A Contabilidade e o real valor das empresas: foco no Capital Intelectual Autor JOSÉ HUMBERTO DA CRUZ CUNHA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS RESUMO Este artigo mostra que a contabilidade pode não estar evidenciando o real valor do patrimônio das empresas (um objetivo da contabilidade). Partindo do conjunto ativo intangível, focando o capital intelectual, o presente trabalho demonstra que existe uma diferença entre o valor contábil e valor de mercado de uma empresa, ainda não mensurado financeiramente; considerando o capital intelectual como bem das empresas. A partir disso são exibidos três métodos de mensuração do capital intelectual discorrendo sobre suas características e focando a ênfase financeira no resultado de suas mensurações, mostrando que sem métodos de mensuração adequados a contabilidade não pode fazer a contabilização de tal bem. Contudo, segue uma linha de raciocínio até concluir sobre a necessidade de registrar o capital intelectual na contabilidade. Fato que se concretizado, auxiliará o gestor na tomada de decisão. Por fim, é concluído que contabilidade financeira por si só não demonstra o real valor das empresas. Assim, esta necessita da contabilidade gerencial como complemento para evidenciar o patrimônio das empresas mais próximo do valor real, ou de mercado. 1 CONTEXTUALIZAÇÃO Já na década de 40 havia algumas pesquisas sobre o uso do conhecimento e demonstrações de participação do ativo intangível no produto interno bruto, por exemplo, dos Estados Unidos (JOIA, 2001). E com o passar do tempo, fatores como capacidade de inovação, conhecimento e perícia do quadro de funcionários, habilidades de negociação, localização geográfica, produtividade, qualidade, dentre outros itens, como indicadores da competitividade das empresas foram sendo destacados mais que máquinas, prédios, veículos e outros bens tangíveis do ativo. Uma presença significativa do ativo intangível, tornando um diferencial entre as empresas. Diante dessa presença significativa, os estudiosos iniciaram discussões sobre a mensuração dos ativos intangíveis nas organizações. É o caso Leif Edvinsson em 1994 com o modelo de mensuração Navegador de Skandia aplicado na empresa Skandia AFS, maior empresa de seguros e serviços financeiros da Escandinávia; foi a primeira organização a divulgar um relatório complementar às Demonstrações Contábeis divulgando o Capital Intelectual. Além dele, Nokata e Takeuchi descreveram o Processo de Criação de Conhecimento em 1995 e, reconhecido dentro das empresas, Kaplan e Norton com o BSCBalanced ScoreCard em 1996. Posteriormente, demais estudiosos, acadêmicos e executivos escreveram sobre a mensuração de ativos intangíveis, porém até hoje não foi encontrado um consenso entre mensuração e a contabilidade. Não só nos livros, mas também na prática, o capital intelectual e os resultados de sua produção foram percebidos. De 1995 a 1997, o valor de mercado da Microsoft superou o da General Motors, a maior empresa do mundo daquela época. Tal fato levou o jornal New York Times a publicar um comentário dizendo que o único ativo real de propriedade da Microsoft era a imaginação de seus trabalhadores (RAUPP, 2001). Assim como a Microsoft, uma gigante empresa de tecnologia em informática, também as empresas prestadoras de serviços a exemplo da PricewaterhouseCoopers, KPMG e Delloite, grandes organizações do ramo de auditoria e consultoria tem seu maior valor identificado, porém ainda não mensurado e nem contabilizado, como sendo o capital intelectual de seus colaboradores. O conhecimento é o maior bem e foco da maioria dos investimentos, fonte do maior produto que uma empresa, principalmente, prestadoras de serviços já citadas, pode ter. Este fato leva os estudiosos e gestores a repensarem sobre a evidencia do real valor das empresas nas Demonstrações Contábeis uma vez que o valor de uma empresa é composto de ativos tangíveis e intangíveis. No sentido de reconhecer a existência do capital intelectual, o trabalho avança na discussão utilizando a revisão literária com o intuito de demonstrar tal existência na composição de uma empresa. Porém mostrando que o mesmo não é registrado na contabilidade desta e o porquê; uma vez que se o fosse poderia ser um diferencial positivo na tomada de decisão do gestor. Contudo, nessa linha de raciocínio, o objetivo principal do texto é demonstrar a necessidade de registrar os ativos intangíveis na contabilidade de uma empresa uma vez que existe diferença exorbitante entre o preço pago pelo total das ações de empresas negociadas em bolsa de valores e o preço calculado com base no patrimônio líquido das mesmas empresas. O trabalho está dividido em oito seções. Após essa introdução, é apresentado o “estado da arte” sobre o tema, incluindo idéias de alguns estudiosos sobre mensuração do capital intelectual. A terceira seção refere-se à justificativa de exposição do assunto deste