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DIRECÇÃO DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
COMUNICADO DE IMPRENSA Nº23 / 24ª CIMEIRA DA UA
Partes interessadas realçam o período pós-recuperação durante a sessão de trabalho
sobre o Ébola entre a ONU e a CUA
Adis Abeba, 29 de Janeiro 2015 - “A
grande tarefa na luta contra o Ébola
estará centrada na reconstrução dos
países afectados,” afirmou a Presidente
da Comissão da União Africana, a Drª.
Nkosazana Dlamini Zuma, durante a
sessão de trabalho sobre o Ébola entre
a ONU e a CUA, realizada hoje na Sede
da União Africana na Etiópia, no âmbito
da 24ª Cimeira da União Africana em
curso. A sessão de trabalho, presidida
pela Presidente da CUA, contou com a participação de várias partes interessadas na
luta contra a epidemia do Ébola, incluindo os países afectados, a Organização Rio
Mano, Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras partes bilaterais
e multilaterais.
A sessão de trabalho tinha em vista apresentar a actual situação do Ébola e iniciar
discussões sobre as formas de apoio aos diferentes países afectados no período pósrecuperação. As diferentes partes interessadas, particularmente os três países mais
afectados, reconheceram os esforços envidados pela UA para fazer face ao surto. O
trabalho do Apoio da União Africana ao Surto do Ébola na África Ocidental (ASEOWA),
através do envio de 835 profissionais de saúde em África, tem sido a prova da
capacidade do continente de se unir e mostrar o seu sentido de solidariedade. A
normalização da situação com a redução da taxa de infecção e de mortalidade
observada, é de facto o resultado da mobilização a todos os níveis.
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“Há alguns meses atrás, o Ébola corria a nossa trás, hoje nós corremos atrás do
Ébola”, comentou o representante da Libéria. No mesmo sentido, o Ministério dos
Negócios Estrangeiros da Sierra Leone afirmou: “a arquitectura de resposta ao Ébola é
adequada a todos os vírus.”
Contudo, a batalha ainda não terminou. As diferentes partes interessadas concordaram
sobre a necessidade de avançar ainda mais na luta e encontrar formas para fazer face
aos desafios tais como a estigmatização das pessoas provenientes dos países
afectados, a alta resistência das populações locais, a comunicação e o trabalho em
rede bem como a inclusão dos voluntários da ASEOWA no terreno, que continua a ser
obstáculo para o sucesso deste processo, afirmou o Comissário da União Africana para
os Assuntos Sociais, o Dr Mustapha Kaloko.
Além disso, as partes interessadas realçaram a necessidade de tirar as lições
aprendidas deste surto e preparar-se para o futuro através do reforço dos sistemas de
saúde em África. Neste sentido, o Dr. Kaloko sublinhou a necessidade de a União
Africana criar o Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças.
Concordaram, igualmente, sobre o facto de que a vitória sobre o Ébola será o resultado
da coordenação melhorada entre as diferentes partes interessadas. O cancelamento da
dívida dos Estados afectados irá facilitar a sua recuperação económica. Contudo,
África deve continuar a ser o actor principal na luta. Neste contexto, o representante
das Nações Unidas afirmou: “Acredito que a liderança africana e a apropriação são
essenciais neste âmbito.” JL
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