UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
SERVIÇO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO
JOBSON FLORINDO BATISTA
A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE ANÁLISE TÉCNICA NAS
OPERAÇÕES DO MERCADO DE AÇÕES - A PERCEPÇÃO DOS INVESTIDORES
DA M&D AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS LTDA.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ÁREA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
JOÃO PESSOA – PB
JUNHO, 2010.
JOBSON FLORINDO BATISTA
A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE ANÁLISE TÉCNICA NAS
OPERAÇÕES DO MERCADO DE AÇÕES - A PERCEPÇÃO DOS INVESTIDORES
DA M&D AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS LTDA.
Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado
à Coordenação do Serviço de Estágio
Supervisionado em Administração, do Curso
de Graduação em Administração, do Centro de
Ciências Sociais Aplicadas da Universidade
Federal da Paraíba, em cumprimento às
Exigências para a obtenção do Grau de
Bacharel em Administração.
Orientador (a): Profº. Carlos Eduardo Cavalcante, Mestre.
João Pessoa – PB
Junho, 2010.
Ao Professor Orientador Carlos Eduardo Cavalcante, para se pronunciar sobre o Projeto de
Pesquisa do aluno Jobson Florindo Batista.
João Pessoa, _____ de junho de 2010.
_________________________________
Prof. Carlos Eduardo Cavalcante, Mestre
Coordenador do SESA
Parecer do Professor Orientador:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
JOBSON FLORINDO BATISTA
A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE ANÁLISE TÉCNICA NAS
OPERAÇÕES DO MERCADO DE AÇÕES - A PERCEPÇÃO DOS INVESTIDORES
DA M&D AGENTE AUTÔNOMO DE INVESTIMENTOS LTDA.
Trabalho de Conclusão de Curso Aprovado em: _____ de junho de 2010.
Banca Examinadora:
_______________________________________
Carlos Eduardo Cavalcante
Orientador – DA/CCSA/UFPB
________________________________________
Examinador – DA/CCSA/UFPB
_________________________________________
Examinador – DA/CCSA/UFPB
DEDICÁTORIA
Dedico este trabalho aos meus pais, João e Francinete, por toda a dedicação com que me
criaram, sempre me orientando a buscar o melhor pra mim.
A eles devo tudo que sou hoje.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que guia e ilumina o meu caminho.
Agradeço ao meu saudoso pai João Florindo Batista, que me ensinou a ser justo e honesto
em minhas atitudes. A minha mãe Francinete Dias Florindo, que esteve ao meu lado em todos
os momentos da minha vida, me incentivando e me apoiando.
Agradeço a Érika Priscilla Soares de Araújo por todo o apoio, carinho e atenção com que
sempre me tratou.
Agradeço aos profissionais da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA, pela presteza
e colaboração em todos os momentos que eu necessitei.
Agradeço a todos os amigos e amigas que me incentivaram para que eu conseguisse concluir
este trabalho.
"Eu desejei fazer o bem, mas não quis fazer
barulho, porque senti que o barulho não fazia
bem, assim como o bem não fazia barulho."
(Louis-Claude de Saint-Martin)
BATISTA, Jobson Florindo. A Importância dos Indicadores de Análise Técnica nas
Operações do Mercado de Ações - A Percepção dos Investidores da M&D Agente
Autônomo de Investimentos Ltda. João Pessoa, 2010. Originalmente apresentado como
trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal da Paraíba, 2010.
RESUMO
A Análise Técnica, também conhecida como Análise Gráfica, é a mais antiga corrente de
análise do mercado de ações, utilizando para tal, indicadores que possibilitam analisar o
comportamento dos preços e auxiliar na tomada de decisão. Tanto as instituições financeiras
quanto os investidores devem estar atentos a utilização de indicadores técnicos de forma a
conseguir analisar e decidir quanto as suas operações, aproveitando possíveis oportunidades.
Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa consistiu em identificar qual a importância dos
indicadores de análise técnica nas operações em mercado de ações segundo a percepção dos
investidores da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA. Este trabalho focou os
principais indicadores citados nos estudos de Elder (2006), Debastiani (2008) e Pinheiro
(2008). A fim de atingir os objetivos propostos, a pesquisa em questão caracteriza-se como
descritiva, tendo a análise e interpretação de dados feita com abordagem quantitativa. Os
dados desta pesquisa foram coletados através de um questionário composto por 15 perguntas,
aplicado aos clientes da M&D, com o intuito de definir o perfil do investidor e os aspectos
relacionados aos investimentos no mercado de ações e o uso de indicadores da Análise
Técnica. Ressalta-se a partir da observação dos resultados que os indicadores da análise
técnica mais utilizados são: Linhas de tendências, IFR , Agulhada do Didi e Suporte e
resistência. Durante a pesquisa de campo os entrevistados apontaram tais índices como sendo
os mais usuais tanto nas análises diárias dos ativos, quanto para o auxílio à tomada de decisão.
Palavras – chave: Indicadores. Análise Técnica. Mercado de Ações
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01 – Resultados acerca do sexo dos clientes..........................................................56
GRÁFICO 02 – Resultados acerca da faixa etária dos clientes................................................57
GRÁFICO 03 – Resultados acerca do grau de instrução dos clientes......................................58
GRÁFICO 04 – Resultados acerca do estado civil dos clientes...............................................59
GRÁFICO 05 – Resultados acerca da renda familiar dos clientes...........................................60
GRÁFICO 06 – Resultados acerca do número de filhos dos clientes......................................61
GRÁFICO 07 – Resultados acerca do tempo de investimentos dos clientes............................63
GRÁFICO 08 – Resultados acerca da fonte de conhecimento e interesse sobre o mercado de
ações..........................................................................................................................................64
GRÁFICO 09 – Resultados acerca do horizonte de investimentos..........................................65
GRÁFICO 10 – Resultados acerca do perfil de investimentos.................................................66
GRÁFICO 11 – Resultados acerca dos cursos feitos pelos clientes.........................................67
GRÁFICO 12 – Resultados acerca dos indicadores utilizados nas análises.............................68
GRÁFICO 13 – Resultados acerca dos indicadores utilizados na tomada de decisão.............70
GRÁFICO 14 – Resultados acerca da freqüência de operações sem os indicadores técnicos.72
GRÁFICO 15 – Resultados acerca dos resultados dos indicadores..........................................73
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 – Divisão dos agentes econômicos....................................................................14
QUADRO 02 – Divisão do mercado financeiro.......................................................................20
QUADRO 03 – Fatores de análise para determinação do valor de uma ação..........................33
QUADRO 04 – Comparação entre as escolas de análise de ações...........................................35
QUADRO 05 – Diferentes tipos de Médias Móveis.................................................................41
QUADRO 06 – Distribuição do universo e amostra da pesquisa.............................................53
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 – Codificação adotada para algumas espécies/classes de ações da Vale do Rio
Doce..........................................................................................................................................22
TABELA 02 – Corretagem sugerida pela Bovespa..................................................................27
TABELA 03 – Distribuição com relação ao sexo.....................................................................56
TABELA 04 – Distribuição por faixa etária.............................................................................57
TABELA 05 – Distribuição por grau de instrução dos clientes...............................................58
TABELA 06 – Distribuição do estado civil dos clientes..........................................................59
TABELA 07 – Distribuição quanto a renda familiar dos clientes............................................60
TABELA 08 – Distribuição do número de filhos dos clientes.................................................61
TABELA 09 – Distribuição acerca do tempo de investimentos dos clientes...........................62
TABELA 10 – Distribuição acerca do interesse dos clientes...................................................64
TABELA 11 – Distribuição do horizonte de investimentos dos clientes.................................65
TABELA 12 – Distribuição do perfil de investimentos dos clientes........................................66
TABELA 13 – Distribuição acerca de cursos feitos pelos clientes..........................................67
TABELA 14 – Distribuição dos indicadores utilizados pelos clientes.....................................68
TABELA 15 – Distribuição dos indicadores utilizados na tomada de decisão........................69
TABELA 16 – Distribuição acerca da freqüência de operações sem a utilização de indicadores
técnicos......................................................................................................................................71
TABELA 17 – Distribuição dos resultados dos indicadores................................................... 72
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................14
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E QUESTÃO PROBLEMÁTICA.......................................15
1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................................................17
1.3 OBJETIVOS.......................................................................................................................18
1.3.1 Objetivo Geral................................................................................................................18
1.3.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................19
2.1 MERCADO FINANCEIRO...............................................................................................19
2.2 MERCADO DE CAPITAIS...............................................................................................20
2.2.1 Mercado à Vista...............................................................................................................21
2.2.2 Mercado de Derivativos...................................................................................................22
2.2.3 Mercado de Opções..........................................................................................................23
2.2.4 Mercado a Termo.............................................................................................................24
2.2.5 Mercado Futuro de Ações................................................................................................24
2.3 AÇÕES................................................................................................................................25
2.4 PERFÍL DE INVESTIMENTOS........................................................................................30
2.5 TIPOS DE ANÁLISE.........................................................................................................31
2.5.1 Análise Fundamentalista..................................................................................................32
2.5.2 Análise Técnica................................................................................................................34
2.6 TIPOS DE GRÁFICO.........................................................................................................37
2.6.1 Gráfico de Linha..............................................................................................................37
2.6.2 Gráfico de Colunas...........................................................................................................37
2.6.3 Gráfico de Barras.............................................................................................................38
2.6.4 Gráfico de Candlesticks...................................................................................................38
2.7 TENDÊNCIAS DE MERCADO........................................................................................39
2.7.1 Linhas de Tendência de Alta............................................................................................39
2.7.2 Linhas de Tendência de Baixa.........................................................................................39
2.7.3 Suportes e Resistências....................................................................................................40
2.8 INDICADORES DE TENDÊNCIA...................................................................................40
2.8.1 Médias Móveis.................................................................................................................41
2.8.2 Agulhada do Didi.............................................................................................................42
2.8.3 MACD (Moving Average Convergence and Divergence)..............................................43
2.8.4 Histograma de MACD.....................................................................................................43
2.9 INDICADORES OSCILADORES.....................................................................................44
2.9.1 Oscilador Estocástico.......................................................................................................44
2.9.2 IFR – Índice de Força Relativa........................................................................................45
2.9.3 Momento..........................................................................................................................46
2.10 OPERANDO COM CANAIS...........................................................................................46
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................................48
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.............................................................................49
3.2 CAMPO DE ESTUDO.......................................................................................................50
3.3 UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA.....................................................................52
3.4 INSTRUMENTOS DA PESQUISA..................................................................................53
3.5 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS...................................................................54
4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS................................................................55
4.1 APRESENTAÇÃO DO PERFIL DA AMOSTRA PESQUISADA...................................55
4.1.1 Sexo..................................................................................................................................56
4.1.2 Faixa Etária......................................................................................................................56
4.1.3 Grau de Instrução.............................................................................................................58
4.1.4 Estado Civil......................................................................................................................59
4.1.5 Renda Familiar.................................................................................................................60
4.1.6 Número de Filhos.............................................................................................................61
4.2 ASPECTOS RELACIONADOS AOS INVESTIMENTOS NO MERCADO DE AÇÕES
E UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DA ANÁLISE TÉCNICA.......................................62
4.2.1 Tempo de Investimento no Mercado de Ações................................................................62
4.2.2 Interesse em Investimentos no Mercado de Ações..........................................................63
4.2.3 Horizonte de Investimentos.............................................................................................64
4.2.4 Perfil de Investimentos do Investidor..............................................................................65
4.2.5 Cursos sobre o Mercado de Ações...................................................................................67
4.2.6 Indicadores da Análise Técnica Utilizados......................................................................68
4.2.7 Indicadores Utilizados na Tomada de Decisão................................................................69
4.2.8 Freqüência com que Operam sem Utilizar os Indicadores..............................................71
4.2.9 Os indicadores Geram o Resultado Esperado..................................................................72
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................74
5.1 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS....................................................................76
REFERÊNCIAS......................................................................................................................77
APÊNDICE..............................................................................................................................80
14
1 INTRODUÇÃO
O estudo monográfico em questão tem como principal objetivo analisar a importância
dos Indicadores de Análise Técnica nas operações do mercado de ações, tal propósito
embasou-se na percepção dos investidores da M&D - Agente Autônomo de Investimentos
Ltda. para se efetivar.
O presente trabalho de conclusão de curso foi dividido em cinco capítulos com a
finalidade de apresentar uma melhor estruturação para facilitar o entendimento.
No primeiro capítulo encontra-se a Introdução onde estão descritos a delimitação do tema,
formulação do problema de pesquisa, justificativa e objetivos. Em seguida tem-se a
Fundamentação teórica onde foi feito o levantamento bibliográfico utilizando embasamento
dos principais estudiosos sobre o assunto estudado. No terceiro capítulo são descritos os
procedimentos metodológicos da pesquisa, com o detalhamento da elaboração da pesquisa,
composto pela caracterização do estudo, população e amostra e instrumento de coleta de
dados. O quarto capítulo trata da análise e discussão dos dados, onde os dados colhidos
durante a pesquisa são interpretados. O último capítulo refere-se às considerações finais e
análise geral dos dados colhidos.
Atualmente, em nossa sociedade, é comum que parte da renda dos indivíduos não seja
consumida, visto que estes têm o intuito de poupar ou investir a fim de acumular poder
aquisitivo e garantir o consumo futuro. (PINHEIRO, 2008)
Para Keynes (1982 apud SILVA, 2006, p. 16), “a poupança significa o excedente do
rendimento sobre os gastos com consumo [...] poupança representa a parte da renda do
período não absorvida pelo consumo”. Desta maneira, o homem procura também garantir
certa tranqüilidade em possíveis momentos futuros de incerteza econômica.
De acordo com Andrezo e Lima (2007), no que se refere ao processo de poupançainvestimento, é possível dividir os agentes econômicos em dois grupos:
Agentes Econômicos
Descrição
Aqueles que apresentam desejo de investir inferior à
Unidades econômicas superavitárias ou poupadores
capacidade de poupança, ou seja, possuem recursos
em excesso.
Aqueles que apresentam desejo de investir superior à
Unidades econômicas deficitárias ou tomadores
capacidade de poupança, ou seja, necessitam de
recursos.
Quadro 01: Divisão dos agentes econômicos
Fonte: adaptado de Andrezo e Lima (2007, p. 01).
15
Tendo em vista o Quadro 01, nota-se que as questões relevantes para determinado
grupo podem ser resolvidas a partir da satisfação das necessidades do outro, assim como
afirma Andrezo e Lima (2007, p. 01:02) “é possível perceber que esses problemas são
complementares, de modo que a solução dos problemas de um grupo pode resolver também
os problemas do outro grupo”.
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA E QUESTÃO PROBLEMÁTICA
O número de investidores pessoa física no mercado de ações Brasileiro cresce
mensalmente. Segundo dados da BM&F Bovespa, no mês de maio de 2010, as pessoas físicas
somaram 26,53% de todos os investimentos em ações. Em março de 2010 este percentual era
mais de 1% menor, somava apenas 25,41% dos investimentos em ações.
O número de contas de investidores pessoas físicas no mercado de ações foi de
556.133 em maio de 2010. Outro dado importante é o aumento do volume financeiro na
Bovespa. Segundo o balanço do mês de maio de 2010, a Bovespa registrou um movimento
mensal de R$ 152,93 bilhões, ante R$ 138,74 bilhões registrados em abril. Isto representa
uma média diária de R$ 7,28 bilhões. Um recorde histórico foi batido no mês de maio. Foram
realizados 10.261.145 negócios, ante 8.098.072 em abril. Isso significa uma média diária de
488.626 negócios (BM&F BOVESPA).
No âmbito estadual o número de investidores na Paraíba também cresce de forma
acelerada. Segundo dados publicados no jornal A União, em 2007 eram menos de mil
investidores em todo o estado Paraibano e agora esse número chega a quatro mil. Percebe-se
um aumento de mais de 300% em apenas 3 anos. Ainda segundo o jornal A União, existem
atualmente, quatro escritórios de corretoras de valores, todos situados na cidade de João
Pessoa (JORNAL A UNIÃO, 2010).
