Questões Fundamentais do Desenvolvimento na CPLP: O Caso dos Países Africanos João Estêvão ISEG – Universidade Técnica de Lisboa Mestrado em Estudos Africanos e do Desenvolvimento – IEE/UCP Colóquio CPLP e Lusofonia: De Conceito Multicultural a Vector Portador de Futuro Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 9 de Maio de 2008 QUESTÕES FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO NA CPLP: O CASO DOS PAÍSES AFRICANOS 1. Leitura comparada de alguns dos principais indicadores de desenvolvimento 2. Condições e constrangimentos do desenvolvimento económico 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento 2 1. Leitura comparada de alguns dos principais indicadores de desenvolvimento Objectivo e metodologia de análise : a) Identificação de progressos e atrasos em dimensões fundamentais do bem-estar das populações. b) Consideração de 2 grupos de países, de acordo com o grupo de rendimento em que se integram: Angola e Cabo Verde (países de rendimento médio inferior) e Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe (países de rendimento baixo)1. c) Consideração, em cada um dos casos, da média do grupo de rendimento como indicador de referência para análise comparada. 1) Estes dois grupos de rendimento da classificação do Banco Mundial referem-se aos seguintes níveis de RNB: países de rendimento baixo, com RNB per capita menor ou igual a 875 dólares; e países de rendimento médio inferior, com RNB compreendido entre 876 e 3.465 dólares. Os valores são em dólares de 2005. 3 1.1. Rendimento e desenvolvimento humano (Quadros 1A e 1B) a) Cabo Verde apresenta, quer em termos de rendimento por habitante, quer em termos de IDH, valores correspondentes à média do grupo de países de rendimento médio inferior. b) Angola está mais atrasada, muito embora tenha feito uma recuperação significativa nos últimos anos. c) São Tomé e Príncipe apresenta valores de rendimento relativamente próximos dos verificados para a média do grupo de países de rendimento baixo, mas encontra-se melhor posicionado que a média em termos de IDH. d) Moçambique e Guiné-Bissau encontram-se bastante atrasados em relação à média do grupo, em qualquer um dos indicadores de referência. A situação guineense revela um atraso muito maior, com um RNB igual a cerca de 31% do valor médio do grupo de países. 4 1.2. Saúde, longevidade e fecundidade (Quadros 2A e 2B) a) A esperança de vida à nascença é um indicador que sintetiza muito bem os progressos nas condições de vida. Cabo Verde e São Tomé e Príncipe revelam bons resultados, quando comparados com a média dos respectivos grupos. No caso de Cabo Verde, o percurso é assinalável, com um crescimento de mais de 10 anos de duração média de vida em cerca de 20 anos. Os outros três países mostram atrasos ainda significativos em relação à média. b) Os dois países insulares também revelam quebras importantes na fecundidade, o que permite reduzir os efeitos do saldo fisiológico sobre o crescimento populacional e melhorar a relação entre crescimento económico e crescimento populacional. c) Em relação às mortalidades infanto-juvenis (muito sensíveis às condições sanitárias e de nutrição), Cabo Verde encontra-se em melhor posição que a média do seu grupo de rendimento, enquanto São Tomé e Príncipe alcançou a situação média. Os outros três países ainda estão numa posição muito recuada em relação à média dos respectivos grupos. 