A AmBev – Companhia de Bebidas das Américas é a quarta maior cervejaria e a sétima maior empresa de bebidas do mundo – com marcas líderes nos segmentos de cervejas, refrigerantes, águas, isotônicos e chás gelados. AmBev na revista Forbes Global - outubro de 2001 A Companhia foi criada em 1º de julho de 1999, com a associação das cervejarias Brahma e Antarctica, a maior fusão de empresas já realizada no país. No Brasil, a AmBev atende a mais de 1 milhão de pontos-de-venda, com uma ampla rede de distribuição, que inclui 550 distribuidores exclusivos e 45 centros de distribuição direta. Além das operações brasileiras, a AmBev está presente também na Argentina, no Uruguai, na Venezuela e no Paraguai. No total são 38 unidades industriais, em 18 estados American Beverage Company brasileiros, além de 8 fábricas no exterior. Campañia de Bebidas de Las Américas Companhia de Bebidas das Américas A AmBev tem cerca de 60 mil acionistas e seus papéis são negociados nas Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e Nova York (NYSE). Em 2001, o resultado operacional (EBITDA) cresceu 32,2%, alcançando R$ 2,0 bilhões, o equivalente a uma margem de 30,2% sobre a receita líquida de vendas, que totalizou R$ 6,5 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 784,6 milhões, o que representa um crescimento de 66,9% na ÍNDICE Relat ó r io A nua l 20 01 comparação com o ano anterior. Relat ó r io A nua l 20 01 1. 2. 3. 4. 8. 20. 21. 22. 27. 29. 30. 32. 33. 34. 83. 84. Destaques Econômico-Financeiros Carta aos Acionistas Mapa das Operações Brasil: um Mercado Pronto para Crescer Nossas Marcas Gerenciamento de Receita Eficiência em Custos Distribuição Gente e Cultura Operações Internacionais Conselho de Administração e Diretoria Ações Sociais Meio Ambiente Demonstrações Financeiras Governança Corporativa Informações para o Investidor Companhia de Bebidas das Américas - AmBev Administração Central Av. Maria Coelho Aguiar, 215 – Bloco F – 6º andar CEP 05804-900 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: (11) 3741-7560 / 7553/ 3315 Fax: (11) 3741-3527 [email protected] www.ambev.com.br Instituição Depositária de Ações Banco Itaú Investfone Tel.: (11) 237-5151 Instituição Depositária de ADRs The Bank of New York Church Street Station, P.O. Box 11258 New York, NY 10286 USA Tel.: (1 888) BNY-ADRS (269-2377) – EUA (1 610) 312-5315 – outras localidades [email protected] www.adrbny.com - Relat ó r io A nua l 20 01 D E S TAQU E S E C O N Ô M I C O - F I NA N C E I RO S 2001 2000 var. (%) 01/00 59,0 3,3 18,5 80,8 59,3 2,9 17,2 79,3 -0,5 13,8 7,4 1,9 6.525,6 3.159,3 1.989,7 1.375,8 784,6 355,0 23% 5.250,3 2.406,6 1505,0 915,8 470,2 283,6 15% 24,3 31,3 32,2 50,2 66,9 25,2 - 11.028,8 4.569,3 2.539,0 2.030,3 446,8 3.363,4 8.639,6 2.192,9 1.028,3 1.164,6 589,2 3.076,9 28,7 108,4 146,9 74,3 -24,2 15,2 88,61 19,74 8,22 9,04 39.741,4 18.744,0 8.077,9 79,89 12,17 4,47 4,84 38.646,1 18.283,8 9.350,4 10,9 67,2 83,8 86,8 2,5 -13,6 VOLUME DE VENDAS (milhões de hectolitros) Cerveja Brasil Cerveja Internacional Refrigerantes Total DESTAQUES FINANCEIROS (R$ milhões) Receita Líquida Lucro Bruto EBITDA EBIT Lucro Líquido EVA Retorno sobre o Patrimônio Líquido BALANÇO FINANCEIRO (R$ milhões) Ativo Total Dívida Total Caixa e Aplicações Financeiras Dívida Líquida Investimentos Patrimônio Líquido INFORMAÇÕES POR AÇÃO (R$/mil ações) Patrimônio Lucro Remuneração ao Acionista (ON)(1) Remuneração ao Acionista (PN) (1) Nº de Ações (milhões) Valor de Mercado (R$ milhões) Valor de Mercado (US$ milhões) (1) Inclui dividendos, juros sobre o capital próprio e restituição de capital. 1 - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 1. Magim 2. Marcel 3. Victorio C A RTA AO S AC I O N I S TA S M A PA DA S O P E R A Ç Õ E S Obsessão por fazer melhor 1 2 Todas as crises de 2001 serviriam facilmente como um álibi para justificar metas de desempenho não atingidas, mas essa atitude não combinaria em nada com a forma de ser, agir e pensar da gente AmBev. O ano foi duro e com inúmeros desafios, mas nossa permanente insatisfação, aliada ao senso de urgência de fazer mais e melhor, nos levou a um EBITDA de R$ 1,99 bilhão, um lucro líquido recorde de R$ 784,6 milhões e um EVA de R$ 355,0 milhões. A experiência de atuar em um ambiente macroeconômico volátil e sob condições desfavoráveis, Venezuela como o que marcou o Brasil nas últimas décadas, nos permitiu manter o rumo e alcançar nossas metas de curto prazo. Nosso desempenho foi uma prova da persistência e garra da nossa gente, baseada em uma cultura com foco em resultado, em que as pessoas crescem e são remuneradas pela sua performance. A estratégia de longo prazo consiste em fortalecer nossas vantagens competitivas, de forma a 3 capturar as inúmeras oportunidades de crescimento, especialmente no mercado brasileiro, tais como: . Ampliar o consumo per capita, com a exploração de novas ocasiões de consumo, segmentação de mercados e inovação de produtos; . Revisar a cadeia de valor do mercado de bebidas, de forma a maximizar a participação da indústria no preço final do produto por meio de um melhor gerenciamento de receitas e processos de venda; . Aumentar a eficiência da distribuição, tanto pelo compartilhamento de melhores práticas com as redes de distribuidores como pelas operações de venda direta; . Desenvolver de forma rentável a nossa participação no segmento de refrigerantes e outras bebidas alternativas; . Buscar permanentemente uma maior produtividade, com redução de custos. Em 2001, demos importantes passos nessa direção, mas, ao mesmo tempo, nos desviamos temporariamente de alguns pontos essenciais dessa estratégia. Não implementamos ações de gerenciamento de receitas com a habilidade necessária para evitar que eventuais alinhamentos dos preços ao varejo viessem a ser repassados ao consumidor final. Em relação aos custos, capturamos as sinergias decorrentes da fusão de Brahma e Antarctica, porém perdemos o foco na realização integral de todas as oportunidades para a minimização de despesas. Por isso a insatisfação com 2001: um ano bom, mas não extraordinário. Sabemos que a gente AmBev está atenta a tudo isso e trabalha para corrigir os erros e ampliar os acertos de 2001. Estamos sempre levantando o "sarrafo" de nossas metas, buscando sempre a superação e a excelência. Pensamos grande e no "impossível", acreditando que nada é definitivo e tudo pode ser melhorado. É nesse sentido que nos auto-impusemos o desafio de trabalhar eficazmente na redivisão da cadeia de valor do mercado de bebidas e focar obsessivamente na captura da produtividade e das eficiências que reduzirão nossos custos e nos deixarão mais próximos da AmBev ideal. 2 Marcel Herrmann Telles e Victorio Carlos De Marchi Magim Rodriguez Junior Co-Presidentes do Conselho de Administração Diretor-Geral . . . . Participação de mercado: 5,6% em cerveja Unidades: 1 fábrica de cerveja Capacidade instalada: 2,2 milhões de hectolitros Início da atuação: 1994 Paraguai . . . . Participação de mercado: 3,7% em cerveja Unidades: 1 fábrica de cerveja Capacidade instalada: 300 mil hectolitros Início da atuação: 2001 Argentina . . . . Participação de mercado: 16,5% em cerveja Unidades: 1 fábrica mista e 1 maltaria Capacidade instalada/ano: 2,5 milhões de hectolitros Início da atuação: 1994 Uruguai . . . . Participação de mercado: 41,9% em cerveja e 48,0% em água mineral Unidades: 2 fábricas de cerveja e 2 maltarias Capacidade instalada/ano: 650 mil hectolitros Início da atuação: 2000 Brasil . . . . Participação de mercado: 69,5% em cerveja e 17,4% em refrigerantes Unidades: 33 fábricas de bebidas, 4 de insumos e 1 maltaria Capacidade instalada/ano: 84,1 milhões de hectolitros de cerveja e 38 milhões de hectolitros de refrigerantes Início da atuação: 1888 (Brahma e Antarctica) A AmBev foi criada em julho de 1999 3 - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 B R A S I L : U M M E R C A D O P RO N TO PA R A C R E S C E R A AmBev mantém operações nos principais mercados latino-americanos e continua atenta a oportunidades de expansão na região. Seu foco de atuação está no Brasil, seu principal mercado, onde são identificadas as maiores oportunidades de criação de valor. É um país de contrastes geográficos, abrigando uma mistura de povos e tradições. De grandes e modernas cidades até regiões únicas, como a Floresta Amazônica, além de 7.356 quilômetros de praias. O Brasil é o quarto maior mercado mundial de cerveja, com 84,5 milhões de hectolitros por ano, superado apenas pelos A estratégia de crescimento da Companhia ampara-se em cinco pontos: . Impulsionar o crescimento do consumo per capita; . Aperfeiçoar o gerenciamento de receitas; . Maximizar a eficiência em distribuição; . Crescer no mercado de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas; . Buscar permanentemente uma maior produtividade, com minimização de custos. Estados Unidos (237 milhões de hectolitros), China (192 milhões de hectolitros) e Alemanha (100 milhões de hectolitros). Em refrigerantes, ocupa a terceira posição mundial, com 110 milhões de hectolitros, após os Estados Unidos e o México. O mercado vem crescendo consistentemente nos últimos anos e o consumo de bebidas industrializadas está cada vez mais presente nos hábitos dos brasileiros. Desde 1994, quando o país ingressou em um ciclo de estabilidade econômica, o consumo per capita de cerveja passou de 41,8 litros para 50,1 litros anuais. Em refrigerantes, a evolução foi de 58 litros anuais para 66 litros. Mesmo assim, no ranking mundial, o consumo per capita brasileiro ainda é modesto: 29ª posição em cervejas e 25ª em refrigerantes. A Cara do Mercado Brasileiro Com o maior Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina (aproximadamente US$ 550 bilhões em 2001), uma população jovem e a quinta maior do mundo – 172 milhões de habitantes, dos quais 42% têm menos de 20 anos –, o Brasil apresenta efetivas oportunidades de crescimento. A dimensão territorial é equivalente à dos Estados Unidos ou da Austrália CONSUMO PER CAPITA CERVEJA – LITROS e o clima é quente, com média anual variando de 20ºC no Sul a 25ºC no Nordeste. DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA CONSUMO PER CAPITA REFRIGERANTES – LITROS 4 5 - Relat ó r io A nua l 20 01 Os mercados de bebidas industrializadas ainda têm muito espaço para crescer. Enquanto a água de torneira representa 31% das bebidas consumidas pelos brasileiros, a participação de cervejas e refrigerantes é de apenas 9% e 14%, respectivamente. SHARE DO ESTÔMAGO Ocasiões de Consumo No Brasil, cerveja é sinônimo de festa, diversão, alegria e comemoração. A típica ocasião de consumo está no encontro de amigos ao redor de uma mesa de bar, principalmente nos finais de semana, quando os brasileiros sempre reservam tempo para uma “cervejada”. As cervejas do tipo Pilsen respondem por 90% de um mercado no qual predominam as garrafas retornáveis de 600 mililitros. É ainda um mercado muito pouco segmentado, em que o volume está concentrado entre os homens e as classes de renda C/D. Com uma população jovem e vocação para aproveitar os momentos de festa e lazer, o mercado brasileiro de bebidas oferece muitas outras ocasiões de consumo a serem exploradas. Tudo isso abre novas oportunidades para a AmBev desenvolver o consumo per capita, promovendo a expansão do mercado por meio de diferentes iniciativas: . Incentivo à maior presença de seus produtos nas diversas ocasiões de consumo; . Investimentos em inovação, com o lançamento de diferentes produtos e embalagens; . Desenvolvimento do segmento “super premium” de cervejas, de maior valor agregado. No Brasil, esse segmento representa apenas 5,5% do mercado, em contraste com os 15% da Argentina e 25% dos Estados Unidos; . Conquista de novos grupos de consumidores, por faixa etária, sexo, renda e região; . Investimentos em novos canais de venda e distribuição. A estratégia de crescimento está apoiada em algumas das marcas mais fortes de bebidas do mercado brasileiro desenvolvidas por expressivos investimentos em marketing nos últimos anos. No mercado de cervejas, a AmBev detém as três marcas de maior preferência: Skol, Brahma e Antarctica. Reúne ainda marcas segmentadas, como Bohemia, Carlsberg e Miller, entre outras. Em refrigerantes, produz o sinônimo do sabor original do Brasil, o Guaraná Antarctica, além de sucessos como Pepsi-Cola e Sukita. 6 - Relat ó r io A nua l 20 01 LEVEZA E S P Í R I TO J OV E M OUSADIA I N OVA Ç Ã O A Skol chegou ao Brasil em 1967, sendo hoje a cerveja líder do mercado brasileiro, com 32,5% de participação, além de ser a terceira marca mais consumida no mundo. É uma cerveja de cor clara, baixa fermentação e leve amargor. É a referência de sabor de mercado. Não é à toa que apresenta a maior taxa de crescimento dos últimos anos, assumindo a posição de marca preferida pelos brasileiros. O slogan “É a cerveja que desce redondo” reflete o posicionamento da marca: uma bebida consumida por pessoas de espírito jovem, que sabem aproveitar a vida. É a cerveja que combina mais com os jovens e sua maneira de viver: sociável, sempre entre amigos, em diferentes e inovadoras atividades. É uma bebida aceita em todas as rodas e perfeita para o consumo à noite, em festas, shows e raves. Tem vocação para inovar, lançar tendências e sustentar movimentos do universo jovem. Por isso, suas atividades no ponto-de-venda e sua comunicação em tevê e mídia externa estão sempre relacionadas a grandes eventos jovens, como atividades ao ar livre, shows de música etc. Um desses eventos é o Skol Beats, o maior festival de música eletrônica da América Latina, que reúne DJs nacionais e internacionais. 8 A festa mais redonda do planeta. - Relat ó r io A nua l 20 01 REFRESCÂNCIA ALEGRIA VIGOR DESCONTRAÇÃO A Brahma é a segunda cerveja mais consumida no Brasil (22,3% de market share) e a oitava do mundo. Além do Brasil, é produzida e distribuída na Argentina, na Venezuela e no Paraguai. Criada em 1888, a marca é uma das mais tradicionais do mercado brasileiro e, ao mesmo tempo, uma das que mais se renovam para manter a preferência dos brasileiros que gostam de atividades ao ar livre, de praia, de futebol, de Carnaval. O slogan “Refresca até pensamento” salienta a capacidade de refrescar corpo e alma em momentos de calor, alegria e diversão. É uma cerveja para os momentos de calor, estando presente em todos os lugares: nos bares, nos restaurantes, nas casas dos consumidores, e muito identificada com os sabores da culinária brasileira. O Camarote da Brahma, evento proprietário da marca, já é uma tradição no Sambódromo do Rio de Janeiro, palco do maior evento popular do mundo – o Carnaval. Ele reúne celebridades nacionais e internacionais e é uma importante ferramenta de exposição espontânea na mídia, que agrega à imagem da marca aspectos de sensualidade, vivacidade, brasilidade e qualidade. A Brahma encerrou 2001 inovando mais uma vez. Lançou, em edição especial para as festas de final de ano, uma garrafa com rolha, para os brasileiros estourarem durante as comemorações da chegada do Ano Novo. 10 - Relat ó r io A nua l 20 01 B R A S I L I DA D E QUA L I DA D E AU T E N T I C I DA D E DIVERSÃO A Antartica Pilsen é a 15ª marca mais consumida no mundo, detendo 11,4% de market share no Brasil. Adicionalmente à marca principal, a Antarctica possui um exclusivo portfolio de marcas especiais com 3,3% de participação no mercado. Para o consumidor, Antarctica é mais cerveja que as outras. Seu slogan – “Com Antarctica é mais gostoso” – e o ícone de um sorriso, atualmente utilizados na comunicação da marca, representam o verdadeiro prazer de beber cerveja: a satisfação de estar em um ambiente divertido, rodeado de amigos, bebendo uma Antarctica “estupidamente” gelada. O primeiro gole também aparece na sua comunicação, como o catalisador de todas as boas sensações que só a cerveja e seu ambiente podem trazer. Além disso, mais do que uma marca de cerveja, a Antarctica é uma cervejaria inteira, com o maior portfolio do mercado e variadas composições, para diferentes gostos e consumidores: Pilsen Extra, Cristal, Serramalte, Original, Malzbier, Chopp e seu principal produto, a Antarctica Pilsen. Fabricada desde 1888, é uma cerveja de cor clara, baixa fermentação, com aroma, sabor e amargor suaves. Com todo esse know-how, a Antarctica é a cerveja do “apaixonado” por cerveja, das pessoas que gostam e entendem do assunto. É a cerveja do bebedor, a cerveja do bar, do grupo de amigos, popular, querida. Há mais de dez anos é a marca que está na cabeça dos consumidores como sinônimo de cerveja, liderando a pesquisa Top of Mind, do DataFolha, como a primeira que vem à cabeça quando o assunto é cerveja. 