trabalho, seguida de seção quatro apresenta a parte conceitual que fundamenta as idéias discorridas ao logo do trabalho. Já a quinta seção demonstra que o valor de mercado é normalmente superior ao registrado na contabilidade, reconhecendo a figura do capital intelectual e, diante disso escrevemos a seção seis que afirma sobre a necessidade de registrar o mesmo. Para que isso aconteça, para realizar tal registro, é necessária uma mensuração adequada que reflita o real montante financeiro equivalente ao preço do capital intelectual. Contudo, na sétima seção são demonstrados três métodos de mensuração conhecidos, onde o primeiro é uma medida essencialmente financeira, o segundo utiliza bases financeiras e subjetivas de mensuração e o terceiro é fundamentado principalmente em indicadores subjetivos. E finalmente, a oitava seção apresenta as considerações finais. 2 O ESTADO DA ARTE Mensuração do capital intelectual é um assunto discutido já há algum tempo, porém a partir da década de 90 começa um período marcado pela construção de uma maior gama de estudos sobre tal assunto; diante da difícil tarefa de chegar a um consenso comum em relação à discussão pela mensuração do Capital Intelectual. Alguns estudiosos tentaram resolver o dilema quanto à mensuração, como James Tobin, economista ganhador do prêmio Nobel, que comparou o valor de mercado de um ativo com o custo de reposição, chamando de “Q de Tobin”. Não era uma medida de mensuração do Capital Intelectual, mas segundo Stewart (2002, p. 201) podia ser considerada tal como e de boa qualidade. Além dele, Alan Greenspan, ex-diretor do Federal Reserve, observou que “q” e razões valor de mercado/valor contábil elevados refletem o valor dos investimentos em tecnologia e capital humano. Outro método foi apresentado como tentativa, agora proveniente da adaptação de um método usado para avaliar marcas e com o intuito de estimular as empresas que fazem uso intensivo do conhecimento. A NCI Research afiliada à Kellogg Scholl of Business na Northwestern University desenvolveu uma forma parecida de atribuir um valor em dólar a ativos intangíveis. Esse modelo pressupôs que, assim como o “Q de Tobin”, o valor de mercado de uma empresa reflete não somente seus ativos físicos tangíveis, mas um componente que pode ser atribuído aos seus ativos intangíveis onde o valor destes é igual à capacidade de uma empresa de superar o desempenho de um concorrente médio que possui ativos tangíveis semelhantes (STEWART, 2002). Ainda em busca do consenso comum, em 1998, Sveiby criou o Intangibles Assets Monitor (Monitor de Ativos Intangíveis) que tem como objetivo medir o crescimento/renovação, a eficiência e a estabilidade. Esses itens são três características peculiares de criação de valor dos ativos intangíveis. Significam mudança, aproveitamento e redução do risco. Porém, em aplicação prática, sugere o ajuste dos indicadores apresentados para se adequarem a cada empresa. Ressaltando ainda que esses indicadores não são úteis para todas as empresas ou em todas as circunstâncias que elas se encontram. Já Stewart (2002) é a favor de um método de mensuração do conhecimento envolvendo desde o capital intelectual até aspectos relacionados com a eficácia e produtividade do trabalho do conhecimento os quais são imprescindíveis para que as pessoas de negócio julguem seus procedimentos ou obtenham subsídios para otimizar a tomada de decisões. Além dos autores já mencionados, Wernke (2003) comenta sobre outros como Viedma que explanou o modelo Intelectual Capital Benchmarking System (ICBS). Onde o ponto de partida deste é a missão, a estratégia e os objetivos da empresa. Escreve também a respeito do The Value Chain Scoreboar, um modelo dividido basicamente em: descoberta/aprendizagem, implementação e, comercialização; composto por diversos grupos de indicadores como Renovação Interna, Conhecimento Adquirido e Rede de Relacionamentos para o grupo da Descoberta; Propriedade Intelectual, Viabilidade Tecnológica, Clientes e Funcionários dentro da fase de Implementação e; Vendas, Lucratividade e Opções de Crescimento no grupo de Comercialização. Com o estado da arte não resta dúvida de que a discussão é grande e, além desses, outros métodos de mensuração são apresentados na intenção de contribuir para uma melhor mensuração do capital intelectual tentando vencer tal desafio. 