5 1.3. Água, saneamento e nutrição (Quadros 3A e 3B) • A acessibilidade a água e saneamento tem consequências significativas sobre as condições de saúde das populações e a sua melhoria é um fonte importante de progressos, sobretudo ao nível da queda das mortalidades e do aumento da esperança de vida à nascença. • Neste domínio, a situação não é muito favorável nos diferentes países. Em Angola, as consequências dos conflitos e instabilidade traduzem-se numa posição ainda muito longe das realizações dos países de rendimento médio. Cabo Verde está mais próximo da média do grupo, ainda que as condições de saneamento revelem um progresso lento. • A situação nos países de rendimento baixo é muito recuada neste domínio. Ainda assim, São Tomé e Príncipe regista uma situação mais favorável, em particular, no acesso a água e na prevalência da subnutrição. 6 1.4. Níveis de escolarização (Quadros 4A e 4B) • Apesar dos progressos observados, as taxas de analfabetismo ainda são muito elevadas. A situação é bastante mais favorável no caso dos dois países insulares, ambos com valores abaixo dos 20%. • Cabo Verde regista progressos importantes neste domínio, com uma situação já muito próxima da média do seu grupo de rendimento, em particular, no que se refere à escolarização primária praticamente universal, taxa de conclusão do primário e escolarização secundária. • São Tomé e Príncipe encontra-se melhor que a média do seu grupo de rendimento na escolarização primária e revela progressos importantes na taxa de conclusão do primário e na escolarização secundária. • Nos outros países, os progressos mais evidentes são no domínio da escolarização primária, embora ainda aquém da média dos respectivos grupos de rendimento. 7 2. Condições e constrangimentos do desenvolvimento económico 2.1. O crescimento económico e rendimento por habitante 2.2. Estrutura produtiva 2.3. Estrutura da procura interna 2.4. O financiamento 8 2.1. Crescimento económico e rendimento por habitante (1) (Quadro 5) • Na primeira metade desta década, os países africanos de língua portuguesa tiveram percursos de crescimento económico relativamente diferentes, quando comparados com o período de 1988 a 2000. • Em 1988-2000, a economia angolana cresceu a uma taxa média anual de 0,6%. Com o fim da guerra, Angola iniciou um período de rápido crescimento económico, em particular, desde 2004. Entre 2000 e 2005, cresceu a uma taxa média anual de 10,5%, atingindo 20,6% em 2005. • Dos cinco, Cabo Verde foi o país que mais cresceu em 1988-2000, com uma taxa média anual de 5,2% e acima da média dos países de rendimento-baixo. Em 2000-2005, manteve o ritmo de crescimento do período anterior (5,0% ao ano), mas ficou aquém do crescimento médio, quer dos países de rendimento-baixo, quer de rendimento-médio inferior, grupo para o qual transitou recentemente. 9 2.1. Crescimento económico e rendimento por habitante (2) (Quadro 5) • Em 1988-2000, Moçambique cresceu a uma taxa de 4,8% ao ano, sensivelmente ao ritmo dos países de rendimento-baixo. A recuperação económica acelerou no início desta década, alcançando uma taxa média de crescimento anual de 8,9% em 2001-2005, acima da média dos países de rendimento-baixo (6,1%). • Depois de Angola, São Tomé e Príncipe foi o país que menos cresceu em 1988-2000, com uma taxa de apenas 1,9%. Desde o início da década, tem crescido mais depressa, a 3,8% ao ano, mas muito aquém da média dos países de rendimento-baixo (6,1%). • Guiné-Bissau também cresceu a um ritmo lento em 1988-2000, a 2,2% ao ano. Com a instabilidade política iniciada no final da década de 1990, a economia entrou em declínio, tendo decrescido a uma taxa média de 2,1% em 2001-2003. Regressou aos níveis do período anterior em 2004 e 2005, com uma taxa média de 2,6%. 