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Estratégia de Investimento
05 de Fevereiro de 2016
Estratégia para
o mês
Cenário
Macroeconômico
Cenário
Internacional
Começo de ano movimentado
pág. 2
Atividade: Desanimo continuado
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Em ambiente de dúvidas quanto
ao crescimento global e à política
cambial chinesa, mercados
frágeis seguem a dinâmica dos
preços do petróleo
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DISCLAIMERS PERTINENTES A ESTE RELATÓRIO INICIAM NA PÁGINA 16
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Estratégia para o mês de Fevereiro/16
Começo de ano movimentado
O início de 2016 foi bastante movimentado tanto nos mercados domésticos quanto
internacionais. O destaque ficou para a China, principalmente em relação à
perspectiva de desaceleração da atividade e sua política cambial. A incerteza
relacionada aos próximos passos das autoridades chinesas no âmbito da política
econômica trouxe grande volatilidade para os mercados. Observamos queda nos
índices acionários internacionais (EUA: -5% S&P500 | Europa: -6.8% Eurostoxx50),
valorização do dólar contra as principais moedas de países desenvolvidos e
emergentes, além da queda continuada das commodities. No Brasil, o movimento
dos mercados seguiu principalmente a agenda internacional: o índice Ibovespa teve
queda de 6,8% no mês e o dólar apreciou-se contra o real em 0,9%.
O ambiente doméstico foi influenciado pela comunicação a respeito da política
econômica no País. O novo Ministro da Fazenda tem trabalhado, desde sua
nomeação, em um plano econômico visando à estabilização da atividade econômica,
equilíbrio fiscal e controle da inflação. Parte do plano econômico passa pela
ampliação da oferta de crédito, principalmente através dos bancos públicos. O
mercado interpreta esta postura como um aumento do intervencionismo na
economia, além de potencialmente impactar a confiança dos consumidores e
empresários.
Na política monetária, o Copom decidiu manter a taxa Selic inalterada, em 14,25%
a.a. Apesar da sinalização que vinha ocorrendo desde a reunião de novembro
(quando houve dois votos favoráveis à alta de 50 bps na Selic) indicar uma alta
probabilidade de elevação na taxa de juros em janeiro, o Copom destacou
“incertezas domésticas e, principalmente, externas” para manter a taxa de juros
inalterada. A reversão da comunicação da autoridade monetária sucedeu as revisões
negativas nas projeções de crescimento do PIB elaboradas pelo FMI, divulgadas na
véspera da decisão do Copom. O presidente do Banco Central comentou as
projeções do FMI ressaltando que “todas as informações econômicas relevantes e
disponíveis até a reunião do Copom são consideradas nas decisões do colegiado”.
Como consequência, as taxas de juros futuros apresentaram forte queda nos
contratos com vencimentos mais curtos, indicando a percepção do mercado de que
o Copom manterá as taxas de juros estáveis até decidir pelos próximos passos na
política monetária. Ao mesmo tempo, as expectativas de inflação aumentaram
significativamente, de acordo com o Relatório Focus (divulgado pelo Banco Central
com expectativas do mercado); a expectativa para o IPCA de 2016 até 2020 está
acima da meta estipulada de 4,5%.
Diante deste cenário, o Comitê de Investimentos decidiu manter as alocações
inalteradas. Nas alocações estruturais, seguimos com um nível acima do neutro em
Retorno Absoluto, um nível abaixo do neutro em Renda Variável e neutro nas
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alocações em Renda Fixa – Inflação e Renda Fixa – Pós Fixado. Nas alocações
oportunísticas, permanecemos com a posição comprada em câmbio. O mercado de
renda variável merece especial atenção, principalmente após a forte correção do
mês de janeiro. Acreditamos que o nível de preço possa sugerir eventual elevação na
posição atual, com o objetivo de neutralizar a alocação, no entanto, aspectos
qualitativos e falta de visibilidade no cenário prospectivo ainda sugere cautela para
eventuais incrementos de riscos.