3 PROBLEMATIZAÇÃO As Demonstrações Contábeis não evidenciam o real valor das empresas. Essa afirmação provoca uma série de discussões sobre o assunto entre defensores da contabilidade tradicional e os interessados na informação contábil que demonstre os ativos intangíveis de uma empresa, como por exemplo, e, foco desse trabalho, o capital intelectual. Os defensores da contabilidade tradicional defendem que os métodos de mensuração dos ativos intangíveis se adaptam aos princípios e postulados contábeis, já outra corrente sugere métodos de mensuração do ativo intangível que nem sempre obedecem aos princípios da contabilidade. Diante da discussão será limitado aqui este fato, apenas tomando conhecimento da discussão, ou seja, não nos aprofundaremos quanto a este ponto teórico, pois foge do objetivo do trabalho. O fato relevante para esse trabalho é o de que cada vez mais as empresas migram de uma fase mais industrial para outra cada vez mais usuária do conhecimento. Uma evolução, no momento, não acompanhada pela contabilidade; podendo com isso, estar deixando de evidenciar o real valor de uma empresa em seus demonstrativos. É sabido que uma empresa como a Microsoft, a Oracle e a DELL não surgiram e nem se mantêm do nada, mas foram sim e estão estruturadas pelo capital intelectual dos seus funcionários. Algo de grande valor capaz de inovar e encher de brilho os olhos dos investidores. Um valor altíssimo referente ao contábil em seus registros pelo custo ou mercado dos dois o menor. Outro exemplo é destacado por Sveiby (1998) onde a WM-DATA, segundo ele, maior empresa pública autônoma de software e consultoria da Suécia na época, praticava há 25 anos uma estratégia orientada para o conhecimento. Verificando os dados retirados do Relatório anual da empresa em 1995, os ativos intangíveis da WM-DATA foram calculados como o ágio do mercado de ações sobre o valor contábil líquido por ação, ou seja, a diferença entre o preço que o mercado está disposto a pagar pelo total de ações da empresa e seu preço de custo registrado na contabilidade. Fato que mostra a inclusão substancial de ativos intangíveis. Porém ainda não existe a possibilidade da contabilidade escriturar em valores monetários algo que não foi mensurado em termos monetários. Existe sim a possibilidade de evidenciar os esforços feitos para enriquecer o conhecimento das pessoas que trabalham em determinada empresa; tudo através de Notas Explicativas, Balanços Sociais ou outros demonstrativos auxiliares aos da Contabilidade tradicional; o que é diferente de reconhecer monetariamente o valor do capital intelectual no Balanço Patrimonial. Diferente da contabilidade, ao que parece, o mercado reconhece o valor dos intangíveis. Em exemplo simples, quando uma grande empresa familiar (onde o fundador é chefe da família e o restante da direção são seus descendentes) com milhões em ações na bolsa de valores informa a morte do seu presidente o valor de suas ações tende a cair. Atualmente é necessário deixar de lado o extremismo de reconhecer somente a parte financeira de uma empresa. Algo que já vem acontecendo e sofrendo aumento gradativo devido aos estudos para fugir desse extremismo e adaptar a contabilidade ao mundo real, onde o valor dos ativos intangíveis está ocupando um espaço significativo dentro das empresas ao serem reconhecidos pelos gestores e investidores quanto à existência. Se for pensado em quanto uma empresa é avaliada a partir de ativos intangíveis é possível dizer que o “modelo tradicional da Contabilidade que descreveu com tanto brilho as operações das empresas durante meio milênio, não tem conseguido acompanhar a revolução que está ocorrendo no mundo dos negócios” (RAUPP, 2001). Ainda nas palavras deste autor, os demonstrativos contábeis das grandes empresas mostram-se, cada vez mais, estáticos e obsoletos para acompanhar a organização moderna. Apesar da crítica, ressalta-se que a contabilidade foi e continua sendo o sistema de medição de resultados financeiros, uma visão do passado da empresa. Entretanto, um sistema que meça e reconheça o capital intelectual é imprescindível para que se possa divulgar para os vários usuários da informação o real valor de um empreendimento, voltado para o valor da organização em termos presentes e futuros, cuja base fundamental pode ser encontrada nos critérios contábeis (SELIG e ROCHA). 4 CONCEITO DE ATIVO: FOCO NO INTANGÍVEL CAPITAL INTELECTUAL Ativos são os bens e direitos da empresa que ela utiliza para alcançar os seus objetivos sociais. Segundo Hendricksen (1999), para ser caracterizado como ativo deve-se enquadrar o bem em quatro critérios: • Prováveis benefícios econômicos futuros; • Obtidos ou controlados por entidade em particular; • Resultado de eventos ou transações passadas; • Possibilidade de transação. Na composição do ativo de uma entidade, existem ativos materiais (ou tangíveis) e ativos imateriais (ou intangíveis). Jonhson e Kaplan (1993 apud WERNKE, 1993), afirmam que o valor da entidade não se restringe à soma dos valores de seus ativos tangíveis, e que também se inclui os valores de ativos intangíveis: o sortimento de produtos inovadores, o conhecimento de processos de produção flexíveis e de alta qualidade, o talento e a moral dos empregados, a fidelidade dos clientes e imagem dos produtos, fornecedores confiáveis, rede de distribuição eficiente, etc. De forma simples, ativo intangível é aquele que não possui existência física. Se quisermos ligar a etimologia da palavra "Intangível" à