Estes dados mostram a crescente evolução do mercado de ações Brasileiro assim como
o aumento do volume financeiro e do número de negócios. Através destes dados também é
possível perceber que este mercado emergente torna-se cada vez mais competitivo devido ao
aumento de investidores nele inseridos. Entretanto, muitos destes novos investidores não
conseguem sobreviver neste mercado.
16
A triste constatação é que ano após ano, uma massa crescente de investidores
inexperientes lança-se ao mercado, em sua maioria desprovida das habilidades necessárias
para atuar de forma eficiente (DEBASTIANI, 2008, p. 18)
Além disso, percentualmente, percebe-se que o número de investidores no Brasil ainda
é muito pequeno. Segundo dados do IBGE, em 2009 o Brasil tinha 191,5 milhões de
habitantes. Isto significa dizer que apenas 2,9% da população nacional investe na Bolsa de
Valores. Na Paraíba, com uma população de cerca de 3,77 milhões de habitantes, a relação
percentual de investidores é ainda menor, representando pouco mais de 1% do total de
habitantes (JORNAL A UNIÃO, 2010).
É possível perceber que ainda existe resistência a cerca dos investimentos em ações.
Isto se deve ao fato do pouco conhecimento da sociedade a cerca do funcionamento desse tipo
de mercado. Antes de tudo, é necessário que o investidor conheça com que ele está
trabalhando. Quais as forças que influenciam o mercado, quais as estratégias de
investimentos, a características dos ativos que pensa em investir e quais as formas de analisar
estes ativos. Tendo em vista um mercado em tamanha expansão, faz-se necessário oferecer
formas do investidor aprender mais sobre estes aspectos, o que possibilitará identificar
oportunidades de ganhos financeiros. Já que a corretora ganha corretagens das operações de
seus clientes, quanto melhor este investir e mais sucesso tiver, melhor será a lucratividade da
corretora a qual este estiver vinculado.
É com este pensamento que a M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA,
representante da Um Investimentos na Paraíba, é pioneira na capacitação de seus clientes,
ministrando cursos e treinamentos há três anos. Um dos cursos oferecidos pela corretora é
justamente o Curso Básico de Análise Gráfica, na qual o investidor tem a oportunidade de
conhecer sobre os indicadores da Análise Técnica e sua utilização. Através deste
conhecimento, o investidor terá suporte técnico para auxiliar na tomada de decisão a cerca de
comprar ou vender determinado ativo. Porém, o conhecimento técnico destes indicadores de
pouco valerá se o investidor não utilizá-los em suas operações.
Diante deste cenário, a problemática da presente pesquisa é: qual a importância dos
indicadores da Análise Técnica nas operações em mercado de ações segundo a percepção dos
investidores da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA?
17
1.2 JUSTIFICATIVA
Na visão de um analista técnico, segundo Debastiani (2008, p. 19), “as decisões de
investimento devem estar apoiadas em indicadores de mercado eficientes e em estudos
estatísticos embasados nas melhores técnicas de análise de mercado”. Ainda segundo o autor,
a habilidade de analisar gráficos se torna um grande diferencial em relação à massa média de
investidores que atua continuamente no mercado.
Neste ambiente de altíssima competitividade, tanto as instituições financeiras quanto
os investidores devem estar atentos a utilização destes indicadores de forma a conseguirem
analisar e decidir quanto as suas operações, aproveitando possíveis oportunidades.
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários como no caso da empresa foco desta
pesquisa, a M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA, disponibilizam estes
indicadores para que possam ser utilizados pelos seus clientes, entretanto, será que estes estão
de fato utilizando estes métodos de análise de mercado? Sendo assim, o objetivo geral desta
pesquisa consiste em identificar qual a importância dos indicadores de análise técnica nas
operações em mercado de ações segundo a percepção dos investidores da M&D Agente
Autônomo de Investimentos LTDA.
O processo de Globalização gerou uma enorme amplitude de escolhas de
investimento. É possível investir na renda fixa, na renda variável ou em derivativos. Mas o
que vem a ser um investimento? Segundo Zvi (2000, p. 23), um investimento “é o
comprometimento atual de dinheiro ou de outros recursos na expectativa de colher benefícios
futuros”. Com isso, os indivíduos podem optar entre consumir agora ou investir para o futuro.
Se optar por investir, podem colocar parte da sua riqueza em ativos financeiros, como no caso
das ações.
Assim, em períodos de ganhos altos, é possível investir em ativos financeiros como no
caso das ações, e em períodos de ganhos baixos é possível vender esses ativos para fornecer
fundos para as necessidades de consumo. Porém essa não é uma tarefa tão fácil devido a alta
competitividade deste mercado. Milhares de analistas inteligentes e bem-equipados passam
horas explorando através de indicadores quais os melhores títulos a serem comprados. Estes
indicadores são mundialmente conhecidos, e fazem parte da corrente de Análise Técnica.
Bodie et al.(2000, p. 29).
18
As informações citadas anteriormente denotam a fundamental importância do estudo,
tanto para os profissionais da área de administração financeira, quanto para os graduandos,
que irão dispor do presente trabalho para agregar novos conhecimentos.
O estudo monográfico também é de suma importância para os que desejam adquirir
informações no que concerne ao mercado de ações, tendo em vista que pesquisas acerca dos
indicadores de análises técnicas são prementes para aqueles que desejam obter sucesso nas
operações que realizam, ou que realizarão.
Enfatiza-se ainda a viabilidade do estudo tendo em vista que o pesquisador estagiou na
empresa alvo desta pesquisa, o que possibilitou maior facilidade no acesso aos dados
coletados.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
• Descrever a importância dos Indicadores da Análise Técnica no auxílio das operações em
Mercado de Ações na visão dos investidores da M&D Agente Autônomo de Investimentos
LTDA.
1.3.2 Objetivos Específicos
• Descrever o perfil dos investidores da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA.
• Conhecer quais os indicadores da Análise Técnica utilizadas pelos investidores da M&D
Agente Autônomo de Investimentos LTDA nas operações em Mercado de Ações;
• Distinguir dentre os Indicadores da Análise Técnica utilizadas pelos investidores da M&D
Agente Autônomo de Investimentos LTDA, quais são mais eficientes para auxiliar na
tomada de decisão.
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O presente capítulo foi elaborado embasando-se nos principais estudos inerente a
temática adotada no trabalho monográfico. Abordam-se aqui conceitos de diversos autores
acerca de mercado financeiro, mercado de capitais, perfis de investimentos, escolas de
análises de mercado e indicadores de análise técnica. Desta forma, encontram-se citações
semelhantes de diferentes autores bem como colocações distintas, utilizadas na
fundamentação deste estudo.
2.1 MERCADO FINANCEIRO
De acordo com Fortuna (2005) o sistema financeiro pode ser conceituado como o
conjunto de instituições que se dispõem ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para
que haja um fluxo de recursos entre poupadores e investidores.
É neste ambiente econômico, no qual os agentes superavitários buscam alternativas
para investir, e os agentes deficitários buscam fontes para financiar seus investimentos, que
surge o mercado financeiro. Entre os autores, pode-se destacar os conceitos de Fortuna (2005,
p. 16):
“o mercado financeiro, [...] permite que um agente econômico qualquer (um
indivíduo ou empresa), sem perspectivas de aplicação em algum empreendimento
próprio, da poupança que é capaz de gerar (denominado como um agente econômico
superavitário), seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de
investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança (denominado
como um agente econômico deficitário).
Consoante com este conceito, Andrezo e Lima (2007, p. 02) afirmam que “o mercado
financeiro consiste no conjunto de agentes e instrumentos destinados a oferecer alternativas
de aplicação e captação de recursos financeiros” e que “por meio do mercado financeiro, é
possível apresentar alternativas de aplicação de recursos para as unidades econômicas
superavitárias e de captação de recursos para as unidades econômicas deficitárias”
(ANDREZO; LIMA, 2007, p. 08).
Os autores afirmam ainda que o mercado financeiro, quando consegue cumprir com a
sua finalidade principal de aproximar poupadores e tomadores de recursos, estimula a
20
poupança e promove investimentos, o que resulta no aumento da produtividade, da eficiência
e do bem-estar, o que acaba por gerar crescimento econômico.
Já Ross (2000, p. 48) aponta que “o mercado financeiro, assim como qualquer
mercado, é apenas uma forma de reunir compradores e vendedores. Nos mercados
financeiros, os produtos vendidos e comprados são títulos de dívida e ações”
Diante do que foi exposto, percebe-se a singularidade de raciocínio entre Andrezo e
Lima (2007) e Fortuna (2005), quando expõem a importância do mercado financeiro como
forma de aproximar os agentes superavitários dos deficitários, a fim de que se possa captar
poupança e direcioná-la para os projetos mais produtivos.
Ross (2000) adota uma definição mais superficial sobre mercado financeiro em
relação aos demais autores, entretanto, aponta alguns dos produtos comercializados neste tipo
de mercado. Por fim, Andrezo e Lima (2007) destacam a enorme importância do mercado
financeiro para que haja efetivamente crescimento econômico.
2.2 MERCADO DE CAPITAIS
O mercado financeiro está dividido em duas categorias e uma delas é de extrema
importância para o desenvolvimento desta pesquisa. Desta forma, faz-se necessário a
identificação e definição destas categorias. Segundo Andrezo e Lima (2007), o mercado
financeiro encontra-se dividido da seguinte forma:
Categoria
Mercado de Crédito
Mercado de Capitais
Definição
É composto pelo conjunto de agentes e instrumentos
financeiros envolvidos em operações de prazo curto,
médio ou aleatório.
É composto pelo conjunto de agentes e instrumentos
financeiros envolvidos em operações de prazo médio,
longo ou indeterminado.
Quadro 02: divisão do mercado financeiro.
Fonte: adaptado de Andrezo e Lima (2007, p. 02).
Percebe-se no Quadro 02 que o mercado financeiro está dividido em duas categorias
com funções distintas e bem definidas. Ainda segundo os autores citados anteriormente, o
mercado de crédito esta destinado ao financiamento do consumo e à disponibilizar recursos de
21
curto e médio prazos para as empresas. Já o mercado de capitais, por sua vez, é, por
excelência, o mercado dos valores mobiliários, tais como ações, debêntures, contratos futuros
e ainda derivativos, também conhecidos como opções de valores mobiliários.
Esses títulos e valores mobiliários são emitidos e de co-responsabilidade de
companhias
abertas,
registradas
na
Comissão
de
Valores
Mobiliários
(CVM).
Contemplando estes conceitos, Toscano Junior (2004 apud SILVA, 2006, p. 19),
afirma que “é no Mercado de Capitais onde ocorrem as negociações dos valores mobiliários
de médio, de longo prazo ou sem prazo determinado, por exemplo, ações, que não possuem
prazo de vencimento”.
O autor ainda cita que as operações feitas no Mercado de Capitais pertencem a
modalidade de renda variável e são realizadas nas Bolsas de Valores, Mercado de Balcão e
através de Sistema Eletrônico do Mercado Aberto – SOMA.
Diante do que foi dito, é notável a importância da contextualização do mercado de
capitais, visto que este é o ambiente onde são comercializados os valores mobiliários.
No mercado de capitais são executadas quatro tipos de operações diferentes: operações
em mercado a vista, mercado de opções, mercado a termo e mercado futuro de ações. A
definição de cada um desses tipos de operações está a seguir.
2.2.1 MERCADO A VISTA
No mercado a vista, segundo Fortuna (2005), são realizadas operações de compra ou
venda em pregão de determinada quantidade de ações para liquidação imediata. Na visão de
Goulart, Lima e Gregório (2007, p. 35), “uma operação a vista é a compra ou venda de uma
determinada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão”. Ou seja, uma ordem
em mercado a vista só será executada no momento em que houver um consenso de preço
entre os vendedores e os compradores.
Na visão de Pinheiro (2008, p. 227), o mercado de capitais:
“é o mercado onde se realizam as operações de compra e venda de ações emitidas
pelas empresas abertas admitidas à negociação na Bovespa, com prazo de liquidação
física financeira fixado nos regulamentos e procedimentos operacionais da Câmara
de Liquidação. A principal característica desse mercado é a cotação atual dos preços
das ações com liquidação em três dias úteis (D + 3)”
22
Dessa forma, a liquidação física, que é a entrega dos títulos pelo vendedor, é feita
atualmente em D+2, ou seja, dois dias após a operação. Entretanto, a liquidação financeira,
que equivale ao pagamento do comprador ao vendedor, é feita em D+3, isto é, um dia a mais.
Ainda segundo Pinheiro (2008), as ações são negociadas em lotes, que podem ser de 1,
10, 100 ações ou mais. Outro ponto importante é que no mercado a vista adota-se um código
para cada ação. Vejamos no quadro abaixo como funciona esta codificação:
Tabela 01: Codificação adotada para algumas espécies/classes de ações da Vale do Rio Doce
Tipo do Ativo
Número
Exemplo
Ações Ordinárias
03
VALE3
Ações Preferenciais
04
VALE4
Ações Preferenciais Classe A
05
VALE5
Fonte: adaptado de Pinheiro (2008, p. 228).
Faz-se necessário esta codificação para diferenciar os diferentes tipos de ações, o que
viabiliza as operações no mercado a vista. Está é a codificação dos ativos para lotes padrão.
Se por acaso algum indivíduo desejar adquirir ações no fracionário deve-se acrescer a letra F
no final do código de negociação. Exemplos: VALE5F.
De acordo com dados da BM&F Bovespa, em maio de 2010, o mercado a vista
respondeu por 92% do volume financeiro daquele mês, o que equivale a aproximadamente
140,66 bilhões de reais.
2.2.2 MERCADO DE DERIVATIVOS
Viu-se acima o conceito e a forma de funcionamento do mercado a vista. Porém, as
outras três operações executadas no mercado de capitais estão inseridas dentro do mercado de
derivativos. Mas o que vem a ser esse mercado? Pinheiro (2005, p. 308), diz que derivativos
são contratos cujos valores e características de negociação estão vinculados aos ativos que
lhes servem de referência.
23
Dessa forma, o valor desses ativos depende, ou deriva do valor futuro de um ativo
subjacente. Dentro do mercado de derivativos encontram-se o mercado de opções, mercado a
termo e o mercado futuro de ações.
2.2.3 MERCADO DE OPÇÕES
Já no mercado de opções são negociados direitos sobre os objetos de face aos quais as
opções representam, neste caso, as ações. De acordo com Goulart, Lima e Gregório (2007, p.
38), “no mercado de opções são negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações,
com preços e prazos de exercício preestabelecidos”.
É perceptível a similaridade do conceito definido pelos autores e o conceito definido
por Fortuna (2005, p. 577), o qual afirma que “quem compra uma opção tem um direito. Se a
opção for de compra (call), o direito de comprar. Se a opção for de venda (put), o direito de
vender”. Essas compras ou vendas apenas serão feitas se a opção for exercida. No caso de
uma opção de compra, esta terá o direito de ser exercida se no dia do vencimento do contrato
o preço do ativo estiver acima do preço da opção.
Na visão de Lowell (2008, prefácio), as opções basicamente são usadas para gerar
renda, especular e para proteger um investimento preexistente. O autor afirma que a categoria
mais popular de uso das opções é a especulação.
Segundo Elder (2005, p. 19) um especulador pode dobrar seu investimento em um
mês. Se a ação caminhar no sentido da opção, o preço da mesma se valorizará. É desta
maneira que os especuladores almejam ganhar dinheiro de forma fácil e com menos capital
envolvido, operando com opções.
De acordo com dados da BM&F Bovespa, em maio de 2010, o mercado de opções
respondeu por 6,2% do volume financeiro daquele mês, o que equivale a aproximadamente
9,48 bilhões de reais.
24
2.2.4 MERCADO A TERMO
No mercado a termo, de acordo com Fortuna (2005, p. 570), “o investidor se
compromete a comprar ou vender uma certa quantidade de uma ação (chamada ação-objeto),
por um preço fixado e dentro de um prazo predeterminado”.