Estratégia de Alocação
Fevereiro/2016
Underweight
Neutro
Overweight
Alocação Estratégica
Renda Fixa – Pós-fixada
Anterior
Nova
Retorno Absoluto
Anterior
Nova
Renda Fixa – Inflação
Anterior
Nova
Renda Variável
Anterior
Nova
Alocação Oportunística
Renda Fixa – Pré-fixada
Anterior
Nova
Câmbio
Anterior
Nova
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Cenário macroeconômico
Atividade: Desanimo continuado
Após recuar 2,3% m/m em novembro, influenciada tanto pela tragédia no
município de Mariana quanto pela greve dos funcionários da Petrobrás, a
produção industrial recuou 0,7% m/m em dezembro na série ajustada
sazonalmente. A deterioração mensal da indústria atingiu 13 dos seus 24
segmentos, que registraram leituras negativas na ótica m/m. Já a média móvel
trimestral finda em dezembro recuou para 1,2% t/t (de 1,6% m/m em novembro)
e permanece em território negativo há 14 meses. No acumulado ano, a queda
atingiu 8,3%, a maior desde o inicio da serie histórica iniciada em 2003, com
destaque para o acentuado recuo da categoria de bens de capital (-25,5%) e bens
de consumo duráveis (18,7%).
Quanto ao volume de vendas do comércio, os números de novembro
apresentaram surpresa positiva influenciada pelas vendas do período Black Friday.
Enquanto o varejo restrito avançou 1,5% m/m (-7,8% a/a), o varejo ampliado
pelas vendas de automóveis e materiais de construção alcançou 0,5% m/m (13,2% a/a). Apesar do resultado positivo em sete dos dez setores, o resultado
representa uma antecipação do consumo futuro que, diante da dinâmica dos
principais vetores de crescimento do varejo como o nível de renda e volume de
concessão de crédito, não nos permite acreditar que esse resultado irá se
sustentar nos próximos meses.
Desempenho das classes de ativos
Dados até 29/01/2016
Desempenho no mês (Janeiro/2016)
1.05%
2.79%
2.97%
1.91%
3.53%
1.72%
Dólar (PTAX)
Ações (Ibovespa)
Retorno Absoluto
(IFMM)
Inflação (IMA-B)
Inflação Curta (IMA-B5)
Pré Fixado (IRFM)
Fonte ANBIMA, BOVESPA e BTG Pactual.
Pós-Fixado (CDI)
-6.79%
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Em síntese, diante de indicadores ainda bastante enfraquecidos, revisamos nossa
expectativa de crescimento do PIB para o 4T15 para -1,8% t/t (ante -1,5% t/t),
levando a taxa de crescimento no acumulado no ano a um recuo de 4% a/a (ante 3,8%). Nossa expectativa para o crescimento PIB deste ano (-2,8%) está sendo
atualmente revista e possui viés negativo.
Inflação: Níveis elevados
Os principais indicadores de inflação seguem em patamares bastante
desconfortáveis, conforme verificado nos meses anteriores. A inflação apurada
pelo IPC-S (FGV) encerrou janeiro em 1,8% m/m (ante 0,9% m/m no mês anterior),
a maior inflação mensal dos últimos nove anos. Em doze meses, o índice atingiu
10,6% a/a (ante 6,87% em 2014), bastante pressionado pelos grupos de
alimentação (12,3% a/a), transporte (10,7% a/a) e educação (9,6% a/a). A inflação
medida pelo IPC-Fipe apresenta a mesma dinâmica, com o indicador avançando
para 1,4% m/m em janeiro (ante 0,8% m/m o mês anterior) e 10,8% a/a no
acumulado em doze meses.
Com relação à inflação apurada pelo IPCA-15, o índice voltou a ficar acima do
padrão para o mês de janeiro ao atingir 0,92% m/m, patamar próximo ao
verificado em igual período do ano anterior (0,89% m/m). Com isso, a inflação em
doze meses ficou praticamente estável em 10,74%. A leitura por segmentos revela
aceleração em administrados (para 0,9% m/m ante 0,5% m/m em dezembro) e
leve desaceleração nos preços livres (para 0,9% ante 1% em dezembro) que,
apesar de continuarem pressionados pelo grupo de alimentação (1,7% m/m)
foram marginalmente compensados por outros itens não relacionados (0,6%
m/m). Os núcleos de inflação apresentaram recuo na margem para, em média,
0,7% m/m (ante 0,8% m/m em dezembro). Já o índice de difusão permanece em
patamar elevado de 75%, acima de do verificado em igual período do ano anterior
(70%), ainda que abaixo daqueles registrados em novembro e dezembro (78%).