12 - Relat ó r io A nua l 20 01 P R I M E I R A C E RV E JA D O B R A S I L E S P E C I A L I DA D E E D E G U S TA Ç Ã O A Bohemia é a primeira cerveja do Brasil. Criada em 1853, mantém até hoje as características originais de qualidade superior, com um sabor único que só a mais tradicional das cervejas brasileiras pode oferecer. Desde que surgiu, Bohemia é a melhor recompensa para os verdadeiros apreciadores de uma cerveja excepcional, com qualidade inquestionável. Com origem na cidade de Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, a Bohemia preservou durante toda a sua existência uma distribuição seletiva e limitada, fato que ajudou a formar o mito de que a Bohemia é a melhor representante do ritual de degustar uma cerveja. A partir de um produto diferenciado, elaborado com ingredientes e cuidados especiais, a AmBev renovou a marca, mantendo suas características originais, sem perder os apelos de tradição e requinte que a Bohemia conquistou no decorrer de sua história. A Bohemia tem desenvolvido o segmento “super premium” no mercado brasileiro de cervejas, sendo a marca que obtém as maiores taxas de crescimento no portfolio de AmBev. Em 2001, a Bohemia saiu do patamar de 0,6% para 1,2% de participação de volume no mercado nacional, atraindo não só amantes de cerveja como consumidores de outras categorias de maior valor agregado. C E RV E JA S E S P E C I A I S A AmBev tem o mais amplo portfolio de marcas da indústria brasileira de bebidas. Cada marca tem sua própria personalidade, na busca da identificação com diferentes segmentos e perfis de consumidores. Além das três líderes de mercado – Brahma, Skol e Antarctica – e da Bohemia, a AmBev produz ainda as seguintes cervejas: Kronenbier – Cerveja sem álcool, de cor clara, aroma e sabor típicos e amargor acentuado. Serramalte – Cerveja premium, com aroma e sabor suaves e amargor mais acentuado. É a cerveja dos mestres cervejeiros. Antarctica Original – Cerveja tipo Pilsen, lançada em 1888, com acentuado amargor e que mantém as características originais da Antarctica. Polar – Marca regional, tem a vice-liderança de mercado no Estado do Rio Grande do Sul, com 14% de participação Malzbier – Cerveja escura, de baixa fermentação, aroma e sabor adocicados. Caracu – Cerveja tipo Stout Irlandesa, de cor preta, forte e nutritiva, com sabor altamente encorpado. Miller Genuine Draft – Cerveja premium, produzida e distribuída desde 1995 no Brasil em parceria com a Miller Brewing Company, segunda maior cervejaria dos EUA. Carlsberg – Cerveja premium, produzida e distribuída desde 1996 no Brasil, sob contrato de licenciamento com Carlsberg, maior cervejaria da Dinamarca. - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 R E F R I G E R A N T E S E O U T R A S B E B I DA S O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de refrigerantes, depois dos Estados Unidos e do México, com produção de 110 milhões de hectolitros por ano. Ao mesmo tempo, o consumo per capita é de apenas 66 litros anuais, o que demonstra enorme potencial de crescimento desse mercado, assim como o de cervejas. Nesse segmento, a AmBev é o segundo maior produtor brasileiro, com um market share de 17,4%. Atua com uma divisão responsável pela formulação de políticas e estratégias próprias e independentes, beneficiando-se, porém, da sinergia de produção, logística e distribuição de cervejas. Em 2001, os volumes de refrigerantes cresceram 7,4% em relação a 2000. O desempenho é resultado do foco dado ao portfolio único de marcas, que apresentou crescimento de 17%, ao aumento da cobertura e à melhor execução nos pontosde-venda, adotando-se o mesmo know-how desenvolvido no segmento de cerveja. Trata-se do maior portfolio brasileiro – 16 marcas, nos segmentos de refrigerantes, águas, chás gelados e isotônicos. Esse conjunto de marcas inclui produtos líderes absolutos em seus respectivos segmentos, como o Guaraná Antarctica e Lipton Ice Tea, além de marcas renomadas como Pepsi-Cola e Sukita. Com a Unilever, foi constituída uma joint venture para a produção e distribuição do Lipton Ice Tea, líder mundial da categoria de chás prontos para beber. No Brasil, a marca lidera seu segmento, com participação de mercado de 45,4%. A AmBev mantém uma parceria com a Pepsi-Cola, desde 1997, para engarrafar e distribuir em todo o Brasil os produtos da empresa. Esse contrato permitiu compor o portfolio de refrigerantes com uma marca de sabor cola de estatura mundial, além de significar acesso a um amplo portfolio, know-how e tecnologia para inovação em sabores e desenvolvimento de novas bebidas. Por meio de um acordo de produção e distribuição assinado com a Pepsi-Cola International, o Guaraná Antarctica já “desembarcou” em Portugal (junho) e Porto Rico (dezembro), com resultados bastante animadores. Em Portugal, a previsão de atingir 13 mil pontos-de-venda no final do ano foi alcançada antecipadamente em setembro, com o Guaraná tornando-se em poucas semanas a segunda marca de bebida mais lembrada naquele país. Em 2002, a marca deverá alcançar outras partes do mundo. 17 - Relat ó r io A nua l 20 01 O R I G I NA L D O B R A S I L SABOR ÚNICO P RO D U TO DA A M A Z Ô N I A O Guaraná Antarctica é um produto original do Brasil, criado em 1921, que se destaca pelo sabor único e inigualável. É a segunda marca de refrigerante mais consumida no país e líder do segmento sabor, com 29,8% de participação de mercado no segmento de guaranás. Hoje, figura entre os 15 refrigerantes mais vendidos do mundo. É produzido com o fruto natural do guaraná, cultivado com respeito à ecologia e ao meio ambiente, na fazenda Santa Helena, de propriedade da AmBev, na região de Maués, na Amazônia. Sua comunicação destaca o conceito “Guaraná Antarctica. Original do Brasil”, numa referência à sua origem e ao seu jeito típico de ser brasileiro. É o refrigerante de todas as faixas etárias do brasileiro e consumido em diferentes ocasiões, para acompanhar refeições e lanches ou apenas para refrescar e matar a sede durante o dia. O Guaraná Antarctica também é o patrocinador oficial da Seleção Brasileira e seu logotipo está estampado na camiseta do time que é tetracampeão mundial de futebol, o esporte dos brasileiros. Um acordo com a Pepsi Co. vai permitir o engarrafamento e a distribuição internacional do refrigerante, que, em 2001, começou a ser produzido em Portugal e Porto Rico. A estratégia é associar o refrigerante à alegria, irreverência e jovialidade de espírito do povo brasileiro. 18 - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 G E R E N C I A M E N TO D E R E C E I TA S E F I C I Ê N C I A E M C U S TO S Para crescer no mercado de bebidas, o maior desafio – e também a maior oportunidade – é chegar mais perto do A administração de custos é uma obstinação na AmBev, para se manter como um dos produtores de mais baixo custo consumidor e suplantar as distorções mercadológicas. Do valor pago pelo consumidor pela cerveja, o fabricante e distribuidores do mundo. Na base de todo o planejamento estão o Orçamento Base Zero (OBZ) e o Custo Base Zero (CBZ), que estabelecem ficam com apenas 41%, enquanto 28% são destinados ao pagamento de impostos e 31% representam a parcela do varejo. a cada ano novas metas para o controle de despesas e custos, com o objetivo de ampliar as margens da Companhia. Cada No México, por exemplo, a proporção é de 50% para fabricantes e distribuidores, 30% para impostos e apenas 20% para o varejo. equipe é responsável pela administração de seu próprio orçamento e o alcance das metas é recompensado por um Levando-se em conta os tributos incidentes sobre a produção e o consumo, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), agressivo programa de remuneração variável. Dessa forma, o OBZ e o CBZ estimulam o comprometimento e direcionam todas a carga tributária brasileira é de 13,2%, superando a do Reino Unido (12,7%); da França (12,5%); da Alemanha (10,6%) e dos Estados Unidos (4,9%). as equipes da AmBev ao rigoroso controle de custos. Essa prática permite que a Companhia figure entre os benchmark mundiais em alguns itens, como por exemplo, o Para superar essas distorções, a AmBev dá prioridade às seguintes ações na execução no ponto-de-venda: . Ativar as variáveis que aumentem a venda dos produtos da Companhia dentro do ponto-de-venda: merchandising, disponibilidade, refrigeração e precificação; . Garantir sempre o melhor preço, para que, na visão do consumidor, os produtos sejam mais competitivos frente à concorrência. consumo de água por litro de cerveja produzido. Em algumas unidades, essa relação é de quatro litros de água para um litro de cerveja produzido. O desempenho é obtido com a busca de alternativas tecnológicas que levem a uma redução no consumo, incluindo o reaproveitamento de água em atividades que não envolvam diretamente a elaboração do produto, como na limpeza, por exemplo. Outro exemplo é o índice de 94% no reaproveitamento dos resíduos sólidos das fábricas (bagaço de malte, fermento As estatísticas mostram que grande maioria dos consumidores decide o que consumir dentro do ponto-de-venda, na ocasião de compra. Assim, a execução no ponto-de-venda é fundamental no reforço da preferência das marcas AmBev para garantir que elas sejam as escolhidas no momento da compra. residual da fabricação da cerveja, polpa do rótulo das garrafas etc.). Esses subprodutos são tratados como negócio e a sua comercialização já contribui com R$ 29,4 milhões no resultado da Companhia. A eficiência em logística também se traduz em redução de custos. A AmBev desenvolveu um sistema próprio que cruza Para isso, é necessário conhecer profundamente as necessidades dos clientes e dos consumidores finais. Nesse sentido, os vendedores da Companhia saem a campo equipados com palmtops, capazes de analisar a base de dados de cada ponto-de-venda a ser visitado – incluindo market share, histórico de pedidos, estoques, tipos de embalagens, preço médio etc. –, de forma a tornar ainda mais efetivo o processo de negociação. informações dos 550 distribuidores, 45 centros de distribuição e 38 fábricas no Brasil, além de 350 diferentes itens de estoque (versões de embalagens das diversas marcas de bebidas da Companhia). Esse sistema inteligente de malha logística analisa todas as variáveis de previsão de vendas, custo e produção regional e aponta a melhor alternativa de atendimento aos pedidos das áreas de vendas e distribuição. Em 2001, o programa Outro diferencial está nos freezers especialmente desenvolvidos para gelar as garrafas de cerveja na temperatura permitiu uma economia de R$ 19 milhões em processos de produção e logística, incluindo o desenvolvimento de transportes exata do gosto do brasileiro (-5°C). Até o final de 2002, serão instaladas mais 50 mil unidades, além das 70 mil já existentes, alternativos, como a cabotagem (transporte marítimo) para a transferência de produtos que não são fabricados nas regiões abrangendo 120 mil pontos-de-venda estratégicos, nos principais mercados. Norte e Nordeste. No gerenciamento de receitas, a grande oportunidade é a otimização crescente da execução de preço por canal, A competitividade em custos ainda reflete a estratégia de produzir parte dos insumos. A Companhia é proprietária de embalagem e ocasião de consumo, além da manutenção de um preço competitivo ao consumidor, para que a Companhia quatro maltarias (uma no Brasil, uma na Argentina e duas no Uruguai), responsáveis pela produção de cerca de 60% do malte possa extrair sempre o valor correto das suas marcas. consumido na fabricação de cervejas. Além disso, investiu em uma fábrica de rolhas metálicas e outra de pré-formas de garrafas PET, instaladas em Manaus, que asseguram a qualidade das embalagens dentro dos padrões exigidos pela empresa COMPOSIÇÃO DO PREÇO AO CONSUMIDOR CERVEJA - 2001 REFRIGERANTE - 2001 e permitem uma economia anual de R$ 29 milhões com a produção própria desses componentes. O gerenciamento de custos também está na base do BIS, o Banco de Idéias e Soluções. Introduzida em 1999, essa ferramenta foi desenvolvida para criar um canal formal de comunicação e compartilhamento das melhores práticas realizadas pelas unidades fabris e comerciais e pelos centros de distribuição direta no Brasil e no exterior. O objetivo é reduzir a dispersão dos esforços por meio da rápida divulgação das idéias e soluções aplicadas com sucesso e reter o conhecimento produzido para alcance das metas. Hoje, o BIS conta com aproximadamente três mil idéias, sendo que somente em 2001 foram inseridas 1.250. Do total, 60% estão diretamente relacionadas a ganhos de custo e produtividade, o que confirma os grandes benefícios já proporcionados pela ferramenta. 20 21 - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 DISTRIBUIÇÃO A distribuição é o mais complexo aspecto do negócio de bebidas no Brasil. São mais de 1 milhão de pontos-de-venda atendidos em média duas vezes por semana por meio de um sistema que combina distribuição direta e terceirizada, com revendedores exclusivos das marcas AmBev. Essa rede assegura uma ampla penetração de mercado e vantagens competitivas tanto em custo como em serviços. Os produtos da AmBev estão presentes em todo o Brasil, o que exige uma logística de transporte eficiente e criativa. Para chegar em povoados da Amazônia, por exemplo, os produtos são levados de barcos e até em pequenas canoas, em contraste com carretas e caminhões de última geração, utilizados nos grandes centros. Três redes de revendedores exclusivos (Antarctica, Brahma e Skol) e a distribuição direta em grandes cidades e no auto-serviço possibilitam economias de custo por ganho de escala, já que a entrega das diferentes marcas é feita com a mesma infra-estrutura. Além disso, a AmBev utiliza um sistema informatizado para levantamento de dados e cruzamento de informações sobre cada ponto-de-venda, capaz de permitir uma execução mais eficiente de roteiros de venda e de entrega. O varejo brasileiro se caracteriza pela pulverização e pela diversidade de formatos. Assim, na visita a cada ponto-de-venda, é fundamental que o vendedor conheça o histórico de compras daquele cliente, para poder elaborar uma proposta de vendas eficiente e que atenda às suas necessidades até a próxima visita. O histórico do cliente também é fundamental para especificar a freqüência de visitas e os dias de entrega, já que diferentes formatos de varejo demandam níveis de serviços também diferenciados. Por exemplo: um bar ou restaurante localizado em um grande centro, onde o metro quadrado de aluguel é elevado, em geral é preciso ser abastecido diariamente, em função de sua pequena área de estocagem. INFRA-ESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO 1.000.000 365.000 11.000 550 45 22 Pontos-de-venda Visitas Diárias aos Pontos-de-venda Vendedores Revendedores Exclusivos Centros de Distribuição Direta 23 - Relat ó r io A nua l 20 01 4 3 1 2 6 14 9 A AmBev mantém dois programas para capacitar e profissionalizar a sua rede de revendas em todo o Brasil. O primeiro é o Programa de Excelência, que permite uma avaliação precisa dos resultados, a partir de um detalhado manual de melhores práticas. Convenientemente adaptado, tanto em conceitos quanto em idioma, o programa é adotado também na Argentina, na Venezuela, no Uruguai e, mais recentemente, no Paraguai. O Programa de Excelência proporciona ainda orientação sobre gestão de recursos financeiros e de pessoas, além do dimensionamento da estrutura necessária. Além desse acompanhamento, são premiados anualmente os revendedores que se destacam pela excelência de gestão, visando a estimular a obtenção de resultados cada vez mais satisfatórios. Integrado à estratégia comercial da AmBev, o Programa de Excelência permite que as revendas tenham acesso ao que há de mais moderno em gestão, acompanhamento e avaliação de resultados. O outro é o Programa de Produtividade de Revendas (PPR), com uma equipe de consultores dedicados exclusivamente à aplicação de sistemas e práticas que buscam a aumentar a eficiência das revendas, por meio da redução de custos. Só com a implantação do PPR, as revendas capturaram mais de R$ 140 milhões em ganhos de produtividade desde 1999. O PPR é formado por dez projetos, envolvendo as áreas de entrega, puxada, armazém e administração. Para estimular o aprimoramento tecnológico e a integração, são propostas soluções existentes no mercado. Um dos exemplos é o software “Road Show”, que faz a roteirização de vendas e entrega da forma mais produtiva e eficiente possível. Além disso, os revendedores participam de cursos na Universidade AmBev, dedicados à formação de titulares e de seus sucessores. TV Universidade AmBev A TV UA é uma ferramenta para treinamento a distância, que funciona por meio de sistema fechado de televisão via satélite, e interliga, com segurança e sigilo absoluto, todas unidades de negócio da AmBev. A TV UA foi uma ferramenta de especial relevância durante a crise de energia elétrica, em maio de 2001. No dia seguinte ao anúncio do racionamento, todos os distribuidores e centros de distribuição direta participaram de um treinamento dirigido especialmente à orientação dos pontos-de-venda. Foi apresentada uma comparação de consumo de energia de cada aparelho presente em um bar, restaurante, mercearia etc., destacando que os equipamentos de refrigeração da Companhia estão entre aqueles de menor consumo de energia em cada estabelecimento. 1. Vilmondes José de Souza – Cerbel, Goiânia (GO) 2. Armando Antonio Rizatti – Rizatti, Franca (SP) 3. Reinaldo Solera – Nova Era, Goiânia (GO) 4. Carlos Alberto da Fonseca – Beer Garden, Caieiras (SP) 5. Francisco de Assis Pinto – Cervale, Ceres (GO) 6. Mauro Carvalho Jr. – Colorado, Várzea Grande (MT) 7. Basílio Fernandes de Barros – Nova Radar, Osasco (SP) 8. José Eduardo Lang – Aeroporto, São Paulo (SP) 9. Francisco Carlos Pinto – Casa Pinto, Alfenas (MG) 10. José da Costa Gomes Jr. – RGE, Montes Claros (MG) 11. Mariela Carneiro Baptista – Cervantes, Montes Claros (MG) 12. William Montefeltro – Pilila, Ribeirão Preto (SP) 13. José Alves de Souza Filho – Centro Comercial, Salvador (BA) 14. Odair Sala – Paulínia, Campinas (SP) 15. Nelson Cagali – Bradibel, Taguatinga (DF) 16. Clair Caetano Carnevali – Serra Negra, Uberlândia (MG) 17. Armindo Carreto Pardal – Luzitana, Cuiabá (MT) 24 8 16 Capacitação 7 5 12 15 10 11 13 17 - Relat ó r io A nua l 20 01 G E N T E E C U LT U R A Premiar o talento e a competência é um ingrediente fundamental da cultura AmBev, baseada na meritocracia, expressão que está incorporada no dia-a-dia dos 18.136 mil funcionários. É uma empresa de gente jovem – 72% têm até 35 anos –, com elevado grau de escolaridade – 92% completaram o ensino médio e 39% cursaram ou cursam ensino superior –, altamente motivada e permanentemente treinada. Poucas empresas no mercado brasileiro de bens de consumo, e nenhuma outra do segmento de bebidas, exibem o grau de escolaridade alcançado pelos funcionários da AmBev. Gente, segundo as crenças e valores da AmBev, é um diferencial decisivo para manter a liderança, ampliar a rentabilidade e reduzir o custo de produção. A AmBev incentiva, dia após dia, sua equipe a promover mudanças, buscar melhores resultados e novas maneiras de realizar processos, sempre imbuída de senso de urgência. Esse comportamento reflete a mais importante competência da Companhia: recrutar, formar, motivar e manter os melhores profissionais. Anualmente, todos os diretores se reúnem por dois dias no que é chamado internamente de “Reunião de Gente”, quando são analisados e amplamente discutidos a performance, as movimentações e o desenvolvimento de cerca de 400 executivos e sucessores principais da Companhia. Esse encontro é um traço marcante na cultura AmBev, destinado a cuidar de gente para o futuro. FAIXA ETÁRIA DOS PROFISSIONAIS ESCOLARIDADE Remuneração Variável A remuneração variável, baseada no alcance de metas coletivas e individuais, previamente estabelecidas pelo Conselho de Administração e principalmente associadas à maximização do “Valor Econômico Adicionado” (EVA), constitui-se em uma poderosa ferramenta para motivar e recompensar o desempenho das pessoas na AmBev. A cultura baseada na meritocracia premia o talento e a competência, permitindo aos funcionários que estejam entre os maiores destaques na superação das metas fixadas, até dobrar a sua remuneração anual através de um agressivo programa de bônus por desempenho. Em 2001, foram distribuídos R$ 72 milhões a título de remuneração variável, entre um total de 1.700 pessoas. Assim como a própria empresa, as pessoas na AmBev perseguem com obsessão, objetivo da superação contínua na busca por melhores resultados. Para isso, a AmBev estimula a autonomia e a criatividade, fazendo com que a sua gente assuma a verdadeira postura de “Donos do Negócio” – na AmBev, as pessoas trabalham e assumem riscos como donos e, por fim, são remuneradas como tal. Adicionalmente, os profissionais de elevado potencial, e que continuamente superam suas metas, são selecionados para fazer parte de um grupo restrito que conquista o direito de utilizar os bônus recebidos para a compra de ações da Companhia por meio de um Plano de Aquisição de Ações. Em 2001, 248 profissionais formaram esse grupo, por estarem perfeitamente alinhados no sentido de maximizar a criação de valor para a AmBev. 