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quarta-feira, 22 de maio de 2013
BTG Pactual: Estudo mostra que migração para Novo Mercado amplia liquidez das ações
Valor
22/05/2013 19:10:21
A migração para o Novo Mercado amplia significativamente a liquidez das ações de companhias já listadas na bolsa mas que não
pertenciam ao nível diferenciado de governança corporativa. A conclusão é de relatório do BTG Pactual, coordenado pelo analista
Carlos Sequeira. Na média, a liquidez das ações foi ampliada em 40%, tomando como base todas as migrações.
O estudo mostra que 80% dos papéis das empresas já abertas que aderiram ao segmento tiveram aumento nas negociações
diárias — em alguns casos, uma expansão “dramática”. Em 37% dos casos, o giro médio diário mais do que dobrou.
De acordo com o levantamento do BTG, desde a criação do Novo Mercado, ocorreram 28 migrações. Os resultados
consideraram a observação das médias negociadas nos seis meses anteriores e posteriores à adesão ao segmento.
O relatório sobre o Novo Mercado faz parte dos estudos “Getting to know Brazil”, ou ‘Conhecendo o Brasil”, numa livre tradução.
Sequeira apresenta aos investidores internacionais o Novo Mercado, os resultados e seu contexto histórico. No estudo, o
especialista aponta que nos 13 anos de existência, 182 companhias aderiram a um dos segmentos de governança criados em
2000 — níveis 1 e 2, além do Novo Mercado. Desse total, 71% das empresas optaram pelo nível mais elevado.
O levantamento ainda destaca que, desde sua criação, ocorreram 142 ofertas inicias de ações (IPO, na sigla em inglês) no país
— 63% delas no Novo Mercado.
“A iniciativa do Novo Mercado pode ser considerada um sucesso, ainda que algumas das maiores companhias abertas brasileiras
não tenham aderido aos níveis diferenciados de governança da bolsa”, destaca o relatório do BTG Pactual.
Os analistas apontam que, ainda que os investidores claramente prefiram companhias com superior governança corporativa, é
difícil obter evidências empíricas de que as ações do Novo Mercado tenham desempenho melhor do que o restante do mercado.
Isso deve acontecer, talvez, porque muitos outros fatores afetam o preço das ações mais do que o fato de que elas melhoraram
suas práticas de governança.
“A maioria das companhias do Novo Mercado é relativamente nova para o mercado e, em alguns casos, com planos de negócios
ainda a se provarem ou modelos que o mercado ainda não entende completamente. De fato, não é incomum que companhias do
Novo mercado desapontem as expectativas dos investidores.”
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O BTG Pactual observou as 89 ofertas iniciais do segmento máximo de governança da bolsa e concluiu que apenas 46% delas
registraram desempenho superior ao Índice Bovespa nos seis meses posteriores à operação.
Os analistas do BTG Pactual — o time que realizou o estudo inclui ainda Fabio Levy, Bruno Andreazza, Ronny Berger e Antonio
Junqueira — explicam que o fato de a companhia ser listada no Novo Mercado não faz dela um bom investimento,
necessariamente. O objetivo do segmento é oferecer proteção extra em situações específicas.
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