Seminário “15 Anos de Mercosul: Inter-American Development Bank Integration and Regional Programs Department Institute for the Integration of Latin America and the Caribbean Avaliação e Perspectivas” MERCOSUL POLITICO E SOCIAL Uziel Nogueira, PhD Fundação Memorial da América Latina São Paulo, 27-28 Março, 2006 1. Que lugar na economia global ocupa os países membros do Mercosul? 2. Quais são as vulnerabilidades e as fortalezas do Mercosul? 3. Mercosul: única carta para ser jogada? 4. Paticipação patronal-sindical: cooperação ou conflito? 5. China: Incentivo para cooperação patronal-sindical? 6. Democracia: Gênesis de criação do Mercosul? 7. Parlamento Mercosul: Duas visôes sobre a pobreza e a desigualdade? 8. Segurança e Defesa: Debate entre a escola tradicional e a escola pós-11 setembro 9. Segurança-Defesa: Dilemas e decisões (políticas) difíceis Indice de Competitividade de Negócios (ICN) NAFTA Estados Unidos Canada México 1 13 60 União Europeia Finlândia 2 Alemanha 3 Dinamarca 4 Inglaterra 6 Suíça 7 Holanda 9 Áustria 10 Franca 11 Suécia 12 Bélgica 16 Islândia 17 Irlanda 19 Noruega 21 Espanha 25 Portugal 30 Itália 38 Grécia 40 Bloco Asiático Japão 8 Singapura 5 Taiwan 14 Austrália 15 Nova Zelândia 18 Hong Kong 20 Malásia 23 Coreia 24 Índia 31 Tailândia 37 China 57 Mercosul Chile Brasil Argentina Uruguai Venezuela Bolivia Paraguai 29 49 64 70 92 113 114 A. México (60). Integração não melhorou sua competitividade global B. Chile (29). Reformas econômicas e Mudança de estratégia de integração comercial C. Brasil (49) = Fracasso do Mercosul como plataforma de competição internacional D. Forte correlação entre competitividade e segurança e defesa: EUA (1) – Alemanha (3) – Japão (8) e Chile (29) E. Forte correlação entre competitividade e percepção de corrupção: Chile melhor classificação e Paraguai pior. No caso do Brasil, 2005 (infelizmente) o combate a corrupção publica sofreu um pequeno revés. [ Pesquisa de opinião reservada entre a classe política = 95% otimista] - II - Vulnerabilidades do Mercosul Ordem Cultural, Politica e Social 1. Estrutura juridico-institucional 2. Visão das Elites Ordem Econômica e Comercial 1. Falta de inserção nas áreas dinâmicas do comercio global 2. Diferenças (Assimetrias) desenvolvimento entre os quatro países - III - Fortalezas do Mercosul 1. Debilidade juridica-institucional = Vantagem devido crises permanentes nos quatro países 2. Impasse nas negociações OMC-Doha e Mercosul-ALCA e Mercosul-UE 3. Demanda da China por commodities = salvação da lavoura! 4. Incorporação da Venezuela= Integração energética - IV - Participação Empresarial-Sindical 1. Conflito inevitável na área industrial. Por que? Pouca competitividade nos mercados globais. Cooperação na área agrícola. Por que? Competitividade nos mercados globais e (b) complementaridade, BR (tropical) – AR (semitropical). 2. China: Incentivo para cooperação e convergência patronalsindical?. México, primeira vitima. 3. Cenários: (I) Cooperação/Integração Mercosul-Hemisferico; (II) Conflito/Desintegração - V - Democracia: Gênesis da Criação do Mercosul 1. Perigo na transição democrática argentina (1985). 2. Estudo BID/INTAL-Nacoes Unidas: Elite do Mercosul pensa que a integração é fundamental para consolidação do processo democrático. 3. Incorporação da Venezuela reforça o processo democrático no pais andino. Democracia venezuelana corre maior perigo no caso de tentativa de isolar o governo de Hugo Chavez. 4. Elite Mexicana pensa o contrário. Processo de integração com Estados Unidos e Canada não garante o processo democrático no México. - VI - Parlamento do Mercosul: Duas Visões sobre a Pobreza e a Desigualdade Revolução Bolivariana do Presidente Hugo Chavez 1. Objetivo: Eliminar a pobreza e a desigualdade através de programas massivos de educação e saúde para os setores mais pobres da população. 2. Meios: Recursos financeiros da renda petroleira -principal fonte de receita do pais- nas mãos do Estado. 3. Criticas: Provoca polarização entre a maioria pobre e a minoria rica, interfere na economia de mercado e na propriedade privada. Utilização do conflito social como instrumento político e intervenção na economia de mercado e propriedade privada é antidemocrático e inaceitável, principalmente para o governo norte-americano. Enfoque Lula-Ricardo Lagos 1. Objetivo: Combater a pobreza e a desigualdade através de políticas sociais graduais “soft” de longo prazo de transferência de renda que não provocam conflito entre ricos e pobres, não interfere na economia de mercado e na propriedade privada. 2. Critica: Enfoque gradual esta condenado ao fracasso. Exceto Cuba de Fidel Castro e Argentina de Juan D. Peron, nenhum governo latino-americano eliminou a pobreza e a desigualdade desde o período pós-colonial. - VII - Segurança e Defesa 1. Transição democrática dos anos 80: Forças armadas e o PPDM – Perda de Poder Político, Dinheiro e Poder. 2. Atentados de 11 Setembro, 2001 e Debate: Escola Tradicional versus Conceito de Segurança Humana. 3. Escola Tradicional: Reforçar fronteiras principalmente na região amazônica – Política de Defesa Comum não e possível nêste estágio de integração do Mercosul. 4. Escola pós-11 Setembro: O Estado existe para proteger as pessoas e não ao contrario, que as pessoas existem para proteger o Estado. 5. Por que segurança e defesa tornou-se um problema incômodo e intratável para a liderança civil?. 6. (a) Gera poucos votos nas eleições legislativas e presidencial. 7. (b) Falta de especialistas competentes e vontade política para atacar o problema de insegurança. 8. (c) Não existe dinheiro suficiente para manter forcas armadas de dissuasão crível (caríssimo nos dias de hoje) e, ao mesmo tempo garantir a segurança interna da população. Segundo Caetano e Gil: O Haiti é aqui. 9. Alternativas e Opções: (a) Guarda Costeira moderna versus Marinha com porta aviões absoleto e um (provável) submarino nuclear; (b) Forca Aérea com capacidade de interceptar vôos ilegais com drogas e armas em zonas calientes de fronteira versus Forca aérea com alguns aviões de combate de ultima geração porem com armamento sob controle do país vendedor; (c) Exército profissional compacto, equipamento de ultima geração versus Exército recrutas na qual três quartas partes do orçamento e para pagar salários e aposentadoria; (d) Modernizar forcas policiais federais e estaduais com serviços de inteligência competente, treinamento e armamento moderno e salário compatível com a profissão versus Manter forças policiais desmotivadas, despreparadas e corruptas. Reflexão Final Sociedade brasileira terá que optar: Maior gasto em defesa ou em segurança interna