O Melhor de PORTUGAL REVISTA DA RESPONSABILIDADE DO CLUBE DE PRODUTORES n.7 JULHO 2011 O que é realmente importante para si? Uma bela sardinha assada? Uma carne rústica e tradicional? O aroma e sabor intensos de uma fruta biológica? O paladar de um doce artesanal açoriano? Petiscar enchidos e queijinhos tipicamente alentejanos? Então, venha conhecer o MELHOR DE PORTUGAL! Clube de Produtores Criado em 1998, a missão do Clube de Produtores Sonae (CPS) é apoiar e promover o melhor da produção nacional. Garantindo uma via para o escoamento da produção dos nossos Produtores nacionais, o Clube minimiza os riscos e incertezas inerentes à sua actividade. Apoio, formação, aconselhamento técnico e representatividade junto das entidades oficiais são algumas das vantagens adicionais oferecidas pelo Clube de produtores aos seus associados. É através deste apoio à produção nacional que a Sonae MC se orgulha de poder oferecer aos seus exigentes Clientes produtos portugueses de qualidade e origem comprovadas, de maior frescura e com a melhor relação qualidade/ preço do mercado. Enchidos Tradicionais Porco Preto Enchidos de Porco Preto Montanheira Catet, o produtor de excelência da Gama de Enchidos de Porco Preto Continente Biológico, Continente Sousel e Lombo Branco de Portalegre IGP Selecção. Toda a tradição tem uma origem, e no caso dos Enchidos de Porco Preto de marca Continente e Selecção, essa origem é o produtor Montanheira Catet. É na vila Alentejana de Sousel que uma experiente equipa é responsável pelo fabrico de enchidos da tradição de Portalegre. A carne utilizada é proveniente exclusivamente do famoso Porco Preto da Raça Alentejana criado em pleno campo, nos montados de sobreiros e azinheiras, com todo o vagar, durante 12 a 18 meses; no período de Novembro a Março a sua alimentação é enriquecida com a bolota conferindo à sua carne características únicas de aroma e sabor. São chamados os porcos de Montanheira, criados em plena harmonia e ao ritmo da natureza. Mãos experientes e sabedoras temperam depois a carne com massa de pimentão, alho, sal, vinho e especiarias que, após introdução em tripa natural atada à mão e cura prolongada ao ar e fumo de lenha de azinho, proporcionam enchidos de grande qualidade: suculentos, de aroma intenso e sabor próprio e pouco salgados. Sobre a Montanheira Catet A CATET – Companhia Alentejana de Enchidos Tradicionais iniciou a produção dos enchidos Montanheira em Junho de 2002. Formada por sócios com formação específica e experiência na área das carnes e da transformação agro-alimentar, nasceu da vontade de criar produtos que integrassem o património gastronómico português. Construíram em Sousel uma moderna e sofisticada unidade industrial com capacidade de produção para o mercado nacional, onde a CATET rapidamente se impôs e tem criado as suas bases para exportação. A merecida reputação dos enchidos advém das características superiores da carne de Porco Preto da Raça Alentejana e ao saber fazer ancestral profundamente enraizado nas tradições da região, que exige uma profunda dedicação por parte de quem os produz. 5 Pimentos Saborosas cores de Verão Pimentos Várias formas, várias cores… Vários sabores. Sabia que o pimento, e as suas colorações distintas, podem ter origem numa mesma planta? O pimento começa por apresentar cor verde quando ainda se encontra imaturo e, à medida que vai amadurecendo na planta, a sua cor altera-se para vermelho, amarelo ou laranja (dependendo de cada variedade), resultado do enriquecimento em beta-caroteno. De acordo com a sua variedade, há diferentes formas, tamanhos e sabor – o pimento verde tem um sabor amargo e algo ácido, enquanto o amarelo e o vermelho apresentam um paladar mais doce. Em Portugal a forma de pimento mais comercializada tem uma forma paralelepi- pédica e pode ter cor verde ou vermelha e é conhecida como Pimento Lamuyo. O Pimento Padrão, de pequeno formato e cor verde, é uma especialidade galega e na cozinha é comum apresentar-se salteado. Tem um sabor único, como diz a célebre expressão “…uns picam outros não”. O Pimento Doce Italiano, de formato fino e alongado, apresenta-se de cor verde, vermelha ou amarela e distingue-se dos restantes tipos de pimento pelo seu sabor adocicado. É praticamente ausente de