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Páscoa // Ano B
III Domingo da Páscoa
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III Domingo da Páscoa
Primeira Leitura Actos 3, 13-15.17-19
Evangelho Lc 24, 35-48
Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão,
de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu
Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de
Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o Santo
e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes
o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós
somos testemunhas disso. Agora, irmãos, eu sei que agistes
por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim
que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado
pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de
padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que
os vossos pecados sejam perdoados».
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que
tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido
Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus
apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja
convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver
um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados
e porque se levantam esses pensamentos nos vossos
corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu
mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem
ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes
as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração,
não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí
alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe
assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi,
quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo
o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos
Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento
para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está
escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos
mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu
nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as
nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas
de todas estas coisas».
Segunda Leitura 1 Jo 2, 1-5a
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas
se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como
advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos
nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos
do mundo inteiro. E nós sabemos que O conhecemos, se
guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecêl’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a
verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra,
nesse o amor de Deus é perfeito.
Concretizando o Evangelho
Presidente
- Ajudei os outros a arrependerem-se e a perdoarem quando…
Diáconos
- O meu serviço apresenta Cristo aos outros através…
Ministros da Música
- Como ministro da música, preciso de procurar o perdão
em...; procurar este perdão testemunha a presença de Cristo
Ressuscitado porque...
Ministros do Altar
- O meu serviço ao altar é uma frutífera expressão do meu
arrependimento e perdão quando...
Leitores
- A minha proclamação abre as mentes da assembleia para
entenderem a Escritura quando…
M.E.C.
- A Eucaristia inspirou-me ao arrependimento quando…
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26 de Abril de 2009
Reflectindo o Evangelho
O Evangelho deste Domingo continua a apresentarnos os relatos das aparições de Jesus ressuscitado aos
seus discípulos. Mal tinham acabado de contar o que
lhes sucedera, e como O reconheceram no contexto da
refeição, os discípulos de Emaús, juntamente com os
outros discípulos, vêem novamente Jesus que vai ter com
eles e, curiosamente, se apresenta também no contexto –
aparentemente mundano e material – da refeição.
De facto, parece que Jesus privilegia os momentos das
refeições para se encontrar com os seus: despediu-se dos
discípulos na Última Ceia; aparece-lhes e reconhecem-no ao
partir do pão e ao tomar uma posta de peixe para comer...
Chega até a ser provocador ao perguntar-lhes: «Tendes aí
alguma coisa para comer?» (Evangelho).
Na verdade, o Seu maior desejo é partilhar da refeição do
Seu Corpo e Sangue – aquele mesmo Corpo e Sangue que
Ele entregou na Sua morte e ressurreição – com cada um dos
seus discípulos, com cada um de nós.
É pela Sua morte e ressurreição, isto é, pela Páscoa do
Senhor Jesus, que nós tornarmo-nos participantes desta
refeição sagrada, pois é pela sua Páscoa que Ele nos dá o
«arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações»
(Evangelho). Esta é também a ideia da 2.ª leitura: Jesus é «a
vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos
nossos, mas também pelos do mundo inteiro». Por isso,
somos convidados a arrependermo-nos e a convertermonos (ver 1.ª leitura) e a sermos suas testemunhas. Não só
testemunhas da morte e ressurreição de Jesus, mas também
testemunhas de que é Ele quem nos santifica, é Ele quem
nos defende e é Ele quem intercede por nós junto do Pai (ver
2.ª leitura).
Vivendo o Evangelho
«Vós sois as testemunhas de todas estas coisas»
(Evangelho). Mas que tipo de testemunhas seremos afinal?
Só podemos ser testemunhas fiéis se deixarmos que o
nosso entendimento se abra para compreendermos as
Escrituras (ver Evangelho) e se participarmos assiduamente
da refeição pascal que o Senhor Jesus nos deixou para se
encontrar connosco. Só desta forma podemos ser suas
verdadeiras testemunhas que levam ao mundo a sua Palavra
de Salvação.