10 2.1. Crescimento económico e rendimento por habitante (3) (Quadro 6) • Em 1988-2000, apenas Cabo Verde e Moçambique observaram um crescimento do PIB per capita, de 2,9% e 2,3%, respectivamente, e sensivelmente ao ritmo dos países de rendimento-baixo (2,3%). O PIB per capita decresceu em Angola (-2,1%) e GuinéBissau (-0,7%) e manteve-se em São Tomé e Príncipe (0,0%). • Na primeira metade desta década, o crescimento do PIB per capita foi mais rápido em Angola (7,5%) e Moçambique (6,7%), em ambos os casos acima da média do conjunto dos países em desenvolvimento considerados nos dois grupos de análise. • Em Cabo Verde, o crescimento do PIB per capita (2,6%) manteve-se ao nível de 19882005 e bastante aquém da média observada nos dois grupos de países em desenvolvimento. São Tomé e Príncipe registou um ligeiro crescimento, a uma taxa média anual de 1,5%. • Guiné-Bissau manteve a tendência de declínio observado no período de 1988-2000, registando uma queda de 3,0% em 2000-2005. 11 2.1. Crescimento económico e rendimento por habitante (4) (Quadro 8) • No início da década, Cabo Verde (1.280 dólares) tinha alcançado o nível médio do Rendimento Nacional Bruto per capita (RNBpc) dos países de rendimento-médio inferior (1.243). O país tem mantido um percurso semelhante, com um RNBpc de 1.930 dólares em 2005, sensivelmente igual à média do grupo de rendimento (1.923 dólares). • Angola tinha um RNBpc de 420 dólares em 2000, semelhante à média dos países de rendimento-baixo. Com o rápido crescimento observado desde então, o RNBpc deu um salto para 1.410 dólares, caminhando para o valor médio dos países de rendimentomédio inferior. • Os restantes países mantêm o RNBpc estagnado, ou com ligeiro crescimento, e ainda abaixo do valor médio dos países de rendimento-baixo: 440 dólares em São Tomé e Príncipe, 310 dólares em Moçambique e 180 dólares na Guiné-Bissau. 12 2.2. Estrutura produtiva (1990-2005) (Quadro 9) • No início desta década, a indústria representava em Angola mais de 73% do PIB, resultado praticamente da actividade petrolífera. De acordo com dados do Banco Mundial, o peso médio da indústria transformadora, no mesmo período, era de 4% do PIB. • Em Cabo Verde, o peso médio dos serviços em 2000-2005 ultrapassou os 70% do PIB. O crescimento do sector começou a apoiar-se fortemente em actividades do turismo, cujas receitas ultrapassaram o peso das remessas de emigrantes. Em São Tomé e Príncipe, o peso dos serviços aumentou significativamente, passando de 26,8% do PIB em 1990-2000 para 67,6% em 2000-2005. • Em Moçambique, observou-se uma tendência de substituição do primário pelo secundário. O primeiro passou de 35,7% para 24,2% do PIB, enquanto o segundo aumentou de 18,9% para 28,2% do PIB. • Na Guiné-Bissau, a situação manteve-se sem qualquer sinal de transformação produtiva. 13 2.3. Estrutura da procura interna (1990-2005) (Quadro 10) • O principal elemento de destaque é o elevado nível do consumo privado, característico das economias menos desenvolvidas e onde o processo de transformação produtiva ainda não alcançou uma dinâmica sustentada (substituição de consumo por crescimento). • Este facto resulta do baixo nível do rendimento por habitante, que funciona como um factor constrangedor da transformação, porque o nível do poder de compra é baixo e a capacidade de poupança é demasiada baixa para financiar a transformação produtiva. É o clássico problema do círculo vicioso da pobreza. • Os valores médios do período 2000-2005 são muito superiores aos observados nos grupos de rendimento considerados. • Em Cabo Verde, o peso do consumo privado aumentou para 92,9% em 2000-2005. Mas esta situação é explicada pelos elevados influxos de transferências privadas, em particular remessas de emigrantes, que aumentam a capacidade de consumo interno. • Nos outros países, excepto Angola (ausência de dados), verificou-se, contudo, uma ligeira tendência de queda do consumo privado. 