definição dessa categoria de Ativos nada conseguiremos, a não ser concluir que não há tal significado etimológico no conceito contábil. Monobe (1986 apud GOMES, 2003), diz que essa falta de substância física não tem sido utilizada como condição, pelos profissionais da área contábil, para a separação entre ativos tangíveis e intangíveis. Dessa forma, depósitos bancários, contas a receber, seguros e títulos de investimentos, apesar de representarem direitos e, portanto, nada corpóreos, têm sido classificados como ativos tangíveis. Não tão simples, mas dando uma característica para os ativos intangíveis, Hendrinksen e Breda (1999, p. 390), atribuem ser comum entre estes o grande grau de subjetividade existente na avaliação de benefícios futuros. Abaixo segue a explanação do pensamento de pessoas que já escreveram sobre o assunto para tentar entender melhor o conceito de capital intelectual, um ativo intangível. Edvinsson e Malone (1998 apud WERNKE, 2003, p. 75), relatam que para entender o conceito de Capital Intelectual é necessário que os gestores considerem a empresa como um organismo vivo, por exemplo, uma árvore, então o que é descrito em organogramas, relatórios anuais, demonstrativos financeiros trimestrais, brochuras explicativas e outros documentos constitui o tronco, os galhos e as folhas. O investidor inteligente examina essa árvore em busca de frutos maduros para colher. Presumir, porém, que essa é a árvore inteira, por representar tudo que seja imediatamente visível, é certamente um erro. Já Stewart (1998) definiu o Capital Intelectual como a soma de todos os conhecimentos que possuem os empregados de uma empresa e que dão a esta uma vantagem competitiva. Deste modo, o Capital Intelectual não é mais do que o material intelectual conhecimentos, informação, propriedade intelectual, experiência - que se pode aproveitar para a criação de riqueza. É um conceito difícil de identificar e ainda mais difícil de distribuir, de modo eficaz. Todavia quem o encontra explora e triunfa. O conceito de capital intelectual pode ser entendido se imaginarmos a passagem da Era Industrial para a Era do Conhecimento. É mais evidente quando a força física passa a ser menos utilizada do que o conhecimento. Usando o conceito de Edvinsson e Malone (1998), o capital intelectual é uma parte invisível, porém conforme o conceito de Stewart (1998), o conceito de capital intelectual está sendo limitado a nada mais do que o material intelectual. 5 VALOR DA AÇÃO INCLUI O INTANGÍVEL Os modelos, padrões, etc, são capazes de mensurar e fornecer dados para alimentar os sistemas de contabilidade, que por sua vez, agrupam todos os dados e transformam em informações contábeis com o objetivo de demonstrar a realidade patrimonial de uma entidade. Além dos bens tangíveis, é preciso considerar a inclusão dos ativos intangíveis para que as Demonstrações Contábeis expressem o valor das empresas quanto o mais próximo possível do real valor de mercado; valor este que os investidores do mercado acionário estão dispostos a pagar em negociação nas bolsas de valores. Normalmente o capital intelectual de um presidente de certa entidade faz com que o mercado veja com bons ou maus olhos, valorize ou não a empresa. A figura de uma pessoa que tem alto reconhecimento do mercado como tomador de decisão numa empresa possa valorizar as ações desta empresa que são negociadas em bolsa de valores. Com isso, é possível deduzir que o preço o qual os investidores estão dispostos a desembolsar para investir numa determinada empresa não cobre apenas o Patrimônio Líquido registrado na contabilidade desta; como também engloba o capital intelectual dessa pessoa de confiança do mercado, ou seja, inclui o ativo intangível que ela representa. Dentro dessa linha de raciocínio é possível citar também o aumento da competitividade dinâmica do mercado, da volatilidade dos capitais, da conscientização dos clientes, dos fornecedores, dos funcionários e da comunidade em geral. A mistura de todos esses fatos fez os executivos perceberem que no atual cenário global, a rapidez, a inovação, a flexibilidade, o conhecimento e a capacidade de aprendizado individual e coletivo tornaramse mais importantes que os próprios bens materiais, exigindo, assim, uma nova forma de gerenciamento (ENSSLIN e SCHNORRENBERGER, 2004). Essa nova forma é baseada no despontar dos ativos intangíveis, principalmente o capital intelectual, considerado um diferencial competitivo dentro de uma organização concorrendo com o restante do mercado. “Substituindo as máquinas”, o capital intelectual reluz valor aos olhos dos investidores à medida que são somadas as partes individuais gerando e adquirindo habilidades criativas e inventivas, atitudes e motivação das pessoas que integram a organização. A capacidade do ser humano em aprender e reinventar continuamente vem tornando um dos elementos centrais da nova economia. As empresas estão investindo