sementes, pelo que se considera ideal para ser consumido em fresco, como aperitivo. O Mini Pimento, pelo seu tamanho reduzido, torna-se ideal para colocar nas saladas e para consumir como snack. UM PRODUTOR EM DESTAQUE Isabel Cordeiro - Produtora de referência de Pimento Isabel Cordeiro iniciou a sua actividade agrícola em 1990 na zona de Escapães, concelho de Cantanhede, vendendo a sua produção no Mercado Abastecedor de Coimbra . A área inicial de produção era de 1500m2 em estufa e 1ha ao ar livre, empregando em média 2 pessoas. Aderiu ao CPS no ano 2000 e, neste momento, já dispõe de 30.000 m2 em estufa e 15 ha ao ar livre para a produção de alface, pimento, pepino, feijão e couves, empregando 14 pessoas. Tem todas as suas culturas certificadas no Clube de Produtores. O pimento é plantado em Março e Maio e é colhido de Junho a Outubro. “A adesão ao Clube de Produtores trouxe-nos muitos benefícios, uma vez que permite trabalhar de forma mais organizada, planificando as plantações e garantindo o escoamento dos produtos.” 7 Sardinha Fresca De Norte a Sul de Portugal Sardinha Fresca Um dos maiores símbolos gastronómicos do nosso país. A sardinha é um peixe gordo, rico em ácidos gordos polinsaturados do tipo ómega 3, essenciais para o bom funcionamento do cérebro e de todos os órgãos sensoriais. Estes ácidos têm efeitos benéficos para as artérias e coração, pois ajudam a baixar os triglicéridos e o “mau colesterol” no sangue, contribuindo assim para a prevenção das doenças cardiovasculares. É também fonte de alguns minerais - fósforo, zinco e potássio, importantes para a saúde do nosso organismo. A sardinha das peixarias do Continente é comprada diariamente nas lotas nacionais de Norte (Matosinhos) ao Algarve (Portimão), passando por Aveiro, Figueira da Foz, Nazaré, Peniche, Sesimbra e Sines. Em cada uma destas lotas temos um responsável pela compra e acondicionamento das sardinhas, para que estas conservem toda a sua frescura até chegar aos nossos clientes: pele brilhante, guelras vermelhas e olhos salientes e transparentes, com cheiro a maresia. Em visita à lota de Matosinhos O Sr. Mário Machado é o comprador da Sonae MC na lota de Matosinhos, uma das lotas mais importantes na venda da Sardinha. “Trabalho nesta lota há cerca de 30 anos e como comprador da Sonae há 10 anos”. Começa o dia às 5h30 da manhã, a receber informações das quantidades capturadas pelas embarcações. A sua longa experiência permite-lhe conhecer as embarcações que trabalham melhor o produto. Às 7h da manhã começam a chegar as embarcações com a sardinha. “É na descarga da sardinha das embarcações que faço a primeira avaliação da qualidade (brilho, escama, tamanho, teor de gordura, etc.). Quando as amostras dos vários lotes chegam à passadeira da lota, já sei qual a sardinha que devo comprar - a de melhor qualidade”. Depois de comprada, a sardinha é transportada nos cabazes para o seu armazém e é de imediato acondicionada em caixas de esferovite com gelo, de forma a manter a sua frescura e qualidade. “ A sardinha é um peixe muito sensível e todo o cuidado é pouco para que chegue às peixarias do Continente uma sardinha de excelência”. 9 Merino Branco Raça tipicamente alentejana Merino Branco As nossas raízes… A nossa identidade... O merino branco é um dos estandartes da nossa produção nacional. Este animal caracteriza-se pela sua extraordinária rusticidade, que se traduz na sua perfeita adaptação às condições edafoclimáticas e também no bom aproveitamento que faz dos recursos naturais da região alentejana. Trata-se de uma raça que é essencialmente conduzida para a produção de carne, apresentando à nascença um peso entre os 3 e 4 Kg, atingindo em 30 dias 8,5 a 10 Kg. A idade tradicional de abate é entre os 90 e 120 dias, onde atingem pesos de carcaças entre os 10 e 15 kg. Esta raça tem origem na região do Alentejo, sendo o Sr. Carlos e o Sr. Hélder Alves, membros do Clube de Produtores Sonae, criadores destes animais. UM PRODUTOR EM DESTAQUE Carlos & Hélder Alves - Agropecuária Carlos e Hélder Alves criaram a sua agropecuária em 2004, tomando conta do negócio da anterior empresa do seu pai, que entretanto se aposentou. Esta empresa familiar, situada no Baixo Alentejo, dedica-se à produção de pequenos ruminantes. Com o Clube de Produtores ganhou segurança e capacidade para reinvestir em melhoria de infra-estruturas e aumentou o seu efectivo. 