Desempenho das classes de ativos
Dados até 29/01/2016
Desempenho no ano (2016)
1.05%
2.79%
2.97%
1.91%
3.53%
1.72%
Dólar (PTAX)
Ações (Ibovespa)
Retorno Absoluto
(IFMM)
Inflação (IMA-B)
Inflação Curta (IMA-B5)
Pré Fixado (IRFM)
Fonte ANBIMA, BOVESPA e BTG Pactual.
Pós-Fixado (CDI)
-6.79%
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Emprego: Recuo ampliado
O Caged do mês de dezembro apontou recuo de 596 mil vagas formais de
trabalho, o segundo pior resultado mensal (o primeiro foi dezembro de 2008 com
655 mil vagas) desde o inicio da serie histórica, em 1992. Apesar do mês de
dezembro ser tradicionalmente fraco em praticamente todos os setores, o
resultado contribuiu para um fechamento liquido de 1,5 milhões de vagas,
explicado principalmente pelo fechamento liquido de vagas no setor de
manufatura (-609 mil vagas), construção civil (-417 mil), serviços (-276 mil) e
comércio (-219 mil).
Já a PME de dezembro registrou uma taxa de desemprego de 6,9% a/a (ante 4,3%
em dezembro de 2014). Na série ajustada sazonalmente a taxa de desemprego
avançou 2 pontos de percentagem, para 6,8% no ano anterior, com tendência de
alta. Quanto à dinâmica da renda os resultados continuam apontando recuo
mensal, com o rendimento médio real recuando 5,8% a/a (-3,7% em 2015). Como
a população ocupada apresentou recuo de 5% a/a (-2,9% em 2015), a massa
salarial real teve queda de 8,5% a/a (5,3% em 2015), influenciada tanto pelo recuo
nominal (para +3,7% em 2015 ante +9,5% em 2014) quanto pelo avanço da
inflação. Os resultados para o mercado de trabalho continuam, portanto,
apresentando um processo acelerado de ajustamento.
Fiscal: Recordes negativos
Em dezembro, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$71,7
bilhões, substancialmente pior que o superávit de R$12,9 bilhões em igual período
do ano anterior. A aguda deterioração do resultado foi ancorada no governo
central (-60,9 bilhões) que apresentou profundo descasamento nas taxas de
crescimento da receita líquida (-1,9% a/a; -6,4% no acumulado ano) e despesa
primárias (+55,9% a/a; +2,1% no acumulado ano) que, no mês de dezembro,
sofreu impacto do pagamento de R$55,6 bilhões das chamadas “pedaladas fiscais”.
Do ponto de vista da arrecadação, o recuo acima da inflação das múltiplas e
principais bases de tributação como renda (10,4%), faturamento (5,1%),
lucratividade (16,1%) e produção (-18,1%), somados ao menor volume de receitas
extraordinárias (R$33,8 ante R$48,7 bilhões) explicam o recuo de 6,4% no
acumulado ano para a receita liquida. Pelo lado da despesa, excluído o impacto do
pagamento das “pedaladas fiscais”, houve recuo de 2,7% no acumulado ano. Com
isso, o resultado primário do governo central atingiu um déficit de R$116,7 bilhões
no acumulado ano, enquanto os estados, municípios e empresas estatais
encerraram o ano com superávit de R$5,4 bilhões.
Do ponto de vista do resultado primário recorrente, nossos números apontam
para uma piora: de -1,3% em 2014 para -1,5% do PIB no ano anterior. A conta de
juro nominal ex-swaps encerrou o ano em R$412 bilhões ou 6,9% do PIB que,
somado ao ônus com as operações de swap-cambial de R$89,7 bilhões (1,5% do
PIB) mais o elevado déficit primário do setor público (-1,9% do PIB) levou o déficit
nominal ao patamar de 10,3% do PIB (R$613 bilhões), um recorde desde o inicio da
serie, de 1997.
Quanto aos indicadores de endividamento, a dívida bruta avançou 9 pontos de
percentagem, para 66,2% do PIB (ante 57,2% em 2014), seguido pela dívida liquida
que atingiu 36% do PIB (ante 33,1% em 2014). No acumulado do ano, o ganho
patrimonial pela desvalorização cambial de 46,7% (de 2,66R$/US$ em
Dezembro/14 para 3,9$/US$ em dezembro) atingiu 6,5 p.p do PIB.
