REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO “REFORMA EDUCATIVA” MANUAL DE APOIO AO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS PARA O I.0 CICLO Ph.D. Manuel Afonso FICHA TÉCNICA TITULO : MANUAL DE APOIO AO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS PARA O I.0 CICLO ELABORAÇÃO : Ph. D. Manuel Afonso DIRECÇÃO GERAL : Dr. David Leonardo Chivela (componente INIDE) Dr. Pedro Nsiangengo EDITOR : IMPRESSÃO : TIRAGEM : 000 exemplares 1ª EDICÇÃO ------- /2005 INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO 2 Caro(a) Professor(a) Este Manual de Apoio ao Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o I. Ciclo do Ensino Secundário foi concebido para facilitar a aplicação prática das normas contidas no sistema de avaliação das aprendizagens elaborado no âmbito da Reforma Educativa. 0 Constam deste Manual aspectos gerais relativos a todo o nível de ensino e, aspectos específicos que têm a ver com cada uma das classes; por isso, devem ser de domínio de todos(as) os (as) professores(as). Este facto por si só, torna importantíssimo o estudo pormenorizado do seu conteúdo para que não hajam dificuldades no cumprimento obrigatório e rigoroso do sistema de avaliação das aprendizagens, durante a efectivação do processo de ensino e aprendizagem. Assim sendo, estamos convencidos que com este manual o seu trabalho na aplicação do novo sistema de avaliação está mais facilitado e poderá, certamente, realizar uma avaliação mais objectiva e justa, cuja meta é a melhoria permanente da qualidade do ensino. Contudo, esperamos que nos faça chegar as suas contribuições, com o intuito de melhorarmos este documento tanto na forma como no conteúdo. O autor 3 ÍNDICE I. Introdução----------------------------------------------------------------------------5 II. O conceito de avaliação-------------------------------------------------------------6 III. Modalidades de avaliação ----------------------------------------------------------7 IV. Instrumentos e Técnicas de avaliação -------------------------------------------9 V. Alguns procedimentos práticos para a avaliação contínua -------------------10 VI. Escala de avaliação -----------------------------------------------------------------15 VII. Classificação -------------------------------------------------------------------------- 17 VIII. As fórmulas do Sistema de Avaliação das aprendizagens e sua aplicação—17 VIII.1. Na classificação correspondente ao I.0 Trimestre ----------------------------18 VIII.2. Na classificação correspondente ao II.0 Trimestre----------------------------20 VIII.3. Na classificação correspondente ao III.0 Trimestre---------------------------21 VIII.4. Na determinação da CAP----------------------------------------------- ----------23 VIII.5 Na determinação da classificação final ------------------------------------------24 IX. Condições de transição-------------------------------------------------------------- 27 X. Condições de reprovação ----------------------------------------------------------28 Referências bibliográficas------------------------------------------------------------------30 4 I. INTRODUÇÃO Devido as insuficiências de ordem administrativa e pedagógica fundamentalmente, detectadas no actual Sistema de Educação que vigora desde 1978, conceberam-se a luz da Lei de Bases do Sistema de Educação aprovado pela Assembleia Nacional aos 31 de Dezembro de 2001, novos materiais pedagógicos incluindo os Sistemas de Avaliação das Aprendizagens que visam a substituição gradual dos actuais. Considerando que o novo Sistema de Avaliação das Aprendizagens difere bastante do sistema de avaliação em substituição, o que até um certo ponto pode criar dificuldades na efectivação do processo de avaliação das aprendizagens no dia-a-dia escolar, considerou-se oportuno a elaboração de um material de apoio que funcionará como um guia metodológico. Como verá, nesse manual, se encontra todo o fundamento teórico conceptual sobre o que consta no Sistema de Avaliação das Aprendizagens, o que fazer e como fazê-lo para que a avaliação das aprendizagens rumo a melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem no nosso País, seja cada vez mais objectiva. Para o efeito, vamos aqui recordar que, actualmente, o sentido da avaliação das aprendizagens consiste num processo sistemático e contínuo, cuja essência alicerça-se na recolha de informações, pelo(a) professor (a), aferidas aos diversos componentes dos níveis de aprendizagem que vão caracterizando os conhecimentos, as competências, as capacidades e atitudes que os(as) alunos(as) devem necessariamente adquirir e desenvolver em função dos currículos escolares. A avaliação das aprendizagens não deve e nem pode ser entendida como um simples acto de atribuição de notas para fins de seleccionar, classificar e certificar os(as) alunos(as) mas sim, um processo fundamentado, sobretudo, nos objectivos programáticos, nas modalidades de avaliação, nos instrumentos de avaliação e nos meios e métodos de ensino utilizados, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem.. A razão de ser do acima referenciado baseia-se no valor pedagógico que a avaliação das aprendizagens reveste, pois, permite adequar o processo de ensino e aprendizagem a favor do(a) aluno(a) em função das informações que ela proporciona. 