Para Goulart, Lima e Gregório (2007, p. 50), “operação a termo pode ser definida
como a compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para
liquidação em prazo determinado, a contar da data da operação em pregão, resultando em um
contrato entre partes”. Estas operações são liquidadas em prazos maiores. Toledo Filho (2006,
p. 46), diz que os prazos mais comuns dos contratos a termo são de 30, 60, 90, 120, 150 e 180
dias.
Ainda segundo o autor, a operação a termo é a compra ou venda de um título a prazo,
cujos juros estão embutidos no preço.
De acordo com dados da BM&F Bovespa, em maio de 2010, o mercado a termo
respondeu por 1,8% do volume financeiro daquele mês, o que equivale a aproximadamente
2,75 bilhões de reais.
2.2.5 MERCADO FUTURO DE AÇÕES
Já uma operação no mercado futuro de ações, segundo Goulart, Lima e Gregório
(2007, p. 53), “compreende a compra ou venda de ações listadas em bolsa, a um preço
acordado entre as partes, para liquidação em uma data futura específica, previamente
autorizada”.
De acordo com Fortuna (2005, p. 574), o Mercado Futuro de Ações “é o mercado no
qual se negociam com datas de liquidação futura, durante o horário de funcionamento da
Bovespa, em lotes-padrão nela já negociados, as ações autorizadas para tal”.
Na visão de Pinheiro (2008, p. 236), a única diferença do mercado futuro para as
operações a vista é a data de liquidação da operação.
Enquanto no mercado a vista as partes envolvidas estão efetivamente comprando e
vendendo a ação, na operação a futuro elas estão assumindo compromisso de comprar e
vender em determinada data futura.
25
Faz-se importante informar, que todas as operações executadas em Bolsa de Valores
estão sujeitas a tributação e custos. De acordo com Pinheiro (2008), as negociações com ações
em bolsa de valores só são possíveis através da intermediação de alguma sociedade corretora
de títulos e valores mobiliários, que seja credenciada para executar as ordens de seus clientes
em pregão, sejam elas de compra ou de venda.
Diante do exposto, nota-se que Andrezo e Lima (2007) definem de forma bastante
objetiva, as duas categorias principais em que se divide o mercado financeiro, além de apontar
as funções principais de cada uma delas. Dentre estas duas categorias, nota-se a importância
dada pelos autores para o Mercado de Capitais por ser o ambiente de negociação dos títulos
mobiliários e a chave para o aporte de capital para as empresas que necessitam investir,
porém, não têm os recursos necessários. Por fim, definem-se os quatro grupos principais de
operações possíveis no mercado de capitais, onde Pinheiro, Fortuna e Goulart, Lima e
Gregório foram felizes ao ter um consenso de idéias quanto a conceituação destes grupos.
2.3 AÇÕES
Dentre os títulos de renda variável, um dos mais conhecidos e comercializados são as
ações. Define-se como um título de renda variável porque este, segundo Goulart, Lima e
Gregório (2007), é caracterizado por ter sua remuneração dependente de eventos futuros
incertos. No caso das ações, o seu desempenho será definido pelo desempenho da empresa
emitente.
Segundo Sanvicente (1988, p. 52) “ações são títulos que representam frações do
capital de uma empresa”.
Corroboram com este conceito, Lima, Ozawa e Goulart (2007, p. 68) ao dizerem que
“ação é a menor parcela em que o capital social de uma companhia ou sociedade anônima é
dividido”.
Seguindo um raciocínio similar, Fortuna (2005, p. 559) afirma que “uma ação
representa a menor parcela do capital social de uma sociedade por ações”.
Elder (2006, p. 12) aprofunda ainda mais o conceito de ação ao dizer que “ação é um
certificado de propriedade de uma empresa. Ao comprar [...] ações de uma sociedade anônima
[...] você se tornou co-proprietário do negócio”. É desta forma que a empresa capta recursos
26
para financiar seus investimentos, ofertando, em troca, aos investidores, uma parcela
representativa do seu capital, as ações.
Em contrapartida, os investidores que adquirem ações, almejam obter receita futura
através da rentabilidade gerada pela empresa e conseqüentemente refletida nos seus ativos,
que terão seus valores elevados.
Para que esta operação seja possível, e que uma determinada empresa possa ter suas
ações negociadas no mercado, esta precisa registrar-se junto à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), a fim de abrir seu capital social e comercializar suas ações em bolsas de
valores (SANVICENTE, 1988).
Em relação à oferta de valores mobiliários, Andrezo e Lima (2007) afirmam que esta
pode ser pública ou privada. Segundo os autores a oferta pública ocorre com a colocação de
valores mobiliários junto ao público utilizando-se esforço de venda, como pela utilização de
listas ou boletins de venda ou subscrição, anúncios ao público, por qualquer meio ou forma.
A oferta privada é a colocação de valores mobiliários dispensada de registro junto ao
órgão regulador, em razão de alguma particularidade, como, por exemplo, valor unitário dos
valores mobiliários ofertados, valor total da oferta, plano de distribuição dos valores
mobiliários, público destinatário da oferta.
De acordo com sua estrutura, o mercado acionário pode ser dividido em duas etapas:
mercado primário e mercado secundário.
Em um primeiro momento as novas ações são lançadas no mercado primário, período
em que ocorre o aporte de recursos à companhia. Tendo ocorrido está oferta inicial, a ações
passaram a ser comercializadas no mercado secundário, como o mercado de balcão e bolsas
de valores (GOULART, LIMA E GREGÓRIO, 2007).
Seguindo esta definição, Fortuna (2005) afirma que no mercado primário a empresa
emite títulos que serão ofertados diretamente ao público pela primeira vez. É o momento da
abertura do capital da empresa no mercado de ações. Contemplando o pensamento destes
autores, Pinheiro (2008) afirma que é no mercado primário de ações onde se negocia a
subscrição (venda) de novas ações ao público, e que é neste momento onde a empresa obtém
recursos para seus empreendimentos.
27
Já o mercado secundário é aquele no qual as ações já emitidas serão comercializadas
através de bolsas de valores, acontecerá a revendas das ações para novos investidores que
tenham o interesse de comprá-las.
Normalmente, as negociações do mercado secundário podem ser realizadas por meio
de dois locais distintos, que representam os mercados secundários de balcão e de bolsa de
valores.
Utilizando as definições de Pinheiro (2008), é possível definir o mercado de balcão
como simplesmente um mercado organizado de títulos, cuja negociação não se faz em local
determinado, mas, principalmente, por telefone. Além disso, como as empresas inseridas
neste mercado não estão registradas em bolsas, suas ações não sofrem controle e nem têm
garantias de uma bolsa de valores. Já o mercado de bolsa é aquele no qual se comercializam
ações e nele os clientes e as instituições do sistema de distribuição de títulos e valores
mobiliários viabilizam a negociação com títulos e valores mobiliários.
As operações em Bolsa de Valores realizam-se no “pregão”, local, segundo Pinheiro
(2008), “em que se reúnem os corretores, seus membros, para cumprir ordens de compra ou
venda de ações emanadas de seus clientes. As sociedades corretoras têm operadores que as
representam no pregão, recebendo e executando as ordens de seus clientes. Para isto, as
corretoras cobram uma taxa referente a intermediação que esta oferece entre o seu cliente e a
Bolsa de Valores.
De acordo com Pinheiro (2008), as taxas de corretagem cobradas pelas instituições
financeiras seguem uma tabela de comissões sugerida pela Bovespa. Neste modelo as
comissões variam de acordo com o valor da transação acrescida de uma parcela fixa em reais,
de forma que as taxas sejam proporcionais ao montante investido. Vejamos como funciona no
Quadro 02:
Tabela 02: Tabela de corretagem sugerida pela Bovespa
Valor da Transação
Taxa de Corretagem
Taxa Mínima
R$ 2,70
De R$ 135,08 a R$ 498,62
2,00%
De R$ 498,63 a 1.514,69
1,50% + R$ 2,49
De R$ 1.514,70 a R$ 3.029,38
1,00% + R$ 10,06
Acima de R$ 3.029,39
0,50% + R$ 25,21
Fonte: Pinheiro (2008, p. 229).
28
É possível perceber na Tabela 02, que o modelo de corretagem sugerido pela Bovespa
é bem justo, cobrando taxas proporcionais ao valor investido, o que auxilia os pequenos
investidores que têm interesse de investir em ações e contam com poucos recursos.
Além disso, os acionistas sofrem cobrança do Imposto de Renda, no valor de 15%
sobre os ganhos de capital, que é calculado como a diferença entre o valor de compra e o
valor de venda. Já as operações de Day-Trade sofrem tributação de 20%. Entretanto, os
dividendos das companhias estão isentos de tributação, visto que o lucro que os gerou já foi
tributado (PINHEIRO, 2008).
Para que um investidor adquira ações de uma determinada empresa, as quais já foram
lançadas no mercado primário, este terá que fazê-lo no mercado secundário, neste caso, em
uma Bolsa de Valores, através de uma oferta de compra à alguém que já possua as ações de
seu interesse.
Quando este comportamento se repete, com vários investidores comprando a mesma
ação, o preço desta é empurrado para cima, entretanto, se vários investidores passam a vender
determinada ação seu preço será puxado para baixo (ELDER, 2006). A visão de Debastiani
(2008) é similar a de Elder (2006) ao afirmar que:
“os preços de um ativo sobem quando surgem muitos compradores interessados em
adquiri-lo, mas a quantidade de vendedores é pequena. Forma-se o que
denominamos pressão de compra. Os compradores afoitos começam a oferecer
preços cada vez mais altos [...] os poucos vendedores [...] passam a oferecer preços
ainda maiores. Está formado um movimento de alta. A redução na demanda de
aquisição [...] alivia a pressão de compra e faz com que passem a existir [...] mais
vencedores do que compradores. Os vendedores, desesperados por se livrarem de
um papel cujo mercado desaqueceu, começam a baixar os preços em ritmo mais
acelerado, no intuito de atrair compradores. Estes [...] se aproveitam [...] para forçar
os preços mais ainda, antes de fecharem seus negócios. Está formando um
movimento de baixa” (DEBASTIANI, 2008, P. 39:40).
O autor ainda vai além, ao afirmar que estes movimentos ondulatórios ocorridos nas
oscilações dos preços das ações são também conhecidos como volatilidade. São
conseqüências de inúmeros fatores que influenciam o mercado, ocorridos pela busca de um
ativo em questão, forçando os preços nos dois sentidos, tanto de alta quanto de baixa.
A volatilidade passa a ser uma questão muito importante no mercado de ações, pois os
investidores pretendem saber qual o movimento vai predominar em determinado ativo durante
certo período.
29
Segundo Pinheiro (2008) é extremamente necessário identificar em que direção se
moverão os preços para tentar assumir posições no começo da tendência, a fim de lucrar ao
máximo com o movimento que se seguirá. Para tal, com o passar dos tempos, foram
desenvolvidos métodos de analisar as ações com o intuito de identificar pontos de compra e
venda. Estes métodos serão abordados adiante, por serem de vital importância para a
realização deste estudo.
Quanto à espécie, as ações classificam-se em ordinárias e preferenciais. De acordo
com a definição de Lima, Ozawa e Goulart (2007) existe uma diferença básica entre esses
dois grupos.
As ações ordinárias concedem direito a um voto nas deliberações da assembléia geral
da companhia, enquanto as preferenciais têm prioridade no recebimento dos dividendos ou no
reembolso do capital no caso da empresa ser liquidada.
Contemplando
este
raciocínio,
Sanvicente (1988) afirma que a ações classificadas como ordinárias conferem ao seu titular o
direito de votar nas assembléias gerais de acionistas.
O autor ainda complementa ao dizer que “é nessas assembléias que são aprovadas
peças contábeis [...] bem como a destinação do resultado do exercício, e é feita a eleição dos
membros da diretoria da empresa” (SANVICENTE, 1988, p. 53). Sobre as ações
preferenciais, Sanvicente (1988, p. 53) diz que “são ações que não dão ao titular o direito de
voto, mas têm prioridade no recebimento do dividendo e, em caso de dissolução da empresa,
têm preferência no reembolso do capital”.
Abordando de forma semelhante, Fortuna (2005, p. 559), afirma que “as ações podem
ser ordinárias, com direito a voto, ou preferenciais, com direito de preferência sobre os lucros
a serem distribuídos aos acionistas, seja na forma de dividendos ou juros sobre o capital
próprio”.
É perceptível que a maioria dos autores tem uma definição semelhante sobre o
conceito de ação, porém, alguns vão além, como é o caso de Elder, ao definir que a ação é um
certificado de propriedade de uma empresa.
Dando prosseguimento, Fortuna e Goulart, Lima (2007) e Gregório apontam as
diferentes fases do mercado de capitais e explicam a importância do mercado primário,
momento em que a empresa faz o aporte de recursos ofertando, em troca, as suas ações.
30
Definindo como funcionam os movimentos de mercado, Elder (2006) e Debastini
(2008) têm um pensamento similar ao afirmarem que os preços são movidos pela lei da oferta
e da demanda, e que quanto maior for uma destas forças, maior será a tendência que se
seguira em um determinado ativo.
Quanto às classes das ações, tanto Lima, Ozawa e Goulart (2007), quanto Sanvicente
(1988) e ainda Fortuna diferenciam os dois tipos de ações ao dizerem ao afirmarem que as
ações ordinárias dão direito a voto nas assembléias gerais da empresa e que as ações
preferências são aquelas que dão ao seu titular a preferência no recebimento dos dividendos
ou juros sobre o capital.
2.4 PERFIL DE INVESTIMENTOS
Viu-se anteriormente as diversas operações possíveis no mercado de capitais. É
possível comprar ou vender ações durante o pregão em mercado a vista. Essas ações podem
ficar em carteira como uma forma de investimentos de médio ou longo prazo. É possível
ainda, no mercado à vista, a realização de operações de compra e venda de uma mesma ação
em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e por conta de um mesmo investidor. Está
operação denomina-se de Day-Trade. Para Elder (2006, p. 147), “Day - trading significa
entrar e sair de operações no mesmo dia”. É sempre uma operação de curto prazo, liquidada
no máximo durante o período inteiro de um pregão.
Através das opções é possível proteger um investimento já existente. Um investidor
que tiver um ativo em carteira pode proteger sua posição à vista lançando opções de compra
(call) para o comprador, recebendo por isso um prêmio. Se o mercado estiver com uma
expectativa de baixa, o valor do prêmio recebido pelas opções minimiza a potencial perda.
Esta é uma operação de médio prazo, onde o lançador espera que o preço do seu ativo-objeto
fique abaixo do valor de exercício. Com isso ele não será exercido e ainda ficara com o
prêmio recebido pelas opções.
É possível ainda, como já foi dito, fazer Day-Trade com opções, onde o especulador
procura obter ganho da variabilidade dos preços. Eles raramente tomam uma posição por mais
que poucas horas, procurando arbitrar as anomalias ou distorções de preços dos mercados de
curto prazo SILVA (1999, p. 14). Percebe-se que são possíveis várias operações no mercado
31
de ações, onde o risco assumido e diretamente proporcional ao lucro esperado. Pode-se ter um
bom lucro em pouco tempo ou em muito tempo. Assim como é possível ter prejuízos
rapidamente, basta apenas que o mercado caminhe no sentido contrário da estratégia traçada.
Cada investidor dirá o qual o risco aceitável por ele a fim de receber em troca o lucro
esperado, traçando com isso o seu perfil de investimentos e conseqüentemente selecionando
quais os ativos e operações mais aconselháveis para tal fim. Os perfis são definidos em
conservador, moderado e agressivo. Segundo Passoto (2003, p. 5), o investidor conservador é
aquele que não está disposto a correr grandes riscos aplicando seu dinheiro em investimentos
com alto grau de oscilação, não desejando com isso, comprometer o capital investido. Ele não
almeja grandes lucros em pouco tempo, tendo como foco um investimento para longo prazo.