em profissionais mentalmente qualificados, abandonando a força bruta muito utilizada na Era Industrial. Investem em cursos, palestras, qualificações que agregam conhecimento, sinônimo de valor na hora de realizar os trabalhos e tomar decisões dentro da organização. Contudo, ao reconhecer o valor dos intangíveis, representado pelo capital intelectual, o mercado volta-se principalmente para a capacidade da empresa em gerar benefícios futuros e de se manter competitiva, acreditando na sua capacidade de expansão, resulta numa avaliação positiva do empreendimento, que é refletido no aumento dos investimentos e valorização das ações no mercado aberto. Ao desacreditar no empreendimento, o mercado, conduz a empresa a uma situação de concordata, ou até mesmo falência, parando de investir neste. 6 A NECESSIDADE DE CONTABILIZAR OS ATIVOS INTANGÍVEIS A contabilidade vem medindo o acúmulo e a concentração de capital de uma empresa baseada em custos. Sendo assim, pressupõe-se que o custo de um ativo diz, razoavelmente, quanto vale o ativo. Esse modelo tradicional não é aplicável em uma empresa baseada no conhecimento em função dos componentes do custo de um produto serem hoje, em grande parte, ativos intelectuais. Segundo Straioto (2000), o grande problema é o desafio para a contabilidade atualmente demonstrar a natureza dinâmica e intangível da criação de valor da empresa moderna. Aprofundando mais no assunto e comprovando cada vez mais a dificuldade e a necessidade de contabilizar ativos intangíveis, é mostrado que, segundo Stewart (1998, p. 5962), o Capital Intelectual constitui a soma do conhecimento de todos em uma empresa, sendo o fator que lhe proporciona vantagem competitiva, mesmo sendo de difícil mensuração. Um grau de dificuldade alto visto que o bem a ser avaliado é totalmente subjetivo. Um capital que produz, presta serviço e possui perspectivas de continuidade na geração de resultados subjetivos futuros. Suas características são bem distintas dos ativos tradicionais a começar que os intangíveis não possuem natureza física; são essencialmente subjetivos. Podendo inclusive, impossibilitar a mensuração deste pelos métodos de mensuração dos tangíveis. Uma grande diferença entre as formas de mensuração dos capitais tangíveis e dos intangíveis faz com que a Contabilidade rapidamente esteja deixando de suprir as “necessidades informacionais de seus usuários” (ENSSLIN e SCHNORRENBERGER, 2004). A fim refletir a real situação econômica e financeira da empresa, a contabilidade na era do conhecimento necessita evidenciar o ativo intangível, pois hoje em dia, o mercado está enxergando a capacidade de tomada de decisão dos administradores, a qualidade dos serviços que atraem o cliente e conseqüentemente proporcionam o retorno ao investimento; melhor explicando, os investidores visualizam uma combinação de ativos intangíveis capazes de provocar mudanças que trazem benefícios, uma visão além do valor demonstrado nos registros contábeis. Benefícios estes que fazem tais investidores do mercado de capitais vislumbrar as empresas de tecnologia valorizando o preço de suas ações no mercado. Um valor que ainda não é evidenciado pelas Demonstrações Contábeis. Restringindo apenas ao ramo de tecnologia para efeito de exemplo, o valor intangível das empresas é proveniente da construção de ferramentas capazes de facilitar a comunicação, oriundo de empresas que produzem softwares facilitadores do trabalho humano, de provedores de internet como meios de comunicação da rede mundial, de fábricas de robôs, de um meio onde o capital intelectual humano está sendo bem valorizado, assim, elevando o valor das empresas desse ramo quanto ao intangível em relação aos bens tangíveis. Assim, diante do objetivo da contabilidade em “propiciar informações úteis e confiáveis ao processo de tomada de decisão por parte do usuário” expresso na Instrução CVM nº. 64 de 19/05/1987, é percebido que as Demonstrações Contábeis não refletem a realidade e poderiam ser mais proveitosas à medida que as informações evidenciarem o real valor da entidade. E quanto menos distorcidas forem as informações, mais perto está o gestor de tomar decisões acertadas. Porém, com o passar do tempo, a valorização do capital intelectual, um ativo intangível, está sobrepondo o foco sobre os demais ativos. Mudanças globais que a contabilidade não tem acompanhado com a mesma velocidade, assim, não podendo registrar precisamente o valor dos ativos intangíveis. 7 TRÊS MODELOS DE MENSURAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL A escrituração contábil registra dados financeiros. Entenda estes como dados expressos em moeda conforme o princípio do denominador comum monetário onde “as Demonstrações Contábeis, sem prejuízo dos registros detalhados de natureza qualitativa e física, serão expressas em termos de moeda nacional de poder aquisitivo da data do último Balanço Patrimonial”.1 Esse princípio expressa a dimensão essencialmente financeira (a palavra utilizada - agora - no sentido de avaliação monetária) da Contabilidade. A seguir serão expostos três modelos de mensuração do Capital Intelectual, o primeiro com ênfase financeira, o segundo com ênfase financeira e não-financeira ao mesmo tempo, ou seja, a situação deste é parcial. Já o terceiro não tem nenhuma ênfase financeira. 