5 Com a análise e a interpretação adequada das informações obtidas através da avaliação das aprendizagens, os(as) professores(as) devem tomar decisões apropriadas que possam levar o(a) aluno(a) ao sucesso escolar. De um modo geral, o novo sistema da avaliação das aprendizagens destinase a: a) Ferramentar adequadamente os(as) professores(as) para a realização de uma avaliação cada vez mais objectiva; b) motivar os(as) alunos(as) a fazerem a auto-avaliação para aprenderem a aprender; c) verificar e optimizar os processos e resultados do processo de ensino e aprendizagem; d) seleccionar, classificar, clarificar e certificar as competências adquiridas, as capacidades e atitudes desenvolvidas pelo aluno ao longo do ano lectivo. II. O CONCEITO DE AVALIAÇÃO Em muitos casos a avaliação tem-se confundido com a medição. Por exemplo, os(as) alunos(as) no fim de um trimestre realizam uma prova de frequência o(a) professor(a) faz a classificação e pública os resultados. Isso será avaliação ou medição? Em primeiro lugar convenhamos que qualquer prova que seja constitui um instrumento de medida. Em segundo lugar, a medição é parte integrante da avaliação caso sirva de base para formular juízos de valor com vista a tomada de decisões. Então, qual afinal a diferença entre a medição e a avaliação? Quando se aplicam provas com os objectivos de classificar, seleccionar ou certificar os(as) alunos(as), como tem sido prática no sistema vigente, é evidente que não estamos a avaliar. Avaliamos quando para além desses objectivos acrescenta-se outro de extrema importância para o processo de ensino e aprendizagem que é o de orientá-lo mediante formulação de juízos de valor que levem a tomada de decisões. Por isso, todas as definições actuais sobre o conceito de avaliação, independentemente dos seus autores, são convergentes no seguinte: formulação de juízos de valor e tomada de decisões na base de informações recolhidas sistematicamente. 6 Por exemplo, segundo Beeby, a avaliação define-se como um processo de recolha e interpretação sistemática de informações que implicam juízos de valor, com vista a tomada de decisões. Essas decisões têm a ver com o aluno, professor, materiais pedagógicos, gestão escolar, enfim, com o processo todo e não só com alguns componentes do mesmo. Foi nesta base que se elaborou o novo sistema de avaliação das aprendizagens para o I.0 Ciclo; quer dizer, permitir a realização de uma avaliação que visa contribuir na melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem. III. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO As modalidades de avaliação respondem à pergunta “quando avaliar?”. Tratando-se da avaliação das aprendizagens dos alunos, que permite conhecer os níveis de aprendizagem, a eficácia dos métodos e meios utilizados no ensino, o cumprimento dos objectivos programáticos, pelo(a) professor(a) e outros elementos inerentes ao processo de ensino e aprendizagem, é consenso dos especialistas em matéria de avaliação que ela deve ser feita, entre outros momentos, a saber: a) Antes do ciclo de uma aprendizagem( Avaliação Diagnóstica ou Inicial); b) Durante o ciclo de uma aprendizagem( Avaliação Formativa, também conhecida por Contínua ou Sistemática) e c) No fim do ciclo de uma aprendizagem( Avaliação Sumativa). a) Avaliação Diagnóstica ou Inicial Esta modalidade realiza-se no início de novas aprendizagens( de um tema, de um sub tema, de um trimestre, do ano lectivo) com a intenção de se constatar o domínio de pré requisitos pelos(as) alunos(as); isto é, os níveis de conhecimentos ou aptidões indispensáveis à aquisição de outros que deles dependem. Em suma, trata-se de conhecer o nível inicial de conhecimentos e ou de aptidões dos(as) alunos(as) que permitirão estabelecer a ponte com os novos conhecimentos a adquirir no tema, no sub tema, no trimestre ou classe que começam a frequentar. b) Avaliação Formativa (Contínua ou Sistemática) Nos dias de hoje, esta é a modalidade que acompanha o processo de ensino e aprendizagem, em outras palavras, avalia o processo na medida em que tem lugar durante a realização das actividades docente e educativas. 7 É uma actividade de controlo permanente que fornece ao(a) aluno, ao(a) professor(a) e ao(a) encarregado(a) da educação, os resultados imediatos da acção pedagógica, já que, é feita durante as aulas. Os resultados desta avaliação permitem ao(a) aluno(a) fazer a auto-avaliação das suas aprendizagens e ao(a) professor(a) a conhecer os pontos fracos e fortes de cada um(a) dos(as) seus(suas) alunos(as). Podemos também dizer que, os resultados dessa avaliação permitem ainda aos(as) encarregados(as) da educação a terem conhecimentos em tempo útil sobre o desempenho escolar dos seus (suas) educandos(as) em termos de aprendizagens, o que, em grande medida, contribui no fortalecimento das relações da escola com a comunidade. Há muitos especialistas em matéria de avaliação que afirmam que a avaliação contínua serve de conselheiro na tomada de decisões sobre possíveis ajustamentos a introduzir no currículo, nas metodologias de ensino, na relação professor(a)/ aluno(a), na maneira do(a) aluno(a) fazer o seu auto-estudo, etc. Por isso, ela é de realização obrigatória em todas as nossas aulas. Para que tudo o exposto acima se efective é necessário que todos os resultados da avaliação contínua das aprendizagens dos(as) alunos(as) sejam registados na sua caderneta de avaliações. O registo dos resultados, para além de dar as informações imediatas para fins de melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem, permitem ainda que, no fim de cada trimestre, o(a) professor(a) tenha os dados indispensáveis para a determinação da média das avaliações contínuas. Lembre-se sempre de que, para as classes de transição(7a e 8a) e a classe de exames(9a), a MAC entra na fórmula para a determinação da classificação do trimestre para cada um(a) dos (as) alunos(as). Na página 10 deste manual, encontrará o capitulo denominado “ Alguns procedimentos práticos para a avaliação