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Crédito: Moderação continuada
Os resultados de dezembro seguem reforçando a leitura de moderação nos dados
de crédito, com desaceleração no volume de concessões, taxas de juros crescentes
e elevação do nível de inadimplência. As concessões de crédito apresentaram nova
desaceleração em dezembro, com expansão nominal de 6,6% a/a (ante 7,4% a/a
em novembro). Em termos reais, houve contração de 3,7% a/a (ante -2,8% a/a em
novembro) influenciada pelo acentuado recuo tanto do crédito livre (para -6,3%
a/a ante -5,9% em novembro) quanto direcionado (para -0,8% a/a ante +0,6% em
novembro). No acumulado ano, o recuo das concessões de credito atingiram 11,1% ante -1,1% em 2014. A deterioração dos indicadores de atividade
econômica, em particular aqueles relacionados ao mercado de trabalho,
permanecem alimentando altas no nível de inadimplência no crédito livre que
avançou 0,8p.p (para 6,1% a/a) para pessoas físicas e 1,1 p.p (para 4,5% a/a) para
empresas não financeiras. Diante da expectativa de manutenção do cenário de
enfraquecimento econômico também para este ano, as expectativas para os
próximos meses seguem com viés negativo.
Setor Externo: Efeitos da recessão
O resultado do mês de dezembro para a conta corrente registrou déficit de US$2,5
bilhões, influenciado por menores saídas nas contas de remessas de lucro, juros e
dividendos. No acumulado ano, o déficit em conta corrente recuou
significativamente para US$58,9 bilhões (ante o recorde de US$104,2 bilhões em
2014), influenciado principalmente pelo recuo mais acentuado das importações (25%) ante as exportações (-15%). Apesar da melhoria importante no déficit em
conta corrente, houve também importante queda nas principais fontes de
financiamento do balanço de pagamentos que encerraram o ano passado em
US$84,3 bilhões, abaixo dos US$131,3 bilhões em 2014. O resultado anual teve
ainda a contribuição de duas surpresas positivas, em novembro e dezembro, com a
entrada de recursos para aplicação em portfolios e investimento direto. Diante da
percepção de risco associada às perspectivas negativas de crescimento da
economia brasileira, ambas as rubricas tendem a sofrer e, com isso, a pressionar o
financiamento do déficit em conta corrente.
COPOM: Surpresa Externa
Foi por causa da China e do petróleo. Na ata divulgada, o Copom atribui a decisão
da maioria de manter a taxa Selic inalterada às repercussões macroeconômicas
globais da desaceleração da economia chinesa e da queda no preço do petróleo, e
aos riscos que o petróleo barato apresenta à estabilidade financeira. Só para
lembrar, a manutenção dos juros no patamar atual nem foi, em si, tão polêmica,
pois contava com apoio amplo, inclusive entre analistas de reputação hawkish; o
choque veio, isto sim, da reviravolta de última hora em relação ao consenso que a
própria autoridade monetária ajudara a construir em torno da expectativa de alta.
Na véspera da decisão, uma nota à imprensa do presidente Alexandre Tombini,
comentando de forma incomum a redução das projeções de crescimento brasileiro
pelo FMI, sugeriu que o Copom estava se convertendo à tese de que a recessão em
curso já é tão forte quanto se pode pretender que a economia aguente em nome
da desinflação, e abandonando uma ação que agravaria ainda mais a contração (a
despeito de referencias a canais puramente “expectacionais” – ou seja, indolores –
para a transmissão das altas de juros que vinham sendo telegrafadas). No entanto,
não é uma piora abrupta do seu cenário básico para a atividade econômica que o
Copom enfatiza como motivo para a sua guinada, mas sim os riscos advindos do
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ambiente externo – a saber, a China e o petróleo.