Já o investidor moderado está disposto a correr um risco mais elevado objetivando maior
rentabilidade. Desta forma, ele aplica uma parcela significativa do dinheiro em investimentos
que oscilam muito destinando, o restante, para aplicações mais seguras. Geralmente, este tipo
de investidor almeja ganhos para médio prazo, desta forma busca variar em seus
investimentos.
Já o investidor agressivo, ainda segundo o autor, está disposto a correr riscos para
conseguir a máxima rentabilidade, investindo maior parte de seu capital em aplicações com
grande oscilação, reservando apenas uma pequena parcela para aplicações mais seguras. Este
tipo de investidor almeja ganhar muito em pouco tempo, aproveitando a oscilação dos ativos
em que aplicou seu capital. Vários são os fatores que podem influenciar nesse perfil. A idade,
tipo de profissão, número de filhos, intenção de investimento, renda e bens do usuário são
algumas das variáveis que influenciam na determinação do perfil de investimentos.
2.5 TIPOS DE ANÁLISE
Existem duas escolas de análise para investimentos em ações. Uma preocupa-se
exclusivamente com os fundamentos da empresa. Através da análise destes fundamentos é
possível descobrir quais os riscos e/ou vantagens de adquirir ações de uma determinada
empresa, avaliando o potencial de crescimento desta no mercado e o provável retorno deste
investimento. Este tipo de análise denomina-se Análise Fundamentalista.
32
A outra escola preocupa-se exclusivamente na análise do comportamento passado dos
preços da ação a fim de identificar pontos semelhantes de compra e venda, auxiliando na
tomada de decisão quanto a como operar com determinado papel. Este tipo de análise chamase Análise Técnica. Esta análise independe dos fundamentos de uma empresa e dispõe de
inúmeras técnicas e ferramentas conhecidas e utilizadas por operadores de mercado em todo o
mundo.
Veremos a seguir como cada um destes tipos de análise se aplica.
2.5.1 ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Um importante instrumento utilizado para a análise de investimentos em ações é a
Análise Fundamentalista. Para Pinheiro (2008, p. 261), “através da avaliação de tópicos que
se relacionam com o desempenho da empresa, ela possibilita concluir sobre suas
perspectivas”.
O autor vai além ao conceituar Análise Fundamentalista como o estudo completo das
informações disponíveis no mercado sobre uma determinada empresa, com a finalidade de
obter seu verdadeiro valor, e a partir daí formular uma recomendação de investimento. Se as
ações são títulos representativos do capital social de uma empresa, nada mais correto que
estudar os fundamentos desta empresa para decidir quanto a investir ou não em suas ações.
De acordo com esta ótica, o autor continua definindo Análise Fundamentalista da
seguinte forma:
“ela parte do princípio de que as ações têm valor intrínseco, que está associado com
a performance da companhia emissora e com a situação geral da economia.
Portanto, estuda os fatores que explicam o valor intrínseco de uma empresa, setor ou
mercado, colocando em segundo plano os fatores de mercado, como preço e volume.
Esses fatores são chamados de valores fundamentalistas (PINHEIRO, 2008, p.
262)”.
Dando respaldo aos pensamentos de Pinheiro, Sanvicente (1988), afirma que a análise
dos fundamentos do valor de uma organização consiste em um procedimento de conversão ou
processamento de toda e qualquer informações econômicas, políticas, ou qualquer que sejam
elas, que possam determinar esse valor.
33
E que através deste processo é que se resulta na estimativa numérica do valor justo
para determinado título, ou então de uma transformação deste valor, levando em consideração
a sua taxa de retorno esperada, por exemplo. Como objetivo principal, este tipo de análise visa
avaliar o comportamento da empresa com o intuito de determinar o seu valor.
A explicação para utilizar este tipo de análise é de que o mercado não é eficiente a
curto prazo, ainda que seja a longo prazo, o que justifica a necessidade de se antecipar a ele.
Com isto, o preço de uma determinada ação pode não refletir o real valor de uma empresa,
tendendo a se ajustar para cima ou para baixo em um futuro próximo.
Tendo conhecimento desta provável correção futura nos preços de um título, o analista
fundamentalista opta por adquirir ações com menor relação entre valor intrínseco, ou seja, o
preço justo de uma empresa em determinado momento, e o preço de mercado, tendo em vista
que esta relação aponta que o preço da ação está o mais próximo possível do preço de custo
da empresa. Para determinar o preço justo de uma ação o analista fundamentalista utiliza três
pontos principais, além de outros fatores. Veja no quadro abaixo:
Três Pontos Principais
Demonstrações financeiras passadas, além de outras
informações relevantes, permitindo projetar a
evolução futura da companhia;
Situação atual da economia e estimativas futuras de
variáveis com indiscutível influencia sobre o preço e
o valor de todas as ações negociadas;
Grau de confiança do investidor em relação ao grau
de intervenção governamental, que tem caracterizado
o mercado brasileiro nos últimos anos.
Outros Fatores
Lucro esperado em exercícios futuros;
Investimentos realizados e a realizar;
Fontes de financiamentos utilizados.
Quadro 03: Fatores de análise para determinação do valor de uma ação.
Fonte: adaptado de Pinheiro (2008, p. 262).
É possível notar no Quadro 03, a importância dada tanto aos fatores externos,
referentes ao mercado, a economia e a intervenção governamental, e até mesmo a confiança
do investidor, quanto aos fatores internos, que dizem respeito ao a saúde da empresa e como
ela está sendo administrada.
Os fatores externos vão assinalar o quanto a empresa poderá ser afetada no ambiente
onde ela está inserida, além de permitir uma projeção do futuro próximo da empresa. Já os
34
fatores internos permitem visualizar qual o grau de endividamento da empresa e o risco que
ela corre de não cumprir com suas obrigações financeiras.
Qual o lucro que ela espera conseguir nos próximos exercícios, deste lucro, o que será
investido e o que já foi investido. É notável que estas questões são inteiramente estratégicas e
demonstram a forma com que os administradores estão dirigindo o seu negócio.
A partir da análise destes dados, o Analista Fundamentalista consegue identificar qual
a melhor empresa, e conseqüentemente, a melhor ação para se investir. Qual tem maior
projeção de retorno e o menor risco, de acordo com as variáveis estudadas.
Entretanto, nos últimos anos, o mercado de ações voltou-se cada vez mais para o curto
prazo,visto que a velocidade das mudanças econômica está aumentando, o que leva as ações a
se movimentarem com a mesma rapidez. Para Elder (2006, p. 40), “foram-se os dias do
comprar e manter, quando as pessoas compravam ações promissoras para o longo prazo,
guardavam-nas no baú e recebiam dividendos”.
Com isso, uma outra forma de análise passou a ser necessária para que se possa
identificar pontos de compra e venda das ações de forma mais pontual. Para isso, utiliza-se a
Análise Técnica.
2.5.2 ANÁLISE TÉCNICA
Essa ação vai subir ou descer? Você deve operar vendido ou comprado? Os
operadores recorrem a numerosas ferramentas para responder essas perguntas. Elder (2006),
afirma que os mercados emitem um enorme volume de informações, a todo o momento, e que
as ferramentas de Análise Técnica organizam estas informações e as tornam gerenciáveis para
que possam ser utilizadas na tomada de decisão.
Mas o que seria Análise Técnica? Para Pinheiro (2008), é possível conceituar esta
forma de análise como um estudo dos movimentos passados dos preços e dos volumes de
negociação de um determinado ativo, e a partir daí fazer previsões sobre o possível
comportamento dos preços deste ativo para um futuro próximo.
Na visão de Debastiani (2008), a Análise Técnica é um conjunto de métodos e
ferramentas que buscam, através da observação do comportamento passado do mercado,
identificar padrões semelhantes e possíveis tendências futuras. Através destas informações o
investidor pode planejar como vai operar em determinada ação.
35
Indo além, Elder afirma que:
“os mercados financeiros funcionam com base num sistema de duas pontas – os
altistas e os baixistas [...]. os altistas puxam os preços para cima, os baixistas puxam
os preços para baixo, enquanto os gráficos nos mostram suas pegadas. Os analistas
técnicos estudam os gráficos para descobrir onde um grupo sobrepujou o outro
(ELDER, 2006, p. 40)”.
A Análise Técnica não se interessa sobre as informações sobre os lucros,
endividamentos, dividendos, grau de liquidez da empresa, e outras que são consideradas e
utilizadas na Análise Fundamentalista. O que importa são os fatores de oferta e demanda dos
ativos no mercado, e conhecer como os preços se movimentam, sem se importar com o
porque deles se movimentarem (PINHEIRO, 2008).
No Quadro 04 é possível fazer uma comparação entre estas duas escolas de análise.
Itens
Idade
Origem
Usuário
Pergunta
Análises
Fundamentalista
30 anos
Acadêmico
Administradores de fundos e
investidores no longo prazo
Por quê?
Econômico-financeira
Existe um valor real ou intrínseco
para cada ação que está
diretamente correlacionado com o
desempenho da empresa.
O objetivo da análise
fundamentalista é determinar o real
valor de uma ação
Técnica
100 anos
Profissional
Especulador
Quando?
Gráfica
Os preços das ações se movimentam em
tendências e existe uma dependência
Hipóteses Básicas
significativa entre as oscilações dos
preços que se sucedem.
O objetivo da análise técnica é determinar
a tendência de evolução das cotações no
curto prazo, a fim de se aproveitar as
Objetivos
rápidas oscilações para auferir ganhos de
capital (vender ações por um preço
superior ao da compra).
Quadro 04: Comparação entre as escolas de análise de ações
Fonte: Pinheiro (2008, p. 316).
É notável a enorme diferença existente entre as duas escolas de análise de ações, e
uma das mais interessantes é a diferença entre os usuários. Conforme o Quadro 04, a maioria
dos analistas fundamentalistas são investidores de longo prazo, pessoas que comprar ações de
uma determinada empresa e almejam obter grandes lucros, porém, em um horizonte temporal
bem maior. Já os usuários da Análise Técnica são, em sua maioria, especuladores, pessoas
que desejam obter lucros identificando e operando conforme as tendências que se formarem
no mercado.
36
Outro ponto importante é a hipótese utilizada pela Analise Técnica. Segundo o autor,
esta hipótese fundamenta-se no fato de que, se determinados indicadores, figuras e osciladores
foram utilizados e funcionaram bem no passado, porque não vai ocorrer no futuro? Desta
forma, o que se supõe, é que os investidores tendem a identificar tais momentos de compra ou
venda e agirão de forma similar a forma com que agiram no passado.
A Análise Técnica divide-se em dois principais tipos: a clássica e a computadorizada.
Na visão de Elder (2006), o primeiro tipo, a análise clássica, baseia-se apenas no estudo dos
gráficos, investigando o comportamento dos preços conforme o passar do tempo. Os analistas
clássicos buscam encontrar padrões familiares, como linhas de tendência, zonas de suporte e
resistência, figuras gráficas e outros padrões que serão vistos neste estudo. Já a Análise
Computadorizada, ainda na visão do autor, dispõe de sinais muito mais objetivos, visto que as
máquinas são capazes de analisar milhões de dados em uma velocidade incrível.
Quanto aos indicadores técnicos, podemos dividi-los em dois grandes grupos:
acompanhamento de tendências e osciladores.
Os indicadores de acompanhamento de tendências identificam qual a tendência
predominante em determinado ativo, assim como a força da mesma. Estes indicadores nos
ajudam a operar de forma correta de acordo com a tendência predominante.
Os osciladores ajudam a identificar possíveis pontos de reversão, auxiliando para que
os operadores fiquem atentos quanto a esta probabilidade. Mostram quando um mercado está
comprado demais (overbought), o que antecede um movimento de baixa, ou quando está
vendido demais (oversold), o que antecede um movimento de alta.
É importante salientar que os investidores configuram o horizonte temporal dos
indicadores da Análise Técnica de acordo com seu perfil de investimento. Se ele pretende
trabalhar a longo prazo, provavelmente fará seus estudos em gráficos semanais ou mensais. Já
os investidores que queiram operar na modalidade de Day-Trade irão escolher intervalos de
corte e coleta de preços menores que a duração de um pregão, provavelmente, gráficos com
intervalos de 10 ou 15 minutos (DEBASTIANI, 2008).
Antes que se definam quais os diferentes indicadores utilizados na Análise Técnica, é
importante exemplificar os diferentes tipos de gráfico.
37
2.6 TIPOS DE GRÁFICO
Como já foi citado, o mercado sofre influencias das forças de oferta e demanda o que
promove grandes movimentos oscilatórios. Os compradores querem comprar o mais barato
possível, enquanto os vendedores querem vender o mais caro possível. Diante disto, qual a
definição de preço?
Elder (2006, p. 74), afirma que “o preço é um consenso de valor entre todos os
participantes do mercado, expresso na decisão de comprar e vender, no momento da
operação”. Ou seja, em dado momento, um vendedor aceitou determinada oferta de compra,
tendo em vista que, para ele, o valor ofertado era justo. Em contrapartida, um comprador
aceitou uma oferta de venda, visto que, achou justo pagar tal preço por determinada
mercadoria. Desta forma, os gráficos nada mais são, que pesquisas de opinião contínuas do
consenso entre os participantes do mercado. Assim, estudando estes gráficos é possível
reconhecer padrões que ajudarão a decidir quando apostar na alta ou na baixa.
Os principais gráficos utilizados pelos analistas técnicos são vistos a seguir.
2.6.1 GRÁFICO DE LINHA
Este gráfico consiste na representação das cotações em intervalos de tempo regulares,
geralmente para cada pregão, unidas por linhas retas. Os pontos marcados em cada pregão
formam uma linha que se estende ao longo da escala horizontal de forma irregular, mostrando
as oscilações que os preços sofreram (DEBASTIANI, 2008). Se este tipo de gráfico for
utilizado para representar preços, serão utilizados apenas o preço de fechamento. Em Análise
Técnica, o gráfico de linhas freqüentemente está ligado a representação de outros elementos
como indicadores de oscilação ou rastreamento, que serão explicados posteriormente.
2.6.2 GRÁFICO DE COLUNAS
Este gráfico que tem por objetivo fazer uma comparação da magnitude de valores
entre os pregões pela ilustração de colunas verticais que partem de um ponto zero, ou seja, da
linha inferior do gráfico. Este tipo de gráfico geralmente é utilizado na representação do
volume financeiro negociado no pregão (DEBASTIANI, 2008).
38
De acordo com Pinheiro (2008), com este gráfico pode-se valorizar a força ou pressão
com que as cotações se movimentam, através da comparação entre as colunas formadas.
Percebe-se que na visão do autor, a formação de colunas cada vez maiores demonstrarão a
força da tendência atual em que os preços se movem, entretanto, se as colunas forem cada vez
menores, é notável que a tendência está enfraquecendo e provavelmente reverterá.
2.6.3 GRÁFICO DE BARRAS
Este tipo de gráfico expressa a evolução das cotações ao longo do tempo por meio de
barras verticais. Nele, as cotações para cada período de tempo são representadas por uma
linha vertical que liga os pontos de cotação máxima e mínima (PINHEIRO, 2008). Segundo
Debastiani (2008), a ponta superior da barra representa o valor máximo do ativo durante o
pregão, enquanto a ponta inferior representa o valor mínimo.
O preço de abertura é assinalado por um traço horizontal no lado esquerdo da barra,
enquanto o preço de fechamento é assinalado por um traço horizontal do lado direito da barra.
No ponto de vista do autor, percebe-se que se o traço esquerdo (que representa a abertura)
estiver acima do traço direito (que representa o fechamento), estará expresso que o ativo
sofreu desvalorização naquele período.
2.6.4 GRÁFICO DE CANDLESTICKS
Estes gráficos são de origem japonesa, forma figuras específicas conforme os preços
praticados no mercado. Ele marca o espaço entre o preço de abertura e o de fechamento com
um corpo de barra mais largo, e a distancia entre tais preços e a máxima ou mínima, é
marcada por um traço fino que mais parece um pavio (DEBASTIANI, 2008).