27 - Relat ó r io A nua l 20 01 U n i ve r s i d a d e A m B e v - Relat ó r io A nua l 20 01 O P E R A Ç Õ E S I N T E R NAC I O NA I S Anualmente, 13,5 mil funcionários são treinados pela Universidade AmBev (UA). Em 2001, foram investidos R$ 12,5 milhões em treinamento na função, atividades e cursos destinados à atualização e crescimento profissional. Os objetivos são ampliar as capacitações e incentivar a busca permanente de qualificação, visando à superação de desempenho. Um exemplo é o MBA Executivo, que tem como objetivo desenvolver os profissionais de nível gerencial em todas as áreas de negócio. Os alunos adquirem uma visão sistêmica da AmBev e têm a oportunidade de comparar processos, resultados e cultura com as melhores empresas do Brasil e do mundo, que são referências em suas áreas de atuação. As operações internacionais representam hoje 6,35% das receitas consolidadas da AmBev, que mantém sua estratégia de avaliar continuamente as oportunidades de expansão que agreguem valor aos acionistas, muito consciente de que o capital empregado é uma importante alavanca de rentabilidade. A primeira operação internacional teve início em 1994, na Argentina, com a construção de uma unidade industrial em O acesso a cursos de pós-graduação, extensão ou especialização, inclusive no exterior, se dá por meio do Fundo de Luján – Grande Buenos Aires. Apesar das dificuldades econômicas enfrentadas pela Argentina ao longo de 2001, o volume de Bolsas. Esse é um programa destinado a jovens com alto potencial de crescimento, selecionados anualmente pelos diretores. vendas subiu 3,4% no ano e a participação de mercado avançou de 15,8%, em 2000, para 16,9% no encerramento de 2001, como reflexo da maior cobertura dos pontos-de-venda na área metropolitana de Buenos Aires . P r o gra m a Tra i n e e Iniciado em 1990, cerca de 460 profissionais da Companhia foram recrutados por meio desse programa. Quatro de seus participantes são hoje diretores da AmBev; outros 60% ocupam cargos de gerência e 40% desempenham suas funções em cargos seniores. Com o foco dirigido à formação e ao desenvolvimento de jovens potenciais, em 2001 o projeto recebeu 13 mil inscrições e 26 participantes foram selecionados para trabalhar na Companhia. Seis Sigma A AmBev aplica, desde 1999, o programa Seis Sigma – metodologia que busca a redução do número de defeitos nos processos industriais, administrativos e de vendas. Para a sua execução, são desenvolvidos programas de formação de Green Belts e Black Belts, envolvendo profissionais de diferentes áreas da Companhia que aprendem a solucionar Na Venezuela, onde as operações também se iniciaram em 1994, o ano foi marcado por uma forte expansão de 24% nos volumes. Dois fatores impulsionaram esse desempenho: o aumento da cobertura de venda direta na capital, Caracas, e o lançamento da Brahma Light, um segmento que atingiu 30% de participação no mercado de cerveja venezuelano em apenas um ano. No Uruguai, a AmBev está presente desde 2000, inicialmente com a aquisição da Salus, em parceria com a empresa francesa Danone e, no final daquele ano, com a compra da Cympay. As duas empresas detêm, em conjunto, 41,9% do mercado de cerveja e 48% do mercado de água mineral daquele país. Em 2001, a expansão avançou para o Paraguai, com aquisição dos ativos da Cervecera Nacional. As instalações foram reformadas e a fábrica, com capacidade de 300 mil hectolitros anuais, começou a produzir as marcas Brahma e Ouro Fino no último trimestre do ano, detendo 3,7% de participação de mercado. problemas crônicos e complexos com a ajuda de análises e ferramentas estatísticas. Os Green Belts são selecionados e treinados para resolver problemas de curto prazo. Em 2001, 206 funcionários foram treinados nessa modalidade. Já os Black Belts são capacitados para implementar o Seis Sigma e recebem uma carga de treinamento de dois anos, período completado por 26 profissionais. P r o gra m a s d e E x c e l ê n c i a A Companhia mantém dois programas internos de incentivo à qualidade de gestão, com o objetivo de motivar e comprometer os profissionais com a melhoria dos processos e da produtividade: o PEF (Programa de Excelência Fabril) e o PEV (Programa de Excelência em Vendas). Os programas de excelência apresentam um conjunto de regras, procedimentos, ferramentas e métodos de gestão que visam aprimorar os resultados das unidades de negócio. Eles foram criados para orientar e auxiliar as unidades no alcance dos seguintes objetivos: atingir os melhores resultados, identificar e disseminar as melhores práticas de gestão e reconhecer e premiar os melhores desempenhos. No ano 2001, foram premiadas financeiramente 11 unidades fabris e nove unidades comerciais e de distribuição, totalizando 5.089 funcionários. Pelo regulamento dos programas de excelência, as unidades classificadas em primeiro lugar durante três anos – consecutivos ou não – obtêm o título de embaixadora da qualidade. Em 2001, duas unidades conquistaram este título: a área comercial Skol do Rio de Janeiro e a diretoria comercial regional do Centro-Oeste. 28 29 - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 C O N S E L H O D E A D M I N I S T R A Ç Ã O E D I R E TO R I A Conselho de Administração Marcel Herrmann Telles – Co-Presidente Victorio Carlos De Marchi – Co-Presidente Carlos Alberto da Veiga Sicupira Jorge Paulo Lemann José de Maio Pereira da Silva José Heitor Attílio Gracioso Roberto Herbster Gusmão Roberto Moses Thompson Motta Vicente Falconi Campos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Conselho Fiscal Ricardo Scalzo Antonio Carlos Monteiro Luis Fernando Mussolini Ary Waddington (suplente) José Fiorita (suplente) Marcelo Souza Muniz (suplente) Diretoria Executiva Magim Rodriguez Júnior – Diretor Geral Carlos Alves de Brito – Diretor de Vendas (1) Cláudio Bráz Ferro – Diretor Industrial (2) Eduardo Muzzi – Diretor Jurídico (3) José Adilson Miguel – Diretor de Revendas (4) Juan Manuel Vergara Galvis – Diretor Geral de Refrigerantes (5) Luis Felipe P. Dutra Leite – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores (6) Luiz Cláudio do Nascimento – Diretor de Logística (7) Maurício Luis Luchetti – Diretor de Gente e Qualidade (8) Miguel Nuno da Mata Patrício – Diretor de Marketing (9) Milton Seligman – Diretor de Relações Corporativas (10) 30 31 - Relat ó r io A nua l 20 01 - Relat ó r io A nua l 20 01 AÇÕES SOCIAIS A Companhia mantém ainda, desde 1996, o projeto Reciclarte, de apoio a artistas que se valem do lixo para fazer arte. Ele conta com uma exposição permanente de trabalhos no chamado Espaço Reciclarte, que funciona no Rio de Janeiro, junto Para a AmBev, participar do desenvolvimento do país e da melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos é uma responsabilidade. Nesse sentido, a Companhia tem promovido o desenvolvimento de projetos sociais, sustentados, principalmente, pelo conceito de respeito ao ser humano – por meio do aprimoramento de sua capacitação e pela preservação dos recursos naturais –, hoje disseminado nas unidades da Companhia no Brasil e no exterior. Educação A AmBev possui unidades fabris em 13 municípios do Norte e Nordeste – regiões que, juntas, concentram 41% da taxa brasileira de analfabetismo entre jovens de 15 a 19 anos. Para contribuir com a mudança desse cenário, e com o desenvolvimento socio-econômico e cultural das comunidades, a Companhia mantém uma forte atuação na área da educação, por meio da adesão ao Programa de Alfabetização Solidária e da manutenção da Escola Técnica Walter Belian – com a Recicloteca, e tem o acervo renovado de dois em dois meses, com temas diferentes. Voluntariado Ao mesmo tempo em que milhões de brasileiros sofrem com a desigual distribuição de renda existente no país, parte significativa da população se mostra disposta a colaborar para mudar esse cenário. A AmBev investe em ações de estímulo a essa parcela, indicando caminhos aos voluntários. Esse trabalho começa dentro das próprias unidades da empresa e se estende por toda a comunidade. Com o objetivo de "Ajudar quem quer ajudar", apontando caminhos para esses colaboradores em potencial, a AmBev patrocina o site www.voluntarios.com.br/ambev. Ele apresenta um cadastro nacional de entidades que precisam de ajuda para desenvolver seus projetos sociais e já reúne mais de 2 mil associações de todo o país. que atende a cerca de 500 estudantes, distribuídos nos ensinos fundamental, médio e profissionalizante. A contribuição na área da educação também se revela por meio da participação de seus funcionários como instrutores de meio ambiente e com o fornecimento de material para escolas da rede pública, como reagentes, vidros de laboratório e computadores. Comunidade No Brasil, trocar esforço por condições de vida é um desafio que se agravou muito ao longo dos anos e hoje faz parte da realidade de milhões de cidadãos. Mais de 50% dos candidatos a emprego no país são jovens entre 16 e 24 anos que, ao ingressar no mercado de trabalho, encontram a barreira da limitação de sua performance. Calcada na idéia de oferecer mais oportunidades para aqueles que buscam conquistar um posto no mercado de trabalho, a AmBev aderiu ao Programa de Capacitação Solidária, criado pelo governo federal em 1995 para ministrar cursos aos jovens carentes entre 16 e 21 anos. Além de contribuir com o programa, a AmBev adotou outras iniciativas com enfoque dirigido à formação comunitária, entre elas a profissionalização de agricultores que atuam na extração de guaraná na fazenda mantida pela empresa em Maués (AM). Nas aulas, palestras e dias de campo, são ensinadas novas técnicas para garantir um extrativismo sustentável na região, onde são produzidos aproximadamente 200 mil quilos da fruta por ano. Em 2001, foram realizados dois eventos, que reuniram cerca de mil agricultores. Cultura Nos últimos seis anos, a AmBev investiu cerca de US$ 49 milhões em programas e controles ambientais. Das unidades fabris da companhia, oito já foram certificadas pela Bureau Veritas Quality (BVQI), com a ISO 14001, referente à qualidade ambiental. A fábrica de Juatuba (MG) foi a primeira cervejaria a receber essa certificação internacional, em 1998. Outras oito unidades também são certificadas com a ISO 14001. A AmBev é também uma das fundadoras do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), instituição sem fins lucrativos constituída por um grupo de companhias privadas para promover e modernizar a reciclagem brasileira. Esses dados atestam a preocupação da Companhia com o meio ambiente, expressa, na prática, pelo desenvolvimento de vários projetos que envolvem as comunidades e despertam nelas a consciência da necessidade de preservação. A AmBev promove, em todas as unidades, ações que visam à difusão da consciência ambiental, estimulada pela realização de semanas do meio ambiente, palestras, adoção de árvores, explicação sobre o tratamento dos efluentes e atividades de recreação e integração entre funcionários, suas famílias e a comunidade em que vivem. Em parceria com a organização não-governamental Ecomarapendi, a AmBev mantém, desde 1993, a Recicloteca, um centro de estudos e informações sobre reciclagem e meio ambiente que inclui o funcionamento de uma biblioteca Ciente de que, tanto quanto a educação, a cultura é uma importante forma de auxiliar o desenvolvimento do país, a especializada com sistema de consulta via Internet. Localizada no Rio de Janeiro, reúne um dos maiores acervos da América AmBev firma-se como parceira da arte nacional. A companhia está presente nas mais diversas formas de manifestação Latina, com 10 mil títulos, entre livros, jornais, revistas, vídeos, artigos e produtos reciclados, que podem ser consultados por cultural brasileira, investindo em dança, teatro, música e cinema, valorizando os artistas já reconhecidos do público, bem todos os interessados na conservação do meio ambiente, nas técnicas de reciclagem e na redução e aproveitamento do lixo. como incentivando o aparecimento de uma nova safra de criadores. 32 MEIO AMBIENTE São mantidas, além disso, parcerias com escolas para despertar, nas novas gerações, o compromisso com a Por meio das leis de incentivo à cultura, desde 1995, a empresa já participou da produção de mais de 15 filmes nacionais, preservação. Em Olinda (PE), profissionais da área de meio ambiente da empresa ministram aulas quinzenalmente para de festivais de dança e do patrocínio da Escola de Teatro Bolshoi, em Joinville (SC). A marca Skol, pertencente à Companhia, dá cem crianças na escola Nova Olinda. Em Juatuba (MG), são realizadas palestras de conscientização sobre questões nome a importantes festivais de música do Brasil, como o Skol Rock e o Skol Beats. Outras produções importantes receberam o ambientais. Em Luján, na Argentina, a AmBev colabora com o desenvolvimento do projeto de gestão ambiental da Escola de patrocínio da AmBev: o musical “Casa de Brinquedos”, de Toquinho (1999), e o Festival de Danças de Joinville (1998). Ensino Médio N° 1, que beneficia cerca de 1.200 pessoas. 33 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 ANÁLISE DOS RESULTADOS 2001 As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em bases consolidadas e em reais, de acordo com a legislação societária brasileira. Os resultados de 2000 consolidam as operações da Bavária S.A. até 1º de dezembro, visto que ela foi alienada em 20 de dezembro daquele ano. Os resultados de 2001 não consideram essas operações. Por esse motivo, estão sendo fornecidos dados pró-forma excluindo a Bavária, para facilitar as comparações entre 2000 e 2001. DESTAQUES FINANCEIROS R$ MILHÕES Volume de vendas - 000 hectolitros* Receita líquida por hectolitro - R$/hl* Receita líquida D E M O N S T R A Ç Õ E S F I NA N C E I R A S 2001 2000 Var. (%) 80.789 79.308 1,9 80,8 66,2 22,1 6.525,6 5.250,3 Lucro bruto 3.159,3 2.406,6 31,3 EBITDA (lucro antes de juros, IR, depreciação e amortização) 1.989,7 1.505,0 32,2 30,5% 28,7% Margem EBITDA (%) EBIT (lucro antes de juros e IR) Margem EBIT (%) 1.375,8 915,8 24,3 50,2 21,1% 17,4% Lucro líquido 784,6 470,2 66,9 LPA – R$/000 ações 20,42 12,19 67,5 18.744,0 18.283,8 2,5 355,0 283,6 25,2 23% 15% Valor de mercado EVA Retorno sobre o patrimônio (%) * Volumes excluem a Bavaria. Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos. ÍNDICE 35. 44. 45. 47. 49. 50. 52. 54. 83. 84. 34 Análise dos Resultados 2001 Parecer dos Auditores Independentes Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Demonstração Consolidada do Fluxo de Caixa Notas Explicativas Governança Corporativa Informações para o Investidor 35 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 R E S U LTA D O S P O R S E G M E N TO D E N E G Ó C I O S REFRIGERANTE VOLUME DE VENDAS - REFRIGERANTES MIL/HL C E RV E JA B R A S I L VOLUME DE VENDAS - CERVEJA BRASIL MIL/HL R$ MILHÕES Receita líquida 2001 2000 Var. (%) 4.824,5 3.888,8 EBITDA 1.774,7 1.339,5 32,5 EBIT 1.298,0 868,0 49,5 24,1 Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos. R$ MILHÕES 2001 2000 Receita líquida 967,1 848,7 Var. (%) 13,9 EBITDA 77,7 147,8 (47,4) EBIT 5,3 59,9 (91,2) A receita líquida em 2001 foi 13,9% maior se comparada ao ano de 2000, refletindo diretamente a estratégia de focar nas marcas principais do nosso portfolio – Guaraná Antarctica, Pepsi e Sukita – e alavancar a execução nos pontos-de-venda, com o know-how adquirido no negócio de cerveja, ampliando a disponibilidade dos nossos produtos. O EBITDA das operações de cerveja no Brasil cresceu 33,3%, para R$ 1,8 bilhão, representando praticamente 90% do EBITDA consolidado. A receita líquida, excluindo a Bavária da base de comparação, aumentou 24,1%, principalmente em função dos ajustes O volume de vendas aumentou 7,4%. A participação da distribuição direta, a mudança no mix de embalagens e o acréscimo da participação de embalagens descartáveis também contribuíram para a evolução da receita líquida. de preço ocorridos ao longo do ano, com a finalidade de compensar a elevação dos custos atrelados ao dólar. Esforços significativos A exemplo de cervejas, a desvalorização do real também provocou impacto negativo no custo dos produtos vendidos de têm sido realizados para treinar nossa força de vendas, com o objetivo de aprimorar e padronizar a execução nos pontos-de-venda, refrigerantes, que atingiu R$ 662,7 milhões, 20% superior ao registrado em 2000. As despesas operacionais foram de R$ 299,1 o que resultou no aumento da receita líquida por hectolitro. As receitas também foram impactadas positivamente pela maior milhões, 26,5% acima do ano anterior. Despesas de vendas e marketing adicionais, como o patrocínio da Seleção Brasileira de proporção de vendas diretas e de embalagens descartáveis, mais caras. Os preços ao consumidor das nossas três principais marcas Futebol e campanhas promocionais, como Pokemón e Amigos da Natureza, foram estruturadas visando ao fortalecimento das – Skol, Brahma e Antarctica – aumentaram 15,7%, 14,7% e 18,6%, respectivamente, de dezembro de 2000 a dezembro de 2001. nossas marcas. O efeito combinado de maiores custos em moeda local e de maiores despesas operacionais fez com que o EBITDA do segmento de refrigerantes caísse para R$ 77,7 milhões em 2001, comparado aos R$ 147,8 milhões de 2000. O custo dos produtos vendidos por hectolitro no segmento Cerveja Brasil, excluindo-se a depreciação, cresceu 17,8%, profundamente afetado pelo reflexo, em reais, de commodities precificadas em dólar, em especial latas de alumínio e malte. As despesas operacionais desse segmento atingiram R$ 1.249,8 milhões, 12,1% acima de 2000, principalmente pelas C E RV E JA I N T E R NAC I O NA L maiores despesas com distribuição direta, que foram compensadas pelo acréscimo de receita líquida. VOLUME DE VENDAS - CERVEJA INTERNACIONAL MIL/HL 36 37 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 R$ MILHÕES 2001 2000 Var. (%) Receita líquida 414,5 243,9 70,0 EBITDA 58,2 27,7 101,1 EBIT 27,0 9,8 175,5 RECEITA LÍQUIDA – R$ MILHÕES A forte performance das operações da Argentina e Venezuela, a expansão para o Uruguai e Paraguai, e o efeito de ganhos de conversão cambial para o Real, resultaram em um EBITDA duas vezes maior no segmento internacional em relação ao ano anterior. Os destaques dessa performance incluem ganhos de market share e maior lucratividade na Argentina e C U S TO D O S P RO D U TO S V E N D I D O S Venezuela, devido à implantação de centros de distribuição direta nas maiores cidades desses países. Os CDDs foram essenciais para garantir uma melhor execução nos pontos-de-venda em ambos os mercados. O market share alcançou 16% Em 2001, os custos de embalagem e matéria-prima aumentaram sobretudo em decorrência da desvalorização cambial, na Argentina e 10% na Venezuela. Adicionalmente, a Brahma Light foi lançada na Venezuela, com excelente aceitação, uma vez que cerca de 44% dos nossos custos são atrelados ao dólar. O custo dos produtos vendidos, excluindo-se a explorando um segmento que tem crescido substancialmente. As operações no Uruguai e Paraguai, iniciadas em 2001, depreciação, foi de R$ 3.008,8 milhões em 2001, e representou um aumento de 22,5% sobre o ano 2000. O custo de contribuíram com R$ 5,1 milhões do EBITDA total do segmento internacional. embalagem por hectolitro – composto principalmente por latas de alumínio e garrafas PET – cresceu devido à desvalorização cambial média de 23,9% em 2001. O câmbio também teve um impacto significativo nos custos de matéria-prima por hectolitro – açúcar, malte e lúpulo – , responsáveis pelo crescimento de 20% por hectolitro. A abertura do custo dos produtos vendidos é apresentada a seguir: em 2001, os custos de embalagem e matéria-prima O U T RO S P RO D U TO S aumentaram sobretudo em decorrência da desvalorização cambial, uma vez que cerca de 44% dos nossos custos são R$ MILHÕES 2001 Receita líquida 2000 Var. (%) atrelados ao dólar. O custo dos produtos vendidos, excluindo-se a depreciação, foi de R$ 3.008,8 milhões em 2001, tendo representado um aumento de 22,5% sobre o ano de 2000. Os custos de embalagem por hectolitro – composto principalmente 319,6 113,5 181,6 por latas de alumínio e garrafas de PET – cresceram devido à desvalorização cambial média de 23,9% em 2001. O câmbio EBITDA 79,1 (10,0) NM EBIT 44,5 (22,0) NM também teve um impacto significativo nos custos de matéria-prima por hectolitro – açúcar, malte e lúpulo – , responsáveis pelo crescimento de 20% por hectolitro. A abertura do custo dos produtos vendidos é apresentada a seguir: Em 2001, a receita líquida desse segmento foi composta pela venda de subprodutos dos principais negócios da AmBev (26% das vendas do segmento), distribuição da marca Bavária diretamente para os pontos-de-venda (34%), bebidas não- CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS alcóolicas e não-carbonatadas (19%) e vendas de malte e cevada para terceiros (21%). Em 2000, as vendas de Bavária eram consolidadas no segmento Cerveja Brasil. Matéria-prima Embalagem Mão-de-obra R E S U LTA D O S C O N S O L I DA D O S R E C E I TA L Í QU I DA A receita líquida foi de R$ 6.525,6 milhões em 2001, um aumento de 24,3% em relação ao ano anterior (R$ 5.250,3 R$ MILHÕES R$/hl 2001 2000 2001 2000 Var. (%) 869,8 736,8 10,8 9,0 20,0 1.522,3 1.258,8 18,8 15,4 22,1 218,9 191,6 2,7 2,3 17,3 Depreciação 357,2 387,0 4,4 4,7 (6,3) Outros 397,9 269,5 4,9 3,3 48,4 Total 3.366,2 2.843,7 41,7 34,8 19,8 CPV excluindo depreciação 3.008,8 2.456,7 37,2 30,1 23,5 Os somatórios podem não conferir devido a arredondamentos. milhões). O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo crescimento nas operações de cerveja e refrigerantes no Brasil, pela padronização das melhores práticas nas redes de distribuição de Skol, Brahma e Antarctica, e pelos esforços para um melhor gerenciamento de receitas. Adicionalmente, a mudança do mix de embalagens e o aumento de distribuição direta influenciaram positivamente a receita por hectolitro em 2001. 