A ata foi sábia em se abster das ameaças de altas iminentes de juros que
constavam do documento anterior, amenizando de maneira notória a linguagem a
esse respeito. Agora afirma que a política monetária deverá permanecer
“vigilante” (em vez de “especialmente vigilante”) e que a maioria do comitê
promete “continuar monitorando” os acontecimentos – o que, comparado com a
frase “monitorar até a próxima reunião”, utilizada na ata anterior, transmite um
sabor mais sine die. Interpretamos a decisão da semana passada como uma forte
sinalização que altas de juros não estão mais no horizonte e, a nosso ver, a ata de
hoje está totalmente consistente com aquela leitura.
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Cenário internacional
Em ambiente de dúvidas quanto ao crescimento global e à política
cambial chinesa, mercados frágeis seguem a dinâmica dos preços
do petróleo
A queda acentuada dos preços do petróleo, preocupações com a política cambial
chinesa, e sinais de desaceleração econômica global foram os principais fatores
que pesaram na dinâmica dos mercados financeiros globais no início deste ano. Os
preços do petróleo tipo Brent chegaram a cair 26,20% entre o fim de dezembro e o
dia 20 de janeiro, quando atingiram o menor nível desde 2003, resultando em
grande pressão sobre ativos financeiros ligados à commodity. Sinais ainda não
confirmados de que a OPEP e a Rússia realizariam reunião para coordenar cortes
de produção favoreceram um recuperação parcial dos preços, que fecharam o mês
com queda mais moderada, de 7,1%.
Na China, o início do ano trouxe renovadas preocupações com relação ao
crescimento, à estabilidade dos mercados financeiros e à política cambial. Com
relação ao crescimento, houve ligeiro desapontamento com os índices de
confiança da manufatura e com a produção industrial de dezembro, assim como
com o PIB do quarto trimestre, alimentando o temor de que as políticas de
estímulo adotadas nos últimos trimestres se mostrem ineficazes. Esses temores
foram ainda alimentados pela forte queda das bolsas chinesas durante o mês (o
índice Shanghai Composite caiu 22,6% em janeiro), apesar da tênue relação entre
economia real e mercado acionário na China.
A primeira semana de janeiro foi marcada por forte pressão de depreciação do
yuan, tanto contra o dólar quanto contra uma cesta de moedas. Embora os
movimentos cambiais efetivos sejam pequenos quando comparados aos de
moedas que operam em regime de câmbio flutuante, eles são importantes quando
comparados ao histórico de baixíssima volatilidade do yuan na última década e
refletem o aumento da incerteza quanto ao futuro do regime cambial chinês após
os anúncios de flexibilização anunciados em agosto e dezembro de 2015. Para
evitar uma depreciação mais acentuada da moeda, o banco central da China vem
queimando reservas em um ritmo acelerado. Em dezembro, houve queda recorde
mensal de reservas, de US$ 108 bilhões, o que estimamos que corresponda a uma
fuga líquida de capitais da ordem de US$ 149 bilhões. Desde meados de 2014, a
China já perdeu US$ 663 bilhões em reservas, correspondendo a uma fuga de
capitais da ordem estimada de US$ 822 bilhões. Embora as autoridades chinesas
venham sinalizando que o seu objetivo é manter o yuan estável em relação a uma
cesta de moedas, o fato é que ele vem se depreciando contra o dólar e as
expectativas de que esse movimento continue contribuem para exacerbar o
movimento de fuga de capitais, o que pode colocar em choque a estratégia de
ajuste gradual do USDCNY. Uma depreciação mais acentuada da taxa de câmbio
chinesa exacerbaria as pressões deflacionárias globais. Chama atenção o fato de
que o presidente do Banco do Japão tenha feito um apelo público para que as
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autoridades chinesas apertem os controles de capitais visando estancar a perda de
reservas.
Em um ambiente em que a inflação no G-3 continua abaixo da meta e vem
desapontando estimativas dos respectivos bancos centrais no sentido de
convergência gradual à meta, e tendo como pano de fundo decepções recentes
com o crescimento (particularmente notáveis nos Estados Unidos), tivemos em
janeiro mudanças mais ou menos relevantes na postura e/ou comunicação de
política monetária deste conjunto. Primeiro foi o Banco Central Europeu (BCE), que
após frustrar o mercado em dezembro com uma dose de estímulos aquém do
esperado, sinalizou que já em março poderá anunciar novas medidas, pontuando
que todas as opções estão na mesa. Já o FED reconheceu a deterioração recente
do crescimento na economia americana, apesar dos indicadores ainda robustos de
emprego, e indicou que irá monitorar atentamente os riscos econômicos e
financeiros globais para avaliar seu impacto sobre o balanço de riscos para o
crescimento e a inflação nos Estados Unidos. Mas a grande surpresa veio do Banco
do Japão (BoJ), que no dia 29 anunciou que pagará juros negativos sobre parte das
reservas bancárias, uma semana após seu presidente ter afirmado que essa
alternativa não estava em discussão. A surpresa favoreceu uma recuperação do
apetite por risco no fechamento de janeiro, um mês que no seu todo foi
caracterizado por intensa aversão ao risco.