contínua” que ajudá-lo(a)-ão na efectivação desta modalidade de avaliação no dia-a-dia escolar. c) Avaliação Sumativa Ao contrário da avaliação contínua que avalia o processo, a avaliação sumativa é uma modalidade direccionada para avaliação dos resultados do processo de ensino e aprendizagem com vista a classificação e a certificação de conhecimentos e competências adquiridas, capacidades e atitudes desenvolvidas pelo(a) aluno(a) durante a efectivação do currículo; por isso, realiza-se no fim do ciclo de aprendizagem, no fim de cada trimestre e no fim de cada ano lectivo. No caso concreto do Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o I.0 Ciclo do Ensino Secundário, a avaliação sumativa refere-se as provas do(a) professor (a), as provas de escola e aos exames finais. As provas do(a) professor(a) juntamente com as médias das avaliações contínuas, ditam os resultados finais do(a) aluno(a) em cada trimestre, enquanto 8 que, as provas de escola e os exames finais com as classificações atribuídas pelo (a) professor(a) no fim do ano lectivo, determinam a classificação do(a) aluno(a). Na base dos resultados da efectivação da avaliação inicial, contínua e sumativa, acima referenciadas, poderá de uma ou outra forma, permitir que tanto o(a) aluno(a) quanto o (a) professor(a), assim como os(as) encarregados(as) da Educação e a sociedade em geral, sejam capazes de formular juízos de valor fundamentados sobre o processo de ensino e aprendizagem realizado nas nossas escolas. IV. INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO Para a avaliação das aprendizagens dos alunos, o professor deve utilizar um conjunto de instrumentos e técnicas de avaliação de entre os quais se destacam: as Provas(perguntas) Orais, as Provas(perguntas) Escritas, as Provas Práticas, Trabalhos em Grupo, Tarefas para Casa e a observação individualizada. a) Provas(perguntas) Orais Consistem em estabelecer um diálogo directo entre professor e aluno, servindo para: comprovar o domínio de conhecimentos já adquiridos; medir o grau de cumprimento dos objectivos ao longo ou no fim de uma aula, de um ciclo de aprendizagens, etc; facilitar a ligação entre sub temas de um mesmo tema e temas de um mesmo ciclo ou de diferentes ciclos de aprendizagem. comprovar o domínio da linguagem científica utilizada na disciplina, isto é, os termos técnicos certificar os conhecimentos do aluno em dependência do subsistema b) Provas(perguntas) Escritas: Consistem em exercício(s) para o aluno responder por escrito, podendo ser usadas no início ou no fim de uma aula e fundamentalmente no fim de um ciclo de aprendizagem, no fim do trimestre e no fim do ano lectivo. c) Provas Práticas Servem para avaliar as habilidades dos alunos quanto à aplicação prática dos conhecimentos adquiridos numa situação por eles já conhecida ou não e comprovar o domínio na manipulação de objectos, meios de ensino e outros. d) Trabalhos em Grupo 9 Consistem em organizar os alunos em grupos de trabalho para a realização de actividades teóricas ou experimentais que podem ter lugar na sala de aulas ou não, servindo ademais para observar as atitudes e comportamentos de integração dos alunos no grupo. Este instrumento de avaliação contribui para a socialização dos alunos. e) Tarefas de Casa Consistem em exercícios ou actividades que os alunos devem realizar em casa, sendo posteriormente revisados, em muitos casos, no início da aula seguinte. Porém, há tarefas que são revisadas nas aulas posteriores à seguinte em dependência do tipo e carácter de exercícios ou actividades. Servem essencialmente para a retro alimentação daquilo que o aluno aprendeu na aula do dia e ajudam-no a estudar, permitindo também ao professor conhecer a dedicação e o interesse do aluno em aprender a aprender fora da sala de aulas. f) Observação individualizada É a forma de acompanhamento directo do desempenho de cada um(a) dos (as) alunos(as) da turma que pode ser feita na sala de aulas ou fora dela. Através da observação conseguimos recolher um conjunto de informações que têm a ver não só com talentos mas também com comportamentos, atitudes e valores dos (as) alunos(as). A utilização dos instrumentos e técnicas de avaliação deve ser diversificada, sem limitar-se em dar perguntas ou exercícios meramente reprodutivos( fáceis ou difíceis). O(A) professor(a) deve fazer perguntas ou exercícios desde os de carácter reprodutivo(fáceis e difíceis) aos de carácter aplicativo (fáceis e difíceis), tendo em atenção o nível de desenvolvimento dos(as) seus(as) alunos(as). Na formulação de perguntas ou exercícios avaliativos, aconselha-se não utilizar expressões gramaticais ou palavras que não sejam do conhecimento dos (as) seus(suas) alunos(as) assim como seleccionar conteúdos para a avaliação que não tenham sido ainda tratados nas aulas, porque se assim o fizer, acredite que, estará criando as condições propícias para o insucesso da avaliação e, consequentemente, do processo de ensino e aprendizagem. V. ALGUNS PROCEDIMENTOS PÁTICOS PARA A AVALIAÇÃO CONTÍNUA 10 Tal como viu no capítulo sobre Quando Avaliar as aprendizagens, a avaliação contínua é de capital importância para o processo de ensino e aprendizagem; porém, o êxito dessa modalidade de avaliação das aprendizagens depende, de entre outros elementos, do uso correcto dos instrumentos da avaliação, da formulação correcta das questões e da classificação mais justa das respostas dos (as) alunos(as). E, no capítulo anterior, sugeriu-se o uso diversificado dos instrumentos e técnicas de avaliação; mas, para uma efectiva utilização da avaliação contínua, é preferível o uso de perguntas escritas no início ou no fim da aula, de perguntas