38 39 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 D E S P E S A S D E V E N DA S , G E R A I S E A D M I N I S T R AT I VA S Despesas operacionais totalizaram R$ 1.783,3 milhões em 2001, um aumento de 19,5% em relação aos R$ 1.490,8 milhões de 2000. Como percentual de vendas líquidas, as despesas operacionais representaram 27,3% (28,4% em 2000). O acréscimo das despesas operacionais se deu, principalmente, em razão do crescimento das operações de distribuição direta, responsáveis por 28,6% do volume total de vendas em 2001, em comparação aos 22,8% em 2000. L U C RO O P E R AC I O NA L E E B I T DA O EBITDA em 2001 cresceu 32,2%, de R$ 1.505,0 milhões para R$ 1.989,7 milhões. A depreciação total foi de R$ 613,9 milhões, 4% acima da registrada em 2000. O lucro operacional da AmBev atingiu R$ 1.375,8 milhões, um crescimento de 50,2% comparado aos R$ 915,8 milhões do ano anterior. Esse desempenho reflete forte crescimento das receitas, que compensou, parcialmente, o efeito negativo da desvalorização cambial sobre os custos. Despesas de vendas e de marketing cresceram em função dos investimentos adicionais em nossas marcas, incluindo o patrocínio da Seleção Brasileira de Futebol. Despesas gerais e administrativas caíram 5,8% em decorrência de algumas EBITDA – R$ MILHÕES iniciativas para o aperfeiçoamento de processos – como a implementação do SAP, finalizada em 2001, e a reestruturação corporativa, com a criação do Centro de Serviços Compartilhados, localizado na fábrica de Jaguariúna (SP). Com a racionalização das atividades operacionais administrativas, esperamos obter ganhos de escala e processos mais eficientes, no curto prazo, e implementação acelerada de novas tecnologias, no médio prazo. SINERGIAS Foram capturados R$ 306,4 milhões em sinergias de janeiro a dezembro de 2001, totalizando R$ 498,5 milhões, representando 99% das sinergias previstas desde a aprovação da fusão, em 7 de abril de 2000. As sinergias efetivamente realizadas foram capturadas das seguintes áreas: R E C E I TA S E D E S P E S A S F I NA N C E I R A S A despesa líquida com juros aumentou de R$ 324,0 milhões em 2000 para R$ 503,1 milhões em 2001, principalmente devido ao acréscimo da dívida líquida, ampliada em R$ 865,7 milhões sobre os R$ 1.164,6 milhões registrados em 31 de dezembro de 2000. SINERGIAS – R$ MILHÕES A dívida em moeda local representou 22,8% do endividamento total em 31 de dezembro de 2001. O custo médio da dívida em reais foi de 11,1% no curto prazo e de 9% no longo prazo. A dívida em moeda estrangeira era equivalente a 77,2% da dívida total em 31 de dezembro de 2001. POSIÇÃO CONSOLIDADA DA DÍVIDA Moeda Moeda R$ MILHÕES Local Estrangeira Total Dívida de Curto Prazo Dívida de Longo Prazo 271,0 771,0 1.449,0 2.078,4 1.720,0 2.849,4 1.042,0 3.527,4 4.569,3 2.539,0 2.030,3 57,4 Total Caixa e Aplicações Financeiras Dívida Líquida Dívida Líquida / Patrimônio (%) Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos. Devido ao racionamento de energia que atingiu o país a partir de junho de 2001, a Companhia deu prioridade ao uso de métodos e processos de menor consumo de energia, em detrimento da produtividade. Um exemplo foi a subutilização de algumas linhas de produção de alta tecnologia. Medidas específicas, visando ao aumento dos ganhos de sinergia relativos a produção, já foram implementadas, uma vez que a situação energética do país está mais estabilizada. 40 Em dezembro de 2001, a AmBev emitiu “Senior Notes” equivalentes a US$ 500 milhões, com maturidade de 10 anos, sob a Regra 144 A da “Qualified Institutional Buyers” (Investidores Institucionais Qualificados) e sob o “Regulamento S”. Essa operação alongou significativamente a maturidade média da dívida e representou a primeira oferta da AmBev para o mercado de títulos de renda fixa, após a classificação de nossas dívidas com o grau de “Investment Grade” em moeda local, 41 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 segundo Moody’s, Fitch e Standard & Poors. A operação foi precificada a um yield de 10,739% (10,50% cupom), o que representa um desconto de 231 bps sobre o risco soberano brasileiro. Os recursos da emissão serão usados basicamente para quitar dívidas de curto prazo, mas também para financiar parte do programa de investimento da AmBev, estimado em cerca de R$ 500 milhões por ano, nos próximos dois anos. Os fundos remanescentes serão utilizados em investimentos gerais. Índices de crédito comparativos para os anos de 2001 e 2000 são demonstrados abaixo: Provisões para Contingências Em 2001, as provisões líquidas para contingências totalizaram R$ 33,9 milhões. Foram provisionados ainda R$ 39,7 milhões para perdas com garrafas e engradados obsoletos; R$ 37,4 milhões referentes à discussão sobre a mudança na base de cálculo do PIS/COFINS, estipulada pelo governo; R$ 16,1 milhões para perdas com a venda de bens das fábricas de Belém e Simões Filho; R$ 17,1 milhões relacionados a discussões legais e obrigações trabalhistas; e R$ 23,8 milhões atribuídos ao principal e acessórios de pendência legal referente ao pagamento de IPI e ICMS. Provisões para outros itens somaram R$ 18,5 milhões. Todas essas provisões foram parcialmente compensadas por um ganho de R$ 113,8 milhões 2000 referente a uma reversão da provisão de impostos sobre vendas (PIS) de anos anteriores. ÍNDICES DE CRÉDITO 2001 Dívida Total/EBITDA 2,3 x 1,5 x Dívida Líquida/EBITDA 1,0 x 0,8 x EBITDA/Despesas Financeiras 7,5 x 4,6 x EBITDA/Despesas Financeiras Líquidas 18,5 x 12,7 x desses tributos, sua provisão teria totalizado R$ 284,3 milhões. Descontos fiscais relacionados ao pagamento de juros Dívida Líquida/Patrimônio 57,4% 37,8% sobre capital próprio proporcionaram um benefício de R$ 96,7 milhões, bem como ganhos gerados em subsidiárias no Imposto de Renda e Contribuição Social Em 2001, o Imposto de Renda e a Contribuição Social totalizaram R$ 52,0 milhões. Considerando-se as taxas nominais exterior, que não são tributáveis no Brasil representaram um benefício de R$ 151,5 milhões. Outros itens totalizaram uma despesa de R$ 15,9 milhões. LUCRO LÍQUIDO – R$ MILHÕES Participação no Resultado No ano, as provisões para a participação nos lucros totalizaram R$ 81,3 milhões. Esse valor destina-se à remuneração variável para funcionários e administradores e está sendo pago conforme o percentual de cumprimento de metas corporativas previamente estabelecidas pelo Conselho de Administração, incluindo, entre outras, metas relacionadas ao EVA. De acordo com o estatuto da AmBev, o percentual máximo do lucro líquido a ser pago na participação do resultado é de 10% para os funcionários e de 5% para os administradores. Ao longo de 2001, a AmBev contribuiu com R$ 75,8 milhões para a Fundação Zerrenner, visando assegurar recursos necessários para a auto-suficiência da Fundação. Adicionalmente, de acordo com a Norma de Procedimento Contábil nº 26 e L U C RO L Í QU I D O a Deliberação da CVM 371, que determina o reconhecimento das obrigações atuariais relacionadas aos benefícios dos funcionários, despesas de R$ 61,5 milhões foram contabilizadas diretamente contra o Patrimônio Líquido. O lucro líquido de 2001 atingiu R$ 784,6 milhões, um incremento de 66,9% comparativamente ao resultado do ano anterior. O lucro por ação da AmBev foi de R$ 20,42 por lote de 1.000 ações, excluindo-se as ações retidas em tesouraria, um crescimento de 67,5% comparado aos R$ 12,19 por lote de 1.000 ações em 31 de dezembro de 2000. O lucro líquido também foi afetado pelos seguintes fatores: . Receita/Despesa não-operacional. Durante 2001, a receita não-operacional foi de R$ 107,3 milhões. A utilização de créditos fiscais acumulados entre 1989 e 1998, associados ao IPI da subsidiária Polar e ao Imposto sobre o Lucro Líquido (ILL) da Brahma e da Companhia Antarctica Paulista, totalizou R$ 68,8 milhões. Além disso, houve um ganho de R$ 26,0 milhões pelo julgamento favorável à Companhia quanto ao questionamento referente a impostos sobre vendas (PIS) C O N S I D E R A Ç Õ E S F I NA I S A diretoria propõe a ratificação de distribuição de juros sobre o capital próprio brutos e dividendos complementares de R$ 7,17 por lote de mil ações ordinárias e de R$ 7,89 por lote de mil ações preferenciais, pagos em 17 de setembro de 2001 e 19 de fevereiro de 2002. Eles representam uma distribuição de 39,4% do lucro líquido ajustado do exercício, excluindo-se a destinação obrigatória para reserva legal. recolhidos em anos anteriores. Registrou-se também um efeito positivo de R$ 18,3 milhões decorrente do processo de incorporação da Antarctica Nordeste e de nossa participação na subsidiária Salus, do Uruguai. Finalmente, outros itens representaram um efeito negativo de R$ 5,8 milhões. 42 43 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 PA R E C E R D O S AU D I TO R E S I N D E P E N D E N T E S BA L A N Ç O PAT R I M O N I A L E M 3 1 D E D E Z E M B RO ( EM MILHARES DE REAIS ) 1 º d e fe ve re i r o d e 2 0 0 2 CONTROLADORA Aos Administradores e Acionistas Companhia de Bebidas das Américas - AmBev ATIVO 2001 2000 CONSOLIDADO 2001 2000 Circulante 1. Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (controladora) em 31 Caixa e bancos de dezembro de 2001 e de 2000 e as correspondentes demonstrações financeiras consolidadas da AmBev e suas Contas a receber de clientes controladas nessas mesmas datas. Essas demonstrações financeiras foram elaboradas sob a responsabilidade da Demais contas a receber administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 28 Aplicações financeiras Impostos a recuperar Dividendos a receber 44.706 983.626 802.555 684.448 2.919 643 148.873 110.614 69.398 26.603 336.037 246.972 806.679 591.122 50.577 26.152 Estoques Despesas antecipadas 41.404 2.497.628 121 1.875 146.701 1.191 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos Total do circulante Excesso de ativos - Instituto AmBev de Previdência Privada Depósitos para aplicação em incentivos fiscais Depósitos judiciais apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Venda financiada de ações Imposto de renda e contribuição social diferidos de 2001 e de 2000, controladora e consolidado, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da controladora e consolidado dos exercícios findos nessas mesmas datas, de acordo com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira. 4. Também somos de parecer que a demonstração consolidada do fluxo de caixa da Companhia dos exercícios findos Outros impostos e taxas a recuperar 19.279 37.859 54.577 119.334 38.710 78.146 Contas a receber de sociedades ligadas Imóveis destinados à venda Outros Total do realizável a longo prazo 289.916 38.710 3.806.607 2.791.592 473.615 573.196 Participação em sociedades controladas está adequadamente apresentada em todos os aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras Outros investimentos básicas mencionadas no parágrafo 1. Essa informação suplementar foi submetida aos mesmos procedimentos de 1.230 4.281.452 auditoria aplicados às demonstrações financeiras básicas. 3.364.788 Imobilizado Diferido 44 Francisco Henrique Passos Fernandes Sócio-Contador CRC 1SP089013/O-2 24.179 55.416 65.454 183.611 102.671 215.248 165.151 1.160.274 996.088 332.984 287.980 35.075 47.984 104.524 26.265 107.530 71.279 2.234.733 1.787.051 617.574 614.754 Investimentos Ágio e deságio na aquisição de sociedades controladas PricewaterhouseCoopers 2.687.640 Permanente em 31 de dezembro de 2001 e de 2000, incluída como informação suplementar para propiciar análises adicionais, Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 4.684.944 20.792 Depósitos compulsórios estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev em 31 de dezembro 29.149 Realizável a longo prazo registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos 219.139 45.026 44.810 662.600 659.564 3.143.635 3.204.259 302.900 301.138 Total do permanente 4.281.452 3.364.788 4.109.135 4.164.961 Total do ativo 4.790.507 3.432.647 11.028.812 8.639.652 45 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 D E M O N S T R A Ç Ã O D O R E S U LTA D O E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO BA L A N Ç O PAT R I M O N I A L E M 3 1 D E D E Z E M B RO ( EM MILHARES DE REAIS ) ( EM MILHARES DE REAIS ) CONTROLADORA CONSOLIDADO CONTROLADORA PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2001 2000 2001 CONSOLIDADO 2000 2001 2000 2001 2000 13.130.961 11.282.452 (6.605.376) (6.032.107) 6.525.585 5.250.345 (3.366.225) (2.843.749) 3.159.360 2.406.596 Circulante Fornecedores 2.562 Financiamentos 385 Salários, participações e encargos sociais a pagar Dividendos a pagar 19.667 3.744 141.889 115.769 156.538 182.593 159.350 72.251 26.436 601.160 456.215 8.087 122.952 97.318 225.657 3.412.003 2.699.622 21.883 Contas a pagar a sociedades controladas 579.200 1.265.334 177.392 Imposto de renda e contribuição social a pagar Demais tributos e contribuições a recolher 571.169 1.719.989 770.390 Demais contas a pagar 54.726 Receita bruta Vendas de produtos Deduções de vendas Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS, outros tributos, descontos e devoluções Receita líquida Total do circulante 989.717 Custo dos produtos vendidos Exigível a longo prazo Provisão para benefícios de assistência médica e outros Lucro bruto 55.558 Aporte à Fundação Zerrenner 56.987 Financiamentos Diferimento de impostos sobre vendas Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.849.353 927.574 346.965 470.010 31.579 53.202 (Despesas) receitas operacionais Com vendas (707.754) Com distribuição direta Provisão para perdas sobre passivo a descoberto em sociedade controlada 147.570 Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais 131.772 119.518 Demais contas a pagar Administrativas 815.487 877.969 8.517 21.853 Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais Honorários da diretoria (12.256) (55.562) (5.552) (12.877) 279.342 119.518 4.164.446 2.350.608 88.926 512.477 Receitas financeiras Despesas financeiras Participação dos acionistas minoritários Equivalência patrimonial Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas 13.921 (22.103) (269.154) (21.464) (9.063) (256.492) (202.288) 741 358.376 373.981 (5.911) Depreciação e amortização Total do exigível a longo prazo (337.002) (363.960) (33.907) (3.334) (578.469) (467.827) (330.033) (861.491) (697.970) 917.124 645.524 (81.337) (90.761) 47.225 3.917 796.920 490.697 (2.273.367) (2.080.008) 796.920 490.697 885.993 326.588 Patrimônio líquido Capital social subscrito e integralizado 2.944.288 2.565.249 2.944.288 2.565.249 4.867 1 4.867 1 970.181 522.222 Reserva de capital Reservas de lucro Ações em tesouraria (397.888) 913.723 522.222 (499.441) (10.527) Total do patrimônio líquido 3.521.448 3.087.472 3.363.437 3.076.945 Total do passivo e patrimônio líquido 4.790.507 3.432.647 11.028.812 8.639.652 Lucro operacional (a transportar) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 46 47 - Demons t rati vos Fi na n cei ros 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 D E M O N S T R A Ç Ã O D O R E S U LTA D O E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO D E M O N S T R A Ç Ã O DA S M U TA Ç Õ E S D O PAT R I M Ô N I O L Í QU I D O DA C O N T RO L A D O R A ( EM MILHARES DE REAIS ) ( EM MILHARES DE REAIS ) CONTROLADORA 2001 Lucro operacional (transporte) 796.920 (Despesas) receitas não operacionais, líquidas 2000 490.697 CONSOLIDADO 2001 885.993 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E INTEGRALIZADO 326.588 1.856 (53.310) 107.332 57.786 798.776 437.387 993.325 384.374 Em 1º de janeiro de 2000 1.717.471 RESERVA DE CAPITAL LEGAL INVESTIMENTOS FUTURO AUMENTO DE CAPITAL LUCROS AÇÕES EM (PREJUÍZO) TESOURARIA ACUMULADOS TOTAL (310.682) 1.406.790 1 Redução do capital para compensação (Nota 10(a)) Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido (Despesa) benefício com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido Lucro antes das participações estatutárias e contribuições Prejuízos acumulados (310.682) 310.682 Prejuízo do período findo em 31 de agosto de 2000 (232.058) 232.058 15.946 35.085 (51.974) 405.413 Restituição de capital investido (Nota 10(a)) (111.838) 814.722 472.472 941.351 789.787 Aumento de capital com conferência de ações dos minoritários da Brahma (Nota 10(a)) 1.502.356 (111.838) 