisar a vida dessas mulheres, acabamos por entrar em contato com suas casas e, por conseqüência, com a arquitetura daquela época, e percebemos que aquelas mulheres viviam em ambientes de outras dimensões, cores e texturas. A opção por ambientar a cena em um edifício “de época” não só é um resgate físico de como aquelas pessoas viveram, mas é também a tentativa de resgatar um pouco da memória espacial destes locais em que nos apresentamos. Histórico O grupo XIX de teatro tem um trabalho contínuo de 10 anos, com uma pesquisa temática voltada para a história brasileira, uma pesquisa estética de exploração de prédios históricos como espaços cênicos e uma investigação sobre a participação ativa do público. Desde 2004, o grupo realiza uma residência artística, na tombada Vila Operária Maria Zélia, no Belém, em São Paulo. Hoje o grupo conta com o patrocínio da PETROBRAS. Com sua primeira peça Hysteria, o grupo ganhou 5 prêmios, foi considerado a revelação teatral pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) além de ter sido indicado para o Prêmio Shell de Teatro. Realizou mais de 350 apresentações em mais de 80 cidades brasileiras e 14 cidades no exterior (Europa: Portugal, França e Inglaterra; África: Cabo Verde), participando dos principais festivais de teatro de língua portuguesa. No ano de 2005, o grupo cumpriu uma temporada de dois meses em 8 cidades francesas por ocasião do “L’annèe du Brèsil en France”. Em 2008, na Inglaterra, apresentou-se em Londres e Manchester a convite do Barbican Center e do Contact Theatre. No ano de 2009, participou do projeto Palco Giratório, do SESC, realizando apresentações em 58 cidades das 5 regiões do Brasil. “... um marco no teatro brasileiro” Folha de São Paulo “... Não é só gostar, é entender que ali existe uma criatividade profunda e uma sensibilidade cênica notável” Fernanda Montenegro para Revista Época "Hysteria" é um espetáculo de imensa qualidade, que toca profundamente, além de fazer pensar. Barbara Heliodora , O GLOBO “Uma peça obrigatória” O Estado de São Paulo "... A cumplicidade feminina é a pedra de toque da montagem. As figuras de Hysteria, pinçadas de documentos verídicos, escritos há um século e meio, trazem à tona frustrações milenares, aspirações tão antigas quanto irrealizadas. Perceber a atualidade do que dizem essas atrizes talvez seja o susto maior do público ao contatar o mundo docemente amargo da montagem..." (Alberto Guzik, O Estado de São Paulo - Abril/2002) "... A luz natural que entra pelas janelas como que ampara o mergulho que se fará no inconsciente coletivo feminino marcado pelas dores de uma opressão histórica dentro de casa, na cama, no trabalho, na rua ou no hospício..." (Valmir Santos, Folha de São Paulo - Abril/2002) ficha técnica Nome da peça: Hysteria Criação, Pesquisa de Texto, Figurinos: Grupo XIX de Teatro Elenco: Evelyn Klein, Mara Helleno, Janaina Leite, Juliana Sanches e Tatiana Caltabiano Direção: Luiz Fernando Marques Produção: Grupo XIX de Teatro Produção Executiva: Graziella Mantovani Sinopse: No final do século XIX, nas dependências de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições - reflexos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social. Cenicamente, abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, no qual a platéia masculina é separada da platéia feminina que é convidada a interagir com as atrizes. Esta interação, aliada a textos previamente elaborados, gera uma dramaturgia híbrida, única a cada apresentação. Duração: aproximadamente 70 minutos Classificação etária: 14 anos Capacidade de público: A depender do local Questões técnicas: O espetáculo é apresentado até o fim da tarde, em um local não convencional, quase sempre uma grande sala de um casarão histórico. O espaço indicado para a peça é um prédio datado do final do século XIX ou início do XX, que tenha uma sala ou uma área fechada com portas e janelas, pelas quais o espaço possa ser iluminado naturalmente. O tamanho da sala estará diretamente ligado ao número de pessoas na plateia, que é dividida por gêneros - a feminina senta junto às atrizes em um semicírculo feito de bancos de madeira que ocupam a maior parte do espaço cênico e a masculina em cadeiras ou arquibancadas, dependendo do espaço escolhido. Os ingressos devem ser vendidos ou distribuídos, separadamente. Mais informações, vídeos e fotos no site: www.grupoxix.com.br Contato: [email protected] 55 11 2081 4647 Clipping