7.1 Diferença entre o Valor de Mercado e o Valor Contábil Segundo Gomes (2003, p. 71), este método é classificado como baseado em capitalização do mercado para estimar o valor do capital intelectual das empresas. Isso é concluído a partir da diferença entre a capitalização de mercado da empresa e o valor do patrimônio líquido dos acionistas. No livro de Stewart (2002, p. 201) está escrito “O valor é definido pelo comprador, não pelo vendedor”. É uma verdade perceptível nos dias de hoje. O mercado mais dinâmico, a economia globalizada, a concorrência está ao lado fazendo com que haja uma disputa acirrada pelos clientes, este por sua vez, compara qualidade e preço com o seu vizinho concorrente. Isso nada mais significa que quem dita o preço realmente é o comprador. Essa forma de pensar é muito simplista, mas serve para explanar o método que compara Valor de Mercado com o Valor Contábil. Da mesma forma, ainda bem simplista, podemos imaginar a compra e venda total de uma empresa ou parte dela. Segundo Stewart (2002), uma empresa normalmente vale o que o mercado de ações determina, ou seja, multiplicando o preço de mercado de cada ação pela quantidade destas em circulação temos o valor de mercado da empresa. São destacadas abaixo informações com base em dados de junho de 2005 da empresa Oracle Corporation, uma empresa de capital aberto na área de tecnologia informática norte americana. Foi calculado o valor de mercado conforme a formula apresentada. O dado quanto à quantidade de ações em circulação foi coletado e multiplicado pelo preço por ação, ambos na data base, obtendo a igualdade, encontrando o Valor de Mercado. TABELA I Valor de mercado da Oracle Empresa Quantidade de ações em circulação Preço por ação em US$ Valor de Mercado (Market Value) Oracle 5.146.713.889 13,23 65,7 bilhões de dólares Fonte de dados: DF’s da Oracle em junho de 2005 Então conforme conceito o valor de mercado encontrado para a Oracle é de aproximadamente 65,7 bilhões de dólares na data base. 1 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de contabilidade. Princípios fundamentais de contabilidade. Resolução CFE 530/81. Para prosseguir com o método de comparação é preciso ter em mãos o valor contábil encontrado nas Demonstrações Contábeis divulgadas pelas empresas; divulgação esta de caráter obrigatório para as empresas que emitem ações na bolsa de valores como a NASDAQ. O valor contábil é o valor do Patrimônio Líquido (Capital Próprio), ou seja, todos os ativos depois de subtraídas todas as Obrigações com terceiros (Passivo Exigível). TABELA II Fórmula do valor contábil Ativo – Passivo Exigível = Patrimônio Líquido Dessa maneira explicada anteriormente foram aplicados os dados contidos no Balanço Patrimonial da Oracle na mesma data base para chegar ao valor contábil conforme demonstrado a seguir: TABELA III Resumo Balanço Patrimonial da Oracle Em milhões de Dólares em jun/05 Ativos (Assets) 20.687 Passivo Exigível (Liabilities) Patrimônio Líquido (Stockholders' Equity) 9.850 10.837 Fonte de dados: DF’s da Oracle em junho de 2005 TABELA IV Demonstração do Valor Contábil Empresa Valor Contábil (Stockholders' equity) Oracle 10,8 bilhões de dólares Fonte de dados: DF’s da Oracle em junho de 2005 Contudo, o valor da Oracle evidenciado nas Demonstrações Contábeis é de aproximadamente 10,8 bilhões de dólares. Aplicando a diferença proposta temos o valor de mercado de 65,7 bilhões menos o valor contábil de 10,8 bilhões e resta um capital intelectual de 54,9 bilhões de dólares. É percebido então que o Valor Contábil representa uma razão, segundo Wernke (2003), Market-to-book ratio de apenas 16% do Valor pago Mercado de ações, por conseguinte, a diferença é um Capital Intelectual de 84% do Valor de Mercado. Assim, quando se utiliza esse método, pressupõe que a diferença entre o Valor de Mercado maior e o Valor Contábil menor é atribuída ao capital intelectual, o mesmo seria dizer que este ativo intangível é dado pela diferença entre o valor que os acionistas possuem e o valor de mercado da empresa. Este método tem a vantagem de ser simples quanto à utilização. Os dados aqui usados são facilmente encontrados no site da NASDAQ (www.nasdaq.com), basta aplicá-los nas fórmulas. A utilização do quociente Valor de Mercado pelo Valor Contábil, segundo Stewart (1998, p. 202), permite a comparação de uma empresa com concorrentes semelhantes ou com a média do setor, além de permitir a realização de comparações anuais entre os índices, e já que fatores exógenos como taxas de juros ou previsões de alta ou queda do mercado de ações provavelmente afetam todas as empresas de um setor de forma mais ou menos semelhante, esses ‘boatos’ são filtrados, e os gerentes e investidores podem aferir, embora de forma aproximada, o desempenho de uma empresa vis-à-vis com suas rivais. Pode ser simples, utilizar apenas equações matemáticas elementares com total ênfase financeira, mas o problema em utilizar esse método é sua limitação perante as influências do mercado. Imagine a situação onde a taxa de juros divulgada pelo Federal Reserve dos Estados Unidos (entidade equivalente ao Banco Central aqui do Brasil) sofra elevação. Em conseqüência disso as ações da Oracle caem 3%. Significa que o valor do capital intelectual diminuiu?