Outra característica é que as velas apresentaram padrões de cor diferente para indicar
momento de alta ou de baixa. Se um Candle formado for de alta, geralmente ele terá cor
branca ou verde. Se for de baixa, geralmente é marcado pela cor preta ou vermelha. Quanto
maior for o corpo da vela, maior será a intensidade da tendência.
Elder (2006) afirma que para os analistas gráficos a relação entre os preços de abertura
e de fechamento é o dado mais importante do dia. O tamanho do Candle assim como os
39
pavios refletem as batalhas entre os compradores e os vendedores. Analisando esses padrões,
assim como os vários outros Candles formados anteriormente, fornecerão informações úteis
sobre a tendência do mercado, auxiliando a decidir entre operar comprado ou vendido.
2.7 TENDÊNCIAS DE MERCADO
Quando os preços de um ativo mantêm um movimento constante durante certo período
de tempo, dizemos que os preços estão em tendência. As tendências são importantes na
análise de mercado de mercado porque indicam um futuro próximo do ativo, já que uma
tendência estabelecida tende a continuar até que seja interrompida por algum fato importante
(DEBASTIANI, 2008). É possível ainda traçar retas sobre pontos no gráfico a fim de traçar
linhas de tendência. As mais comuns são as linhas de tendência de alta, linhas de tendências
de baixa e as linhas de suporte e resistência. Estes são os indicadores mais comuns utilizados
pelos analistas técnicos clássicos para detectar pontos de compra ou venda de um determinado
ativo.
2.7.1 LINHAS DE TENDÊNCIA DE ALTA
Os fundos das baixas são as áreas de poder máximo dos vendedores. Mostram com
que força os baixistas estão operando no mercado.
A Linha de Tendência de Alta, também conhecida como LTA, segundo Elder (2006),
é formada ao se conectar, através de uma reta, dois ou mais fundos adjacentes, que se
inclinam para cima. Esta imagem demonstra que o consenso dos menores preços negociados
em determinado ativo está aumentando com o passar do tempo, ou seja, os vendedores estão
perdendo força.
2.7.2 LINHAS DE TENDÊNCIA DE BAIXA
Os topos das altas demarcam as áreas de poder máximo dos compradores. Mostram o
quanto eles conseguiram elevar o preço de um determinado ativo.
Também conhecida como LTB, a Linha de Tendência de Baixa é formulada de
maneira semelhante, porém, desta vez, conecta-se dois ou mais topos que se inclinam para
40
baixo. Esta imagem demonstra que o consenso dos maiores preços negociados em
determinado ativo está diminuindo com o passar do tempo, ou seja, os compradores estão
perdendo força.
2.7.3 SUPORTES E RESISTENCIAS
Quando olhamos um gráfico e percebemos que em um determinado ponto há um
comportamento repetitivo de reversão, de modo que podemos traçar uma linha horizontal na
qual os preços parecem tocar e refletir no sentido oposto, teremos uma região denominada de
suporte ou resistência (DEBASTIANI, 2008).
Ainda segundo o autor, chamaremos de suporte aquela região gráfica, onde os preços
após um movimento de queda, batem e revertem no sentido contrário, desde que este
comportamento tenha se repetido mais de uma vez. Para Pinheiro (2008), está formação
gráfica acontece no momento em que o interesse dos compradores supera o dos vendedores,
fazendo com que a ação volte a subir.
Já na resistência, após um movimento de alta, em certa região gráfica, os preços
parecem tocar e reverter, iniciando um movimento de queda. Também aqui, este
comportamento deve ter sido observado pelo menos duas vezes. Na visão de Pinheiro (2008),
este comportamento acontece no momento em que o poder de venda torna-se mais forte,
fazendo com que os preços comecem a cair.
2.8 INDICADORES DE TENDÊNCIA
Existem, em todo o mundo, inúmeros indicadores de tendência, porém, para este
estudo, apresentam-se os indicadores definidos por Debastiani (2008), Elder (2006) e Pinheiro
(2008).
41
2.8.1 MÉDIAS MÓVEIS
São ferramentas muito eficazes para acompanhamento de tendências e estão entre as
mais antigas, simples e mais úteis para os operadores. Segundo Elder (2006), esta ferramenta
ajuda a identificar as tendências e a descobrir áreas para iniciar operações. Ela é calculada
para cada ativo que se deseja monitorar e é analisada juntamente com um gráfico de preços
desse ativo.
Pinheiro (2008, p. 337), afirma que para construir uma Média Móvel, “escolhe-se
determinado período de tempo e calcula-se a média dos preços dos dias para preços de
fechamento”. Está média denomina-se móvel porque sempre adicionará ao seu calculo o
último dia acompanhado, de tal forma que o primeiro dia será subtraído. Elder (2006, p. 96)
complementa este raciocínio ao dizer que “a média móvel é uma fotografia composta do
mercado, incluindo e excluindo continuamente os preços que compõem seu cálculo, a medida
que entram e saem do período de apuração”.
Para tal ferramenta, os indicadores de comprar e vender serão os seguintes:
O sinal de compra é dado quando a linha de preço cruza a linha da média de baixo para cima.
O sinal de venda é dado quando a linha de preço cruza a linha da média de cima para baixo.
Existem basicamente três tipos de médias que são definidas no Quadro 05.
Tipo de Média
Definição
Neste tipo, somam-se as cotações de determinado
Média Móvel Simples
período e divide-se por esse número de períodos para
obtenção do número representativo desses períodos.
Neste tipo, cada uma das cotações é ponderada por
sua vez. Se considerarmos uma escala temporal de
Média Móvel Ponderada
dez pregões, o primeiro será multiplicado por um, o
segundo por dois, e assim por diante até chegarmos
no último que será multiplicado por dez.
Essa média reúne as vantagens da média simples e
ponderada em seu cálculo mais complexo. Prioriza as
Média Móvel Exponencial
cotações mais recentes em relação às mais antigas,
possibilitando com isso maior diferenciação no
tratamento das cotações.
Quadro 05: Diferentes tipos de Médias Móveis
Fonte: adaptado Pinheiro (2008, p. 337:338).
42
Dentre os diferentes tipos de Médias Móveis citados acima, percebe-se a importância
dada a Média Móvel Exponencial. Debastiani (2008), afirma que este método dosa a
relevância de cada preço na composição da média, fazendo com que o peso de cada cotação
torne-se paulatinamente menos relevante quando mais distante este estiver da cotação atual do
ativo.
2.8.2 AGULHADA DO DIDI
Este método criado pelo grafista brasileiro Odir Aguiar e utiliza dois elementos
distintos: um gráfico de Candlestick e três Médias Móveis Aritméticas de amplitudes
diferentes. Segundo Debastiani (2008), ele é desenvolvido da seguinte forma:
Sobre um gráfico de Candlestick, traça-se três Médias Móveis Exponenciais: uma de 3
dias, outra de 8 dias e por último uma de 20 dias. Cada média deve ter uma cor diferente,
facilitando, com isto, a sua identificação. Como horizontes temporais diferentes, cada uma das
médias tem um comportamento distinto. Enquanto a de 20 dias é mais suave e arredondada, a
de 8 dias é um pouco mais sinuosa e a de 3 dias é mais pontual, reagindo rapidamente às
mudanças de preço.
Em períodos de acumulação, estas médias assumem um movimento horizontal e
aproximam-se uma das outras. No momento em que elas passarem por dentro de um Candle,
assim como a uma linha passa por dentro do buraco da agulha, e após isto, se separarem,
teremos a agulhada.
A avaliação deste método dar-se da seguinte forma:
• Agulhada de Alta: ao se separarem as três linhas, a Média Móvel de 3 dias fica por cima, a
de 8 dias no meio e a de 20 dias embaixo. Este comportamento segue durante toda a
tendência.
• Agulhada de Baixa: ao se separarem as três linhas, a Média Móvel de 3 dias fica por baixo,
a de 8 dias no meio e a de 20 dias por cima. Este comportamento segue enquanto a durar a
tendência predominante.
43
2.8.3 MACD (MOVING AVERAGE CONVERGENCE AND DIVERGENCE)
Segundo Debastiani (2008), este é um dos mais interessantes rastreadores, sendo o
preferido por muitos analistas. A tradução deste termo em inglês significa Convergência e
Divergência de Médias Móveis. Esta ferramenta é traçada na forma de um gráfico de linhas,
composto de dois elementos ativos:
• Uma linha principal denominada de MACD é a média móvel mais longa, representada por
um traço sólido geralmente de cor azul.
• Uma linha secundária, denominada de Sinal é a média móvel mais curta, representada por
uma linha tracejada ou pontilhada, geralmente na cor vermelha.
O gráfico é dividido por um traço central horizontal, que marca a posição zero. Desta
forma, tem-se um lado positivo, acima do traço central e um lado negativo, abaixo do mesmo.
Durante movimentos de alta, a média mais curta reage primeiro, gerando valores mais
altos, fazendo com que a linha MACD tome uma inclinação ascendente. Se isso ocorrer após
um movimento de baixa, a linha da média móvel mais curta cruza a linha da média móvel
mais longa, ficando acima da linha zero do gráfico. Entretanto, em movimentos de baixa, este
comportamento ocorre de maneira inversa.
Desta forma, a indicação do ponto de compra e de venda dar-se da seguinte maneira:
• Quando a linha MACD cruza, de baixo para cima, a linha de Sinal dentro da área negativa
do gráfico, tomando direção oposta a de sua trajetória anterior, encontra-se a indicação de
compra.
• Quando a linha MACD cruza, de cima para baixo, a linha de Sinal dentro da área positiva
do gráfico, tomando direção oposta a de sua trajetória anterior, encontra-se a indicação de
venda.
2.8.4 HISTOGRAMA DE MACD
O Histograma de MACD é uma ferramenta que mede a distancia entre as duas médias
móveis de curto e longo prazo, expressando a força da tendência na forma de um gráfico de
barras que se movimenta para cima ou para baixo (DEBASTIANI, 2008).
44
Quando a linha MACD está ascendente, o valor do histograma de MACD é positivo, e
as suas barras expressam este movimento desenvolvendo-se da linha zero e estendendo-se
para o lado positivo do gráfico. Desta forma, o ponto ideal de compra é definido no momento
em que o histograma de MACD emerge da área negativa para a área positiva.
Quando a linha MACD está descendente, o valor do histograma de MACD é negativo,
e as suas barras expressam este movimento desenvolvendo-se da linha zero e estendendo-se
para o lado negativo do gráfico. De forma contrária, o ponto ideal de venda é identificado no
momento em que o histograma de MACD mergulha na área negativa a partir da área positiva.
Para Elder (2006), esta importante ferramenta ajuda a apostar no grupo vencedor e a
vender quando na oposição.
2.9 INDICADORES OSCILADORES
Existem, em todo o mundo, inúmeros indicadores osciladores, porém, para este estudo,
apresentam-se os indicadores definidos por Debastiani (2008), Elder (2006) e Pinheiro
(2008).
2.9.1 OSCILADOR ESTOCÁSTICO
De acordo com Elder (2006, p. 126), “esse oscilador identifica situações de comprado
demais (overboght) ou vendido demais (oversold), ajudando a comprar na baixa e vender na
alta”. O autor continua a ressaltar sua importância ao dizer que o estocático também auxilia a
que não se comprem a preços altos ou opere-se a descoberto nas baixas.
O fator interessante desta ferramenta é a importância dada aos preços de fechamento e
a sua utilização para a identificação de pontos ideais para operar. Debastiani (2008), afirma
que ele toma como base o princípio de que os preços de fechamento tendem a acompanhar o
movimento predominante durante o pregão e a se aproximar ao máximo das extremidades
dos preços. Ou seja, durante uma tendência de alta o preço de fechamento tende a aproximarse ao da máxima do dia, ocorrendo de forma inversa durante uma tendência de baixa.
Considerando o que foi exposto, na visão de Elder (2006), esta ferramenta emite os
seguintes sinais:
45
Se os compradores erguerem os preços durante todo o dia, mas no fechamento não
conseguem segurá-lo perto da máxima, o estocático vira para baixo, identificando a fraqueza
dos altistas e emitindo sinal de venda.
De forma contrária, se os vendedores puxam o preço para baixo, formando esta
tendência diária, mas no fechamento não conseguem trazer o preço para perto da mínima
diária, o estocático aponta a fraqueza dos baixistas e emite sinal de compra.
2.9.2 IFR – ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA
Como foi dito anteriormente, o IFR trabalha sobre o conceito de sobrecompra e
sobrevenda, visto que se os preços estão nessas extremidades, provavelmente irão reverter,
traçando um novo movimento.
Esta ferramenta é traçada em um gráfico de linhas disposto sobre uma escala vertical
fixa (eixo Y) marcado de 0 a 100. Para Pinheiro (2008, p. 339), “devemos considerar que ele
flutua entre 0 (dominação total dos vendedores) e 100 (dominação total dos compradores)”.
Debastiani (2008), afirma que são desenhadas duas linhas horizontais, fixadas sobre as
escalas de 20 e 80, marcando estas zonas, como os limites de sobrecompra e sobrevenda. O
autor continua sua definição ao ressaltar que a linha IFR mede a aceleração do movimento
em curso, subindo e descendo de acordo com o movimento estabelecido. Assim, quanto mais
acelerado for a tendência, maior será a inclinação da linha IFR.
Dando continuidade, o autor afirma que de acordo com esta ferramenta, as indicações
para comprar ou vender são as seguintes:
• Quando a linha IFR emerge na zona de 20, significa que o ativo está sobrevendido,
existindo pouco espaço para dar continuidade a baixa e que provavelmente reverterá para
um movimento de alta.
• De forma contrária, quando a linha IFR emerge na zona de 80, significa que o ativo está
sobrecomprado, existindo pouco espaço para dar continuidade a alta e que provavelmente
reverterá para um movimento de baixa.
46
2.9.3 MOMENTO
Este tipo de oscilador é montado sobre as variações dos preços de uma escala temporal
predefinida. Seu cálculo é muito simples. Segundo Debastiani (2008), basta apenas subtrair o
valor da cotação de fechamento no primeiro dia do período, do valor da cotação de
fechamento no último dia do período. Desta forma, a janela de calculo definida pelo
investidor vai se movimentando para cada novo dia que calculamos o Momento.
Tendo encontrado o valor do Momento, traça-se na forma de um gráfico de linha, com
uma reta horizontal marcando o valor zero ao centro. Desta forma, se o preço atual for maior
do que o preço mais antigo, o Momento será positivo, e a linha será traçada acima da linha
zero. Entretanto, se o preço atual for menor que o mais antigo, ele terá comportamento
oposto.
Ainda segundo o autor. os indicadores de compra e de venda dão-se de modo um
pouco diferente nesta ferramenta. A permanência da linha no lado positivo indica que os
compradores estão dominando e quanto mais inclinada for a linha, maior será a força da
tendência.
Ou seja, quando a linha do Momento cruza de baixo para cima a linha zero, está
indicando ponto ideal de compra. Porém, a linha pode perder inclinação mesmo estando no
lado positivo, o que indica perda de força da tendência, o que provavelmente antecede uma
reversão. Em contrapartida, a indicação de venda ocorre quando a linha do Momento cruza
de cima para baixo a linha zero, entrando no lado negativo do gráfico. Se a linha perder
inclinação com o passar do tempo, provavelmente está prestes a se iniciar uma nova
tendência de alta.
2.10 OPERANDO COM CANAIS
Segundo Elder (2006), os canais são usados pelos analistas técnicos para descobrir
níveis onde o preço da ação está subavaliado ou sobreavaliado. Canais são ótimas
ferramentas para acompanhar tendências, seja ela de alta, de baixa ou lateral, podendo ainda
analisar qualquer horizonte temporal.
