Ampulheta
Relógio de areia constituído por dois recipientes cónicos de vidro unidos pelo vértice, de modo a deixarem correr a areia de
um recipiente para o
outro num dado
período de tempo.
INSTRUMENTOS NÁUTICOS
5 A 9 DE NOVEMBRO
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DA
UNIVERSIDADE PORTUCALENSE
INFANTE D. HENRIQUE
E
MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO
Anemómetro
Os instrumentos náuticos são uma peça
fundamental na arte de navegar. A sua
finalidade é, basicamente, obter a posição da embarcação de modo a permitir
uma navegação segura. Outros são apenas auxiliares ou complementares desses instrumentos não sendo por isso de
desprezar. Modernamente a electrónica,
pela sua facilidade e fiabilidade, impôsse e quase nos fez esquecer o difícil
percurso da descoberta e aperfeiçoamento dos instrumentos usados pelos
pioneiros da arte de navegar.. Os problemas que se puseram sobre a latitude
e longitude deram um grande impulso
ao aperfeiçoamento e descoberta de
novos instrumentos.
Nesta exposição são exibidos alguns
dos instrumentos náuticos usados pelos
navios da pesca do bacalhau no início
do século XX. Fruto de um sistema de
ensino peculiar os métodos de navegação mantiveram-se por muitos e longos anos. Registados em diários, os cálculos náuticos podem ser hoje estudados e compreendidos.
Neste roteiro da viagem que agora se
inicia, foram incluídos outros instrumentos que não fazem parte desta exposição, que no entanto podem ser
apreciados no Museu Marítimo de Ílhavo.
Boa viagem.
Aparelho que serve para medir a intensidade do vento, também designa-do
por Anemógrafo.
Astrolábio
O astrolábio marítimo
era usado para determinação da altura dos
astros, sobretudo a do
Sol. Feito em ferro, a
rodela graduada era
suspensa por um anel
e, apontando a alidade
ao astro, tomava-se a altura deste.
Balestilha
Usada para medir a altura dos astros era
composta por uma vara de secção quadrada onde, perpendicularmente, deslizava uma outra. Os portugueses usavam este instrumento para medir as
estrelas, com excepção do Sol, que era
tomado com o astrolábio.
Barquinha
Cronómetro Marítimo
Aparelho destinado a medir
a velocidade
de um barco.
Um sector de
madeira preso
por um cabo que, marcado com nós
igualmente espaçados, se deixava correr
por um determinado período de tempo.
Daí o nome de nó atribuído à unidade
de velocidade de uma embarcação.
Intimamente ligado
ao problema da longitude, o cronómetro
foi apresentado por
John Harrison em
1735, permitindo finalmente meios para
a determinação da longitude no mar.
Binóculo
Não será propriamente um instrumento
mas um precioso e indispensável auxiliar de navegação, onde os registos aí
anotados permitem não só refazer um
rumo ou uma posição, como tam-bém
a história da viagem e da vida a bordo.
No século XVII o padre Reitha, investigador alemão, uniu duas lunetas a que
chamou binóculo. Hoje em dia são
acrescentados prismas e azoto de modo
a melhorar a qualidade da luz que atravessa as lentes, havendo mesmo tipos
de binóculos onde nem sequer é necessário focar o objecto.
Bússola
Um pequeno imã em forma de agulha
que gira sobre uma rosados-ventos. Afastada de
qualquer imã, é um eficiente instrumento de
orientação, uma vez que
aponta sempre para o
pólo norte terrestre. Não se sabe bem a
sua origem mas pensa-se que a sua
introdução na Europa se deve aos Árabes, que tiveram conhecimento dela
através dos Chineses.
Diário de Bordo
Giroscópio
Aparelho que contém um anel, ao qual
se imprime uma grande velocidade em
torno de um eixo suspenso num sistema do tipo Cardan, permitindo conservar invariável a direcção desse eixo em
movimento. Foi, entre outros instrumentos, usado na bússola-giros-cópica.
Goniómetro
É todo o instrumento que mede distâncias angulares (bússolas, sextantes, taxímetros, etc.). No entanto referimos
aqui o Radiogoniómetro que é um
receptor de sinais emitidos com o fim
de se determinar azimutes.
Carta Náutica
Inclinómetro
(Compasso, Esquadro, Réguas Paralelas)
O nome diz quase tudo. Com este instru-mento verificamos a inclinação lateral de um barco.
Desde os Portulanos até às modernas
cartas digitais o objectivo é o mesmo:
Conhecer as áreas de navegação, costas,
portos de abrigo e distâncias entre pontos. Usando alguns instrumentos associados traçam-se os rumos, calcu-lamse distâncias e marcam-se pontos.
Kamal
Instrumento composto por uma tábua
e um fio com vários nós, usado pelos
pilotos árabes do Índico para medir a
altura dos astros.
Meteorológicos (Instrumentos)
(Barómetro, Higrómetro, Termómetro)
Em navegação a previsão das condições
do tempo é de extrema importância.
Nos barcos à vela a direcção e intensidade do vento são primordiais para se
poder tirar o maior rendimento possível. Estes instrumentos ajudam não só
durante a navegação mas também na
previsão.
Octante
Foi o primeiro instrumento de dupla reflexão. A partir de uma
ideia de Robert Hooke, em 1731 John
Hadley apresentou este instrumento capaz
de ler ângulos até 90º.
Óculo ou Luneta
Foi Galileu que no séc. XVII aperfeiçoou a luneta e mostrou a sua utilidade.
Se bem que, usado primeiramente para
observações astronómicas, foi rapidamente adoptado noutras áreas, incluindo a navegação. Parece que a primeira
foi fabricada em Itália em 1590 por um
fabricante de lentes.
Odómetro
Aparelho que permite medir a velocidade do barco sobre a água.
Prumo
Serve para medir a profundidade e o
tipo de fundo.
Quadrante
Mais antigo que o astrolábio, o quadrante náutico também servia para
tomar alturas do astros.
Roteiro
É um auxiliar à navegação que contém
informação sobre uma zona, tal como
ventos, correntes, marés, perigos variados, etc.
Sextante
Aperfeiçoamento
do octante, conseguindo medir
ângulos até aos
120º
Tabelas Náuticas ou Almanaque
Estas tabelas são editadas anualmente e
têm informação sobre alguns astros
(Sol e estrelas mais importantes, Lua e
planetas) para todos os dias e horas do
ano, informação essa essencial para o
cálculo do ponto a partir da hora e altura do astro medido. medir distâncias.
Conhecendo a distância entre dois pontos os ângulos formados para o terceiro
permitem geometri-camente obter a
distância a este último.
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