(STEWART, 2002). Essa dúvida continua para possíveis discussões. 7.2 Navegador do Capital Intelectual (Modelo de Stewart) Neste modelo é percebido que o criador dele também não pretende utilizar uma ferramenta simples como é o caso da Diferença entre Valor de Mercado e Valor Contábil. Aqui, a razão entre estes dois valores é usada, porém existem mais três itens de complemento à informação proporcionada pela simples razão. Stewart (2002, p.217) acredita que uma única medida jamais descreverá os estoques e fluxos de capital intelectual de uma empresa. Da mesma maneira que a contabilidade financeira analisa vários índices como a razão débito/patrimônio, o fluxo de caixa, retorno sobre vendas, ativos e participação acionária, por exemplo, a fim de retratar o desempenho financeiro, a contabilidade do capital intelectual deve analisar o desempenho da empresa de vários pontos de vista. Porém é preciso notar, ou melhor, ter cuidado que muitas vezes, o que pode ser indicador chave em uma empresa talvez seja trivial para outra. Ser ou não trivial depende do setor e até da estratégia a seguir. No caso da Oracle, seu negócio é a desenvolvimento de softwares, as medidas do capital do cliente poderiam incluir índices de vendas destes, desconto para compras em grades quantidades, participação no mercado, enfim uma série de indicadores não-financeiros ao lado de indicadores financeiros. A conclusão que chegamos nesse ponto é que este modelo não tem apenas ênfase financeira como no apresentado anteriormente. Em meio a métodos financeiros e não financeiros, é preciso tomar cuidado com o exagero na quantidade de indicadores não financeiros, pois pode ser criado risco de superlotação do gráfico radar, distorcendo a informação. É melhor utilizar uma quantidade de indicadores considerada realmente importante ligada à estratégia da empresa. Acredito que o gestor na sua tomada de decisão não precisará se preocupar tanto com indicadores fora da rota estratégica. O modelo sugere três medidas complementares à razão Valor de Mercado e Valor Contábil e para cada uma delas sugere três indicadores ligados à estratégia da empresa a título de exemplo quando da explanação do modelo em seu livro. São elas: • Capital Humano - Vendas de novos produtos (% de vendas), Atitude dos funcionários e Índice de rotatividade de trabalhadores do conhecimento; • Capital Estrutural – Giro de capital, Custo de substituição de banco de dados e Razão vendas/custos de vendas, gerais & administrativas; • Capital do Cliente – Satisfação do Cliente, Índice de retenção de clientes e valor da marca. Dentro destes, é preciso avaliar estrategicamente a importância de cada “sub indicador” alem de selecionar as atividades que produzam riqueza intelectual para chegar ao objetivo de tentar mensurar o capital intelectual. Nesse ponto, Stewart sugere que ao aplicar o modelo, enfatize itens que digam algo sobre o capital intelectual. Será utilizado o mesmo exemplo do proposto por Stewart para não modificar a originalidade do gráfico radar apresentado por ele. Como já falado um pouco antes, Stewart demonstra o navegador do capital intelectual para uma empresa imaginária utilizando uma medida geral (razão valor de mercado/ valor contábil) e três “sub indicadores” para cada indicador citado anteriormente (Humano, Estrutural e Cliente). Conforme o autor, o gráfico inclui escalas e não inclui valores nos eixos. Abaixo é encontrado um gráfico radar de fácil visualização, possibilitando o acompanhamento de vários indicadores ao mesmo tempo. O interior do polígono mostra os resultados atuais; a parte externa revela o que você deseja. FIGURA II Gráfico Radar proposto por Stewart Exemplo: se a empresa tem uma meta de duplicar o capital de giro (um dos indicadores), coloque a marcação deste ao meio da escala conforme na figura. Gráficos normalmente são de fácil visualização, como é o caso deste gráfico radar. Possibilita ao gestor ver facilmente todos os indicadores (neste caso, que se relacionem com capital intelectual) e acompanhar o desempenho de vários indicadores ao mesmo tempo, incluindo não financeiros e financeiros como a razão entre valores. A dificuldade de utilizar esse método é na determinação dos indicadores de desempenho devido a questão da subjetividade. 