14 2.4. O financiamento (1990-2005) (Quadro 11) • O baixo nível do rendimento por habitante traduz-se numa insuficiência de recursos internos disponíveis para financiamento. • Essa insuficiência leva a que o financiamento do investimento seja fortemente apoiado em poupança externa, o que corresponde aos elevados hiatos de poupança e correspondentes valores negativos das balanças de bens e serviços. • Angola é um caso particular, com elevada capacidade interna de financiamento e baixo nível de investimento, o que não é uma situação habitual no mundo em desenvolvimento. • Nos outros casos, o financiamento resulta de várias possibilidades: transferências unilaterais públicas (APD) e privadas (rendimentos privados e remessas) e investimento estrangeiro, nomeadamente o investimento directo estrangeiro. 15 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento 3.1. Pobreza, saúde e educação 3.2. Crescimento e transformação produtiva 3.3. Diversificação e orientação para o exterior 3.4. Financiamento do desenvolvimento 3.5. Dimensão institucional do desenvolvimento 3.6. Parcerias para o desenvolvimento 16 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (1) 3.1. Pobreza, saúde e educação • A leitura dos principais indicadores de desenvolvimento dos Países Africanos de Língua Portuguesa mostra que os desafios essenciais do desenvolvimento continuam a ser a redução da pobreza, a melhoria das condições de saúde e o progresso nas realizações educacionais. ∗ A população pobre (menos de 2 dólares por dia) continua a ser muito elevada, mesmo nos países que mais têm progredido em termos de crescimento económico. Os dados para 2002 indicam a seguinte situação: Angola (68%), Cabo Verde (37%), Guiné-Bissau (65%), Moçambique (54%) e São Tomé e Príncipe (54%). ∗ O crescimento económico tem aumentado a desigualdade social, de uma forma significativa: em Angola, o índice de Gini passou de 0,52 (1995) para 0,62 (2002); em Cabo Verde, passou de 0,43 (1989) para 0,57 (2004). Estes valores estão claramente acima da média dos países de rendimento-médio inferior, que era de 0,43 em 2004. 17 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (2) • A melhoria das condições de saúde, em particular a redução das mortalidades infanto- juvenis e materna, bem como a melhoria da dieta alimentar, continuam a ser prioritárias. Acresce, ainda, a necessidade de aumentar o acesso a fontes melhoradas de água potável e a condições adequadas de saneamento. • Os níveis alcançados de realização educacional ainda são muito frágeis na maior parte dos países africanos de língua portuguesa. As prioridades continuam a ser a universalização do ensino primário, o aumento da escolaridade secundária e a redução das taxas de abandono e de repetência. • Os objectivos de redução da pobreza e de melhoria das condições de saúde e educação devem ter em atenção a necessidade de reduzir, quer as desigualdades entre os sexos, quer as desigualdades entre as populações urbanas e rurais. 18 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (3) 3.2. Crescimento e transformação produtiva • Crescimento. A capacidade de realizar os objectivos fundamentais do desenvolvimento depende da possibilidade de aceleração do crescimento económico. É indispensável alcançar um ritmo de crescimento capaz de levar a economia a ultrapassar os bloqueamentos característicos do baixo nível de desenvolvimento: baixo poder de compra e insuficiência de poupança interna [revisitar a ideia do big push]. • Transformação produtiva. A sustentação do crescimento económico está indissociavelmente ligado à transformação das estruturas produtivas da economia. O crescimento do investimento e sua orientação para novas actividades produtivas, mais dinâmicas, é uma fonte de inovação tecnológica, de criação de empregos mais produtivos e melhor remunerados, e de expansão dos mercados. Com a transformação produtiva cresce a produtividade da economia e, com ela, o aumento dos recursos necessários para sustentar no tempo o crescimento económico. 