1.502.356 Lucro líquido do exercício Participações estatutárias e contribuições Aos empregados e administradores (12.877) À Fundação Zerrenner (17.277) Lucro antes da participação dos acionistas minoritários 784.568 (2.290) Lucro líquido do exercício (81.298) (53.718) (75.777) 470.182 Participação dos acionistas minoritários Quantidade de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) RESERVAS DE LUCRO 2000 784.568 470.182 39.741.398 38.646.080 Reserva legal 784.276 736.069 292 (265.887) 784.568 470.182 23.509 (23.509) Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre capital próprio (180.018) Reservas estatutárias (Nota 10(c)) Em 31 de dezembro de 2000 2.565.249 1 23.509 13.333 485.380 13.333 485.380 19,74 12,17 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$ 20,42 12,19 (180.018) (498.713) 3.087.472 Aumento de capital Exercício de opções do plano de ações (Nota 10(a)) 298.265 298.265 80.774 80.774 Recompra de ações (Nota 11) Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício, em reais - R$ 470.182 Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício Decorrente da incorporação da IBANN (Nota 1(c)) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 470.182 (397.888) Prêmio na colocação de opções para recompra de ações próprias (Nota 12(c)) (397.888) 4.866 4.866 Lucro líquido do exercício 784.568 784.568 Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício Reserva legal 39.228 (39.228) Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre capital próprio (Nota 10(e)) (284.609) (284.609) Dividendos complementares propostos e aprovados (Nota 10(e)) (52.000) (52.000) Reservas estatutárias (Nota 10(c)) Em 31 de dezembro de 2001 2.944.288 4.867 62.737 39.228 369.503 52.561 854.883 (408.731) (397.888) 3.521.448 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 48 49 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 D E M O N S T R A Ç Ã O DA S O R I G E N S E A P L I C A Ç Õ E S D E R E C U R S O S E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO D E M O N S T R A Ç Ã O DA S O R I G E N S E A P L I C A Ç Õ E S D E R E C U R S O S E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO ( EM MILHARES DE REAIS ) ( EM MILHARES DE REAIS ) CONTROLADORA 2001 2000 CONSOLIDADO 2001 Origens dos recursos Das operações sociais Lucro líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante Equivalência patrimonia Benefício de imposto de renda e contribuição social diferidos Provisão para perdas sobre passivo a descoberto em sociedade controlada Amortização de ágio Depreciação e amortização do diferido Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo Participação dos acionistas minoritários Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o capital circulante líquido Ganhos por aumento de participação em controladas Encargos financeiros sobre provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais Valor residual do imobilizado e investimentos alienados Dividendos de controladas Efeito da redução de capital de controlada no capital circulante líquido Capital circulante líquido de controlada incorporada 784.568 470.182 (917.124) (645.524) (22.172) (35.059) 28.052 84.737 45.690 83.457 5.552 (18.268) 212 308.582 784.568 470.182 (146.014) (613.301) 94.151 613.872 86.971 589.182 33.907 269.154 (5.246) (292) 65.790 265.887 (46.140) (16.153) (3.070) 1.238 40.665 19.452 205.318 176.454 228.415 320.688 95.200 1.354.556 1.355.565 Dos acionistas 80.774 80.774 139.686 4.866 4.866 CONSOLIDADO 2001 2000 Variações no realizável a longo prazo Depósitos judiciais, compulsórios e para aplicações em incentivos fiscais Venda financiada de ações Contas a receber de sociedades ligadas Outros impostos e taxas a recuperar Outros Variações no exigível a longo prazo Financiamentos Diferimento de impostos sobre vendas Demais contas a pagar Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais No ativo permanente Investimentos, inclusive ágios e deságios Imobilizado Diferido Em transações de capital Restituição de capital investido Variação no capital de minoritários Pagamento do direito de recesso aos minoritários dissidentes da IBANN Recompra de ações Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre o capital próprio Capital circulante líquido de controlada incorporada 210 54.577 79.645 50.097 30.635 27.493 24.974 25.507 76.113 5.087 276.662 123.045 13.745 15.334 2.993 100.997 54.292 665.588 220.118 446.829 82.607 22.310 295.008 28.796 111.838 111.838 2.363 242.246 155.642 336.609 242.246 246.668 10.527 180.018 336.609 27.845 180.018 Total das aplicações 1.462.952 291.856 2.055.916 1.096.405 Aumento (redução) no capital circulante (574.070) (196.656) 1.284.923 508.920 219.139 29.149 29.149 23.189 4.684.944 2.687.640 2.687.640 3.218.018 Ativo circulante Variações no realizável a longo prazo Contas a receber de sociedades ligadas Outros impostos e taxas a recuperar Outros Variações no exigível a longo prazo Financiamentos Diferimento de impostos sobre vendas 50 2000 Variações no capital circulante De terceiros Total das origens 2001 Aplicação de recursos 803.242 Aumento de capital Variação no capital de minoritários Prêmio na colocação de opções para recompra de ações próprias CONTROLADORA 2000 33.421 37.400 32.913 1.900.643 6.340 888.882 95.200 3.340.839 1.605.325 No fim do exercício No início do exercício 189.990 5.960 1.997.304 (530.378) 989.717 225.657 225.657 23.041 3.412.003 2.699.622 2.699.622 3.738.920 764.060 (574.070) 202.616 (196.656) 712.381 1.284.923 (1.039.298) 508.920 Passivo circulante No fim do exercício No início do exercício Aumento (redução) no capital circulante As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 51 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 D E M O N S T R A Ç Ã O C O N S O L I DA DA D O F L U X O D E C A I X A E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO D E M O N S T R A Ç Ã O DA S O R I G E N S E A P L I C A Ç Õ E S D E R E C U R S O S E X E R C Í C I O S F I N D O S E M 3 1 D E D E Z E M B RO ( EM MILHARES DE REAIS ) ( EM MILHARES DE REAIS ) 2001 2000 784.568 470.182 Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais Encargos financeiros sobre provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais 613.872 33.907 589.182 269.154 1.238 19.452 Ganho na alienação de bens do imobilizado (1.497) (40.050) Variação cambial e encargos sobre financiamentos 281.678 492.854 (146.014) (613.301) Benefício de imposto de renda e contribuição social diferidos Resultado líquido de atividades de swap e forward não realizado 44.297 (22.357) Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa (13.955) (5.378) Ganhos de participação em controladas (16.153) Amortização de ágio Participação de acionistas minoritários Depósitos judiciais Aquisição de participações (líquido do caixa adquirido) Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes Depreciação e amortização do diferido 94.151 86.971 (292) 265.887 325.959 (171.754) 245.368 (295.008) (82.607) (28.796) (787.037) (126.253) Dispêndios na formação do diferido Utilização de caixa em atividades de investimento Atividades de financiamento Financiamentos Captação Variação no capital de minoritários Aumento de capital (246.668) (10.527) (242.246) (313.366) Pagamento de dividendos, inclusive sob a forma de juros sobre o capital próprio Estoques (149.113) (6.167) Restituição de capital investido Contas a receber de sociedades ligadas (30.635) 33.421 Prêmio de opções para recompra de ações próprias Despesas antecipadas (24.425) 7.816 Outros (17.705) 53.760 Salários, participações e encargos sociais 25.595 1.060 Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 45.815 (43.148) Demais tributos e contribuições a recolher 21.900 76.806 Desembolsos vinculados a provisão contingencial (95.675) (54.292) Outros (82.211) (7.202) 1.481.506 1.312.637 (109.324) (111.838) 4.866 Geração (utilização) de caixa em atividades de financiamento 1.142.190 (2.081.256) Aumento (redução) no caixa e equivalentes 1.836.659 (894.872) Saldo inicial de caixa e equivalentes 575.446 1.470.318 Saldo final de caixa e equivalentes 2.412.105 575.446 Aumento (redução) no caixa e equivalentes 1.836.659 (894.872) Composição de caixa e equivalentes e aplicações financeiras Caixa e equivalentes Aplicações financeiras (Nota 2(c)) 52 139.686 80.774 Pagamento do direito de recesso aos minoritários dissidentes da IBANN 81.955 153.714 (2.363) Recompra de ações (325.928) (7.705) 813.390 (2.726.530) (76.113) (91.504) Fornecedores 3.255.167 (1.343.877) (50.097) (114.590) Aumento (redução) nas contas do passivo circulante (22.310) 42.162 (446.829) Impostos a recuperar Geração de caixa operacional (25.507) Aquisição de bens do imobilizado Amortização Redução (aumento) nas contas do ativo circulante Contas a receber de clientes (79.645) (220.118) Alienação de bens do imobilizado Venda financiada de ações Aplicações financeiras (Nota 2(c)) 2000 Atividades de investimento Atividades operacionais Lucro líquido do exercício 2001 2.412.105 575.446 126.927 452.886 2.539.032 1.028.332 53 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 Em outubro de 2001 a Companhia adquiriu de empresas controladas, participação correspondente a 82,9% e 54,6% das NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E DE 2000 ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, da Indústria de Bebidas Antarctica do Norte e Nordeste S.A. ("IBANN") no ( EM MILHARES DE REAIS ) montante de R$ 564.498. Em novembro de 2001 a Companhia incorporou a IBANN pelo valor do seu acervo líquido contábil em 31 de agosto de 2001, no montante de R$ 894.417, mediante aumento do capital social da AmBev, no montante de R$ 298.265, com a 1 . C O N T E X TO O P E R AC I O NA L emissão de 620.354 mil ações de seu capital, que substituíram as ações da IBANN na relação de 848,24 ações da Companhia para cada lote de mil ações de emissão da IBANN. A incorporação gerou ganho de participação no valor de R$ 18.269 decorrente da defasagem entre a data da incorporação e a data das demonstrações financeiras tomadas como base para ( a ) A t i v i d a d e p re p o n d e ra n t e A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev ("Companhia" ou "AmBev"), com sede em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou através da participação em outras sociedades, comerciais ou civis, no Brasil e em outros países da América do Sul, a produção e comercialização de cervejas, chope, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte. A AmBev tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova York NYSE, na forma de Recibos de Depósitos Americanos - ADRs. avaliação. Em continuidade ao processo de reestruturação, a Companhia transferiu R$ 532.338 do acervo contábil líquido recebido da IBANN para a CBB, mediante aumento de capital. Em dezembro de 2001, a CVM formalizou o cancelamento de registro de companhia aberta da IBANN. (ii) Controladas Em agosto de 2001 a CBB adquiriu da controlada Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. ("IBA Sudeste") 99,83% do capital social da Distribuidora de Bebidas Ribeirão Preto Ltda. ("Distribuidora"), que foi subseqüentemente incorporada pela CBB. Em setembro de 2001 a CBB incorporou a Cervejaria Águas Claras S.A. ("Águas Claras") com aumento de seu capital ( b ) A s s o c i a ç ã o p a ra a c r i a ç ã o d a A m B e v social no valor de R$ 5.683, mediante emissão de 26.959 mil ações preferenciais próprias, em substituição às ações A Companhia detém os investimentos resultantes da associação realizada em julho de 1999 pelos acionistas representativas do investimento dos acionistas minoritários. controladores da então Companhia Cervejaria Brahma ("Brahma") e Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de Em novembro e dezembro de 2001 a controlada indireta Jalua Sociedad Anonima ("Jalua") efetuou aumento de Bebidas e Conexos ("Antarctica"), e posteriormente submetida à análise e aprovação das agências de defesa da livre capital em sua subsidiária integral Monthiers Sociedad Anonima ("Monthiers"), mediante cessão de investimentos e concorrência no país, tendo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE aprovado a integração entre Brahma e aplicações financeiras. Antarctica em abril de 2000. No decorrer do segundo semestre de 2000, a então controlada Brahma adquiriu as unidades produtivas de suas controladas CRBS S.A. ("CRBS"), Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A. ("Skol") e Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda. ("Pepsi"). ( c ) R e e s t r u t u ra ç ã o s o c i e t á r i a Desde o segundo semestre de 2000, foram implementadas diversas medidas para simplificar a estrutura societária do grupo, visando o aumento de produtividade e eficiência, através da racionalização operacional e administrativa, proporcionando, redução de custos e maior liquidez das ações, das quais destacamos as principais: Adicionalmente, 100% das ações da Jalua foram transferidas para controlada Eagle. ( d ) E x p a n s ã o d a s a t i v i d a d e s n o ex t e r i o r A Companhia vem expandindo suas atividades operacionais no Mercado Comum do Cone Sul ("Mercosul"). Nesse (i) Controladora sentido, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e 2000, a Companhia adquiriu através das suas Em março de 2001 a Companhia promoveu a incorporação da sua então subsidiária Brahma pela Antarctica, com base controladas os seguintes investimentos: no acervo líquido contábil em 31 de março de 2001 no montante de R$ 2.612.016. Subseqüentemente, a entidade resultante dessa incorporação teve sua razão social alterada para Companhia Brasileira de Bebidas ("CBB"). Em abril de 2001 a Companhia adquiriu, através de leilão público de compra, 33.728 mil ações da Indústria de Bebidas Antarctica Polar S.A. ("Polar"). Posteriormente, a Companhia adquiriu outras 1.389 mil ações da Polar, aumentando a sua participação direta e indireta naquela controlada para 97,37% do capital votante e 96,22% do capital total. O valor total pago foi de R$ 98.392, gerando um deságio de R$ 14.843, atribuído a razões econômicas diversas. Em maio de 2001 a Comissão . Em fevereiro de 2001, 95,4% do capital total e votante da Cerveceria y Malteria Paysandu S.A. ("Cympay") pelo montante de R$ 56.700, incluído ágio de R$ 34.177. . Em outubro de 2000, 15,1% do capital total e votante da Companhia Salus S.A. ("Salus"), pelo montante de R$ 22.310, incluído ágio de R$ 19.001. Essas empresas estão incluídas na consolidação, na forma da instrução CVM no. 247/96. Em ambos os casos o ágio pago está fundamentado em expectativa de lucratividade futura, sendo amortizado em um prazo de dez anos. de Valores Mobiliários - CVM formalizou o cancelamento do registro de companhia aberta da Polar. Em junho de 2001 a Companhia recebeu da CBB participação de 99,9% no capital da Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. ("Eagle"), pelo valor de R$ 955.368, em operação de redução de capital da CBB, no montante de R$ 1.530.783, que envolveu ainda cessão de créditos para a Companhia no total de R$ 575.415. 54 55 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 Adicionalmente, em julho de 2001 a Companhia adquiriu os ativos operacionais da Cerveceria Internacional S.A., - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 2 . P R I N C I PA I S P R Á T I C A S C O N T Á B E I S situada no Paraguai, por R$ 32.914 registrados na sua controlada CCBP S.A. Tais ativos passaram por uma fase de reforma e adaptação para assegurar a produtividade e qualidade de produção similar às das demais empresas do grupo e iniciaram sua operação no mês de outubro de 2001. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 as vendas de produtos no exterior representaram, respectivamente, aproximadamente 7% e 4% do total das vendas consolidadas de produtos. ( a ) D e m o n s t ra ç õ e s f i n a n c e i ra s As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira, de forma condizente com as normas expedidas pela CVM. Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, ( e ) " Jo i n t ve n t u re s " e a c o rd o s d e l i c e n c i a m e n t o e d i s t r i b u i ç ã o passivos e outras transações. Assim, as demonstrações financeiras incluem várias estimativas referentes à seleção de Em dezembro de 2000 a AmBev e a Souza Cruz S.A. constituíram a empresa Agrega Inteligência em Compras Ltda. vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de provisão para imposto ("Agrega"), na qual a Companhia participa com 50%, para administrar o processo de aquisição de materiais indiretos e de de renda e outras similares que, não obstante refletirem a melhor precisão possível, podem apresentar variações em serviços através de um portal "B2B - Business to Business" na Internet. relação aos dados e valores reais. A Companhia mantém acordo de franchising com a PepsiCo International, Inc. ("PepsiCo") para engarrafar, vender e distribuir produtos Pepsi no Brasil incluindo, a partir de 2002, o isotônico Gatorade. Atualmente esse acordo tem duração até 2017 e pode ser renovado por períodos adicionais de dez anos ou rompido por qualquer das partes mediante notificação prévia de dois anos. ( b ) Ap u ra ç ã o d o re s u l t a d o Receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de vendas e os correspondentes custos são registrados na entrega dos produtos. Há também acordo com a PepsiCo para engarrafamento, venda e distribuição do "Guaraná Antarctica" por parte da PepsiCo fora do Brasil, mediante o qual o produto já é comercializado em Portugal e em Porto Rico. A Companhia possui ainda acordos de licenciamento com a Carlsberg e Miller Brewing Co. para produção das cervejas Carlsberg e Miller, assim como "joint venture" com a Unilever do Brasil Ltda. para produção e distribuição do chá Lipton Ice Tea. ( f ) Ve n d a d a m a rc a B a va r i a (c) Fluxo de caixa Para elaboração da demonstração consolidada do fluxo de caixa, foram considerados caixa e equivalentes os depósitos a prazo que têm mercado imediato e vencimento original de 90 dias ou menos. ( d ) A t i vo s c i rc u l a n t e e re a l i z á ve l a l o n go p ra z o Em outubro de 2000 foi constituída a controlada Bavaria S.A., com capital de R$ 127.341, através de aporte, pelo valor A provisão consolidada para créditos de liquidação duvidosa, de R$ 131.568 em 31 de dezembro de 2001 (2000 - líquido contábil, de ativos correspondentes às operações de unidades fabris de propriedade de controladas e coligada. R$ 109.040), é constituída em montante considerado suficiente pela administração para cobrir as perdas prováveis na A totalidade das ações da Bavaria S.A. foi alienada à Molson Incorporated ("Molson") em 20 de dezembro de 2000, em realização dos créditos. transação aprovada pelo CADE, em cumprimento a determinação daquele órgão estabelecida como condição para aprovação Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou produção, ajustado, quando necessário, por provisão da associação entre Brahma e Antarctica. O valor da transação foi de R$ 191.443 (equivalente a US$ 98 milhões na data da para redução aos valores de realização. Em 31 de dezembro de 2001 a provisão para redução dos estoques aos seus valores operação), sujeito a ajustes a serem determinados em 31 de dezembro de cada ano, entre 2000 e 2005, pelos quais o preço de realização monta a R$ 30.598 (2000 - R$ 18.005), contabilizada em conta redutora do ativo dentro do grupo de estoques. poderá ser complementado em até R$ 224.652 em função da participação de mercado a ser atingida pela cerveja Bavaria no Caixa e bancos, representados por valores de liquidez imediata; aplicações de investimento, substancialmente Brasil. O contrato de venda das ações incorpora ainda cláusula - condicionada pelo CADE - pela qual a AmBev compartilhará representadas por certificados de depósito bancário e fundos de investimento, e demais ativos circulantes e do realizável a de forma remunerada sua rede de distribuição com a Molson durante o prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro. longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos; quando necessária, Em 31 de dezembro de 2001 não ocorreu aumento de participação de mercado da marca Bavaria que justificasse a é constituída provisão para redução aos valores de realização. aplicabilidade da cláusula contratual de complementação do preço. ( e ) Pe r m a n e n t e ( g ) D e s va l o r i z a ç ã o d o Pe s o A r ge n t i n o 56 Os investimentos em sociedades controladas e em controladas em conjunto são avaliados, na controladora, pelo Os efeitos decorrentes da desvalorização do Peso Argentino em janeiro de 2002 na subsidiária CCBA S.A. ("CCBA"), método da equivalência patrimonial, incluindo, na sua primeira avaliação, o desdobramento dos custos de aquisição em reconhecidos nas demonstrações financeiras da Companhia, não tiveram impacto significativo no resultado do exercício valor patrimonial e ágio. O ágio em investimentos fundamentado na mais-valia do imobilizado é amortizado com base na findo em 31 de dezembro de 2001, em virtude da proteção obtida através de contratos de "swap" e "forward" em moeda depreciação ou realização do imobilizado da controlada, enquanto o ágio atribuído à expectativa de rentabilidade futura é estrangeira. amortizado no prazo de cinco até dez anos; a amortização do ágio é registrada na rubrica "Outras despesas operacionais". 