Intervenções para Aprendizes de Língua Inglesa (ALI) Tracy A. Huebner O que sabemos A pesquisa mostra que a instrução nos principais componentes de leitura identificadas pelo Painel Nacional de Alfabetização – consciência fonêmica, fonética, fluência, vocabulário e interpretação/compreensão de texto tem claros benefícios para os ALIs, bem como para outros alunos (August & Shanahan, 2006). No entanto, há um consenso crescente de que os ALIs são menos propensos a ter dificuldades nas habilidades básicas – consciência fonêmica e fonética – do que com os três últimos componentes, fluência, vocabulário e interpretação/compreensão de texto. Estas são as áreas que causam em muitos alunos, especialmente os ALIs, tenham dificuldades ao chegar em alguns níveis do Elementary (comoa 1ª, 2ª e 3ª série) quando espera-se que transitem do “aprender a ler” para o “ler para aprender” (Francis et al., 2006). Ao trabalhar com os ALIs para melhorar as suas habilidades na alfabetização, é importante que os professores escolham as intervenções que visam as dificuldades específicas que cada aluno experimenta. Uma forma de ajudar os ALIs que tem dificuldade é semanalmente organizar um pequeno grupo de instrução composto de alunos com necessidades semelhantes. Gersten e colegas (2007) apontam para um número crescente de ensaios aleatórios controlados de alta qualidade (Denton, Anthony, Parker, & Hasbrouck, 2004; Gunn, Smolkowski, Biglan, & Black, 2002;. Vaughn, Mathes, et al, 2006) e mostram que esta intervenção pode produzir melhora sustentada na conquista das habilidades do aluno, especialmente se o grupo se concentrar na interação explícita de instrução nas áreas centrais da alfabetização. Um estudo recente realizado por Vaughn, Cirino, e colegas (2006) analisou uma intervenção em pequenos grupos chamado reforço pró-ativo na leitura. Noventa e um ALIs que obtiveram porcentagens abaixo de 25 na matéria de leitura em inglês foram aleatoriamente colocados em um grupo de comparação ou em um grupo de intervenção, onde, de outubro a maio, eles receberam 50 minutos de instrução em leitura diária com pequenos grupos com o foco voltado à consciência fonológica, decodificação das palavras, leitura e ortografia. O grupo de intervenção recebeu uma instrução rápida e interativa com revisão contínua dos materiais, ênfatizando a fluência e compreensão. O estudo descobriu que os alunos do grupo de intervenção superaram os alunos no grupo de comparação no desempenho de leitura em geral. Diferenças foram estatisticamente significativas nas medidas de consciência fonológica, decodificação de palavras, leitura e ortografia (efeito de 0.35 - 0.42). Identificar as necessidades dos alunos através da avaliação (incluindo triagem, testes de referência (fornecem indicativos) e outras formas de avaliações formativas) é um componente crucial neste processo (ver Gersten et al., 2007). Os professores devem avaliar os alunos com freqüência para garantir que a instrução que recebem é eficaz e que eles se movem dentro e fora de intervenções de forma adequada e oportuna. É importante manter os grupos de intervenção flexíveis para que os alunos não tenham dificuldade com conteúdos que sejam muito acima de seu nível de instrução e evitar fiquem "presos” em uma intervenção em que já dominam as habilidades ensinadas. O que você pode fazer Para auxiliar os ALIs no crescimento do seu grau de instrução, é essencial começar com medidas precisas de proficiência em leitura. Uma vez que os pontos fortes e fracos dos alunos são identificados, os que mostram dificuldade precisarão diariamente de instrução de apoio em pequenos grupos. Ao selecionar um programa, os educadores devem assegurar que este inclui uma instrução rápida e interativa que estimula a participação ativa do aluno. O programa deve reconhecer todas as áreas de competências de literacia essenciais: consciência fonológica, fonética, fluência, vocabulário e compreensão. A pesquisa mostra que esta estratégia pode ajudar os alunos a apresentar-se no ou acima do nível de instrução e manter uma alta performance. Nota dos Educadores A intervenção de pequenos grupos de leitura é uma estratégia eficaz baseada em pesquisa que se atende ás necessidades dos ALIs que demonstram um desempenho abaixo da média no nível de instrução. Mas os professores precisam de mais do que apenas pesquisa para seguir seus esforços em fornecer uma instrução mais eficaz aos ALIs, bem como outros alunos. A equipe de líderes da escola devem fornecer os recursos e apoio para capacitar os professores a seguir essas práticas. Referências August, D., & Shanahan, T. (Eds.). (2006). Developing literacy in second-language learners: A report of the National Literacy Panel on Language-Minority Children and Youth. Mahwah, NJ: Erlbaum. Denton, C., Anthony, J., Parker, R., & Hasbrouck, J. (2004). Effects of two tutoring programs on the English reading development of Spanish-English bilingual students. Elementary School Journal, 104, 289–305. Francis, D., Rivera, M., Lesaux, N., Kieffer, M., & Rivera, H. (2006). Practical guidelines for the education of English language learners: Research-based recommendations for instruction and academic interventions. Portsmouth, NH: RMC Research Corporation, Center on Instruction. Available:www.centeroninstruction.org/files/ELL1-Interventions.pdf Gersten, R., Baker, S. K., Shanahan, T., Linan-Thompson, S., Collins, P., & Scarcella, R. (2007). Effective literacy and English language instruction for English learners in the elementary grades: A practice guide (NCEE 2007-4011). Washington, DC: Institute of Education Sciences, U.S. Department of Education. Available: http://ies.ed.gov/ncee/wwc/pdf/practiceguides/20074011.pdf Gunn, B., Smolkowski, K., Biglan, A., & Black, C. (2002). Supplemental instruction in decoding skills for Hispanic and non-Hispanic students in early elementary school: A follow-up. Journal of Special Education, 36, 69–79. Vaughn, S., Cirino P., Linan-Thompson, S., Mathes, P., Carlson, C., & CardenasHagan, E. (2006). Effectiveness of a Spanish intervention and an English intervention for English language learners at risk for reading problems. American Educational Research Journal, 43, 449–487. Vaughn, S., Mathes, P., Linan-Thompson, S., Cirino, P., Carlson, C., & PollardDurodola, S. (2006). Effectiveness of an English intervention for first-grade English language learners at risk for reading problems. Elementary School Journal, 107, 153– 180. Tracy A. Huebner is Senior Research Associate at WestEd, San Francisco, California; [email protected]. Copyright © 2009 by Association for Supervision and Curriculum Development