7.3 Monitor de Ativos Intangíveis (Modelo de Sveiby) O Monitor de Ativos Intangíveis (SVEIBY, 1998, p.234) tem um formato de apresentação simples que demonstra uma série de indicadores relevantes. Assim como no modelo apresentado por Stewart, aqui os indicadores são escolhidos conforme a estratégia da empresa. Um detalhe é que neste modelo não são utilizados indicadores financeiros, ou seja, a metodologia é totalmente baseada em indicadores não financeiros, escolhidos pelos gestores; contudo subjetivos. Sveiby ainda coloca que o Monitor “pode ser integrado ao sistema de gerenciamento de informações, não devendo ultrapassar uma página, mas ser acompanhado por diversos comentários”. A finalidade é cobrir todos os ativos intangíveis, de modo que uma empresa individual possa selecionar apenas alguns dos indicadores de avaliação sugeridos para cada ativo intangível, os mais importantes. É um modelo compacto, nem simplista demais, nem exagerado quanto ao número de informações. Ele limita em uma página porque deve ser algo mais centralizado; uma estratégia para demonstrar o todo (parte referente a capital intelectual) da empresa em uma página. Ou seja, evidenciar tudo em um só plano. O autor também fala que as áreas mais importantes a serem cobertas são o crescimento e renovação, a eficiência e a estabilidade como no exemplo a seguir; um exemplo da aplicação de um Monitor de Ativos Intangíveis: FIGURA III Monitor de Ativos Intangíveis de Sveiby É um modelo que pode ser utilizado para fins de acompanhamento de uma estratégia orientada para o conhecimento. É uma Matriz de indicadores que tem uma apresentação simples e fácil interpretação, requer apenas um (1) plano para demonstrar os indicadores referentes ao capital intelectual da empresa. Porém a elaboração é complexa uma vez que todos os indicadores são subjetivos, tornando-se mais complexa. Existindo a possibilidade de demonstrar informações distorcidas, uma vez que estas são subjetivas. 9 CONCLUSÃO O material intelectual (capital intelectual) é um ativo da empresa; produz benefícios econômicos futuros, são obtidos pelas entidades e são resultados de eventos ou transações passadas e, ainda possui a possibilidade de negociação. É utilizado para produzir e prestar serviços. Precisa ser reconhecido. Foi observado ao longo do trabalho, que as empresas valem o que o mercado está disposto a pagar por elas. Contudo, a contabilidade não está evidenciando, no Balanço Patrimonial, o real valor das empresas. A contabilidade ainda não é capaz de contabilizar o capital intelectual. Não o faz em virtude de modelos de mensuração não encontrarem valores precisos de caráter financeiro para este. É possível pensar que uma exceção é através de modelo com total ênfase financeira dentre os três demonstrados aqui. Mas como já foi exposto no decorrer do trabalho, é um método simplista sem muita precisão. Diz que toda diferença encontrada entre o Valor de Mercado e o Valor Contábil é ativo intangível, um erro, pois o capital intelectual é apenas um tipo de ativo intangível, um conjunto repleto de subjetividade. Seguindo a idéia do Princípio do Denominador Comum Monetário, a contabilidade registra e evidencia no seu Balanço Patrimonial informações financeiras, aqui já descartamos os outros dois modelos, tanto o de Stewart como o de Sveiby, porque nenhum deles transforma os indicadores subjetivos em dados financeiros com precisão. O ativo intangível, como foi falado, não é escriturado pela contabilidade; a financeira. Porém, os tomadores de decisão têm a possibilidade de utilizar informações demonstradas pela contabilidade gerencial. Podem fazer o uso porque, a contabilidade gerencial manuseada de maneira correta pode evidenciar o real valor da empresa, considerando o capital intelectual. Contudo, uma saída para essa discussão, enquanto não é encontrada uma forma de mensurar e registrar o capital intelectual nas Demonstrações Contábeis de uma empresa é fazer a evidenciação mostrando a relevância da existência do capital intelectual em relatórios complementares às Demonstrações Contábeis. Assim, os usuários da informação contábil terão em mãos, informações mais completas para avaliar as empresas como um todo, tanto sua parte tangível quanto sua parte intangível. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Maria Goreth M. & EL HAJJ, Zaina Said. Mensuração e avaliação do ativo: um revisão e uma abordagem do goodwill e do ativo intelectual. Caderno de Estudos FIPECAFI, São Paulo, jul./dez. 1997. BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução n° 64, de 19.05.87. Dispõe sobre os procedimentos para elaboração e publicação de demonstrações contábeis complementares, em moeda de capacidade aquisitiva constante, para pleno atendimento ao Princípio do Denominador Comum Monetário. 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