57 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 O deságio em investimento, atribuído a razões econômicas diversas, será amortizado na eventual alienação do investimento, segundo as normas estabelecidas pela CVM. O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui garrafas e garrafeiras, bem como os juros incorridos no financiamento da construção das principais instalações. Os gastos com manutenção e reparos são registrados em contas de despesas quando incorridos. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídos nos custos dos produtos vendidos. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas na Nota 8. A amortização do diferido, relativo, principalmente, a despesas pré-operacionais incorridas na implantação e ampliação de unidades industriais e comerciais, é registrada pelo método linear, no prazo de até dez anos, a partir da entrada em operação dessas unidades. Em 31 de dezembro de 2001 a amortização acumulada do diferido é de R$ 419.841 (2000 - R$ 490.940). Os valores de custo do ativo permanente foram corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995. ( f ) C o n ve r s ã o d a s d e m o n s t ra ç õ e s f i n a n c e i ra s d a s c o n t r o l a d a s e c o l i g a d a s s e d i a d a s n o ex t e r i o r Com exceção das controladas mencionadas no parágrafo seguinte, as demonstrações financeiras das controladas e coligadas sediadas no exterior são convertidas a reais considerando-se a moeda local como a sua moeda funcional. Desta forma, os seus ativos e passivos foram convertidos para reais à taxa de câmbio vigente nas datas das demonstrações financeiras, as contas do resultado foram convertidas a cada mês pela respectiva taxa de fechamento do período, e as contas do patrimônio líquido foram convertidas às taxas cambiais históricas. As demonstrações financeiras incluem indexação da moeda local, quando aplicável, e variações cambiais sobre ativos e passivos denominados em moeda estrangeira. Ganhos e perdas provenientes do processo de conversão são reconhecidos no resultado do exercício da Companhia. Nos casos da Malteria Pampa S.A. ("Malteria Pampa"), Malteria Uruguay S.A. ("Malteria Uruguay") e Cympay, sendo suas receitas e fluxos de caixa altamente atrelados ao dólar norte-americano, essa moeda é considerada a mais adequada para refletir a posição financeira e resultado das operações no ambiente econômico em que elas operam. Dessa forma, definiuse o dólar norte-americano como a sua moeda funcional e adotaram-se os seguintes procedimentos de remensuração: (i) estoques, imobilizado e depreciação acumulada, bem como as contas do patrimônio líquido, foram remensurados em dólares às taxas cambiais históricas e convertidos a reais, assim como os ativos e passivos monetários, às taxas de câmbio do fim do exercício; (ii) a depreciação e outros custos e despesas relativos aos ativos remensurados a taxas cambiais históricas foram - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 (h) Operações de "forward" e "swap" de moedas, juros e "commodities" Os valores nominais das operações de "forward" e "swap" de moedas, juros e "commodities" não são registrados no balanço patrimonial. Os resultados líquidos não realizados dessas operações são registrados em regime de competência de exercícios, com base nos preços de mercado como mencionado na Nota 15. (i) Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados, para questões trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nas instâncias administrativas e judicial, com base nas estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores jurídicos externos da Companhia e suas controladas, para os casos em que a perda é considerada provável. As economias de impostos, obtidas com base em decisões judiciais provisórias em ações movidas pela Companhia contra as autoridades tributárias, são objeto de provisionamento até que sejam asseguradas por decisão final irrecorrível em favor da Companhia e suas controladas. ( j ) S u bve n ç ã o p a ra i n ve s t i m e n t o s As controladas da Companhia possuem programas de incentivos fiscais estaduais na forma de diferimento do pagamento de impostos, com reduções parciais ou totais dos mesmos. Em alguns estados os prazos de carência e as reduções não são condicionais. Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução no pagamento desses impostos é tratado como reserva para subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquido das controladas, observado o regime de competência de registro desses impostos, ou no momento em que as controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programas estaduais, de forma a ter como provável o benefício concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia esse benefício é registrado como "Outras receitas operacionais" (2001 - R$ 95.983; 2000 - R$ 92.851). ( l ) I m p o s t o s s o b re a re n d a O imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e à contribuição social é registrado em regime de competência de exercícios, incluindo o imposto diferido calculado sobre as diferenças entre as bases contábeis e tributáveis de ativos e passivos. É também registrado imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefício tributário futuro de prejuízos fiscais e bases negativas de cálculo para as controladas em que haja expectativa de realização provável desses benefícios, no prazo máximo de cinco anos, baseada em projeções de resultados futuros. calculados com base nos valores dos ativos em dólares norte-americanos. As demais contas de resultado foram convertidas às taxas médias de câmbio prevalecentes no período; e (iii) ganhos e perdas apurados na consolidação, provenientes do processo de remensuração, estão incluídos no resultado do exercício da Companhia. ( m ) R e cl a s s i f i c a ç õ e s Certas reclassificações fora efetuadas na demonstração de origens e aplicações de recursos em 31 de dezembro de 2000, com o objetivo de melhorar sua comparabilidade com o exercício corrente. ( g ) Pa s s i vo s c i rc u l a n t e e ex i g í ve l a l o n go p ra z o São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. Contingências são registradas quando sua realização for provável, pelo valor de perda estimado. 58 59 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 3 . D E M O N S T R A Ç Õ E S F I NA N C E I R A S C O N S O L I DA DA S 4 . E S TO QU E S - C O N S O L I DA D O Para as empresas controladas pela Companhia foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos e resultados, sendo destacadas as participações dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado dos exercícios das controladas. Na consolidação foram eliminados os investimentos nas controladas e a parcela correspondente dos seus patrimônios líquidos, assim como os saldos ativos e passivos, bem como as receitas e despesas, decorrentes de transações realizadas entre as empresas consolidadas. As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações financeiras, em datas coincidentes, das Produtos acabados Produtos em elaboração 2001 2000 158.681 122.817 50.085 44.022 Matérias-primas 379.043 254.139 Materiais de produção 109.939 68.873 Vasilhames e garrafeiras 26.506 13.600 Almoxarifado e outros 82.425 87.671 806.679 591.122 sociedades controladas pela Companhia, direta ou indiretamente, relacionadas nas Notas 5(b) e 6, respectivamente. Para as empresas controladas em conjunto, mediante acordo de acionistas, relacionadas a seguir, a consolidação incorpora as contas de ativo, passivo e resultado proporcionalmente à participação total detida pela Companhia no seu capital social. PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SOCIAL 5 . PA RT I C I PA Ç Ã O E M S O C I E DA D E S C O N T RO L A DA S 2001 2000 TOTAL VOTANTE TOTAL VOTANTE 60,8 49,6 60,8 49,6 A avaliação inicial dos investimentos nas sociedades controladas Brahma e Antarctica (hoje incorporados na CBB) Miller Brewing do Brasil Ltda. ("Miller") 50,0 50,0 Pilcomayo Participações S.A. ("Pilcomayo") 50,0 50,0 levou em consideração ajustes decorrentes da uniformização e adequação das políticas e práticas contábeis utilizadas pela 43,2 50,0 Miranda Corrêa Cervejaria Astra S.A. ("Astra") 65,5 50,0 Agrega 50,0 50,0 ( a ) C o n s i d e ra ç õ e s ge ra i s controlada Antarctica às práticas adotadas pela Companhia e pela Brahma. Com a aprovação do CADE em abril de 2000, e em decorrência do início do processo de integração das operações, os ajustes de uniformização e adequação das políticas contábeis foram registrados pela Antarctica e suas controladas ao longo Os ativos consolidados proporcionalmente montam a R$ 178.551 em 31 de dezembro de 2001 (2000 - R$ 161.397), com capital circulante líquido positivo de R$ 58.942 na mesma data (capital circulante líquido negativo de R$ 5.017 em 2000). Em maio de 2001 a CBB adquiriu em leilão realizado na Bovespa 13.863 mil ações de emissão da Pilcomayo, do ano. Em consonância com o disposto no artigo 186 da Lei no. 6.404/76, e de forma coerente com o tratamento contábil anteriormente adotado pela AmBev, as controladas registraram tais ajustes, substancialmente, a débito ou crédito de lucros acumulados, sendo esses valores eliminados para fins de consolidação e equivalência patrimonial. representativas de 33,35% do capital total desta empresa, pelo valor de R$ 20.378, incluindo ágio de R$ 33.891. Por outro lado, ajustes adicionais de uniformização e adequação das práticas contábeis foram identificados e Adicionalmente, na mesma data foi adquirida pela CBB a totalidade das ações de emissão da Patí do Alferes Participações S.A. registrados no semestre findo em 30 de junho de 2000, no valor líquido de R$ 31.782, após os efeitos tributários e ("Patí do Alferes"), detentora de investimento de 16,65% do capital da Pilcomayo, por R$ 10.152, incluindo ágio de participação de minoritários, valor esse considerado na Companhia e na consolidação como ajuste complementar ao ágio no R$ 16.922. Em janeiro de 2002 a CVM formalizou o cancelamento do registro de companhia aberta da Pilcomayo. investimento na Antarctica. Entre junho e dezembro de 2001 foram adquiridas pela CBB 11.328 mil ações preferenciais classe "A" de emissão da controlada em conjunto Astra, equivalentes a 22,19% do capital total, pelo valor de R$ 57.931, apurando-se um ágio de R$ 28.940 nessa operação. Em outubro de 2001 foram adquiridas pela CBB ações da controlada em conjunto Miller equivalentes a 50% do capital total, passando a Companhia a consolidar integralmente seus ativos e passivos. A empresa mudou sua razão social para BSA Bebidas Ltda. As demonstrações financeiras das controladas e controladas em conjunto em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 foram submetidas a revisões ou exames de auditoria em extensão suficiente para suportar o parecer de auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. 60 61 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 (b) Infor mações sobre par ticipações em sociedades controladas diretas . Em 31 de dezembro de 2001 DESCRIÇÃO "Despesas não operacionais". CBB (i) AGREGA EAGLE Ações ordinárias/cotas 3.442.186 1.375 158 Ações preferenciais 6.073.132 Total de ações/cotas 9.515.318 POLAR HOHNECK (ii) Quantidade de ações/cotas possuídas - em milhares 13.117 10.000 22.000 1.375 158 35.117 100,0 Em relação às ações preferenciais 99,5 Em relação ao total de ações/cotas 99,7 50,0 99,9 19,4 100,0 87,2 50,0 99,9 37,8 ( c ) M ov i m e n t a ç ã o d a p a r t i c i p a ç ã o e m s o c i e d a d e s c o n t r o l a d a s e á g i o e deságio na aquisição de sociedades controladas DESCRIÇÃO 10.000 Percentual de participação direta no capital social - % Em relação às ações ordinárias/cotas Em 31 de dezembro de 2001 a Companhia mantém provisão para perdas correspondente ao passivo a descoberto na sua controlada direta Hohneck no valor de R$ 147.570 (2000 - R$ 119.518). A despesa correspondente é registrada em 100,0 Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Saldo em 31 de dezembro de 1999 BRAHMA CBB(i) 339.921 1.136.898 AGREGA EAGLE 1.635 1.290.831 333.002 (147.570) 1.476.819 1.652.302 1.652.302 (149.946) (149.946) Dividendos recebidos (176.454) Equivalência patrimonial 729.856 Amortização do ágio 2.395.679 (176.454) (84.332) 645.524 (83.457) (83.457) 969.109 3.364.788 615.868 (3.766) 441.658 45.341 (28.052) 113.235 Deságio apurado na incorporacão de ações Dividendos recebidos e a receber Lucro líquido (prejuízo) Incorporação de Brahma pela Antarctica (Nota (c)) (172.589) (2.612.016) 2.612.016 Equivalência patrimonial . Em 31 de dezembro de 2000 DESCRIÇÃO (1.530.783) Aumento de capital Amortização do ágio BRAHMA ANTARCTICA HOHNECK Saldo em 31 de dezembro de 2001 352.330 955.368 532.338 2.699 347.000 553.090 (1.883) (12.438) (577.883) (575.415) 882.037 12.640 (84.737) 2.878.444 677.733 (14.843) (308.582) (577.883) Redução de capital com cessão de ações e créditos (ii) Sediada no exterior. 564.498 (14.843) (135.993) Incorporação de IBANN pela AmBev (Nota 1 (c)) (i) Anteriormente Antarctica (Nota 1(c)). TOTAL Deságio apurado na incorporação de ações Saldo em 31 de dezembro de 2000 2.396.755 IBANN Ações recebidas em aumento de capital Aquisição de investimento Patrimônio líquido (passivo a descoberto) POLAR 13.385 917.124 (84.737) 816 1.289.930 111.032 4.280.222 (i) Anteriormente Antarctica (Nota 1(c)) Quantidade de ações possuídas - em milhares Ações ordinárias 2.628.452 10.726 Ações preferenciais 4.465.839 1.274 10.000 Total de ações 7.094.291 12.000 10.000 Em relação às ações ordinárias 100,0 100,0 100,0 Em relação às ações preferenciais 100,0 100,0 Em relação ao total de ações 100,0 100,0 100,0 2.545.624 245.969 (119.518) 967.243 (93.847) (45.690) Percentual de participação no capital social - % Informações sobre as demonstrações financeiras das controladas diretas: Patrimônio líquido (passivo a descoberto) Lucro líquido (prejuízo) 62 63 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 (d) Ágio e deságio na aquisição de sociedades controladas 6 . PA RT I C I PA Ç Õ E S I N D I R E TA S R E L E VA N T E S E M S O C I E DA D E S C O N T RO L A DA S E E M C O N T RO L A DA S E M C O N J U N TO E M 3 1 D E D E Z E M B RO SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO CONTROLADORA CONSOLIDADO INFORMAÇÕES SOBRE CONTROLADAS E CONTROLADAS EM CONJUNTO RELEVANTES 2001 2000 2001 2000 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO INDIRETA Ágio CBB - fundamentado em: Mais - valia do imobilizado 144.579 144.579 144.579 144.579 Expectativa de rentabilidade futura 702.760 702.760 702.760 702.760 847.339 847.339 847.339 847.339 Cympay 34.177 Salus 19.001 21.117 Malteria Pampa 28.101 28.101 Patí do Alferes 16.922 Pilcomayo 33.891 Astra 28.940 Total de ágio Amortização acumulada Total de ágio, líquido 847.339 847.339 1.008.371 896.557 (208.935) (124.197) (226.008) (131.857) 638.404 723.142 782.363 764.700 Deságio CBB Polar Total de deságio Saldo em 31 de dezembro de 2001 (149.946) (149.946) (14.843) (164.789) 473.615 (149.946) (149.946) (14.843) (149.946) 573.196 (164.789) 617.574 (149.946) 614.754 DENOMINAÇÃO DA EMPRESA Cympay (i) 2001 2000 95,4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO (PASSIVO A DESCOBERTO) 2001 LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 2000 2001 23.059 2000 (176) Pepsi 100,0 100,0 61.363 182.053 1.534 Malteria Pampa (i) 100,0 100,0 91.718 70.732 7.866 11.289 Jalua (i) 100,0 100,0 2.524.445 2.024.346 500.036 343.080 Salus 83.336 8.337 11.414 (3.236) 1.377 100,0 1.290.831 502.172 441.658 294.505 Distribuidora de Bebidas Antarctica de Manaus Ltda. 100,0 100,0 16.458 4.747 815 (738) Dahlen S.A. (i) 47.299 (24.275) Eagle 100,0 100,0 23.024 CCBP (i) 100,0 100,0 35.146 2.733 1.148 1.538 Arosuco Aromas e Sucos S.A. 100,0 100,0 84.731 133.618 146.566 95.849 ANEP - Antarctica Empreendimentos e Participações Ltda. 100,0 100,0 812.995 769.921 20.296 (104.697) 99,7 99,7 71.367 159.017 (84.565) 21.780 Skol 3.313 IBA Sudeste 98,8 98,8 358.115 368.637 2.634 (145.749) CRBS 99,8 99,8 427.312 645.212 (57.113) 99.351 Águas Claras 93,3 181.127 6.294 14.961 IBANN 61,8 887.569 20.332 16.374 317.573 47.657 Polar 96,9 Patí do Alferes 100,0 Miranda Corrêa 60,76 Agrega 59,0 335.319 (7.151) 60,76 (7.975) 50,0 7.960 (361) (11.534) 817 (967) (1.344) (1.883) Pilcomayo 100,0 50,0 (42.643) (39.014) 26.957 8.994 BSA Bebidas Ltda. (anteriormente Miller Brewing do Brasil Ltda.) 100,0 50,0 11.669 (15.940) 9.444 (1.334) 43,2 100.853 117.257 16.054 20.822 70,0 70,0 74.215 106.888 (21.682) (4.608) 66.494 (3.657) (11.306) Astra CCBA (i) C.A. Cervecera Nacional (i) Monthiers (i) (ii) 50,2 50,2 73.447 100,0 100,0 2.399.806 (333.857) (i) Sediadas no exterior. (ii) Subsidiária integral da Jalua. 