47
Dando ênfase a importância da utilização de canais, Debastiani (2008, p. 159) afirma:
a visualização de um canal sobre o gráfico de preços ajuda o investidor a enxergar
os pontos onde, provavelmente, deverão ocorrer correções técnicas (ou até
reversões) ao longo da tendência. Ao observar o mercado reagindo de forma
contrária ao atingir cada uma das paredes do canal, mantendo-se dentro dele, o
investidor terá subsídio para sua tomada de decisão.
Existem dois principais tipos de canal: canais retos e canais de desvio padrão, que são
popularmente conhecidos como bandas de Bollinger.
Os canais simples consistem em duas linhas sobrepostas aos gráficos de preços, uma
acima e outra abaixo de uma média móvel. Debastiani (2008) afirma que preferencialmente o
gráfico deve ser de Candlestick, pois em sua opinião a análise a respeito dos canais pode
mesclar elementos de outras técnicas, como a análise de Candles.
Em uma tendência de alta deve-se traçar uma linha LTA que unirá os fundos mais
baixos produzidos pelos candles e outra linha paralela próximo aos topos mais altas
observados no gráfico. Em uma tendência de baixa, deve-se traçar uma linha LTB que unirá
os topos mais altos produzidos pelos candles e outra linha paralela próximo aos fundos mais
baixos observados no gráfico.
48
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Conforme Markoni e Lakatos (2006, p. 44), “não há ciência sem o emprego de
métodos científicos”. Os autores enfatizam a importância que se deve ter com a escolha e a
utilização de um método científico adequado para que se possa analisar, interpretar e
conhecer a realidade em torno de determinado problema. Desta forma, Hergenberg (1976
apud MARKONI e LAKATOS, 2006, p. 44), afirma que:
método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar alternativas para ação
científica... Assim, enquanto as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas
decisões, o modo pelo qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de
decisão. Métodos são regras de escolha; técnicas são as próprias escolhas
Através do método, será possível traçar as diretrizes para que se possa ordenar a
pesquisa. O método deve orientar o cientista na forma de proceder durante o percurso de uma
pesquisa, com o intuito de alcançar os objetivos almejados. Resumidamente, é possível dizer
que a finalidade da atividade científica é a obtenção da verdade, por intermédio da
comparação entre a realidade e a teoria científica e que o método é o conjunto das atividades
sistemáticas e racionais que possibilitam, de forma segura e econômica, alcançar
conhecimento verdadeiro, traçando o caminho a ser seguido, assim como detectando os erros
e auxiliando na tomada de decisão por parte do cientista (MARKONI, LAKATOS, 2006).
O desenvolvimento desta pesquisa tem por objetivo responder a seguinte questão de
estudo: qual a importância dos indicadores da Análise Técnica nas operações em mercado de
ações segundo a percepção dos investidores da M&D Agente Autônomo de Investimentos
LTDA?
Desta forma, faz-se necessária a utilização de um método científico para orientar no
processo de obtenção do conhecimento válido e verdadeiro acerca das ferramentas de análise
técnica, as configurações utilizadas em cada ferramenta, as formas de análise temporal, os
sinais emitidos x tomada de decisão, e a real utilização destas ferramentas para a obtenção de
lucro nas operações de mercado de capitais.
49
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa em questão visa conhecer a importância dos indicadores da análise técnica
utilizados durante as operações em mercados de ações, visando a otimização dos resultados.
Embora haja muitos estudos na área de mercado de ações realizados por autores como:
Pinheiro (2008), Elder (2006), dentre outros, pode-se considerar que ainda não há uma
produção elevada e significativa de pesquisas focadas na temática escolhida para o trabalho
em questão, tendo sido o mesmo, realizado na M&D Agente Autônomo de Investimentos
LTDA.
Sendo este um estudo que necessita de mecanismos formais de diagnóstico da
realidade visando contribuir para a construção da ciência, e buscando conhecer a variável de
estudo tal como se apresenta, quanto aos fins, esta pesquisa define-se como exploratória.
Segundo a definição de Vergara (2008, p. 47), a pesquisa exploratória “é realizada em
área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de
sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da
pesquisa”.
Na visão de Malhotra (2001, p. 114 apud KNIESTEDT, 2006):
a pesquisa exploratória é a etapa inicial na estrutura geral de concepção de pesquisa.
Na maior parte dos casos, ela deve ser acompanhada por pesquisas descritivas ou
causais. Por exemplo, as hipóteses desenvolvidas por meio da pesquisa exploratória
devem ser estatisticamente testadas mediante pesquisas descritivas ou causais.
Com a finalidade de conhecer a variável de estudo em sua plenitude, assim como
entender seu significado e o contexto onde ela se insere, faz-se necessário observar, registrar
e analisar o fenômeno e sua freqüência de acontecimento.
Consoante com o conceito acima, esta pesquisa também assume caráter descritivo,
visto que, de acordo com a definição de Vergara (2008), a pesquisa descritiva expõe
características de determinada população ou de determinado fenômeno. Além disso, este tipo
de pesquisa pode estabelecer algum tipo de correlação entre variáveis e definir sua natureza.
Ainda segundo a autora, outra característica comum da pesquisa exploratória é que esta não
tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal
explicação.
50
No presente estudo adotou-se a pesquisa descritiva tendo em vista que a mesma
oferece maior subsídio para utilização de técnicas padronizadas para coleta de dados, como
no caso, o questionário. Também foi escolhida por ter como objetivo descrever características
de grupos. No trabalho de conclusão de curso em questão, visou-se descrever as opiniões dos
clientes da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA.
Outros autores também dissertam sobre as características da pesquisa descritiva. Na
visão de Silva e Menezes (2000), o objetivo principal da pesquisa descritiva é a de descrever
características de determinada população ou fenômeno, ou ainda o estabelecimento de
relações entre variáveis. Para tal, faz-se necessário o uso de técnicas padronizadas de coleta
de dados, como questionários e observação sistemática.
A abordagem da pesquisa em questão é quantitativa, tendo em vista que esta
abordagem busca descrever significados que são considerados como inerentes aos objetos e
atos. (GIL, 2002). Utilizou-se a abordagem quantitativa, porque, segundo a visão de Marconi
(2008, p. 4), “os dados devem ser, quanto possível, expressos com medidas numéricas”.
Ainda segundo o autor, o pesquisador não deve fazer juízo de valor, mas deixar que os dados
e a lógica levem à solução real, verdadeira.
Tal estudo foi elaborado utilizando a abordagem quantitativa tendo em vista se buscou
gerar medidas precisas e confiáveis que permitissem uma análise estatística mais detalhada. A
amostra foi relativamente grande, onde se almejou apurar opiniões, atitudes e interesses
compartilhados em relação aos indicadores técnicos financeiros.
A coleta de dados quantitativos se realiza através da obtenção de questões estruturadas
e as técnicas de análise são dedutivas (isto é, partem do geral para o particular) e orientadas
pelos resultados.
3.2 CAMPO DE ESTUDO
Salienta-se que todas as informações aqui expostas foram coletadas através de uma
visita feita à M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA, onde foi feita uma entrevista
com os dois gestores e sócios da empresa, ambos exercem ainda a função de Agente
Autônomo de Investimentos, credenciados pela CVM.
51
Esta pesquisa foi realizada na empresa M&D Agente Autônomo de Investimentos
LTDA a qual fica localizada na Av. Rui Carneiro, número 425, Bairro de Tambauzinho, João
Pessoa – PB. A empresa atua como uma corretora de Títulos e Valores Mobiliários no
mercado de capitais, ministrando cursos sobre a Bolsa de Valores e as diferentes formas de
investimentos, realizando operações com ativos mobiliários, repassando ordens de seus
clientes para a Bovespa e fornecendo sistemas de negociação eletrônica para seus clientes. A
corretora está devidamente credenciada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), e presta
serviços a Um Investimentos.
A Um Investimentos S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários é uma instituição
independente, que atua no mercado financeiro desde 1969. Em 2008, iniciou um processo de
reestruturação, onde se reposicionou no mercado com uma nova marca: Um Investimentos,
antiga Umuarama. Com matriz no Rio de Janeiro e a centralização dos negócios relacionados
ao seu portal eletrônico em São Paulo, a Um Investimentos expandiu seus negócios por todo o
Brasil, contando hoje com 29 escritórios, 15 mil clientes cadastrados na Bovespa, além de 200
clubes de investimentos em todo país.
A empresa foi inaugurada em 08 de Julho de 2008. Antes da empresa ser fundada, no
mesmo lugar onde ela funciona atualmente, os atuais gestores tinham uma empresa de
informática e lecionavam cursos na área desde 2006. Com o passar do tempo, perceberam que
a oportunidade de ingressar no mercado de ações de forma profissional, poderia transformarse em uma atividade bastante lucrativa. Depois de retornar de viagem a São Paulo para
estudar, um dos gestores, que já operava na Bolsa de Valores, passou a ministrar cursos na
área. Com o tempo, os alunos que faziam os cursos passaram a buscar empresa para tirar
dúvidas, trocar idéias e interagir mais com o mercado. Foi então que a sala de cursos virou
uma sala de ações, onde todos os alunos poderiam freqüentar.
Diante desta realidade, os gestores perceberam a oportunidade de ganhar dinheiro com
corretagens, devido ao grande número de clientes que freqüentavam a empresa. Após um
período estudando, ambos conseguiram ser aprovados na prova da Ancor, e receber a
credencial de Agente Autônomo de Investimentos. A empresa passou por uma única reforma
desde a sua aquisição. No ato da compra, a estrutura física da empresa era muito simples,
formada por um único vão (galpão). Foram feitas as reformas necessárias, construindo mais
52
um banheiro, uma área de recepção dos clientes, uma sala de almoxarifado e reestruturada a
sala de ações, na qual os agentes e clientes operam.
Atualmente, a M&D possui dois gestores, os quais atuam como Agentes de
Investimentos na bolsa de valores, e uma secretária, responsável pelo atendimento ao público
em geral. No momento o quadro de funcionários é insatisfatório. Segundo um dos gestores da
empresa, necessita-se de mais Agentes Autônomos de Investimentos, a fim de operar para
mais clientes. Além disso, um funcionário para a área comercial, que atuaria na externamente,
visitando organizações para divulgar a empresa e buscando captar clientes.
Outro ponto importante é que a partir de 2010, com o advento do PRIME, a empresa
iniciará um novo projeto para desenvolver um software que auxilia nas operações no mercado
financeiro. Já captação de clientes é feita através da divulgação da empresa em Jornais, rádio
e através de cursos que são ministrados na própria corretora e a única parceria da M&D é com
a Faculdade Iesp no sentido de promover divulgação da empresa.
3.3 UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA
Vergara (2008, p. 50), afirma que “população é um conjunto de elementos que
possuem as características que serão objeto de estudo. O universo ou população desta
pesquisa contemplou 295 clientes.
Em relação a amostra, Vergara (2008, p. 50), a população amostral ou amostra “é uma
parte do universo (população) escolhida segundo algum critério de representatividade”.
Marconi e Lakatos (2007, p. 41), afirmam que “é a porção ou parcela, convenientemente
selecionada do universo (população)”.
A amostragem utilizada por este projeto foi do tipo não probabilística por
acessibilidade, pois, segundo Vergara (2008, p. 51), consiste em selecionar os elementos pela
facilidade de acesso a eles. Por critérios de sigilo não são disponibilizados nenhum tipo de
dado dos clientes, como número de telefone ou e-mail. Desta forma, fez-se necessário
executar a pesquisa por acessibilidade. Desta forma, todos os dados obtidos dos entrevistados
foram coletados através de visitas feitas à M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA,
onde os clientes eram abordados, informados sobre a pesquisa e solicitados a responder o
questionário, visto que esta era a única forma de ter acesso aos clientes.
53
Esta pesquisa foi realizada com 45 clientes da empresa focada no presente estudo
monográfico, portanto, tais entrevistados compuseram a amostra da pesquisa, somando um
percentual de 15,25% em relação ao universo da pesquisa, conforme o Quadro 06:
Universo
Clientes
Amostra
Quantidade
Percentual
Quantidade
Percentual
295
100%
45
15,25%
Quadro 06: Distribuição do universo e amostra da pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa, 2010.
3.4 INSTRUMENTOS DA PESQUISA
Inicialmente, com o objetivo de coletar dados relativos a M&D Agente Autônomo de
Investimentos, utilizou-se o método de entrevista. Na visão de Vergara (2008, p. 55) “a
entrevista é um procedimento no qual você faz perguntas a alguém que, oralmente, lhe
responde”. Foi utilizado com os sócios da empresa o método de entrevista por pautas.
Este método foi utilizado porque segundo Vergara (2008, p. 55), “na entrevista por
pauta, o entrevistador agenda vários pontos para serem explorados com o entrevistado”. Desta
maneira pretende-se nortear a entrevista de forma que o entrevistado possa estar informando
os dados almejados na pesquisa.
Através dessas entrevistas foi possível saber a cerca do histórico da empresa, da visão
empreendedora dos sócios, dos projetos desenvolvidos, parcerias e projetos pretendidos. É
notável a importância da entrevista, pois segundo a visão de Marconi e Lakatos (2007, p. 92),
é através da entrevista que se investiga determinado problema, para coletar dados ou para
auxiliar no diagnóstico ou no tratamento deste problema.
Outro instrumento utilizado foi o questionário estruturado. Segundo Vergara (2008, p.
54), “o questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao respondente, por
escrito”. Devido a ausência de questionários relativos ao assunto, fez-se necessário a
elaboração deste instrumento.
O questionário estruturado foi elaborado abrangendo 15 indagações, este, foi aplicado
aos clientes da M&D Agente Autônomos de Investimentos LTDA.
54
3.5 ANÁLISE E TRATAMENTO DOS DADOS
Para análise dos dados utilizou-se a tabulação elaborada através de uma Planilha
Eletrônica na qual os dados obtidos foram organizados e analisados percentualmente de
acordo com o total da amostra e os valores obtidos. Salienta-se o cuidado e atenção na
consecução de tal etapa, visando garantir a credibilidade da pesquisa, objetivando criar uma
reunião de dados, para posteriormente elaborar as demais seções, ou seja, a Análise e
Apresentação dos Dados e Considerações Finais.
55
4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No presente capítulo são analisados e apresentados os resultados obtidos durante a
realização da pesquisa de campo, esta, implementada junto a empresa denominada M&D
Agente Autônomo de Investimentos LTDA.
Salienta-se que para uma melhor organização do capítulo em questão, visando oferecer
uma maior compreensão acerca dos resultados alcançados, o mesmo encontra-se dividido em
dois blocos de análise, a saber: Caracterização da Amostra – engloba a análise relacionada ao
perfil dos clientes da empresa foco do estudo e Aspectos Inerente a Utilização dos Indicadores
da Análise Técnica – abrange fatores relacionados a investimentos, perfil de investimentos,
indicadores utilizados, etc., enfatiza-se que tal bloco de análise foi elaborado visando
identificar a percepção dos clientes acerca da utilização dos indicadores da análise técnica
para auxílio a tomada de decisão.
Assim, para concretização do trabalho de conclusão de curso em questão, utilizou-se o
questionário estruturado, contendo 15 indagações. O instrumento de coleta de dados foi
segmentado em duas fases, a primeira, apresenta questões relacionadas ao perfil dos
entrevistados, a segunda, elenca perguntas voltadas para a questão problemática que norteou o
estudo, ou seja: Qual a importância dos indicadores da análise técnica para o auxilio a tomada
de decisão no mercado de ações na visão dos investidores da M&D Agente Autônomo de
Investimentos LTDA.
4.1 APRESENTAÇÃO DO PERFIL DA AMOSTRA PESQUISADA
No primeiro bloco de análise, traça-se o perfil da amostra que compôs o estudo, com
isso foram elaboradas questões voltadas para: Faixa Etária, Gênero, Nível de Escolaridade,
Faixa de Rendimentos, Estado Civil e Número de Filhos.
Desse modo, o primeiro resultado a ser apresentado está direcionado ao gênero
preponderante da amostra que respondeu a pesquisa, ou seja, clientes da M&D Investimentos
LTDA.