11 Agricultura Biológica Melão, Meloa, Melancia Frutos da Terra Agricultura Biológica é um método de produção agrícola onde não se recorre a factores de produção externos sintéticos (adubos químicos, pesticidas, herbicidas, conservantes, etc.). Os frutos da terra de Agricultura Biológica destacam-se dos produzidos em agricultura convencional por serem mais ricos em matéria seca, minerais e vitaminas, incluindo anti-oxidantes (importantes na prevenção do cancro). A sua maior concentração em matéria seca e nutrientes reflecte-se num sabor e aroma mais ricos. Melancia - A cultura da melancia (C. lanatus var. lanatus) é originária das regiões secas da África Tropical. A sua domesticação ocorreu na África Central onde é cultivada há mais de 5.000 anos. No séc. XIII já era cultivada em várias regiões da Europa. Em Portugal somos grandes consumidores de dois tipos de melancia: a de casca preta e a de casca riscada. De polpa vermelha, muito sumarenta e de sabor fresco, pontuada por sementes de cor escura, é constituída na sua maior parte por água (cerca de 92%) e é rica em vitaminas e sais minerais. A sua frescura faz dela a sobremesa ideal para o Verão. Melão e Meloa - Originário da Ásia, o melão (Cucumis melo L.) foi popularizado na Europa durante a época da Idade Média. A meloa (Cucumis melo cantalupensis) é uma variedade de melão e apresenta características semelhantes. A cor e a textura da casca do melão, bem como a cor e o sabor de sua polpa, variam com a espécie e a forma de cultivo. A meloa apresenta uma forma arredondada, casca com nervuras e polpa verde ou alaranjada. Ambos são constituídos principalmente por água e têm um valor energético muito baixo, o que faz deles frutas ideais para se refrescar nos dias quentes. UM PRODUTOR EM DESTAQUE Horto S. Silvestre - Soc. Agrícola, Lda A Horto S. Silvestre é uma empresa familiar, localizada na zona de Rio Maior, com uma exploração de 20 ha que anteriormente se dedicava ao cultivo da vinha e da pecuária. Em 1995, passou a cultivar exclusivamente produtos hortícolas, sendo que em 2000 se deu a reconversão de toda a exploração para Agricultura Biológica. É membro do Clube Produtores Sonae desde 2002, ao qual fornece todo o tipo de produtos hortícolas BIO. Dos 20 hectares de produção, 1,5 são dedicados à cultura e produção ao ar livre de melancia, melão e meloa. 13 Frutos de Caroço Pêssego, Nectarina, Alperce e Ameixa Cores, aromas e sabores de Verão Poucas famílias de frutos apresentam tanta diversidade como os frutos de caroço. A produção em Portugal inicia-se no mês de Maio no Algarve e estende-se até ao final do Verão nas zonas mais a Norte. As regiões de produção principais são a Beira Interior e o Alto Alentejo. No entanto, é possível também encontrar pomares nas zonas do Ribatejo, do Oeste e até do Algarve. Pêssegos – são uma das frutas favoritas dos portugueses e caracterizam-se pela sua doçura e teor em sumo. Existem variedades de pele vermelha ou amarela. A polpa pode ser amarela, branca ou rosada. Nectarinas – provém da palavra “néctar”, que é associada a um sabor delicioso e doce e resultam do cruzamento entre o pêssego e a ameixa. São preferidas muitas vezes pela sua pele lisa, que permite o seu consumo com casca. Alperces – pequenos, de sabor perfumado e doce, são frutos verdadeiramente especiais, sendo consumidos frescos ou secos. Ameixas – pelo seu tamanho e casca lisa são um fruto de eleição para crianças e adultos. Tem variedades de coloração amarela, vermelha e preta, sendo todas elas bastante sumarentas. Também inclui os tradicionais abrunhos e a variedade Rainha Cláudia. UM PRODUTOR EM DESTAQUE O rosto da produção – Frutarocha Situada no concelho de Coruche, a Frutarocha é uma empresa de origem familiar, que beneficia de um microclima muito específico para produzir fruta de caroço precoce. A sua actividade hortofrutícola teve início nos anos 70, através da plantação do primeiro pomar de citrinos com 5 ha. No final da década de 80, aquando da conclusão dos estudos agrícolas do actual responsável da empresa - Eng.