19 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (4) 3.3. Diversificação e orientação para o exterior • Diversificação. O crescimento e a transformação produtiva favorecem o processo de diversificação das economias. À medida que se aprofunda a diversificação, as economias ganham capacidade de minimizar os efeitos de possíveis choques externos, porque vão reduzindo a dependência em relação aos produtos primários e à concentração da produção. Para além do nível do investimento, a transformação e diversificação produtiva depende da estabilidade macroeconómica e de um ambiente institucional saudável, em particular, a existência de instituições adequadas e confiáveis. • Orientação para o exterior. O crescimento económico é fortemente limitado pela dimensão dos mercados internos. A integração económica internacional e a orientação para o exterior permitem criar efeitos de escala e progredir no sentido da dimensão óptima da produção. Essa orientação é, por isso, indispensável para aumentar a capacidade de transformação produtiva, crescimento da produtividade e geração de rendimentos e, consequentemente, o aumento dos recursos disponíveis para sustentar o crescimento económico. 20 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (5) 3.4. Financiamento do desenvolvimento • Com excepção da situação recente de Angola, a escassez de poupança interna coloca o desafio de garantir o financiamento necessário para o crescimento económico. Os recursos de financiamento só podem provir do exterior e as hipóteses são, como habitualmente, a ajuda externa, o investimento directo estrangeiro (IDE) e outros fluxos privados. • A ajuda externa continua a ser fundamental para a maior parte dos países africanos de língua portuguesa. Ela pode ser importante para o financiamento de infra-estruturas económicas e sociais e para ajuda orçamental, dado o baixo nível de crescimento económico e a fragilidade dos sistemas tributários. • O IDE apresenta um conjunto importante de vantagens: é um fluxo de financiamento não criador de dívida, permite a transferência de tecnologia e de capacidades de gestão e permite a integração em circuitos de comércio internacional. Mas pressupõe a abertura da economia e a existência de um ambiente económico, social e institucional capaz de criar condições de atracção do investimento e de redução dos riscos do país. 21 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (6) 3.5. Dimensão institucional do desenvolvimento O bom desempenho do processo de desenvolvimento implica a existência de um ambiente institucional que favoreça o estabelecimento de relações entre os vários actores em presença. Essas instituições devem contemplar dimensões como: • A construção de um Estado com poder suficiente para estabelecer uma estrutura institucional adequada para o desenvolvimento de relações contratuais e para a segurança dos direitos de propriedade, mas um Estado apoiado numa elite nacional capaz de assumir a modernização como objectivo de toda a sociedade. • Uma estrutura de instituições políticas baseadas em normas de confiança e cooperação cívica, capaz de assegurar a estabilidade política e social e a paz, enquanto fundamentos do processo de desenvolvimento. • A existência de mecanismos de controlo do poder governamental, tais como parlamentos e estruturas judiciais independentes. 22 3. Desafios fundamentais do desenvolvimento (7) 3.6. Parcerias para o desenvolvimento O processo de abertura das economias e a dinâmica actual da globalização colocaram a necessidade de repensar os modelos de integração económica internacional. A construção de múltiplas parcerias é um instrumento importante para melhorar o aproveitamento das potencialidades de uma integração mais activa na economia globalizada. Podemos, no caso dos países africanos de língua portuguesa, considerar as seguintes opções de parcerias: • Parcerias nacionais (parcerias com as diásporas). • Parcerias no quadro da CPLP. • Parcerias regionais. • Parcerias internacionais (a globalização e o desenvolvimento numa perspectiva de integração internacional). 