Nos principais mercados de renda fixa, houve em janeiro um alinhamento perfeito
de fatores no sentido de um fechamento das curvas de juros: queda acentuada dos
preços do petróleo com impactos deflacionários no curto prazo, aversão ao risco
favorecendo um movimento de “flight to quality” e o corte de juros promovido
pelo BoJ. Os juros dos Treasuries de 2 e 10 anos de prazo tiveram queda de 27 e 35
pontos-base, respectivamente. O mercado de Fed Funds Futures, que no final do
ano passado precificava que o FOMC faria duas altas de juros de 25 pontos-base
em 2016, passou a precificar uma única alta.
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O índice S&P 500, principal referência global nos mercados acionários, fechou o
mês com queda de 5,1%. O Euro Stoxx 50 e o Nikkei 225 tiveram quedas de 6,8% e
8%, respectivamente. De maneira geral, os mercados acionários emergentes
também estiveram pressionados, e o MSCI EM apresentou queda de 5,3% em
moeda local. No mercado cambial, houve uma pequena apreciação do dólar contra
seus principais pares em janeiro: o iene e o euro depreciaram 0,9% e 0,2%,
respectivamente.
Em fevereiro teremos um calendário leve de indicadores de crescimento na China
(em função do feriado do ano novo chinês, os indicadores relativos a janeiro e
fevereiro são divulgados de forma consolidada no mês de março) e não haverá
reunião do comitê de política monetária de nenhum dos bancos centrais do G-3.
Sendo assim, acreditamos que o foco dos investidores estará voltado para
indicadores de crescimento, sobretudo nos Estados Unidos, para a dinâmica do
mercado de petróleo, e para a divulgação das reservas cambiais chinesas em
janeiro, que deve ocorrer entre os dias 6 e 7 de fevereiro.
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Estratégia para o mês de Fevereiro/16
Conservadora
Classes de Ativos
Estruturais
Renda Fixa - Pós-Fixado
Renda Fixa - Inflação
Retorno Absoluto
Renda Variável
Moderada
Balanceada
Arrojada
Agressiva
Estratégica
Atual
Estratégica
Atual
Estratégica
Atual
Estratégica
Atual
Estratégica
Atual
85%
5%
10%
81%
5%
12.5%
40%
10%
50%
32.5%
10%
55%
40%
10%
45%
5%
32.75%
10%
50%
3.75%
15%
15%
55%
15%
7.5%
15%
60%
10%
10%
15%
55%
20%
0%
15%
60%
15%
Oportunísticas
Renda Fixa - Pré-Fixado
Câmbio
1.5%
2.5%
3.5%
7.5%
10%
Amplitude dos retornos esperados das alocações estratégicas
Para um intervalo de confiança de 95%
Baseado em dados históricos, apresentamos uma estimativa da amplitude do
comportamento do retorno esperado das estratégias de investimento. Estas
estimativas são calculadas com base no desempenho passado dos respectivos
referenciais em relação ao índice livre de risco (CDI):
Retorno Esperado
Conservadora
Moderada
Balanceada
Arrojada
Agressiva
CDI + 0.50%
CDI + 1.5%
CDI + 2%
CDI + 2.5%
CDI + 3.5%
Retornos
Diários
máximo
mínimo
0.09%
0.02%
0.21%
-0.10%
0.32%
-0.21%
0.68%
-0.57%
0.85%
-0.74%
Retornos
Mensais
máximo
mínimo
1.31%
0.97%
1.89%
0.50%
2.42%
-0.04%
4.06%
-1.67%
4.84%
-2.46%
Retornos
Anuais
máximo
mínimo
15.16%
13.95%
17.71%
12.89%
19.40%
10.88%
25.20%
5.35%
27.83%
2.55%
Para os cálculos das estimativas acima, consideramos uma taxa livre de risco (CDI) prospectiva para 12 meses de 14.25% a.a.