orais no início da aula, durante a aula ou fim da aula, a orientação e correcção dos trabalhos de casa, a realização dos trabalhos em grupos e a observação individualizada do desempenho de cada um(a) dos(as) alunos(as) ou grupo de alunos. Para se evitarem subjectividades e injustiças na classificação dos conhecimentos dos(as) alunos(as), de um lado e perca de tempo do outro, sugere-se que não faça um número elevado de perguntas escritas. Nesta base, para a avaliação contínua no início ou no fim da aula, o(a) professor(a) deve fazer quanto mais duas perguntas escritas para todos os alunos. Todas as perguntas escritas feitas pelos(as) alunos(as) devem ser, necessariamente, corrigidas na sala de aulas para que cada aluno(a) tenha a oportunidade de conhecer a resposta certa e, consequentemente, os seus pontos fortes e fracos conforme o caso. Para as perguntas orais, em função do tempo, o(a) professor(a) pode com uma mesma pergunta avaliar os conhecimentos de mais de um aluno desde que opte pela seguinte metodologia, por exemplo, em matemática: António, qual é o antecessor do número 15? A resposta do António estando certa ou não, o(a) professor(a) deve dirigir a pergunta a outro aluno para explorar os conhecimentos deste da seguinte maneira: Por exemplo, Pedro, concorda com a resposta do António? Porque? E deste modo pode-se ver o quanto outros alunos possuem domínio dos números naturais pois, a pergunta exige que confirme ou não com argumentos a resposta do colega, podendo cada um merecer a classificação correspondente ao nível dos seus conhecimentos e, consegue-se avaliar as aprendizagens de mais de um(a) aluno(a) com uma só pergunta oral. Porém, lembre-se sempre que o tempo de cada aula é limitado, por isso, para não prejudicar o cumprimento integral do plano da aula correspondente a esse dia com a avaliação contínua, deve geri-lo bem. Uma outra maneira mais prática de avaliar as aprendizagens de um elevado número de alunos(as) tem a ver com a observação individualizada. Esta técnica permite que durante a avaliação de trabalhos de casa, por exemplo, acerto de equações químicas em Química ou resolução de equações em 11 Matemática, se possa avaliar as aprendizagens de muitos(as) alunos(as) usando a seguinte metodologia: enquanto um(a) aluno(a) está no quadro a resolver o exercício deixado para casa, o(a) professor(a) deve passar de carteira em carteira observando o que cada aluno(a) fez e, conforme as respostas, vai atribuindo as respectivas classificações. A técnica referida no ponto anterior, torna-se ainda mais rentável para as aulas de consolidação ou exercitação da matéria sumariada. Para que a classificação dessas perguntas orais ou escritas da avaliação contínua seja feita com maior objectividade, o(a) professor(a) deverá utilizar uma escala de avaliação inferior ou muito inferior à recomendada para o nível de ensino em que trabalha. A sugestão aqui é a de usar uma escala que vai de zero (0) a cinco(5) valores por cada pergunta, sendo a nota do aluno nesta escala multiplicada depois por; quatro(4). O objectivo dessa escala(de zero a cinco) é de minimizar os efeitos subjectivos de avaliação que se fazem notar acentuadamente quando a escala utilizada é maior; levando muita das vezes, a atribuição de notas que não correspondem ao nível de conhecimentos do(a) aluno(a) no conteúdo avaliado. A multiplicação por quatro permite a conversão da nota do(a) aluno(a) para a escala de avaliação estipulada no Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o I.0 Ciclo. Vejamos o seguinte exemplo: Suponhamos que o(a) aluno(a) respondeu de forma meio certa a uma pergunta oral no inicio de uma aula e o(a) professor(a) atribuiu-lhe; por isso, 2,5 valores na escala acima sugerida. Para a conversão dessa nota (2,5 valores) na escala de zero(0) a vinte(20), procede-se: 2,5valores X4=10 valores Na caderneta das avaliações diárias deste(a) aluno(a), o(a) professor(a) registará 10 valores e não 2,5 valores. O procedimento da conversão de notas da escala da avaliação contínua para a escala do nível de ensino deve ser feito no fim da aula o que permite evitar percas de tempo útil da aula. E convindo facilitar o processo de conversão, a seguir coloca-se o respectivo mapa: 12 MAPA DE CONVERSÃO DOS VALORES Escala de avaliação das aprendizagens para o ensino primário 0-20 Escala de avaliação contínua 0-5 Notas mais Factor de prováveis conversã (a) o 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 4 Conversão das notas Classificação do dia a x4 0 x 0,5 x 1 x 1,5 x 2 x 2,5 x 3x 3,5 x 4x 4,5 x 5x 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 É possível que durante o percurso das aulas e com ele a realização da avaliação contínua, o(a) professor(a) atribua notas na escala desta modalidade que não constem do quadro acima(coluna com notas prováveis), exemplo: 0,75 valores. Para este caso, bastará multiplicar o 0,75valores por 4 (0,75x4=3 valores) para se obter a classificação do(a) aluno(a) a registar na caderneta. Como vê a nota a registar será 3 valores e não 0,75. No caso de que as aprendizagens de um(a) mesmo(a) aluno(a) sejam avaliadas mais de uma vez durante a aula, na mesma disciplina, é necessário que se determine a média da avaliação contínua para este(a) aluno(a) mediante a seguinte fórmula: Σ das notas das avaliações do dia MAC/dia = ------------------------------------------13 n.0 total de avaliações nesse dia Σ= somatória MAC/dia = média de avaliações contínuas do dia. Exemplo: Suponhamos que uma determinada aluna participou 5 vezes durante a mesma aula e obteve as seguintes notas: n.0 total de avaliações nesse dia Notas que obteve 1 5 2 2,5 3 3 4 5 4 4 Em casos como este, convindo evitar a realização de muitos cálculos, antes de converter a nota da aluna para a escala correspondente ao I.0 Ciclo do Ensino Secundário, aconselha-se determinar primeiro a média da avaliação contínua do dia na disciplina em causa. Assim será: MAC/dia = (5+ 2,5+3+4+4) valores --------------------------5 MAC/ dia = 18,5 valores ------------5 MAC/dia =3,7 valores Depois de determinada a média do dia, faz-se a conversão; logo, a aluna nesse dia e na disciplina em causa terá: MAC/dia =3,7 valores x4 MAC=14,8 valores O valor convertido é o que fica registado na caderneta das avaliações. Para aqueles(as) alunos(as) que tiverem uma única participação durante a aula, converte-se a nota obtida e regista-se, já que não há necessidade de determinar média alguma. 