º Manuel Rocha – ao abrigo de um projecto de Jovem Agricultor, foram realizadas as primeiras plantações de frutos de caroço. Conta hoje com quase 40 ha de pomares e com mais de 500 toneladas de produção essencialmente de ameixas amarelas, pêssegos e nectarinas, todos em regime de Produção Integrada. Este produtor é certificado pelo Clube de Produtores Sonae e atribui parte do seu sucesso ao caminho trilhado desde o ano 2000, quando aderiu ao Clube trocando o abastecimento dos mercados locais pelas lojas Sonae. Alicerçado nos de- safios do Clube em termos de qualidade, sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente, alterou os objectivos da sua empresa, passando agora a produzir em função da qualidade e não da quantidade como até então fazia. 15 Queijo Alentejano Região de Tolosa Queijo Mestiço de Tolosa Igp O Queijo Mestiço de Tolosa é um queijo curado tipicamente Alentejano, produzido com leites crus de cabra e ovelha, em que a proporção de cada espécie varia ao longo do ano. Apresenta uma pasta semi-mole, um sabor ligeiramente picante e um aroma intenso e agradável, garantindo plena satisfação aos seus consumidores. UM PRODUTOR EM DESTAQUE Sociedade Herdade da Maia - Produtor do Queijo Mestiço de Tolosa IGP Uma passagem de gerações com um sucesso reconhecido, levaram Rodolfo e o seu pai a apostar claramente na produção com qualidade dos tradicionais queijos alentejanos. Com origem em Gáfete, vila vizinha de Tolosa, a sociedade partiu para o desenvolvimento de novos produtos. Manteve a sua base tradicional, desenvolveu a sua capacidade produtiva e inovou com novos conceitos de embalagem. Com instalações recentemente ampliadas, a Sociedade Herdade da Maia está mais do que nunca preparada para aumentar a sua produção, mantendo sempre um produto de sabor genuíno e de qualidade irrepreensível. Fundada em 1986, entrou para o Clube de Produtores Sonae em 2008 e a base do crescimento da empresa assenta no respeito e fidelidade ao processo de fabrico executado por verdadeiras mestres queijeiras que ao longo das últimas três décadas o têm aperfeiçoado e desenvolvido. A Herdade da Maia orgulha-se por ser um dos maiores produtores na categoria de queijos regionais alentejanos e de manter um processo evolutivo que permitirá surpreender cada vez mais o consumidor, ao qual dedica todo o seu esforço e conhecimento. 17 Doces Regionais As delícias da nossa reserva da biosfera Queijadas da Graciosa “QUEIJADAS DA GRACIOSA” é um doce tradicional com certificação regional da Ilha Graciosa Açores, com raízes na mais genuína tradição, confeccionado com produtos naturais e de acordo com as normas da doçaria tradicional da ilha. Num passado recente, era uma especialidade dominada por muitas donas de casa e não faltava em qualquer festa ou reunião familiar. Dava-se então o nome de “Covilhete de leite”. Actualmente, a sua confecção cinge-se praticamente à Vila da Praia, daí este doce ser conhecido localmente por “Queijadas da Praia”. Fora da ilha, são designadas por Queijadas da Graciosa. Bar Filarmónica de Santa Cruz. Com as vendas sempre a aumentar, pediu ajuda ao Governo Regional em 1991 para construir a sua pastelaria, que se tornou um sucesso na região açoreana. Com nova ajuda do governo em 2000, construiu uma nova pastelaria e já tem as suas queijadas representadas em todas as ilhas dos Açores, Madeira e Portugal Continental. No ano de 2001, o INPI atribuíu a Maria de Jesus Félix o registo da marca Queijadas da Graciosa, facto que veio confirmar e obrigar a garantir os elevados padrões de qualidade com que este doce é confeccionado. Em destaque: Companhia dos Açores (Maria de Jesus Felix) Maria de Jesus começou aos 14 anos a trabalhar com uma prima, fazendo doces para ocasiões festivas. Em 1980 começou a produzir as Queijadas da Graciosa na sua própria casa e depois a vendê-las no Um Produto Artesanal da Reserva da Biosfera Entre 2007 e 2009,as Ilhas do Corvo, Graciosa e Flores foram classificadas como reserva da biosfera. Este certificado da Unesco confirma o excelente estado ambiental destes territórios e enaltece as possibilidades de desenvolvimento sustentável. 19 FICHA TÉCNICA - DIRECÇÃO: CLUBE DE PRODUTORES · COORDENAÇÃO: DIRECÇÃO COMERCIAL PERECÍVEIS · IMPRESSÃO: LIDERGRAF · CONCEPÇÃO: PLENIMAGEM · DEPÓSITO LEGAL - 311841/10 www.clubeprodutores.sonae.pt e-mail: [email protected]