1 Dados diários de 31/07/2006 a 31/12/2015
2 Renda Fixa – Pós-fixada: CDI; Renda Fixa – Pré-fixada: IRF-M; Renda Fixa – Inflação: IMA-B5; Retorno Absoluto: BTG Pactual IFMM,
e Renda Variável: IBrX-100.
3 A isenção aplica-se somente aos rendimentos distribuídos em fundos que cumpram com determinadas regras de diversificação de passivo.
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Instrumentos de Investimento
Estratégias de Investimento (PRP)
Conservadora
Balanceada
BTG Pactual Conservative FIC FIM
(PRP2)
BTGP Access Multiclass FIC FIM
(PRP2)
Classes de Ativos
Isenção Fiscal
Ativo
Fundos BTG Pactual (PRP)
Renda Fixa – Pós-fixada
LCA, LCI, CRI
CDB, LF, LFT
FI BTG Pactual Master Cash DI (PRP1)
FI BTG Pactual Yield DI (PRP1)
FI BTG Pactual Capital Markets RF (PRP2)
FIC BTG Crédito Corporativo I MM
(PRP3)
FIC BTG Crédito Corporativo Plus I MM
(PRP3)
FIC BTG CDB I RF CP (PRP1)
FIC BTG CDB Plus RF CP (PRP1)
Renda Fixa – Pré-fixada
LCA, LCI, CRI
CDB, LF, LTN,
NTNF
FIC BTG Pactual Active Fixed Income RF
(PRP2)
FI BTG Pactual Fix RF (PRP2)
Renda Fixa – Inflação (IPCA)
LCI, CRI
CDB, LF, NTN-B
Debêntures
Incentivadas
FIC BTG Pactual Inflation RF (PRP3)
FI BTG Pactual IPCA RF (PRP2)
FI BTG Pactual IMA-B RF (PRP3)
FI BTG Pactual IMA-B5+ RF (PRP3)
Retorno Absoluto –
Fundos “Juros & Moedas”
Fundos Access (PRP)
FI BTG Pactual High Yield MM (PRP1)
FI BTG Pactual High Yield Plus MM
(PRP2)
FI BTG Pactual Moedas MM (PRP2)
Retorno Absoluto –
Fundos Multimercado – Macro
FI BTG Pactual Hedge MM (PRP2)
FIC BTGP Access SPX Nimitz MM (PRP4)
FI BTG Pactual Local MM (PRP3)
FIC BTGP Access Ibiuna Hedge MM
(PRP3)
FIC BTGP Access Kapitalo Kappa MM
(PRP3)
FIC BTGP Access Kondor LX MM (PRP3)
FI BTG Pactual Hedge Plus MM (PRP3)
FI BTG Pactual Top Strategy IE MM
(PRP4)
FIC BTGP Access Gavea Macro MM
(PRP4)
FIC BTGP Access Gavea Macro Dólar
MM (PRP4)
FIC BTGP Access Garde D’artagnan MM
(PRP3)
FIC BTGP Access Vintage Macro II MM
(PRP3)
FIC BTGP Access Flag MM (PRP3)
FIC BTGP Access Paineiras Hedge MM
(PRP3)
Retorno Absoluto –
Long & Short
FI BTG Pactual Equity Hedge MM (PRP3)
Retorno Absoluto –
Investimento no Exterior
FIM BTG Pactual Global IE MM (PRP4)
FIM BTG Pactual Allocation USD CP IE
(PRP4)
FIM BTG Pactual PAR Plus IE (PRP4)
FIC BTGP Access Quest Eq Hedge MM
(PRP3)
FIC BTGP Access Bozano Eq Hedge MM
(PRP4)
FIC BTGP Access Opportunity Eq Hedge
MM (PRP4)
FIC BTGP Access GAP Long Short MM
(PRP3)
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Estratégia de Investimento
05 de Fevereiro de 2016
Classes de Ativos
Isenção Fiscal
Ativo
Fundos BTG Pactual (PRP)
Fundos Access (PRP)
FIM BTG Pactual Phoenix CP IE (PRP3)
Renda Variável
Ações
FIA BTG Pactual Andromeda (PRP4)
FIA BTG Pactual Dividendos (PRP4)
FIC-FIA BTG Pactual Absoluto (PRP4)
FIM BTG Pactual Index (PRP3)
FIM BTG Pactual Index EUA (PRP3)
FIC-FIA BTG Pactual Absoluto LS (PRP4)
FIA BTG Pactual Alpha (PRP4)
FIC-FIA BTGP Access SPX Falcon (PRP4)
Suitability
PRP (Perfil de Risco do Portfólio)
O Perfil de Risco do Portfólio é definido em função de parâmetros de cada fundo de investimento para atribuir o nível de
risco final. Dentre os parâmetros, é considerada a liquidez, volatilidade e classe Anbima de cada produto. A escala de Risco
para cada fundo de investimento é de 1 a 5, do mais conservador ao mais agressivo.