14 Exemplo; o António participou uma vez e obteve 5 valores na escala de avaliação contínua. Nesse dia, sua nota será: 5x4= 20 valores Porém, importa recordar que o(a) professor(a) deve procurar que haja maior número de alunos(as) a participarem na avaliação contínua durante a aula tendo em conta o seu papel no processo de ensino e aprendizagem. VI. ESCALA DE AVALIAÇÃO A escala de avaliação das aprendizagens para o I.0 Ciclo varia desde zero(0) a vinte(20) valores. Como vê em comparação com o sistema de avaliação em substituição, a actual escala de avaliação não mudou em nada. Para poder perceber o significado de cada um dos valores dessa escala em termos de aprendizagens, existe uma subdivisão por níveis de cumprimento dos objectivos, de acordo com o perfil e em relação ao saber, saber fazer e saber ser que a seguir se apresentam: a) de 0 a 4 – Mau, progride pouco. - - Atinge até 20% dos objectivos/conteúdos essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação, interpretação, aplicação, etc . Quase nunca faz os trabalhos de casa e quando os faz, faz mal. Colabora muito pouco na aula e no trabalho de grupo ou não intervém. Exprime-se oralmente com muita dificuldade e sem precisão, escreve mal e com muitos erros ortográficos. Revela, com muita frequência, comportamentos e atitudes inadequados. b) de 5 a 9 – Medíocre, progride insuficientemente. - - Atinge entre 30-40% dos objectivos/conteúdos essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação, interpretação, aplicação, etc. Colabora e intervém pouco na aula e no trabalho de grupo. 15 Faz poucas vezes os trabalhos de casa e nem sempre os faz bem. Exprime-se oralmente com dificuldade e pouca precisão. Revela, com alguma frequência, comportamentos e atitudes inadequados. - b) de 10 a 13 – Suficiente, progride suficientemente. Atinge entre 50- 60% dos objectivos/ conteúdos essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação, interpretação, aplicação, etc. Colabora e intervém quase com alguma frequência na aula e no trabalho de grupo. Faz frequentemente os trabalhos de casa e quase sempre bem. Exprime-se oralmente com algumas dificuldades. Revela, quase com frequência, comportamentos e atitudes adequadas. - - d) de 14 a 17 – Bom, progride rápido e seguramente. - - Atinge entre 70-80% dos objectivos/ conteúdos essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação, interpretação, aplicação, etc. Colabora e intervém adequadamente com frequência na aula e no trabalho de grupo. Faz frequentemente os trabalhos de casa e sempre bem. Exprime-se oralmente bem e com fluência. Revela, quase sempre, comportamentos e atitudes adequados. d) de 18 a 20 – Muito bom, progride rapidamente e com segurança. 16 - Atinge entre 90-100% dos objectivos/ conteúdos essenciais, nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação, interpretação, aplicação, etc. Colabora e intervém muito e sempre adequadamente na aula e no trabalho de grupo, onde também ajuda os colegas a ultrapassarem dificuldades. Faz sempre e muito bem os trabalhos de casa, e é muito criativo. Exprime-se oralmente muito bem e com muita fluência. Revela sempre comportamentos e atitudes adequados e influencia os colegas no mesmo sentido. VII. CLASSIFICAÇÃO Na filosofia da avaliação em educação, a classificação é a expressão objectiva ou subjectiva, qualitativa ou quantitativa da avaliação das aprendizagens. Neste caso particular, a classificação constitui a expressão que informa o lugar que o(a) aluno(a) ocupa no percurso escolar, significando o grau atingido no cumprimento dos objectivos. Para a determinação da classificação do(a) aluno(a) no fim de um trimestre ou ano lectivo, o professor utilizará as fórmulas constantes do Sistema de Avaliação das Aprendizagens. Torna-se necessário fazer um parênteses para destacar que, a fórmula para a determinação da classificação final, tem pesos diferentes para diferentes avaliações a realizar durante o processo de ensino e aprendizagem; isto porque tomou-se em consideração a evolução e o grau de complexidade dos conteúdos, em função do desenvolvimento dos programas curriculares. As avaliações contínuas do professor por exemplo, inserem um número reduzido de objectivos programáticos enquanto que a prova de Escola insere um conjunto de objectivos programáticos( do ano lectivo) de uma só vez. Daí a diferenciação de pesos expressa através dos coeficientes decimais que acompanham cada um dos símbolos do tipo de avaliação. Assim, na expressão CF =0,3xCAP +0,7xCPE por exemplo; o coeficiente 0,3 lê-se “três décimas” e pode escrever-se sob forma de fracção 30/100 ou 3/10. Noutros termos, esse mesmo número representa 30% do valor total da avaliação das aprendizagens do(a) aluno(a) durante o Trimestre. O coeficiente 0,7 (sete decimas) o que equivale 70/100 ou 7/10 e representa 70% do valor total das avaliações do(a) aluno(a) durante o trimestre. 