56
4.1.1 SEXO
Em relação a variável sexo, os dados encontram-se dispostos na Tabela 03 e no Gráfico 01:
Sexo
Masculino
Feminino
Total
Tabela 03: Distribuição com relação ao sexo.
n
38
7
45
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
%
84,4
15,6
100
Gráfico 01 – Resultados acerca do sexo dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Com relação a distribuição da variável sexo dos clientes pesquisados é notável a
predominância de clientes do sexo masculino, visto que dos 45 respondentes, 38 são homens e
7 são mulheres. Contabilizando 84,4% para gênero masculino e 15,6% para feminino, um
percentual aproximadamente 6 vezes menor em relação aos clientes do sexo masculino.
4.1.2 FAIXA ETÁRIA
Em seqüência ao gênero dos pesquisados, buscou-se analisar em que faixa etária os
mesmos estavam inseridos, deste modo, nos questionários distribuídos aos 45 clientes, estes
responderam a perguntas relacionadas à idade, visando apresentar informações para traçar um
perfil mais detalhado do público que abrangeu o estudo.
57
Deste modo, os dados estão disposto na Tabela 04 e Gráfico 02 demonstrando a
relação de faixa etária dos entrevistados.
Faixa etária
Menos de 25 anos
26 a 35 anos
36 a 45 anos
Mais de 45 anos
Total
Tabela 04: Distribuição por faixa etária
n
3
13
15
14
45
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
%
6,7
28,9
33,3
31,1
100
Gráfico 02 – Resultados acerca da faixa etária dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Salienta-se que o percentual resultante dos questionários respondidos enfatiza que
numa amostra total de 45 respondentes que participaram da pesquisa, 3 estão entre a faixa
etária com menos de 25 anos, formando um percentual de 6,7%; 13 estão entre 26 e 35 anos
(28,9%), 15 entrevistados encontra-se na faixa que abrange dos 36 a 45 anos, com 33,3% e
por fim, 14 clientes possuem mais de 45 anos, denotando 31,1%.
Desse modo, afirma-se que as faixas etárias que variam dos 36 a acima de 45 anos são
as mais recorrentes.
Isso se deve ao fato de que os clientes pesquisados que compõe estas faixas etárias são
em sua maioria profissionais com estabilidade financeira, disponibilizando então de uma
reserva de capital a ser investido no mercado de ações.
58
4.1.3 GRAU DE INSTRUÇÃO
Outra variável inerente ao presente bloco de análise focou o grau de escolaridade dos
entrevistados. Os resultados obtidos encontram-se dispostos na Tabela 05 e Gráfico 03.
Tabela 05: Distribuição por grau de instrução dos clientes
Grau de Instrução
n
%
1º Grau completo
0
0
2º Grau incompleto
1
2,2
2º Grau completo
2
4,4
Ensino Superior incompleto
6
13,3
Ensino Superior completo
29
64,4
Pós-Graduação
7
15,6
Total
45
100
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Gráfico 03 – Resultados acerca do grau de instrução dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Em relação a distribuição por grau de instrução dos clientes pesquisados nota-se que
não foram encontrados clientes com apenas o 1º grau completo. Dos 45 respondentes, 29
afirmaram possuir o nível superior completo formando um percentual de 64,4% e outros 7
inferiram ser pós- graduados, contabilizando 15,6%, em suma, estes foram os níveis de
instrução mais recorrentes entre os entrevistados da presente pesquisa.
59
Considera-se através dos dados colhidos que o perfil dos clientes é em sua maioria
caracterizado por investidores com alto grau de instrução, que apontou uma maior recorrência
entre os graduados e pós- graduados, corroborando para os outros resultados, ou seja,
entrevistados experientes (de 36 a mais de 45 anos), casados e com um grau de instrução
elevado.
4.1.4 ESTADO CIVIL
Para traçar o perfil, o questionário buscou colher informações acerca do estado civil do
público pesquisado. Os dados obtidos encontram-se dispostos na Tabela 06 e Gráfico 04.
Estado civil
Solteiro
Casado
Separado
Viúvo
Total
Tabela 06: Distribuição do estado civil dos clientes.
n
8
29
7
1
45
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
%
17,8
64,4
15,6
2,2
100
Gráfico 04 – Resultados acerca do estado civil dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Foram encontrados indivíduos em todas as categorias pesquisadas. De acordo com os
resultados obtidos, entre os 45 clientes entrevistados, 8 dos pesquisados afirmaram ser
solteiros, denotando um percentual de 17,8 %, outros 29 respondentes inferiram ser casados,
60
contabilizando 64,4% dos pesquisados. Outros 7 são separados (15,6%) e por fim, apenas 1 é
viúvo (2,2%).
Infere-se que a grande maioria dos pesquisados são casados. Como dito anteriormente,
esse público possui estabilidade profissional, bem como na vida pessoal, onde são em sua
maioria casadas e acima de 36 anos.
4.1.5 RENDA FAMILIAR
Em continuidade a pesquisa, outra variável foco do estudo abrangeu a renda familiar
mensal. Sobre esta variável, os dados encontram-se dispostos na Tabela 07 e Gráfico 05.
Tabela 07: Distribuição quanto a renda familiar dos clientes
Renda familiar
n
Até 2 Salários mínimos
0
2 a 6 Salários mínimos
3
6 a 15 Salários mínimos
13
15 a 30 Salários mínimos
18
Mais de 30 salários mínimos
11
Total
45
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
%
0
6,7
28,9
40
24,4
100
Gráfico 05 – Resultados acerca da renda familiar dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Desse modo, a partir dos dados obtidos chegou-se aos seguintes resultados: entre 45
entrevistados, 13 destes possuem renda entre 6 a 15 salários, formando um percentual de
61
28,9%, 18 respondentes apontaram uma renda de 15 a 30 salários, ou seja, 40% dos
entrevistados, outros 11 clientes inferiram ganhar acima de 30 salários, gerando um
percentual de 24, 4%. Percebe-se ainda que não foram encontrados clientes que ganham até 2
salários mínimos. Através da análise destes dados é possível perceber que a maioria dos
clientes pesquisados da UM Investimentos possui renda familiar consideravelmente alta.
Ainda assim pode-se observar a existência de pequenos investidores.
4.1.6 NÚMERO DE FILHOS
O último questionamento do presente bloco de análise buscou colher informações a
respeito do número de filhos da amostra pesquisada. A distribuição da variável número de
filhos encontra-se disposta na Tabela 08 e Gráfico 06.
Tabela 08: Distribuição do número de filhos dos clientes.
Número de filhos
Nenhum
1 Filho
2 Filhos
3 Filhos
Mais de 3 Filhos
Total
Tabela 08: Distribuição do número de filhos dos clientes.
n
%
9
20
17
37,8
14
31,1
4
8,9
1
2,2
45
100
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Gráfico 06 – Resultados acerca do número de filhos dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
62
Com isso, apresentam-se os seguintes resultados: A maioria dos respondentes
afirmaram ter filhos, sendo que dos 45 entrevistados, 17 destes possuem 1 filho (37,8%) e
outros 14 clientes inferiram possuir 2 filhos, denotando um percentual de 31,1%. Estas foram
as mais freqüentes respostas obtidas. O menor percentual encontrado foi de clientes que
possuem mais de 3 filhos, somando 2,2% do total da amostra. Outro dado importante é que 9
respondentes afirmaram não ter filhos, somando um percentual de 20%.
Considera-se a partir da finalização do presente bloco de análise que, de acordo com a
pesquisa realizada junto aos clientes da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA,
demonstra-se através dos resultados que os entrevistados que investem no mercado de ações,
possuem um perfil diferenciado, com um alto grau de instrução e renda familiar elevada.
4.2 ASPECTOS RELACIONADOS AOS INVESTIMENTOS NO MERCADO DE
AÇÕES E UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DA ANÁLISE TÉCNICA
Neste bloco de análise, almejou-se traçar uma caracterização em relação ao
invetismento no mercado de ações, assim como acerca da utilização dos indicadores da
análise técnica como instrumentos de apoio a tomada de decisão.
Com isso, abordou-se nesta etapa do instrumento de pesquisa aspectos como: Tempo
em que investe no mercado de ações, indicadores utilizados na análise dos ativos, perfil de
investimentos, entre outros.
4.2.1 TEMPO DE INVESTIMENTO NO MERCADO DE AÇÕES
Assim, a primeira questão do bloco de análise procurou identificar a quanto tempo os
clientes investem no mercado de ações. Os dados obtidos nesta variável encontram-se
dispostos na Tabela 09 e Gráfico 07.
Tabela 09: Distribuição acerca do tempo de investimentos dos clientes.
Tempo que investe
n
%
Menos de 1 ano
9
20
1 a 5 anos
21
46,6
6 a 10 anos
12
26,7
Mais de 11 anos
3
6,7
Total
45
100
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
63
Gráfico 07 – Resultados acerca do tempo de investimento dos clientes.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Através do instrumento de pesquisa pode-se inferir de um total composto por 45
pesquisados,
9 (20%) responderam investir há menos de um ano, outros 21 (46,6%)
respondentes afirmaram investir entre 1 e 5 anos, outros 12 (26,7%) clientes apontaram estar
no mercado de ações entre 6 e 10 anos, apenas 3 (6,7%) entrevistados afirmaram estar
investindo no mercado de ações há mais de 11 anos.
Verifica-se através dos resultados expostos anteriormente, que a maioria dos
entrevistados (21 destes) investe no mercado de ações entre 1 e 5 anos, denotando um
percentual de 46,7%.
4.2.2 INTERESSE EM INVESTIMENTOS NO MERCADO DE AÇÕES
Continuando a pesquisa, questionou-se aos entrevistados em quais fontes os mesmos
tomaram conhecimento acerca dos investimentos no mercado de ações, a partir daí, tendo
interesse em investir neste mercado. Os dados obtidos acerca desta variável encontram-se
dispostos na Tabela 10 e Gráfico 08.
64
Interesse
Livros
Jornais
Telejornais
Internet
Revistas
Amigos
Outros
Total
Tabela 10: Distribuição acerca do interesse dos clientes.
n
11
3
15
9
5
2
0
45
Fonte: Dados da pesquisa, 2010.
%
24,4
6,7
33,3
20
11,1
4,4
0
100
Gráfico 08 – Resultados acerca da fonte de conhecimento e interesse sobre o mercado de ações.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Sendo assim, verificou-se que das respostas marcadas, 15 dos 45 entrevistados que
responderam a questão que apontou em maior recorrência os telejornais com fontes de
conhecimento que despertaram o interesse pelo mercado de ações, ou seja, 33,3% da amostra
pesquisada; outros 11 respondentes (24,4%) inferiram que tomaram conhecimento através de
livros, 9 entrevistados marcaram como resposta a internet, formando 20 da amostra.
4.2.3 HORIZONTE DE INVESTIMENTOS
A questão seguinte enfocou o horizonte de investimento mais utilizados pelos clientes
que formaram a amostra pesquisada. Apontaram-se como alternativas o: curto, médio e longo
prazo. Os dados obtidos nesta variável encontram-se dispostos na Tabela 10 e Gráfico 09.
65
Tabela 11: Horizonte de investimentos dos clientes.
Horizonte de Investimentos
n
Curto prazo
9
Médio prazo
19
Longo prazo
17
Total
45
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
%
20
42,2
37,8
100
Gráfico 09 – Resultados acerca do horizonte de investimentos.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Com isso, verifica-se através das respostas que: dos 45 entrevistados, 9 destes,
contabilizando 20% recorrem a investimentos de curto prazo; 19 respondentes (42,2%)
inferiram preferir investimentos de médio prazo por fim, 17 clientes escolhem investimentos
de longo prazo, formando uma percentual de 37,8%.
4.2.4 PERFIL DE INVESTIMENTOS DO INVESTIDOR
Para compor o instrumento de pesquisa, foi apresentada a questão relacionada ao perfil
de investimentos desse modo, questionou-se aos clientes investidores, com qual perfil estes se
identificam no tocante a forma de investimento no mercado de ações. Os resultados obtidos
encontram-se dispostos na Tabela 12 e Gráfico 10.
66
Tabela 12: Distribuição do perfil de investimentos dos clientes.
Perfil de Investimentos
n
%
Conservador
23
51,1
Moderado
18
40
Agressivo
4
8,9
Total
45
100
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Gráfico 10 – Resultados acerca do perfil de investimentos.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Os valores apontaram que: dos 45 entrevistados, 23 apontaram possuir um perfil de
investimento conservador, denotando a maioria do percentual, ou seja, 51,1%; outros 15
clientes inferiram se identificar no perfil moderado, formando um valor que abrange 40% da
amostra, por fim 4 entrevistados se inserem no perfil agressivo (8,9%). Estes dados
corroboram com o que foi dito anteriormente sobre os perfis de investimentos. Observou-se
que os horizontes de investimentos mais freqüentes foram de médio e longo prazo, assim
como os perfis conservador e moderado obtiveram os maiores percentuais. Além disso, estes
dados corroboram com o perfil do investidor traçado no capítulo anterior, onde se observou
que a maioria dos clientes da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA são
indivíduos maduros, casados e com filhos. Por este motivo, a maioria dos clientes da M&D
preferem por investimentos com menor grau de risco, preservando o capital investido.
Entretanto, é possível perceber a existência de investidores que se enquadram no perfil
agressivo, assim como aqueles que têm horizonte de investimentos de curto prazo em suas
operações.
67
4.2.5 CURSOS SOBRE O MERCADO DE AÇÕES
Em continuidade a análise e apresentação do bloco em questão buscou-se identificar se
os clientes que participaram da pesquisa respondendo ao instrumento de coleta de dados
fizeram algum curso visando agregar conhecimentos para melhor investir no mercado de
ações. Na Tabela 13 e Gráfico 11 encontram-se os dados obtidos.
Fez algum curso
Sim
Não
Total
Tabela 13: Distribuição acerca de cursos feitos pelos clientes.
n
%
39
86,7
6
13,3
45
100
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Gráfico 11 – Resultados acerca dos cursos feitos pela amostra.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Assim, pode-se constatar que de um total formado por 45 participantes da pesquisa, 39
destes, afirmaram que “sim”, fizeram algum tipo de curso visando um maior preparo para
investir em ações, o que denota uma maioria formada por 86,7% da amostra. Os demais 6
entrevistados (13,3%) , não fizeram nenhum curso preparatório. O décimo primeiro gráfico
demonstra os resultados.
68
4.2.6 INDICADORES DA ANÁLISE TÉCNICA UTILIZADOS
Em consonância com os objetivos do presente trabalho, buscou-se identificar quais
indicadores os clientes entrevistados costumam utilizar em suas análises, assim, elaborou-se o
seguinte questionamento: Quais indicadores que você utiliza nas suas análises?
Naturalmente, um mesmo investidor pode utilizar vários indicadores diferentes. Desta forma,
em alguns indicadores, a variável n alcançou o valor total da amostra que é de 45 indivíduos.
Já o percentual foi calculado usando a relação de n encontrado e o total da amostra de 45
indivíduos. Os resultados obtidos encontram-se dispostos na Tabela 14 e Gráfico 12.
Tabela 14: Distribuição dos indicadores utilizados pelos clientes.
Indicadores Utilizados
n
%
Linhas de tendência
45
100
Didi Index
42
93,3
Histograma MACD
9
20
IFR
45
100
Bandas de Bollinger
13
28,9
Suporte e Resistência
45
100
Médias Móveis
40
88,9
MACD
9
20
Estocástico
17
37,8
Momento
6
13,3
Outros
0
0
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Gráfico 12 – Resultados acerca dos indicadores utilizados nas análises.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
69
Pode-se inferir através dos maiores percentuais encontrados todos os 45 clientes
entrevistados costumam utilizar as linhas de tendência (100%), IFR (100%) e o suporte e
resistência (100%) como indicadores para análise dos ativos. É notável que todos os
indicadores foram assinalados, demonstrando que os investidores se utilizam de uma ampla
gama de indicadores para executarem suas análises diárias. Outros percentuais relevantes
foram dos indicadores Didi Index (93,3%) e Médias Móveis (88,9%).