Formação
Morte e Ressurreição
«Ressurreição significa que Deus continua a ter poder sobre a história e que não a abandonou às leis da natureza. Significa
que Deus não perdeu a sua força, e que a lei universal da morte não é o último poder do mundo, mas que Deus é o último
e também o primeiro poder. (…)
O Ressuscitado é a vitória da pessoa, que é mais que as causas, pois Deus é pessoa e chamou o homem com um amor
eterno, para que seja eterno e o seu amor seja para sempre. (…)
Jesus Cristo não morreu contra ninguém, mas por todos. O seu sangue não exige sangue, mas reconciliação e amor, o
fim da inimizade e do ódio. A sua ressurreição é a relação pessoal da verdade da afirmação: o amor e é mais forte que a
morte» (Card. Joseph Ratzinger – Bento XVI, Não é a causa de Jesus - É Jesus mesmo que vive, in Esplendor da Glória de Deus.
Meditações para o Ano Litúrgico, pp. 64-67).
«A morte não é uma casa sem saída, nem uma terra sem regresso» (Card. Joseph Ratzinger – Bento XVI, “Alteai-vos
pórticos antigos” (Sl 24,7), in Esplendor da Glória de Deus. Meditações para o Ano Litúrgico, p. 73).
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III Domingo de Páscoa
Tome nota
A Liturgia, hoje, fala-nos dos discípulos de Emaús que
reconheceram Cristo ao partir do pão. Hoje, seria bom
que o pão consagrado, para a comunhão, não viesse do
sacrário, mas antes fosse consagrado em cada uma das
eucaristias e dado a comungar.
Rito Penitencial
Presidente – Irmãos caríssimos: na primeira leitura que
escutaremos, São Pedro diz ao povo o que também nos é
dito continuamente, tendo em conta a nossa fragilidade:
«arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos
pecados sejam perdoados». Recordemos, por isso, as
nossas faltas e peçamos perdão ao Senhor Ressuscitado.
Senhor, tende piedade de nós. Senhor,...
Cristo, tende piedade de nós. Cristo,...
Senhor, tende piedade de nós. Senhor,..
Zeladoras
O gesto mais simbólico de hoje é o “partir do pão” que abre
o entendimento aos discípulos de Emaús.
Assim, o arranjo litúrgico será composto por um pão ázimo,
dividivo em duas partes, uma das quais estará oculta por
um pano escuro (simbolizando o ocultamento de Cristo).
Junto do pão estará a Sagrada Escritura, uma vez que,
quando Cristo lhes abriu o entedimento, eles conseguiram
compreender totalmente a Palavra de Deus.
Cânticos
Entrada: Anunciai com voz de júbilo [NRMS 32]
Ofertório: Ó Páscoa gloriosa [NCT 175]
Comunhão: Sempre que comemos o pão [NCT 178]
Final: Somos testemunhas de Cristo na terra
[NRMS 35]
Admonições
Introdução ao Espírito da Celebração
Na Eucaristia, Jesus torna-se nosso companheiro íntimo e
inseparável. Ao reunirmo-nos cada Domingo para celebrála, é em volta de uma Pessoa viva que nos congregamos
- o Ressuscitado. Procuremos vê-lo com os olhos da fé,
e saibamos que é Ele quem nos convoca; é Ele a força
unificadora da nossa comunidade. Não podemos, portanto,
limitar-nos a “assistir à Missa”, mas temos de participar nela
consciente, activa e piedosamente. É o que vamos procurar
fazer, hoje, primeiro Domingo da Semana de Oração pelas
Vocações e também Domingo que para nós, portugueses,
tem um significado especial, pois, em Roma, é canonizado
o nosso Beato Nuno de Santa Maria, o Santo Condestável.
Leituras
Jesus aparece aos Apóstolos e convida-os a tocar o seu
Corpo glorificado, para que não subsistam dúvidas acerca
da veracidade da Ressurreição. Ela será a garantia da fé e
a força do apostolado de todos os seus seguidores. Com
efeito, o plano de salvação traçado por Deus cumpriu-se
em Jesus Cristo, que realizou todas as profecias do Antigo
Testamento. Todavia, perante o desígnio de Deus, a atitude
dos judeus é de incompreensão. Por isso é que o apóstolo
S. Pedro os convida à conversão. Já S. João nos recorda que
o mal só pode ser plenamente vencido com a ajuda de
Cristo, nosso poderoso defensor junto do Pai.
Acção de Graças
Senhor nosso Deus,
que destes ao bem-aventurado Nuno de Santa Maria
a graça de combater o bom combate
e o tornastes exímio vencedor de si mesmo,
concedei aos vossos servos que,
dominando como ele as seduções do mundo,
com ele vivam para sempre na pátria celeste.
da Liturgia das Horas, ofício da memória
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III Domingo da Páscoa Cartaz da Semana