64 65 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 7 . T R A N S A Ç Õ E S C O M PA RT E S R E L AC I O NA DA S 9 . E M P R É S T I M O S E F I NA N C I A M E N TO S E M 3 1 D E D E Z E M B RO - C O N S O L I DA D O As transações com partes relacionadas foram eliminadas nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia, com exceção da parcela não consolidada das vendas e contratos de mútuo das empresas controladas em conjunto CIRCULANTE MODALIDADE/FINALIDADE ENCARGOS FINANCEIROS INCIDENTES VENCIMENTO FINAL 2001 2000 LONGO PRAZO 2001 2000 235.305 135.567 (contabilização com base no critério de consolidação proporcional). Os contratos de mútuo têm prazo de vencimento indeterminado e são sujeitos a encargos financeiros equivalentes aos obtidos nas captações de recursos financeiros da Companhia e controladas no mercado. Moeda nacional Capital de giro Juros de 3,5% ao ano Novembro de 2002 Incentivos fiscais de ICMS Juros de 2,5% ao ano Janeiro de 2012 Aquisição de equipamentos Juros de 2,8% ao ano acima da variação da TJLP Outubro de 2006 Construção, ampliação e modernização do parque fabril Juros de 3,0% ao ano acima da variação da TJLP Dezembro de 2008 Matéria-prima Juros prefixados de 8,8% ao ano Junho de 2002 8 . I M O B I L I Z A D O E M 3 1 D E D E Z E M B RO - C O N S O L I DA D O 2001 2000 TAXAS PERCENTUAIS ANUAIS DE DEPRECIAÇÃO Custo Total de moeda nacional 9.637 10.284 25.034 45.004 9.594 53.303 58.064 101.855 119.248 163.517 203.466 433.810 437.399 316.818 770.970 701.808 19.494 270.985 Moeda estrangeira Terrenos 154.360 189.278 Prédios e construções 1.887.088 1.686.501 4 Máquinas e equipamentos 3.655.179 3.618.066 10 a 20 Veículos 50.103 55.984 20 601.898 530.492 10 a 20 Sistemas de computação 74.429 76.051 20 Outros intangíveis 62.338 51.188 10 a 20 227.207 117.042 2.291 2.231 6.714.893 6.326.833 (3.571.258) (3.122.574) 3.143.635 3.204.259 Bens móveis de uso externo Imobilizado em andamento Florestamento e reflorestamento Capital de giro Empréstimo sindicalizado (Nota 9(e)) Juros de 2,4% ao ano acima da LIBOR trimestral Agosto de 2004 3.016 691.710 Emissão privada de títulos (Nota 9(f)) Juros de 12,3% ao ano Dezembro de 2011 4.379 1.160.200 Outros Juros de 8,0% ao ano Outubro de 2005 Importação de matéria-prima Juros de 5,7% ao ano Julho de 2004 Aquisição de equipamentos Juros de 9,0% ao ano Janeiro de 2009 246.596 71.258 632.989 36.509 143.901 1.617 76.136 68.931 118.706 80.248 1.449.004 948.516 2.078.383 225.766 1.719.989 1.265.334 2.849.353 927.574 4 Total de moeda estrangeira Total dos financiamentos Depreciação acumulada 223.530 1.141.943 Obs.: Encargos financeiros incidentes sobre financiamentos em moeda estrangeira consideram o IRRF referente a remessa de juros para o exterior. Abreviaturas utilizadas: As controladas da Companhia possuem unidades desativadas cujos ativos, líquidos de depreciação acumulada e provisão para perdas potenciais na realização, montam a R$ 161.121 em 31 de dezembro de 2001. Os bens imóveis destinados à venda referentes a essas unidades, em 31 de dezembro de 2001, no valor líquido de . TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo . IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte . LIBOR - "London Interbank Offered Rate" R$ 104.524, estão classificados no realizável a longo prazo, pelo valor estimado de realização após deduzida provisão para desvalorização no montante de R$ 43.892. As máquinas, equipamentos e outros ativos fora de uso dessas unidades, no valor de R$ 56.597 em 31 de dezembro de 2001, estão classificados no ativo permanente pelo valor estimado de realização, após deduzida provisão para cobrir perdas potenciais na realização no valor de R$ 15.842. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2001 a provisão para desvalorização e para perdas potenciais na realização de ativos foi complementada no montante de R$ 16.085. 66 67 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 ( a ) G a ra n t i a s (e) Empréstimo sindicalizado Os empréstimos e financiamentos tomados junto ao IFC e BNDES para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos. Os empréstimos para compra de matéria-prima, substancialmente malte, e emissão de notas de dívida externa estão garantidos por avais das empresas do grupo. O empréstimo sindicalizado em ienes, é garantido por avais da AmBev e controladas. Em 31 de dezembro de 2001, através de operação de "swap" de LIBOR, esse financiamento está indexado a juros prefixados de 5,7% ao ano. A Companhia encontra-se adimplente quanto aos índices de endividamento e liquidez compromissados em decorrência da obtenção desse empréstimo. ( b ) Ve n c i m e n t o s ( f ) E m i s s ã o d e d í v i d a n o m e rc a d o i n t e r n a c i o n a l Em 31 de dezembro de 2001, os financiamentos a longo prazo têm a seguinte composição, por ano de vencimento: Em dezembro de 2001, a CBB com garantia oferecida pela AmBev, efetuou emissão de notas de dívida externa ("Notas") 2003 420.914 no montante de R$ 1.160.267 (equivalentes a US$ 500 milhões). Sobre essas Notas incorrem juros de 12,3% ao ano, 2004 915.001 amortizados semestralmente, com vencimento final em dezembro de 2011. Os juros contratados podem aumentar em 0,5% 114.694 ao ano, caso não ocorra o registro dessas Notas na "Securities and Exchange Commission - SEC" dos Estados Unidos até 15 2005 2006 39.936 Anos subseqüentes 1.358.808 Total 2.849.353 (c) Cláusulas contratuais com a Inter national Finance Corporation - IFC de dezembro de 2002. 1 0 . PAT R I M Ô N I O L Í QU I D O Empréstimos obtidos com a IFC montam a R$ 90.326 em 31 de dezembro de 2001. Tais financiamentos incluem cláusula que permite a utilização de parte do empréstimo para integralização de 53.727 mil ações preferenciais da AmBev (Nota 11(c)), à opção da IFC. ( a ) C a p i t a l s o c i a l s u b s c r i t o e i n t e gra l i z a d o Em 31 de dezembro de 2001 o capital social da Companhia, no montante de R$ 2.944.288 (2000 - R$ 2.565.249), é representado por 39.741.398 mil ações (2000 - 38.646.080 mil), sendo 16.073.049 mil ações ordinárias (2000 - ( d ) I n c e n t i vo s f i s c a i s d e I C M S DESCRIÇÃO 2001 2000 15.976.336 mil) e 23.668.349 mil ações preferenciais (2000 - 22.669.744 mil), todas nominativas e sem valor nominal. Em Assembléias Gerais Extraordinárias - AGEs, realizadas em janeiro e abril de 2000, os acionistas aprovaram a redução de R$ 330.411 no capital social, sem alteração na quantidade de ações. Do valor da redução, R$ 310.682 foram Saldo de curto e longo prazos Financiamentos 260.339 180.571 destinados a eliminar prejuízos acumulados apurados no balanço de 31 de dezembro de 1999, e R$ 19.729, Diferimentos de impostos sobre vendas 486.469 470.010 equivalentes aos juros sobre o capital próprio recebidos da Brahma, foram distribuídos aos acionistas a título de 746.808 650.581 Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro do Estado, geralmente por cinco anos a partir da data do vencimento. Os valores restantes referem-se a diferimento do ICMS devido, por prazos de até dez anos, como parte de programas de incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar progressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços. Parcela dos impostos diferidos, no montante de R$ 139.504 em 31 de dezembro de 2001 vence durante o ano de 2002. devolução do capital investido. Em AGE de setembro de 2000 os acionistas aprovaram nova redução no capital social da Companhia, no valor de R$ 324.167, sendo R$ 232.058 para eliminação do prejuízo do período findo em 31 de agosto de 2000 e R$ 92.109 para restituição de capital investido, também sem alteração do número de ações. Em AGEs da Brahma e da AmBev realizadas em setembro de 2000, foi aprovado um aumento de capital no valor de R$ 1.502.356 mediante a incorporação, pela AmBev, da totalidade das ações representativas do capital social da Brahma possuídas pelos acionistas minoritários, perfazendo um total de 1.176.536 mil ações ordinárias e 4.452.258 mil ações preferenciais, com valor de R$ 266,90 por lote de mil ações, independentemente da espécie, convertendo-se a Brahma em subsidiária integral da Companhia. Em decorrência desse fato, os acionistas da Brahma receberam uma ação emitida pela Companhia para cada ação de emissão da Brahma, respeitadas as espécies de ações detidas pelos acionistas. Em outubro de 2000 foi aprovado pela AGE o desdobramento das ações da Companhia, de forma que o acionista detentor de uma ação recebeu mais quatro ações da mesma espécie, passando o capital a ser representado por 15.976.336 mil ações ordinárias e 22.669.744 mil ações preferenciais. 68 69 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 Em março de 2001 foi aprovado em reunião do Conselho de Administração o aumento de capital para atender ao Plano de Compra de Ações para executivos e funcionários, no valor de R$ 80.774, com a correspondente emissão de 569.108 mil ações preferenciais. (b) Bônus de subscrição de ações - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 ( e ) D i v i d e n d o s p r o p o s t o s e a p r ova d o s Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2001: Lucro líquido do exercício Constituição da reserva legal (5%) 784.568 (39.228) Em 1996 a Brahma colocou junto aos seus acionistas 404.930 mil bônus de subscrição de ações (1 bônus para cada 17 ações então detidas), sendo 262.891 mil para subscrição de ações ordinárias e 142.039 mil para ações preferenciais, ao preço de R$ 50,00 por lote de mil bônus, totalizando R$ 20.247. Com a incorporação da Brahma pela Companhia, e em conformidade com decisão da AGE de setembro de 2000 e as regras estabelecidas anteriormente pelo Conselho de Administração da Brahma, tais bônus darão direito à subscrição de ações da AmBev, na proporção de cinco ações para cada bônus, respeitada a espécie de ações. O exercício do direito à Base de cálculo dos dividendos 745.340 Dividendos propostos e aprovados Antecipadamente (em agosto e dezembro de 2001) sob a forma de juros sobre o capital próprio 284.609 Complementares, para pagamento em fevereiro de 2002, aprovados em dezembro de 2001 52.000 subscrição ocorrerá em abril de 2003. O preço de subscrição das ações será apurado com base no preço original de subscrição de R$ 200 por lote de mil ações, ajustado na forma estabelecida no edital publicado em fevereiro de 1996, com atualização de acordo com a variação do IGP-M, acrescido de juros de 12% ao ano, calculado "pro rata temporis", reduzido pelo montante de dividendos pagos. 336.609 IRRF incidente sobre os dividendos sob a forma de juros sobre o capital próprio (15%) ( c ) D e s t i n a ç õ e s d o l u c r o d o ex e rc í c i o Total dos dividendos, líquido de IRRF O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo (42.691) 293.918 39,43 previstas em lei: (i) 27,5% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior ao das ações ordinárias. (ii) Importância não inferior a 5% e não superior a 68,8% do lucro líquido, para a constituição de reserva de investimentos, com a finalidade de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas empresas Dividendos propostos e aprovados por lote de mil ações em circulação no fim do exercício - R$ Ordinárias Preferenciais 7,17 7,89 controladas, inclusive pela subscrição de aumentos de capital ou criação de novos empreendimentos. (iii) Constituição de reserva para futuro aumento de capital com o saldo remanescente do lucro líquido do exercício. ( d ) Ju r o s s o b re o c a p i t a l p r ó p r i o ( f ) C o n c i l i a ç ã o e n t re o p a t r i m ô n i o l í q u i d o d a C o m p a n h i a e o patrimônio líquido consolidado em 31 de dezembro de 2001 Patrimônio líquido da controladora 3.521.448 As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLP sobre o patrimônio líquido que, dedutíveis para fins tributários, podem ser imputados aos dividendos obrigatórios quando distribuídos. Embora registrados em conta de resultado para fins tributários, esses juros são reclassificados para o patrimônio líquido nas demonstrações financeiras. 70 Reconhecimento dos efeitos da NPC 26 (Nota 13(d)) Ações em tesouraria adquiridas pela controlada CBB (Nota 11) Total do patrimônio líquido consolidado (56.458) (101.553) 3.363.437 71 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 11. AÇÕES EM TESOURARIA - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 nos lucros está condicionada a que sejam atingidas metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício. Em 31 de dezembro de 2001, a Companhia mantém em tesouraria 271.567 mil ações ordinárias e 848.906 mil ações ( b ) P l a n o d e o p ç ã o d e c o m p ra d e a ç õ e s preferenciais no montante total de R$ 397.888. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2001, a CBB possui 50.005 mil ações O plano de opção de compra de ações da Companhia (o "Plano") sucedeu o plano de opção existente na controlada ordinárias e 150.470 mil ações preferenciais (2000 - 29.495 mil ações ordinárias e 53.727 mil ações preferenciais) de Brahma. Na migração dos acionistas minoritários da Brahma para a Companhia, em 14 de setembro de 2000, os detentores emissão da Companhia no montante de R$ 101.553 (2000 - R$ 10.527) (Nota 10(f)). de opções de compra de ações da Brahma, mantidas as regras do plano anterior, passaram a ter o direito de subscrever ações da AmBev. ( a ) P r o gra m a d e re c o m p ra d e a ç õ e s Conforme definido no estatuto, o Plano é administrado por um comitê composto de membros não executivos da O Conselho de Administração da Companhia tem sucessivamente aprovado a aplicação de recursos na aquisição de Companhia. Esse comitê cria, periodicamente, programas de opção de compra de ações, ordinárias ou preferenciais, ações de sua própria emissão, ficando a Companhia autorizada, durante prazos renováveis de até 90 dias, a adquirir ações definindo os termos e as categorias dos funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as opções serão dentro de limites estabelecidos. exercidas. Esse preço não poderá ser menor do que 90% do preço médio das ações negociadas na Bolsa de Valores de São A Companhia e a sua subsidiária CBB mantém em tesouraria, em 31 de dezembro de 2001, 186.275 mil ações ordinárias e 297.480 mil ações preferenciais (2000 - 29.495 mil ações ordinárias), adquiridas em programas de recompra de ações no montante de R$ 242.635 (2000 - R$ 10.527). Paulo nos três dias úteis anteriores à data da concessão das opções, indexado pela inflação até o exercício destas. O número de opções concedidas em cada exercício não pode exceder 5% do número total de ações de cada espécie naquela data. Quando do exercício das opções, a Companhia tem a faculdade de emitir novas ações, ou utilizar eventuais saldos de As recompras ocorridas durante 2001 compõem-se de (a) 136.270 mil ações ordinárias e 147.010 mil ações ações existentes em tesouraria. As opções de ações concedidas não possuem data final para exercício. Na hipótese de preferenciais de emissão própria no montante de R$ 141.082 e (b) 20.510 mil ações ordinárias e 150.470 mil ações término da relação de emprego, as opções se extinguem; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a Companhia tem o preferenciais da Companhia, recompradas através da sua subsidiária CBB, pelo valor total de R$ 91.026. direito de recomprá-las por preço calculado segundo regras estabelecidas, que levam em conta o preço pago pelo empregado, a inflação desde a data da subscrição e o preço de mercado atual da ação. ( b ) O u t ra s re c o m p ra s e m 2 0 0 1 Durante o mês de dezembro de 2001, a Companhia recomprou 85.292 mil ações ordinárias e 336.058 mil ações preferenciais dos acionistas dissidentes da IBANN, pelo valor total de R$ 242.246. Adicionalmente, durante 2001 a Companhia exerceu seu direito de preferencia para aquisição de 161.641 mil ações preferenciais de ex-empregados por força da extinção da relação de emprego, pelo montante de R$ 14.560. A Companhia financia as compras de ações de acordo com as normas estabelecidas no Plano. Os financiamentos normalmente não ultrapassam quatro anos e consideram juros anuais de 8% acima de um índice geral de preços designado. Os financiamentos são garantidos pela ação emitida por ocasião do exercício da opção. Em 31 de dezembro de 2001, o saldo em aberto desses financiamentos monta a R$ 215.248 (2000 - R$ 165.151). O resumo da movimentação das opções de compra de ações para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e 2000 é o seguinte: (c) IFC OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES (EM MILHARES) Em 31 de dezembro de 2001 e 2000 a Companhia mantém em tesouraria 53.727 mil ações preferenciais que visam garantir a conversibilidade de parte do contrato de financiamento mantido com a IFC, conforme aprovado pela CVM (Nota 9(c)). 