23 ANEXO ESTATÍSTICO Os quadros foram construídos a partir da base de dados do Banco Mundial e do relatório sobre o desenvolvimento humano publicado pelo PNUD. As fontes específicas foram: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, The World Bank. UNDP (2007). Human Development Report 2007-2008. New York, United Nations Development Programme. 24 Quadro 1A: Rendimento e Índice de Desenvolvimento Humano, 2005 RNB per capita Angola Cabo Verde Países de rendimento médio inferior 1.410 1.930 1.924 2.040 5.610 6.399 0,446 0,736 0,776 (dólares EUA) RNB per capita (dólares PPC) Índice de desenvolvimento humano Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. UNDP (2007). Human Development Report 2007-2008. New York, United Nations Development Programme. 25 Quadro 1B: Rendimento e Índice de Desenvolvimento Humano, 2005 RNB per capita Guiné-Bissau Moçambique São Tomé e Príncipe Países de rendimento baixo 180 310 440 585 790 1.160 2.090 2.470 0,374 0,384 0,654 0,570 (dólares EUA) RNB per capita (dólares PPC) Índice de desenvolvimento humano Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, The World Bank. UNDP (2007). Human Development Report 2007-2008. New York, United Nations Development Programme. 26 Quadro 2A: Saúde, longevidade e fecundidade, 2005 Esperança de vida à nascença Angola Cabo Verde Países de rendimento médio inferior 41,7 72,2 70,6 6,6 2,9(1) 2,1 154 26 31 260 35 39 (anos) Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) Mortalidade infantil (por mil nados-vivos) Mortalidade de menores de 5 anos (por mil) Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. (1) Valor corrigido de acordo com a mais recente revisão das projecções demográficas do INE (www.ine.cv). 27 Quadro 2B: Saúde, longevidade e fecundidade, 2005 Esperança de vida à nascença Guiné-Bissau Moçambique São Tomé e Príncipe Países de rendimento baixo 45,1 41,8 63,5 58,9 7,1 5,3 3,8 3,7 124 100 75 75 200 145 118 114 (anos) Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) Mortalidade infantil (por mil nados-vivos) Mortalidade de menores de 5 anos (por mil) Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 28 Quadro 3A: Água, saneamento e nutrição, 2004 Acesso a fonte de água melhorada Angola Cabo Verde Países de rendimento médio inferior 53 80 82 31 43 57 35 nd 11 (% da população) Acesso a condições de saneamento melhoradas (% da população) Prevalência da subnutrição (% da população) Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 29 Quadro 3B: Água, saneamento e nutrição, 2004 Acesso a fonte de água melhorada Guiné-Bissau Moçambique São Tomé e Príncipe Países de rendimento baixo 59 43 79 75 35 32 25 38 39 44 10 24 (% da população) Acesso a condições de saneamento melhoradas (% da população) Prevalência da subnutrição (% da população) Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 30 Quadro 4A: Níveis de escolarização, 2005 Angola1 Cabo Verde Países de rendimento médio inferior Taxa de analfabetismo (%) 32,6 18,8 nd Taxa de escolarização primária bruta (% bruta) 64,2 107,9 115,4 Taxa de escolarização primária líquida (% líquida) nd 97,6 93,2 Taxa de conclusão do primário nd 81,4 96,7 16,5 67,7 75,8 0,9 6,9 22,3 (% líquida) Taxa de escolarização secundária (% bruta) Taxa de escolarização superior (% líquida) Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. (1) Os dados de Angola referem-se a 2003. 