17 VIII. AS FÓRMULAS DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO E A SUA APLICAÇÃO. Antes de passarmos aos exemplos sobre como aplicar as fórmulas do sistema de avaliação, gostaríamos de lembrar que no I.0 Ciclo do Ensino Secundário existem Classes de Transição( 7.a e 8.a) nas quais fazem-se provas de escola no fim do ano lectivo e Classe de Exame(9a) onde são feitos no fim do ano lectivo, os exames finais. Vejamos os exemplos de como determinar as classificações de um(a) aluno (a) em Matemática que pode ser das classes de transição ou da classe de exame. VIII.1. Classificação correspondente ao I.0 Trimestre Para a determinação da classificação de qualquer(a) aluno(a) correspondente a este trimestre, o procedimento a seguir consiste em determinar primeiro a média das avaliações contínuas das notas obtidas pelo(a) aluno(a) ao longo do trimestre. Seguidamente, com a média das avaliações contínuas e a nota que obtiver na prova do(a) professor(a) determina-se a classificação do(a) aluno(a) correspondente ao trimestre1. Assim sendo teremos: a) Primeiro passo Suponhamos que esse(a) aluno(a) no I.0 Trimestre durante as 12 semanas de aulas suas aprendizagens foram avaliadas e obteve, conforme mostra o quadro abaixo, as seguintes médias mensais em Matemática: meses MAC/mê s Fevereiro 11 Março 14,5 Abril 20 Maio 16 Com essas notas, o professor determinará a média das avaliações contínuas do(a) aluno(a) para o Trimestre em causa na disciplina de Matemática; através da soma de todas as médias mensais a dividir pelo número de médias. recorde-se que as cadernetas estão feitas para o registo das avaliações contínuas mensais e no fim de cada mês calcula-se a MAC. Neste caso, subentenda que as MAC mensais foram extraídas da caderneta das avaliações contínuas. 1 18 Neste caso, o número total de médias de avaliações contínuas é igual ao número de notas que corresponde, necessariamente, ao número de meses em que o(a) aluno(a) foi submetido(a) à avaliação contínua; isto é, n.0 total de médias de avaliações é igual a quatro(4). 1) ∑ das médias de avaliação contínua durante o Trimestre MAC= -----------------------------------------------------------------número total de médias de avaliações Substituindo os dados na fórmula(1) teremos: 2) (11+14,5+20+16) valores MAC= ----------------------------------4 3) 61 valores MAC= ----------------------4 4) MAC= 15,375 valores Assim, a média de avaliações contínuas (MAC) do(a) aluno(a) durante o I.0 Trimestre é de 15,375 valores. b) Segundo passo Este passo corresponde a fórmula para a determinação da classificação correspondente ao trimestre após a realização da prova do(a) professor(a). Suponhamos que nessa prova, a do(a) Professor(a), de realização obrigatória o (a) aluno(a) teve 15,375 valores; a sua nota nesse Trimestre será: MAC+ CPP 1) CT1 = ------------2 substituindo as notas na fórmula, teremos : 19 2) 3) ( 15,375+7,5) valores CT1 =-----------------------2 22,875 valores CT1 = ----------------2 4) CT1= 11,4375 valores Veja que, conforme recomenda o ponto 7 do capítulo I.2 sobre a classificação do sistema de avaliação, não tendo arredondado o 15,375 valores para 15 e o 7,5 valores para 8, a nota do(a) aluno(a) é igual a 11,4375 valores e se tivesse feito o arredondamento antes de determinar a Classificação do Trimestre, a sua nota seria 11,5 valores; o que quer dizer que, já no I.0 Trimestre estaria oferecendo valores ao(à) aluno(a). Lembre-se que o sistema de avaliação dispensa a oferta de notas e exige que o(a) professor(a) cumpra com o seu dever de ensinar melhor para que o(a) aluno(a) possa aprender também melhor e obter suas notas sem ajuda de quem quer que seja; em outras palavras, as notas do(a) aluno(a) devem resultar do seu esforço individual. Se isto acontecer na sua prática docente, então, pode afirmar com orgulho que, as notas dos(as) seus(suas) alunos(as) são o resultado do seu bom desempenho profissional. VIII.2. classificação correspondente ao II.º Trimestre. No II.0 Trimestre o procedimento é igualzinho ao do I.0 Trimestre. a) Primeiro passo Suponhamos que neste Trimestre, nas avaliações continuas, o(a) aluno(a) em causa teve os seguintes resultados: meses MAC/mê s Junho 5 Julho 12,5 Agosto 15 Setembro 18 Neste trimestre, o número de médias de avaliações também será igual a 4, já que, o(a) aluno(a) foi submetido a avaliação contínua durante os quatro meses. 1) ∑ das médias de avaliação contínua durante o Trimestre MAC= -----------------------------------------------------------------20 número total de médias de avaliações do Trimestre Substituindo as notas na fórmula, temos: 2) 3) (5+12,5+15+18) valores MAC= ------------------------------4 50,5 valores MAC= ---------------------4 5) MAC= 12,625 valores A média das avaliações contínuas correspondentes a esse trimestre é igual a 12,625 valores. b) Segundo passo Suponhamos que na Prova do Professor, de realização obrigatória, esse(a) aluno(a) teve 15,5 valores. A sua nota nesse Trimestre será: 1) MAC+ CPP CT2 = ------------2 Substituindo as notas, teremos : 2) 3) 4) ( 12,625+15,5) valores CT2 =-----------------------2 28,125 valores CT2 = ----------------2 CT2= 14,0625 valores 21 A classificação do(a) aluno(a) correspondente ao II.0 Trimestre é igual a 14,0625 valores. Essa nota, também, não se arredonda. VIII.3. Classificação correspondente ao III.