2001 2000 1.241.355 433.731 Exercidas (569.108) (175.934) Canceladas (140.776) (22.826) Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início do exercício 1 2 . PA RT I C I PA Ç Ã O N O S L U C RO S E P L A N O D E O P Ç Ã O D E C O M P R A D E A Ç Õ E S ( a ) Pa r t i c i p a ç ã o n o s l u c r o s Movimentação ocorrida durante o exercício Desdobramento (1 por 5) Concedidas 939.884 499.750 66.500 1.031.221 1.241.355 O estatuto da Companhia estabelece a distribuição aos empregados de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos diretores é atribuída uma participação nos lucros em montante que não ultrapasse a sua Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final do exercício remuneração anual ou o equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, prevalecendo o menor desses valores. A participação 72 73 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 ( c ) P r ê m i o n a c o l o c a ç ã o d e o p ç õ e s p a ra re c o m p ra d e a ç õ e s p r ó p r i a s A Companhia emitiu em dezembro de 2001 opções para recompra de 188.380 mil ações preferenciais de emissão ( c ) F u n d a ç ã o A n t ô n i o e H e l e n a Z e r re n n e r I n s t i t u i ç ã o N a c i o n a l d e Beneficência própria. O prêmio líquido recebido na colocação dessas opções foi de R$ 4.866, reconhecido como reserva de capital no A Fundação Zerrenner tem entre as suas principais finalidades proporcionar a funcionários e administradores das patrimônio líquido. O preço médio de exercício dessas opções foi estabelecido em R$ 477,76 por lote de mil ações, com o patrocinadoras assistência médico-hospitalar e dentária, auxiliar em cursos profissionalizantes ou superiores, manter prazo estabelecido para ocorrer nos meses de fevereiro e março de 2002. estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades. Em outubro de 2000 ocorreu a fusão da Fundação Brahma com a Fundação Zerrenner, nivelando-se os benefícios concedidos com base nos padrões adotados pela Brahma. Ao mesmo tempo estenderam-se os benefícios, substancialmente assistência médica e odontológica, aos funcionários de todas as controladas da AmBev no Brasil, enquanto no passado as 1 3 . P RO G R A M A S S O C I A I S controladas da Antarctica suportavam estas despesas diretamente. No processo de integração das fundações, promoveu-se uma avaliação atuarial independente dos novos benefícios ( a ) I n s t i t u t o A m B e v d e P re v i d ê n c i a P r i va d a assumidos pela Fundação Zerrenner, identificando-se a necessidade de aporte das patrocinadoras de modo a suprir a Conforme aprovado pela Portaria no. 806 de dezembro de 2000 da Secretaria de Previdência Complementar, o Instituto Fundação Zerrenner dos recursos necessários para assegurar sua auto-suficiência. Parte do aporte necessário, no montante AmBev de Previdência Privada (“Instituto AmBev”) sucedeu o Instituto Brahma de Seguridade Social - IBSS e absorveu os de R$ 75.777, foi feito durante o exercício de 2001 pela Companhia e suas controladas, cujas contribuições foram planos de benefícios anteriormente mantidos pela Antarctica na Bradesco Previdência e Seguros S.A. reconhecidas na rubrica "Despesas com participações estatutárias e contribuições". A CBB e suas controladas possuem dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida (aberto a nova adesões) e outro no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), (d) Reconhecimento dos efeitos da NPC 26 em 31 de dezembro de 2001 existindo a possibilidade de migração do plano de beneficio definido para o plano de contribuição definida. Esses planos são As Normas e Procedimentos de Contabilidade - NPC no. 26 - "Contabilização de Benefícios a Empregados", emitidas pelo custeados pelos participantes e patrocinadora e administrados pelo Instituto AmBev, objetivando, principalmente, IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e aprovadas pela Deliberação CVM no. 371 de dezembro de 2000, complementar os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro estabeleceu a obrigatoriedade do reconhecimento de passivos atuariais - assim como de certos ativos atuariais - de 2001, as controladas da Companhia contribuíram com R$ 805 (2000 - R$ 2.816) ao Instituto AmBev. relacionados a benefícios pagos a empregados. Com base nos relatórios do atuário independente, a posição dos planos do Instituto AmBev em 31 de dezembro de 2001 Valor justo dos ativos Em decorrência dessas disposições, a Companhia registrou diretamente no patrimônio de sua controlada CBB, em 31 de dezembro de 2001, provisão líquida para benefícios no valor de R$ 56.458 como detalhado a seguir: é a seguinte: 417.545 Valor presente da obrigação atuarial (272.787) Excesso de ativos - Instituto AmBev 144.758 Tal ativo foi reconhecido contabilmente pela Companhia, no limite da realização considerada provável nas circunstâncias atuais, no montante de R$ 20.792. Excesso de ativos - Instituto AmBev de Previdência Privada 20.792 Provisão para benefícios de assistência médica e outros Providos diretamente pela CBB (55.558) Aporte adicional à Fundação Zerrenner (61.487) Impostos diferidos ativos sobre provisão para benefícios 39.795 Provisão para benefícios, líquida dos impostos diferidos ativos ( b ) B e n e f í c i o s d e a s s i s t ê n c i a m é d i c a e o u t r o s p r ov i d o s d i re t a m e n t e pela CBB A CBB provê diretamente benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para Ajuste, líquido dos impostos diferidos ativos (56.458) As premissas adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes: aposentados oriundos das controladas IBANN, Polar e IBA Sudeste. PORCENTAGEM ANUAL Taxa de desconto 74 (77.250) 8,12 Taxa de retorno esperado dos ativos 8,12 Crescimento do componente de remuneração 5,10 Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,10 75 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 1 4 . P ROV I S Ã O PA R A C O N T I N G Ê N C I A S E PA S S I VO S A S S O C I A D O S A QU E S T I O NA M E N TO S F I S C A I S - C O N S O L I DA D O ( d ) P r o c e s s o s t ra b a l h i s t a s Provisão relacionada a reclamações de ex-empregados. Em 31 de dezembro de 2001, os depósitos judiciais vinculados aos processos trabalhistas efetuados pela Companhia, atualizados conforme índices oficiais, totalizam 2001 2000 ICMS e IPI 472.917 478.211 PIS e COFINS 119.700 184.032 40.769 36.110 São decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos entre controladas da Companhia e certos distribuidores, em virtude da reestruturação efetuada em sua rede de distribuição, assim como em alguns casos, do não-cumprimento, por Imposto de renda e contribuição social Processos trabalhistas 108.298 100.087 Processos de distribuidores 30.012 31.382 Outros 43.791 48.147 815.487 877.969 A Companhia e suas controladas possuem ainda em andamento outros processos da mesma natureza cuja materialização, na avaliação dos consultores jurídicos, é possível, mas não provável, no valor aproximado de R$ 1.000.000. R$ 53.567 (2000 - R$ 39.021). ( e ) P r o c e s s o s d e d i s t r i b u i d o re s parte dos distribuidores, das diretrizes da Companhia. ( f ) O u t ra s p r ov i s õ e s Decorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do Seguro Social INSS, a produtos e a fornecedores. Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e contingências com perda considerada provável pelos assessores jurídicos da Companhia: (a) ICMS e IPI 1 5 . I N S T RU M E N TO S F I NA N C E I RO S - C O N S O L I DA D O Em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 a provisão está relacionada principalmente a questionamentos fiscais sobre créditos presumidos do IPI à alíquota zero e à tomada de créditos extemporâneos de ICMS e IPI sobre aquisições de bens para o imobilizado realizadas anteriormente a 1996. ( a ) C o n s i d e ra ç õ e s ge ra i s A Companhia e suas controladas realizam operações de "swap" de moedas, juros e "commodities" e operações de ( b ) P r o gra m a d e I n t e gra ç ã o S o c i a l - P I S e C o n t r i b u i ç ã o p a ra o Fi n a n c i a m e n t o d a S e g u r i d a d e S o c i a l - C O F I N S . Sobre outras receitas A Companhia possui liminar, obtida no primeiro trimestre de 1999, que lhe garante o direito de recolher o PIS e a COFINS sobre o faturamento, desonerando-a do recolhimento desses tributos sobre outras receitas. Em 31 de dezembro de 2001 e de 2000, a provisão refere-se principalmente aos valores que deixaram de ser recolhidos sob a proteção dessa liminar. "forward" de moeda com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas, principalmente o alumínio. ( b ) Va l o r d e m e rc a d o Os valores contábeis dos instrumentos financeiros da Companhia refletem os seus valores de mercado, obtidos . PIS semestralidade mediante cálculo do seu valor presente, considerando os preços praticados no mercado para operações de prazo e Tendo em vista recentes decisões do Superior Tribunal de Justiça sobre a questão do PIS semestralidade, favoráveis aos risco similares. contribuintes, a Companhia reverteu nas demonstrações financeiras consolidadas o montante de R$ 123.822 na linha de "Provisões para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais". ( c ) C o n c e n t ra ç ã o d e r i s c o d e c r é d i t o Adicionalmente, durante o exercício de 2001, o montante de R$ 14.917 referente a crédito de PIS semestralidade, foi Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores dentro de uma ampla rede de distribuição. O risco reconhecido como receita não operacional em decorrência de sua compensação com o saldo devido do PIS e da COFINS (Nota 19). de crédito é reduzido, em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de controle que monitoram esse risco. Historicamente, as controladas não registram perdas significativas nas contas a receber de clientes. ( c ) I m p o s t o d e re n d a e c o n t r i b u i ç ã o s o c i a l s o b re o l u c r o l í q u i d o A provisão decorre substancialmente da tomada de dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base da contribuição social sobre o lucro líquido no ano de 1996. 76 A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando em consideração limites e avaliações de crédito de instituições financeiras, não permitindo concentração. 77 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 ( d ) E x p o s i ç ã o e m m o e d a e s t ra n ge i ra 1 6 . I M P O S TO D E R E N DA E C O N T R I B U I Ç Ã O S O C I A L S O B R E O L U C RO L Í QU I D O - C S L L A Companhia mantém ativos na Argentina, na Venezuela, no Uruguai e no Paraguai, que representam aproximadamente 23% de seus ativos totais. Adicionalmente, parte substancial dos financiamentos da Companhia é denominado em moeda estrangeira, assim como exigíveis com fornecedores. (a) Reconciliação do benefício (despesa) consolidado do imposto de re n d a e d a C S L L c o m s e u s va l o re s n o m i n a i s ( e ) E fe i t o s re s u l t a n t e s d e o p e ra ç õ e s d e " h e d ge " d e m o e d a s , j u r o s e "commodities" em aberto 2001 DESCRIÇÃO MONTANTE NOMINAL EM ABERTO GANHOS/ (PERDAS) NÃO REALIZADOS 2001 2000 MONTANTE NOMINAL EM ABERTO GANHOS/ (PERDAS) NÃO REALIZADOS Yen/R$ 760.940 (42.581) US$/R$ 2.782.307 (33.482) 425.518 13.570 232.040 42.369 430.188 (5.067) 936.749 (490) Despesa com imposto de renda e CSLL a alíquotas nominais "Hedge" de juros LIBOR flutuante/LIBOR fixa "Hedge" de "Commodities Alumínio Total Participações estatutárias e contribuições Lucro líquido consolidado, antes do imposto de renda, Da CSLL e da participação dos acionistas minoritários "Hedge" de moedas Pesos argentinos/US$ Lucro líquido consolidado antes do imposto de renda e da CSLL 210.396 4.922.432 (1.611) (35.795) 855.706 8.503 2000 993.325 384.374 (157.075) (53.718) 836.250 330.656 (284.325) (112.423) Ajustes para obtenção da alíquota efetiva Prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e diferenças temporárias de anos anteriores, contabilizadas 162.673 Resultado de controladas no exterior não sujeito a Tributação 151.472 267.611 Benefício da dedutibilidade dos juros sobre capital Próprio 96.767 61.206 Ganhos patrimoniais sobre reserva de subvenção para incentivos fiscais em sociedades controladas 32.634 31.569 Ganhos de participações decorrentes de reestruturações Societárias (41.053) Adições e exclusões permanentes e outros (7.469) (5.223) Benefício (despesa) de imposto de renda e CSLL (51.974) 405.413 Ganhos e perdas não realizados representam o valor atual a receber (pagar) caso todas as operações fossem liquidadas em 31 de dezembro com base no valor provável de mercado. Os ganhos e perdas não realizados estão registrados nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. 78 79 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 2001 2000 Em 1º de janeiro 175.560 151.428 Prejuízo fiscal gerado (prescrito) (71.613) 24.132 Em 31 de dezembro 103.947 175.560 ( b ) C o m p o s i ç ã o d o s i m p o s t o s d i fe r i d o s CONTROLADORA 2001 2000 CONSOLIDADO 2001 2000 No realizável a longo prazo Prejuízos fiscais a compensar 72.078 38.710 765.065 607.439 Diferenças temporárias Provisão para contingências e obrigações associadas a questionamentos fiscais 30.962 2003 53.258 2004 13.525 3.680 277.266 334.514 2005 Participações de empregados nos lucros 16.625 18.199 2006 Provisão para devedores duvidosos 25.463 21.103 75.855 14.833 1.160.274 996.088 Outros 44.803 Os prejuízos de controladas no exterior expiram nas seguintes datas: 2002 2.453 2.522 103.947 1 7 . S E G U RO S 119.334 38.710 No exigível a longo prazo Em 31 de dezembro de 2001 os principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizado e do Diferenças temporárias estoque, estão segurados contra riscos de incêndio e diversos, com base nos respectivos valores de mercado. O valor de Depreciação acelerada 28.833 Equivalência patrimonial de empresas no exterior cobertura das apólices em vigor monta a R$ 5.872.403. 2.075 Variações cambiais líquidas sobre financiamentos em abertos Outros 27.802 23.325 1 8 . R E C E I TA S E D E S P E S A S F I NA N C E I R A S C O N S O L I DA DA S 2.746 31.579 53.202 2001 2000 Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 156.418 207.293 Variação da taxa de câmbio sobre aplicações 100.182 76.351 Receitas financeiras Cobrança de juros sobre saldos em atraso ( c ) P re j u í z o s f i s c a i s a c o m p e n s a r (i) No Brasil Juros sobre impostos e contribuições e depósitos judiciais 7.065 4.290 47.282 16.079 Atividades de "swap" e "forwards" Outras 14.079 47.429 55.889 358.376 373.981 O imposto de renda diferido ativo inclui o efeito dos prejuízos fiscais de controladas brasileiras, que são imprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros, com exceção dos prejuízos da Pepsi, cujo efeito foi reconhecido apenas parcialmente pela Companhia. A compensação dos prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro do exercício antes do imposto de renda, determinado de acordo com a legislação fiscal brasileira. O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensação é suportada por projeções de lucros tributáveis realizadas pela Companhia para os próximos cinco anos. (ii) No exterior O benefício fiscal correspondente aos prejuízos operacionais de sociedades no exterior não foi contabilizado como ativo, uma vez que a administração não tem segurança de que sua realização seja provável. A movimentação dos prejuízos Despesas financeiras Atividades de "swap" e "forwards" 193.965 76.956 Variação da taxa de câmbio sobre financiamentos 188.508 126.999 Juros sobre dívidas em moeda estrangeira 151.484 150.285 Juros sobre dívidas em reais 112.258 175.652 Impostos sobre transações financeiras 99.485 68.407 Juros sobre contingências e outros 69.595 50.049 Outras 46.196 49.622 861.491 697.970 fiscais a compensar das sociedades localizadas no exterior é a seguinte: 80 81 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 G OV E R NA N Ç A C O R P O R AT I VA 1 9 . ( D E S P E S A S ) R E C E I TA S N Ã O O P E R AC I O NA I S , L Í QU I DA S CONTROLADORA CONSOLIDADO As práticas de boa governança corporativa têm recebido, a cada dia, mais atenção por parte da AmBev, com o objetivo 2001 2000 2001 2000 de aperfeiçoar seu relacionamento com acionistas e investidores. A Companhia dá especial ênfase à divulgação de informações, mantendo uma política de transparência, tanto no Receitas não operacionais Recuperação de impostos e contribuições país como no exterior. Em 2001, além de aperfeiçoar e relançar o site de relacionamento com investidores, realizou 1.073 105.006 cerca de 185 reuniões com investidores e analistas de mercado, 200 reuniões externas e cinco roadshows (Brasil, Estados Unidos e Europa). Ganho na alienação de bens do imobilizado e investimentos 5.065 Ganho de participação em investimentos 18.269 Outras receitas não operacionais 10.567 42.800 16.153 29.909 126.224 Trimestralmente, quando ocorre a divulgação dos resultados financeiros (ITRs), são promovidas conferências telefônicas, transmitidas simultaneamente pela internet, visando a discutir e esclarecer os números do período e responder 21.209 quaisquer dúvidas de analistas e investidores. 64.009 Conselho de Administração O Conselho é formado por nove membros, eleitos em 1999, com mandato até 2002. Tem como atribuições básicas a orientação geral dos negócios da Companhia, a definição de diretrizes estratégicas e a escolha do diretor geral. Despesas não operacionais Perda na alienação de bens do imobilizado Provisão para perda sobre passivos a descoberto em sociedades ligadas (7.615) (3.568) (2.750) Comitês – O Conselho de Administração também apóia suas decisões em estudos e análises executadas por comitês específicos, integrados pelos próprios conselheiros. Em 2001, foram constituídos os comitês de Finanças, Auditoria e (28.053) Outras despesas não operacionais (45.690) Assuntos Corporativos. (5) (15.324) (3.473) (53.310) (18.892) (6.223) Diretoria Executiva (28.053) Os diretores são eleitos pelo Conselho de Administração e têm mandatos até 2002, cabendo-lhes a função de representação da sociedade e gerenciamento de suas operações. (Despesas) receitas não operacionais, líquidas 1.856 (53.310) 107.332 57.786 Nenhum dos conselheiros participa da Diretoria Executiva. Dessa forma, os cargos de presidente do Conselho e de diretor geral são exercidos por diferentes profissionais, o que é um princípio de crescente aceitação entre as práticas de boa As receitas de “Recuperação de impostos e contribuições” em 2001 são decorrentes de aproveitamento de créditos, sendo a parcela mais expressiva deste valor referente a Imposto sobre o Lucro Líquido - ILL pago a maior em exercícios anteriores e compensados por impostos gerados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2001. governança corporativa. Conselho Fiscal A AmBev possui um Conselho Fiscal não-permanente que revê todas as demonstrações financeiras da Companhia, reunindo-se com executivos e auditores independentes. 82 83 - Demons t raç õ es Fi na n cei ras 20 01 I N F O R M A Ç Õ E S PA R A O I N V E S T I D O R A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev, foi criada em junho de 1999, resultado da fusão de Companhia Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica Paulista. Em setembro de 1999, a totalidade dos acionistas minoritários da Antarctica migraram para a AmBev. Após aprovação do Cade, em março de 200, a fusão foi legalmente completada, com a troca da totalidade das ações dos minoritários de Brahma por ações da AmBev, realizada em 15 de setembro de 2000. N e go c i a ç ã o d a s A ç õ e s A AmBev tem dois tipos de ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa): AMBV4 para PN e AMBV3 para ações ON. Na New York Stock Exchange (NYSE), os ADRs são negociados com os códigos ABV (ordinárias) e ABV.c (preferenciais). As ações ON dão direito a voto na Assembléia Geral da Acionistas, enquanto as ações PN têm preferência na distribuição dos resultados da Companhia, De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil, as ações preferenciais têm direito ao pagamento de dividendos 10% superiores aos das ações ordinárias. Comportamento das ações A negociação com os papéis da AmBev, em 2001, refletiram a instabilidade do mercado acionário. Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações preferenciais valorizaram-se 1,5% e as ordinárias recuaram 6,4%, ante uma perda de 11,02% do Ibovespa. Já os ADRs desvalorizaram-se 21,2% (PN) e 37,1% (ON), enquanto o índice Dow Jones acumulou queda de 7,1% e a Nasdaq, de 21,1%. Cotação das Ações 2001 2000 Preço PN (R$/lote de mil) 489,06 481,63 Var. (%) 00/01 1,5% Preço ON (R$/lote de mil) 431,70 461,02 -6,4% Preço ADR PN (US$) 20,29 25,75 -21,3% Preço ADR ON (US$) 14,00 22,25 -37,0% (1) Valores ajustados pelo desdobramento de quatro novas ações para cada uma possuída (Outubro/2000) R e m u n e ra ç ã o a o A c i o n i s t a Durante o ano de 2001, a Companhia aprovou os seguintes pagamentos, aos acionistas, de juros sobre o capital próprio e dividendos: Data Ações ON (lote de 1.000 ações) Ações PN (lote de 1.000 ações) Período de referência Juros sobre o capital próprio 17 Set 01 3,3300 3,6630 1º semestre 2001 19 Fev 02 3,6200 3,9820 2º semestre 2001 19 Fev 02 1,2725 1,3998 2º semestre 2001 Dividendos 84