31 Quadro 4B: Níveis de escolarização, 2005 Moçambique São Tomé e Príncipe Países de rendimento baixo nd 38,7 18,8 nd Taxa de escolarização primária bruta (% bruta) 69,7 104,8 133,8 115,4 Taxa de escolarização primária líquida (% líquida) 45,2 78,7 96,7 93,2 Taxa de conclusão do primário 26,9 42,0 77,2 96,7 17,8 13,5 44,4 75,8 0,4 1,2 nd 22,3 Guiné-Bissau1 Taxa de analfabetismo (%) (% líquida) Taxa de escolarização secundária (% bruta) Taxa de escolarização superior (% líquida) Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. (1) Dados da Guiné-Bissau referem-se a 2001. 32 Quadro 5: Taxas de crescimento do PIB, 1988-2005 1988-00 2001 2002 2003 2004 2005 Angola 0,6 3,1 14,5 3,3 11,2 20,6 Cabo Verde 5,2 3,8 4,6 6,2 4,5 5,8 Guiné-Bissau 2,2 0,2 -7,1 0,6 2,2 3,5 Moçambique 4,8 13,1 8,2 7,9 7,5 7,7 São Tomé e Príncipe 1,9 4,0 4,1 4,0 3,8 3,2 Países rendimento médio inferior 4,6 4,8 5,8 6,0 7,7 7,0 Países rendimento baixo 4,5 4,7 3,5 7,0 7,3 8,0 Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 33 Quadro 6: Taxas de crescimento do PIB per capita, 1988-2005 1988-00 2001 2002 2003 2004 2005 Angola -2,1 0,4 11,3 0,4 8,0 17,2 Cabo Verde 2,9 1,4 2,2 3,7 2,1 3,4 Guiné-Bissau -0,7 -2,7 -9,8 -2,4 -0,8 0,5 Moçambique 2,3 10,7 6,0 5,8 5,4 5,7 São Tomé e Príncipe 0,0 1,8 1,8 1,6 1,4 0,9 Países rendimento médio inferior 3,3 3,8 4,8 5,0 6,6 6,0 Países rendimento baixo 2,3 2,7 1,6 5,1 5,4 6,1 Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 34 Quadro 7: Taxas de crescimento da população, 1988-2005 1988-00 2001 2002 2003 2004 2005 Angola 2,7 2,7 2,8 2,9 2,9 2,9 Cabo Verde 2,4 2,4 2,4 2,4 2,3 2,3 Guiné-Bissau 2,9 2,9 3,0 3,0 3,0 3,0 Moçambique 2,5 2,1 2,1 2,0 1,9 1,9 São Tomé e Príncipe 1,9 2,2 2,3 2,3 2,3 2,3 Países rendimento médio inferior 1,3 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Países rendimento baixo 2,1 1,9 1,9 1,9 1,8 1,8 Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 35 Quadro 8: Rendimento Nacional Bruto per capita, 2000-2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005 430 470 620 710 940 1.410 1.280 1.240 1.210 1.400 1.690 1.930 Guiné-Bissau 160 140 130 130 160 180 Moçambique 210 210 210 230 370 310 São Tomé e Príncipe 310 320 330 360 400 440 Países rendimento médio inferior 1.243 1.259 1.308 1.436 1.664 1.923 Países rendimento baixo 382 391 395 438 507 585 Angola Cabo Verde Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 36 Quadro 9: Estrutura da produção (% do PIB), 1990-2005 Agricultura Indústria Serviços 1990-00 2000-05 1990-00 2000-05 1990-00 2000-05 Angola 10,8 6,4 58,3 73,1 30,9 20,5 Cabo Verde 12,8 12,0 19,5 17,9 67,7 70,2 Guiné-Bissau 56,4 58,4 12,6 12,3 31,1 29,3 Moçambique 35,7 24,2 18,9 28,2 45,4 47,6 São Tomé e Príncipe 24,9 17,5 18,3 15,0 26,8 67,6 Países rend. médio inferior 15,6 12,1 39,2 40,5 45,1 47,4 Países rendimento baixo 30,3 24,0 26,2 27,3 43,5 48,7 Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 37 Quadro 10: Estrutura da procura interna (% do PIB), 1990-2005 Consumo privado Consumo público Investimento bruto 1990-00 2000-05 1990-00 2000-05 1990-00 2000-05 nd nd nd nd 19,4 11,3 Cabo Verde 89,0 92,9 17,4 21,3 28,7 19,7 Guiné-Bissau 90,5 89,6 8,9 16,1 24,6 13,0 Moçambique 87,2 78,7 10,9 10,2 26,0 26,9 São Tomé e Príncipe 87,2 79,2 32,0 37,3 41,2 36,9 Países rend. médio inferior 55,8 53,8 14,9 15,3 29,6 28,9 Países rendimento baixo 69,7 65,4 11,5 11,6 21,5 25,6 Angola Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 38 Quadro 11: Investimento, poupança e saldo da balança corrente (% do PIB), 1990-2005 Investimento Poupança interna Inverso saldo b. c. 1990-00 2000-05 1990-00 2000-05 1990-00 2000-05 Angola 19,4 11,3 24,0 26,3 -4,6 -26,0 Cabo Verde 28,7 19,7 -6,4 -15,2 35,1 33,9 Guiné-Bissau 24,6 13,0 0,6 -7,5 24,1 18,7 Moçambique 26,0 26,9 2,0 11,2 24,0 15,8 São Tomé e Príncipe 41,2 36,9 -19,2 -18,7 60,4 53,5 Países rend. médio inferior 29,6 28,9 29,3 30,5 0,3 -2,0 Países rendimento baixo 21,5 25,6 18,7 22,5 2,8 2,7 Fontes: World Bank (2007). World Development Report CD-ROM 2007. Washington, World Bank. 39