º Trimestre. Tal como no I.0 e II.0 trimestres, o procedimento mantém-se o mesmo. a) Primeiro passo Suponhamos que neste Trimestre, nas avaliações continuas, o(a) aluno(a) em causa teve os seguintes resultados: meses MAC/mê s Setembro 16 Outubro 14,5 Novembro 16 Dezembro 8 Neste trimestre, tal com nos anteriores o número total médias de avaliações contínuas, é igual a 4, o que significa que o(a) aluno(a) tem em cada mês uma média de avaliações contínuas. ∑ das médias de avaliações contínua durante o Trimestre 1) ---------------------------------------------------------------------número total de médias de avaliações Substituindo as notas, teremos: 2) 3) (16+14,5+16+8) valores MAC= -------------------------------4 45 valores MAC= ---------------------4 4) MAC= 13,625 valores 22 MAC= A MAC do(a) aluno(a) nesse trimestre é 13,625 valores b) Segundo passo: Suponhamos que na Prova do Professor, de realização obrigatória, esse(a) aluno(a) teve 6,7 valores. A sua nota nesse Trimestre será: MAC+ CPP CT3 = ------------2 1) Substituindo as notas na fórmula, temos : 2) 3) 4) CT3 ( 13,625+6,7) valores =-----------------------2 20,325 valores CT3 = ----------------2 CT3 = 10,1625 valores Neste caso, a nota do(a) aluno(a) é igual a 10,1625 valores VIII.4. Determinação da classificação atribuída pelo(a) professor (a) no III.0 Trimestre (CAP) Com as classificações do(a) aluno(a) obtidas durante os três trimestres, o(a) professor(a) determinará a CAP através da fórmula seguinte: CT1 + CT2 +CT3 CAP = --------------------------3 Logo, substituindo os dados obtidos nos três trimestres na fórmula, a classificação atribuída pelo(a) Professor(a) ao(à) aluno(a) correspondente ao aluno do ano lectivo será : (11,4375+14,0625+10,1625) valores CAP = ------------------------------------------3 35,6625 valores 23 CAP= ---------------------3 CAP=11,8875 valores Deste modo, a classificação atribuída pelo o(a) professor(a), ao(à) aluno(a) em referência é de 11,8875 valores correspondentes ao ano lectivo. Com a determinação da CAP termina a responsabilidade do(a) professor(a) sobre o(a) aluno(a) no que toca as classificações, já que, de acordo ao que está previsto no Regulamento das Provas de Escola e dos Exames, a determinação da Classificação Final(CF) é da responsabilidade da Comissão de Classificação das Provas por disciplina que será superiormente indicado para o efeito. Assim sendo, o passo seguinte será efectuado pela comissão de classificação das provas. VIII.5. A determinação da classificação final do(a) aluno(a). Lembrando uma vez mais o que está definido nos regulamentos da prova de escola e dos exames respectivamente, a determinação da CAP de cada um(a) dos (as) alunos(as) é tarefa exclusiva da Comissão de Classificação das provas ou exames. Porém, este facto, não impede, de modo algum, que todos(as) os(as) professores(as) tenham pleno domínio dos procedimentos para a determinação da CF pois, a comissão de classificação das provas, será formada por professores(as) deste mesmo nível de ensino e cada um(a) dos(as) professores(as) será indicado (a) para o efeito. Para facilitar a compreensão dos procedimentos a ter em conta na determinação da Classificação Final dos(as) alunos(as) num dado ano lectivo, dividiu-se em; (1) para os(as) alunos(as) das classes de transição(7.a e 8.a) e (2) para os(as) alunos(as) da classe terminal(9.a). 1) Para o (a) aluno(a) das classes de transição(7a e 8a). De acordo com o sistema de avaliação das aprendizagens, os(as) alunos(as) das classes de transição, fazem, no fim do ano lectivo, a prova de escola de carácter obrigatório. 24 E suponhamos que na Prova de Escola o(a) aluno(a) em causa obteve 16 valores; a sua nota Final no ano lectivo em epígrafe será determinada consoante a fórmula: a) CF= 0,3xCAP+0,7XCPE Substituindo as notas na fórmula, temos: b) CF=(0,3x11,8875)+(0,7x16) c) CF= 3,56625 + 11,2 d) CF=14,76625 valores Também pode-se utilizar a fórmula equivalente com números fraccionários: 3xCAP+7xCPE a) CF=---------------------10 Substituindo as notas (3x11,8875) + (7x16) b) CF=---------------------------10 35,6625 + 112 c) CF= -------------------10 147,6625 d) CF=----------------10 d) CF= 14,76625 valores Tratando-se da classificação final, a nota do aluno deve ser expressa em número inteiro. E, quando a parte decimal é igual ou maior que 0,5, o 25 arredondamento faz-se para o número imediatamente superior, assim sendo, a classificação final desse(a) aluno(a) é: CF= 15 valores Resumindo I.0 trimestre Avaliações Trimestres Média de avaliações contínuas(MAC) Classificação da prova do(a) Professor(a)(CPP) Classificação do trimestre(CT) Classificação atribuída pelo(a) professor(a) no III.0 Trimestre(CAP) II.0 trimestre III.0 trimestre 15,375 12,625 13,625 valores valores valores 7,5 15,5 6,7 valores valores valores 11,4375 14,0625 10.1625 valores valores valores 11,8875 valores Classificação da prova de escola(CPE) 16 valores 15 valores Classificação final(CF) 2) Para o(a) aluno(a) da classe terminal (9.ª) De acordo com o Sistema de avaliação das aprendizagens, os(as) alunos(as) da 9.ª classe realizam exames finais. E supondo-se que este(a) aluno(a) em referência obteve 15,5 valores no exame, a sua nota final será determinada mediante a seguinte fórmula: a) CF= 0,3xCAP+0,7XCE Substituindo as notas na fórmula: b) CF=(0,3x11,8875)+(0,7x15,5) c) CF= 3,56625+10,85 d) CF= 14,41625 Também pode-se utilizar a fórmula equivalente: 3xCAP+7xCE a) CF=-----------------10 26 (3x11,8875)+(7x15,5) b) CF=----------------------10 35,6625+108,5 c) CF=------------------------10 d) CF= 14,41625 Tal como no caso anterior, a nota final deve ser arredondada, porém, para este caso, sendo a parte decimal menor que 0,5, o arredondamento será feito para o número imediatamente inferior. Logo a nota é: CF=14 valores Resumindo I.0 trimestre Avaliações Trimestres Média de avaliações contínuas(MAC) Classificação da prova do(a) Professor(a)(CPP) Classificação do trimestre(CT) Classificação atribuída pelo(a) professor(a) no III.0 Trimestre(CAP) Classificação do exame(CE) Classificação final(CF) II.0 trimestre III.0 trimestre 15,375 12,625 13,625 valores valores valores 7,5 15,5 6,7 valores valores valores 11,4375 14,0625 10.1625 valores valores valores 11,8875 valores 15,5 valores 14 valores IX. CONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO As condições de transição são um conjunto de normas que definem os requisitos relativos aos resultados da avaliação das aprendizagens que o(a) aluno (a) deve possuir para transitar de classe. 