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Investment Advisory Group
Estratégia de Investimento
05 de Fevereiro de 2016
Indicadores Econômicos
PIB
Inflação
Taxa de Câmbio
Taxa de Juros
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
7.6
3.9
1.8
2.7
0.1
-3.8
-2.8
IPCA
IGPM
5.91
11.30
6.50
5.10
5.84
7.82
5.90
5.50
6.40
3.70
10.7
10.5
7.2
6.7
R$ - US$ (fim de período)
1.67
1.88
2.04
2.34
2.66
3.90
4.35
Selic (fim de período)
10.75
11.00
7.25
10.00
11.75
14.25
14.25
Crescimento Real
Contas Externas
Conta corrente (fim de período)
-2.3
-2.5
-2.4
-3.7
-4.4
-3.3
-2.8
Contas Públicas
Superávit Primário - % do PIB
Divida Pública Liquida - % do PIB
2.6
38.0
2.9
34.5
2.2
32.9
1.8
31.3
-0.6
34.1
-1.9
36.0
-0.9
41.4
Fonte: BTG Pactual Research, atualizado em 04/02/2016
Glossário
Underweight: indica uma alocação inferior à alocação
estratégica de referência (alocação neutra).
Overweight: indica uma alocação superior à alocação
estratégica de referência (alocação neutra).
Risco: Exposição a danos ou perdas financeiras tais como,
por exemplo, queda na cotação de um ativo ou insolvência
por parte de um credor. Na teoria de mercado financeiro, o
risco de um investimento ou de uma carteira é medido pelo
grau de oscilação dos retornos esperados. Entretanto, um
investimento financeiro pode estar sujeito a outros riscos
que não se manifestam através da oscilação dos retornos de
curto prazo.
Volatilidade: Medida das oscilações nas taxas de retorno de
um determinado título dentro de um prazo específico.
Geralmente é definida como um desvio padrão anualizado.
Classes de ativos: Qualquer categoria de investimento que
reage de uma determinada maneira aos movimentos
fundamentais da economia. As mais importantes classes de
ativos são as ações, os títulos, os investimentos no mercado
monetário (liquidez) e os fundos multimercados.
• Renda Fixa - Pós-fixada: ativos ou fundos com risco de
crédito soberano ou privado cujo desempenho está
atrelado a variação das taxas SELIC/CDI.
• Renda Fixa - Pré-fixada: ativos ou fundos com risco de
crédito soberano ou privado cujo desempenho está
atrelado a variação das taxas juros nominais.
• Renda Fixa – Inflação: ativos ou fundos com risco de
crédito soberano ou privado cujo desempenho está
atrelado à inflação e ao juros reais.
• Retorno Absoluto: fundos multimercados que buscam
retorno operando nos diversos mercados (juros,
cambio, renda varíavel, etc). Além de exposição direta
ou indireta a estratégias que busquem obter retornos
através de alocação em ativos no exterior (títulos,
ações, etc.).
• Renda Variável: ativos ou fundos cuja principal
estratégia esteja altamente correlacionado ao
desempenho do mercado acionário.
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Investment Advisory Group
Estratégia de Investimento
05 de Fevereiro de 2016
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período de, no mínimo, 12 meses. O(s) fundo(s) de investimento no(s) qual(is) o(s) fundo(s) aplica(m) pode(m) prever cobrança de taxa de administração
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