4.2.7 INDICADORES UTILIZADOS NA TOMADA DE DECISÃO
Em complemento a questão anterior, elaborou-se um questionamento voltado para
identificar quais indicadores são utilizados para auxiliar no momento da tomada de decisão,
com isso, chegou ao seguinte resultado demonstrados na Tabela 15 e Gráfico 13.
Tabela 15: Distribuição dos indicadores utilizados na tomada de decisão.
Indicadores Utilizados
n
%
Linhas de tendência
45
100
Didi Index
44
97,8
Histograma MACD
3
6,7
IFR
45
100
Bandas de Bollinger
11
24,4
Suporte e Resistência
45
100
Médias Móveis
22
48,9
MACD
0
0
Estocástico
0
0
Momento
0
0
Outros
0
0
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
70
Gráfico 13 – Resultados acerca dos indicadores utilizados na tomada de decisão.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Por unanimidade, os 45 entrevistados apontaram: Linhas de tendências, IFR e Suporte
e resistência como sendo os indicadores mais utilizados especificamente na tomada de
decisão. Outro percentual importante foi do indicador Didi Index, apontando 44 vezes pelos
entrevistados. É importante salientar que alguns indicadores votados na questão anterior não
foram votados nesta questão. Isto significa dizer que os investidores realmente utilizando um
grande número de indicadores nas suas análises diárias, porém, no momento da tomada de
decisão, este número se reduz, visto que a utilização de vários indicadores atrasaria a decisão,
podendo o investidor com isto, perder o ponto da operação. O traçar das linhas de tendência
de baixa e de alta, segundo Elder, proporciona a visão mais exata da tendência estabelecida.
Para o autor, quanto mais longa for a linha, e mais numerosos forem seus pontos de contato
com os preços, maior será a sua validade, auxiliando o investidor a operar de acordo com este
movimento. Como as linhas de tendência não são influenciadas pelo horizonte temporal, estes
indicadores podem ser utilizados por investidores de qualquer perfil.
A respeito das linhas de suporte e resistência, Elder (2006) afirma que estas linhas
auxiliam o investidor a identificar rompimentos de tendência. Através da identificação destas
zonas, é possível traçar estratégias de compra ou venda dos ativos de forma antecipada. O
71
autor ainda afirma que algumas das melhores oportunidades de operação ocorrem depois de
falsos rompimentos, quando os preços perfuram um suporte ou resistência, e em seguida
voltam a zona anterior de negociação.
De acordo com Debastiani (2008, p. 122), o IFR é um dos mais interessantes
indicadores de análise de mercado, auxiliando a identificar pontos de resfriamento ou até
mesmo reversão da tendência estabelecida. Através deste indicador é possível encontrar
pontos de entrada, permanência ou saída de uma tendência, garantindo maior lucratividade.
A respeito da Agulhada do Didi, também conhecida como Didi Index, Debastini
afirma ser um método altamente recomendado para comandar decisões de compra ou venda
por ser extremamente pontual na indicação da saída de uma zona de acumulação. Para o autor,
uma das características que auxiliam na eficácia deste indicador é a utilização das médias
móveis com configurações temporais diferentes, o que possibilita operações de sucesso com
horizontes temporais distintos.
4.2.8 FREQUÊNCIA COM QUE OPERAM SEM UTILIZAR OS INDICADORES
Em relação à seguinte questão, elaborou-se um questionamento visando identificar se
os clientes costumam operar sem o auxílio dos indicadores da análise técnica. Os resultados
encontrados acerca desta variável encontram-se dispostos na Tabela 16 e Gráfico 14.
Tabela 16: Distribuição acerca da freqüência de operações sem os indicadores.
Opera sem auxílio de indicadores?
n
%
Nunca
38
84,4
Raramente
5
11,1
Algumas vezes
1
2,2
Freqüentemente
1
2,2
Sempre
0
0
Total
45
100
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
72
Gráfico 14 – Resultados acerca da operação sem os indicadores.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Assim, os resultados direcionaram para as seguintes considerações: 38 dos 45 entrevistados
apontaram que “nunca” operaram sem o auxílio dos indicadores, ou seja, 84,4% da amostra,
outros 5 respondentes inferiram que “raramente” operam sem usar os indicadores.
4.2.9 OS INDICADORES GERAM O RESULTADO ESPERADO
Concluindo o presente capítulo, bem como o seguinte bloco de análise, elaborou-se
um último questionamento no instrumento de pesquisa com o objetivo de mensurar se, de
acordo com a amostra pesquisada, os indicadores por eles utilizados na tomada de decisão
geram os resultados esperados. Veja abaixo, na Tabela 17 e Gráfico 15 a distribuição dos
resultados obtidos.
Tabela 17: Distribuição dos resultados dos indicadores.
De acordo com os indicadores que
você utiliza é possível alcançar os
n
resultados esperados?
Sim
41
Não
4
Total
45
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
%
91,1
8,9
100
73
Gráfico 15: Distribuição acerca dos resultados dos indicadores.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Assim, apresenta-se o seguinte resultados: dentre uma amostra formada por 45
entrevistados, 41 destes, ou seja, 91,1% apontaram que “sim”, outros 4 clientes, inferiram que
“não”. Com isso, pode-se considerar que a maioria dos clientes entrevistados considera os
indicadores técnicos como sendo instrumentos essenciais para auxilio a operações no mercado
de ações, bem como para facilitar a tomada de decisão.
74
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo geral do presente trabalho foi analisar a importância dos indicadores da
Análise Técnica nas operações em mercado de ações segundo a percepção dos investidores da
M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA.
A partir de tal objetivo, delineou-se toda pesquisa e, embasando-se nesta proposta
elaborou-se o instrumento de coleta de dados. Através da análise e apresentação dos
resultados pode-se considerar que para os clientes investidores da M&D Agente Autônomo de
Investimentos LTDA. Os indicadores de análise técnica funcionam como instrumentos
essenciais para que os mesmos possam operar no mercado de ações e alcançar resultados
positivos.
Ressalta-se a partir da observação dos resultados a grande importância com que os
clientes da M&D Agente Autônomo de Investimentos LTDA vêm os indicadores da análise
técnica. Além disso, pode-se observar que os indicadores mais utilizados são: Linhas de
tendências, IFR, Agulhada do Didi e Suporte e resistência. Durante a pesquisa de campo os
entrevistados apontaram tais índices como sendo os mais usuais tanto nas análises dos ativos
diariamente, quanto para o auxílio à tomada de decisão entre comprar ou vender determinado
ativo. Salienta-se também que segundo os principais autores utilizados como referência para
este estudo, os indicadores acima são de suma importância e auxiliam efetivamente na tomada
de decisão em operações no mercado de ações.
Ficou evidenciado através das respostas obtidas que, da amostra entrevista, que a
maioria dos clientes nunca opera no mercado de ações sem a utilização de indicadores de
análise técnica. Salienta-se ainda que, no tocante aos resultados da pesquisa, a maior parte dos
investidores procurou obter conhecimentos para atuar no mercado de ações de modo mais
efetivo, almejando melhores resultados.
Um ponto crucial que deve ser apontado, diz respeito à questão voltada para a
percepção dos investidores no tocante a efetividade da utilização dos indicadores para geração
dos resultados esperados, assim, constatou-se que de forma predominante um elevado
percentual de clientes respondeu positivamente, corroborando assim, para demonstrar a
efetividade e importância da utilização dos indicadores de análise técnica como ferramentas
75
primordiais para quem deseja alcançar maiores e melhores resultados em transações no
mercado de ações.
76
5.1 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
Tendo em vista que a pesquisa foi limitada a amostra de clientes de uma determinada
empresa, poder-se-ia implementar um estudo abrangendo um grupo maior de organizações do
setor de investimento em ações. Ou ainda, estudar a aplicação da análise técnica em operações
específicas no mercado de ações, como no caso da operação de Day-Trade.
77
REFERÊNCIAS
ANDREZO, A. F.; LIMA, I. S. Mercado Financeiro: aspectos históricos e conceituais. São
Paulo, Atlas, 2007.
BODIE, Zvi. KANE, Alex. MARCUS, Alan J. Fundamentos de investimentos. Tradução.
Robert Brian Taylor. – 3. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2000. Disponível
em:<http://books.google.com.br/books?id=83sdnrgnYgYC&printsec=frontcover&dq=fundam
entos+de+investimentos&source=bl&ots=e2QZVPzFRB&sig=nYRpbkzjSNOEKsKXniHYI
QFL194&hl=pt-BR&ei=JXUjTKi6HISJuAf89HYBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=5&ved=0CDAQ6AEwBA#v=onepage
&q&f=false>. Acesso em 25 de Março de 2010.
BOVESPA – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. Disponível em: <
http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/noticias/2010/download/balanco-maio-2010.pdf>.
Acesso em 05 de Junho de 2010.
CABRAL, Guilherme. Cerca de quatro mil investem em ações na Bolsa de Valores na PB.
Paraíba, 2 de abril de 2010, Geral.
Comissão Nacional de Bolsas, Mercado de capitais. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 – 5ª
Reimpressão.
DEBASTIANI, Carlos Alberto. Análise técnica de ações: identificando oportunidades de
compra e venda. São Paulo: Novatec Editora, 2008.
ELDER, Alexander. Aprenda a operar no mercado de ações: Come into my trading room;
tradução de Afonso Celso da Cunha Serra. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
FORTUNA, Eduardo, Mercado Financeiro. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, 2005.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GOULART, Andre; LIMA, Gerlando, GREGORIO, Jaime. Mercado de renda variável. Curso
de mercado financeiro: Tópicos especiais. São Paulo: Atlas, 2007.
78
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1435&id
_pagina=1>. Acesso em 12 de Junho de 2010.
LIMA, Gerlando Augusto S.F.de; OZAWA, Celina Yumiko; GOULART, André Moura C.
Underwriting, ações, ADR e BDR. Curso de mercado financeiro: tópicos especiais. São
Paulo: Atlas, 2007.
LOWELL, Lee. Fique rico operando opções: estratégias vencedoras dos traders; tradução
Mauricio Hissa. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração,
análise e interpretação de dados. – 7. ed. – São Paulo: Atlas, 2008.
PASSOTO, Daniela. PAZO, Marcela Gonçalves. LOBÃO, Silvana Vicente. OLIVEIRA,
Rogério de. Uso de sistema especialista para decisão do perfil de um investidor via WEB.
Artigo, III Congresso Brasileiro de Computação. São Paulo – SP, 2003. Disponível em: <
http://meusite.mackenzie.com.br/rogerio/tgi/2003JessA.PDF>. Acesso em: 13 de Maio de
2010.
PINHEIRO, Juliano Lima . Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. 4ª Edição - 2.
Reimpressão. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005
ROSS, Stephen. A. WESTERFIEL, Randolph W. JORDAN, Bradford D. Princípios de
Administração Financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
SANVICENTE, Antonio Zoratto; MELLAGI FILHO, Armando. Mercado de capitais e
estratégias de investimentos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1988.
SILVA, Luiz Mauricio da, – Mercado de opções: conceitos e estratégias. 2ª Ed. – Rio de
Janeiro, HALIP, 1999.
79
SILVA, Maria de Fátima Mendes da. Participação das empresas catarinenses no mercado
de capitais brasileiro. Monografia – Bacharelado em Economia. Florianópolis, UFSC, 2006.
TOLEDO FILHO, Jorge Ribeiro. Mercado de capitais brasileiro: uma introdução /. São
Paulo: Thomson Learning 2006.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos de pesquisa em administração. – 9. ed. – 2. Reimp.
– São Paulo: Atlas, 2008.
80
APÊNDICE A
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Prezado (a) Sr. (a)
Na condição de formando do Curso de Administração da Universidade Federal da Paraíba,
venho através deste questionário solicitar a sua cooperação e participação nesta pesquisa, com a
finalidade de elaborar o meu trabalho de conclusão de curso.
O objetivo principal desta pesquisa é dimensionar o quão importante são os
indicadores da Análise Técnica e quais os mais utilizadas no auxílio as operações em mercado
de ações. As perguntas deste questionário deverão ser respondidas com base na sua
experiência e entendimento sobre este assunto.
Todas as informações aqui coletadas são uma valiosa contribuição para minha
pesquisa e serão utilizadas com total sigilo de sua identidade. Além disso, os resultados serão
entregues à UM. Investimentos.
Agradeço antecipadamente a sua colaboração e fico à disposição para solucionar
qualquer dúvida.
CARLOS EDUARDO CAVALCANTE
Orientador - [email protected]
JOBSON FLORINDO BATISTA
Email: [email protected]
1 – DADOS SÓCIO DEMOGRÁFICOS
1. Sexo
( ) Masculino
( ) Feminino
2. Faixa etária
( ) Menos de 25 anos
( ) 36 a 45 anos
( ) 26 a 35 anos
( ) Mais de 45 anos
3. Nível de Instrução
( ) 1º Grau completo
( ) 2º Grau Completo
( )Ensino Superior Completo
( ) 2º Grau Incompleto
( ) Ensino Superior Incompleto
( ) Pós-Graduação
81
4. Estado Civil?
( ) Solteiro
( ) Casado
( ) Separado
( ) Viúvo
5. Renda Familiar
(
(
(
(
(
) Até 2 salários mínimos mensais (até R$ 1.020,00)
) Acima de 2 até 6 salários mínimos mensais (R$ 1.020,01 até R$ 3.060,00)
) Acima de 6 Até 15 salários mínimos mensais (R$ 3.060,01 até R$ 7.650,00)
) Acima de 15 Até 30 salários mínimos mensais (R$ 7.650,01 até R$ 15.300,00)
) Acima de 30 salários mínimos mensais
6. Quantidade de filhos?
0( )
1( )
2( )
3( )
+3 ( )
II – QUESTIONÁRIO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA
PARA AUXILIAR NAS OPERAÇÕES NO MERCADO DE AÇÕES.
1. Há quanto tempo investe no Mercado de Ações?
( ) Menos de 1 ano
( ) 6 a 10 anos
( ) 1 a 5 anos
( ) Mais de 11 anos
2. De onde surgiu o interesse de investir em ações?
(
(
(
(
) Livros
( ) Internet
) Jornais
( ) Revistas
) Telejornais
( ) Amigos
) Outros:________________________
3. Qual o seu horizonte de investimentos no mercado ações?
( ) Curto prazo (Day-Trade)
( ) Médio Prazo
( ) Longo Prazo
4. Qual o seu perfil de investimentos no mercado de ações?
( ) Conservador
( ) Moderado
( ) Agressivo
82
5. Você fez algum curso para aprender a operar na Bolsa de Valores?
( ) Sim
( ) Não
6. Quais os indicadores da Análise Técnica que você mais utiliza para auxiliar nas suas
operações no Mercado de Ações?
(
(
(
(
(
) Linhas de Tendência
) Bandas de Bollinger
) Didi Index
) Histograma de MACD
) IFR
( ) Suportes e Resistências
( ) Médias Móveis
( ) MACD
( ) Estocático
( ) Momento
Em caso de algum outro indicador, diga qual: _________________________________
______________________________________________________________________
7. Em sua opinião, dentre os indicadores da Análise Técnica que você utiliza nas suas
operações, qual a combinação de indicadores que lhe permite maior confiança para
uma tomada de decisão?
(
(
(
(
(
) Linhas de Tendência
) Bandas de Bollinger
) Didi Index
) Histograma de MACD
) IFR
( ) Suportes e Resistências
( ) Médias Móveis
( ) MACD
( ) Estocático
( ) Momento
8. Você já realizou alguma operação sem o auxílio de Indicadores da Análise Técnica?
( ) Nunca
( ) Freqüentemente
( ) Raramente
( ) Sempre
( ) Algumas Vezes
9. De acordo com os indicadores que você utiliza é possível alcançar os resultados
esperados?
( ) Sim
( ) Não
Download

a importância dos indicadores de análise técnica nas