27 Analisando o conteúdo do Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o I.0 Ciclo do Ensino Secundário, capítulo I.2 sobre a classificação, pontos7 e 8 da página 3, percebe-se da existência de (a) classes de transição e (b) classes de classe de exame. Este facto obriga a que seja feito um tratamento diferenciado em função das categorias das classes aqui definidas. Deste modo temos: a) classe de transição As classes transição para esse nível de ensino, de acordo com o sistema de avaliação das aprendizagens, são a 7.a e 8.a . Nessas classes de transição, todos(as) alunos(as) independentemente dos resultados da avaliação contínua, desde que não desistam ou tenham faltas em excesso devem ser admitidos às provas de Escola e decidirão a sua transição. Esses(as) alunos(as), transitam para a classe imediatamente superior caso tenham apenas duas negativas2 desde que não sejam simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática. Os(as) alunos(as) com duas negativas simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática, caso uma delas for igual ou superior a oito(8) valores, o conselho de notas, de acordo com o regulamento das provas de escola tem prerrogativas de votar ou não tal negativa. Caso tenha de votá-la, esta votação deve basear-se nas informações sobre o desempenho escolar do(a) aluno(a) registadas na sua caderneta. Um procedimento idêntico poderá ser seguido ou não pelo conselho de notas em situações em que um(a) aluno(a) tenha três negativas, das quais, uma é igual ou superior a oito(8) valores. O procedimento de votação de notas não é uma norma, mas, o conselho de notas, ponderando todas as situações e na base das informações registadas na caderneta do(a) aluno(a) pode agir desta maneira. b) classe terminal do I.0 Ciclo Ensino Secundário. Tal como nas classes de transição, os(as) alunos(as) da classe terminal, independentemente dos resultados da avaliação do(a) professor(a), caso cheguem sem excesso de faltas as aulas no fim do ano lectivo, deverão ser admitidos(as) as aos exames finais. Depois de feitos todos os cálculos conducentes a determinação das classificações finais de acordo com a fórmula do ponto 8, capítulo da classificação do sistema de avaliação, transita de classe imediatamente, aquele(a) aluno(a) que tiver notas iguais ou superiores a dez(10) valores em todas as disciplinas. 2 Considera-se negativa, a nota do(a) aluno(a) resultante da classificação final inferior a 10 valores 28 Os(as) alunos(as) que tiverem duas negativas desde que não sejam simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática, terão acesso aos exames de recurso. Assim como no ponto a) deste capítulo, o conselho de notas usará das suas prerrogativas para poder deliberar ou não os casos críticos. X. CONDIÇOES DE REPROVAÇÃO As condições de reprovação são em outras palavras, a falta de requisitos que determinam a passagem de classe ; quer dizer, o(a) aluno(a) não transita de classe caso se encontre dentro daquelas normas que estabelecem a falta de requisitos para frequentar a classe seguinte. Fazendo a interpretação do sistema de avaliação das aprendizagens para este nível de ensino, pode-se dizer que, os(as) alunos(as) do I.0 Ciclo do ensino secundário estão agrupados em duas categorias;(a) classes de transição e (b) classe de exame. A cada uma dessas categorias corresponde um conjunto de normas que definem os requisitos para que um(a) aluno(a) não possa transitar para a classe ou nível de ensino imediatamente seguinte. Vejamos o que se considera falta de requisitos para a frequência da classe ou nível de ensino seguinte conforme ao caso. a) classes de transição(7.a e 8.a) Os(as) alunos(as) dessas classes não transitam para as classes imediatamente superiores caso;(1) desistam das aulas, (2) tenham excesso de faltas de acordo com o estabelecido no capítulo I.7 sobre condições de reprovação, ponto 3 do Sistema de Avaliação das Aprendizagens, (3) tenham duas negativas simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática e (4) possuam mais de duas negativas. Qualquer uma dessas normas obriga a que um(a) aluno(a) não transite para a classe seguinte. b) Classe de exame(9.a): Os(as) alunos(as) nessa classe não transitam para o II.0 Ciclo do ensino secundário em caso de ; (1) desistência das aulas, (2) terem um excesso de faltas de acordo com o estabelecido no capítulo I.7 sobre condições de reprovação, ponto 3 do Sistema de Avaliação das Aprendizagens, (3) possuírem duas negativas simultaneamente a Língua Portuguesa e a Matemática, o que tira direito 29 a realização dos exames de recurso e (4) não conseguirem eliminar as duas negativas que dão direito aos exames de recurso depois da realização destes. Os(as) alunos(as) dessa classe não devem transitar com negativa, quer dizer que, têm a obrigação de obterem classificações finais iguais ou superiores a cinco (5) valores em todas as disciplinas do plano curricular. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BERTRAND, Yves e VALOIS, Paul.(1994). Paradigmas Educacionais. 2. 3. 4. 5. 6. Instituto Piaget. 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