Doença por vírus Ébola – Saiba mais
- O que é a doença?
A doença provocada por infeção com o vírus Ébola materializa-se numa febre hemorrágica, grave, e que apresenta
um elevado índice de mortalidade em seres humanos e primatas não-humanos.
- Como se transmite?
A infeção poderá ser transmitida de diversas formas:
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Contato direto com líquidos orgânicos de doentes (como sangue, urina, sémen, fezes)
Exposição a objetos que tenham sido contaminados com secreções infetadas (agulhas por exemplo)
- Como se pode identificar a doença?
Trata-se de uma doença com início abrupto e com um quadro clínico generalista, muito semelhante a outras doenças
do trato respiratório, com febre alta, mal-estar geral, mialgias, astenia, cãibras, cefaleia, odinofagia, conjuntivite e
faringe hiperemiada. Posteriormente poderão aparecer outros sintomas como a nível Gastrointestinal – vómitos,
diarreia, anorexia, dor abdominal -, Neurológico – confusão mental, prostração -, Cutâneo – exantema
maculopapular, predominantemente no tronco -, Respiratório – tosse, dor no peito, dificuldade respiratória -,
hemorrágico (não associado a traumatismo)
Deverá ser construído um historial do doente com os referidos sintomas para a validação de doença por vírus Ébola,
recolhendo informações sobre as suas viagens, o seu dia-a-dia nos 21 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas,
escalas ou residência na Guiné-Conacri, Libéria, Nigéria ou Serra Leoa, assim como o contato próximo com um
doente infetado com o vírus Ébola.
- Que medidas tomar na abordagem ou transporte de um doente infetado com vírus Ébola?
Sendo um agente biológico do tipo 4, exige o uso do seguinte Equipamento de Proteção Individual:
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Fato completo (preferencialmente macacão) ou bata e touca impermeáveis e descartáveis;
Máscara ou respirador de partículas (P3 ou FFP3);
Óculos de proteção;
Luvas de nitrilo ou PVC;
Cobre calçado com perneiras com 30cm de altura, impermeáveis e descartáveis.
- Que medidas tomar, se abordou um doente infetado com o vírus Ébola, sem ter conhecimento?
Se for esse o caso, deverá informar a Saúde Ocupacional, sendo que os contatos identificados ficaram sobre
vigilância ativa, com medição de temperatura 2 vezes por dia, até 21 dias após o contato.
Não deverão ser esquecidas as medidas correntes de proteção que deverão ser prática diária obrigatória:
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Garantir uma eficaz higiene das mãos;
Usar Equipamento de proteção individual;
Efetuar a manipulação e descarte de materiais corto-perfurantes com segurança;
Efetuar a manipulação de resíduos hospitalares com segurança, assim como a gestão do sangue e dos fluidos
corporais;
Manter o ambiente clínico limpo, desinfetar o equipamento.
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