abastecimento 37 • jan/fev 2013 a revista do varejo de vizinhança Capa: 27 dicas de atacadistas distribuidores para o varejo de vizinhança | Entrevista: José do Egito, da ABAD | Na Prática: Mercado Apanã Edição 37 | jan/fev 2013 | ano 5 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br Convidamos 27 atacadistas distribuidores de todo o Brasil, um de cada Estado e mais o Distrito Federal, que aceitaram o nosso desafio e apresentam, nesta edição, Entrevista José do Egito, presidente da ABAD e os planos para o pequeno e médio varejo Na prática Mercado Apanã, de São Paulo, faz sucesso comercializando produtos orgânicos CAPA 37.indd 1 ideias para destacar sua loja 01.02.13 20:53:50 Template_Anúncio.indd 1 31/01/2013 20:24:06 sumario s u m á r i o abasteCiMento 37 • jan/fev 2013 6 Sua opinião a REvista do vaREjo dE vizinhança Espaço para o leitor Edição 37 | jan/fev 2013 | ano 5 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br 8 Portal Convidamos 27 atacadistas distribuidores de todo o brasil, um de cada estado e mais o distrito Federal, que aceitaram o nosso desafio e apresentam, nesta edição, entrevista josé do egito, presidente da abad e os planos para o pequeno e médio varejo na prátiCa Mercado apanã, de são paulo, faz sucesso comercializando produtos orgânicos ideias para destacar sua loja Abastecimento 37 CAPA 37.indd 1 10 Produtos foto: anderson souza Capa: 27 diCas de ataCadistas distribuidores para o varejo de vizinhança | entrevista: josé do egito, da abad | na prátiCa: MerCado apanã O que você encontra na versão eletrônica da revista na internet As novidades nas gôndolas do varejo 49 Fique por dentro Varejista precisa conhecer bem os locais do PDV 60 Análise A presença do promotor no ponto de venda 31.01.13 13:06:29 62 Negócios Notícias sobre a economia e a cadeia de abastecimento 65 Opinião Atenção especial nas áreas operacional e de Recursos Humanos 66 Ponto Final A oportunidade de investir no canal de vizinhança 16 entrevista José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD, quer estreitar os laços entre atacado distribuidor e pequeno varejo anderson souza 22 AUTOMAÇÃO Informações precisas e em tempo real sobre a empresa são necessidades essenciais para a operação no dia a dia 28 NA PRÁTICA Foco nos produtos orgânicos diferencia a atuação do Mercado Apanã, localizado em Perdizes, São Paulo 34 VOLTA ÀS AULAS Período é propício para oferecer conveniência aos clientes 38 CAPA Atacadistas distribuidores fornecem 27 dicas para que as lojas dos empresários ganhem destaque na região 46 Estratégia Padaria pode ser chamariz para atrair consumidores 50 gerenciamento por categorias divulgação Melhoria da exposição de doces pode aumentar a receita 54 oportunidades Estabelecimento bem abastecido de produtos e bem decorado pode proporcionar boas vendas no período da Páscoa JAN/FEV 2013 sumarioNOVO cópia.indd 3 www.revistaabastecimento.com.br 3 31.01.13 13:16:33 carta ao leitor c a r t a a o l e i t o r Editora Brasileira do Comércio Rua Apeninos, 1.126 | 04104-021 | São Paulo - SP Fone: (11) 5572-1221 | Fax: (11) 5572-5335 /5572-1221 ramal 235 [email protected] | www.ebceditora.com.br Conselho só de quem entende Diretor-Presidente Vicente Puerta: [email protected] Diretora-Editorial Claudia Rivoiro: [email protected] M uita gente já ouviu a frase: “Se conselho fosse bom, não se dava, se vendia”, mas aqui a conversa é outra. Como o início do ano é uma boa ocasião para revermos conceitos e estratégias e, se for o caso, para realizarmos mudanças de direcionamento e colocarmos em prática ações que podem fazer com que o negócio fique mais competitivo na região, mais atraente para o consumidor e mais rentável para o varejista, talvez seguir conselhos possa ser muito bom, até mesmo porque, muitas vezes, a opinião de quem está do lado de fora do estabelecimento, mas também conhece o mercado, pode ser valiosa porque pode proporcionar ao varejista o contraponto necessário para ajudá-lo a melhorar a operação no dia a dia. Pensando nisso, a revista ABASTECIMENTO conversou com 27 atacadistas, um de cada um dos 26 Estados do Brasil e do Distrito Federal, e preparou uma coletânea de dicas que os empresários sugerem para os varejistas adotarem em seus negócios neste ano, as quais poderão ajudá-los a melhorar suas vendas e a tornar suas lojas mais atraentes, organizadas e rentáveis. Confira e corra para colocá-las em prática. Também trazemos nesta edição uma entrevista especial com José do Egito Frota Lopes Filho, o novo presidente da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores. Ele expõe os planos que a entidade, durante o seu mandato, procurará concretizar, principalmente no que se refere ao relacionamento com os varejistas. Leia também, na seção Na Prática, a história do mercado Apanã, localizado no bairro de Perdizes, na capital paulista. Tendo como objetivo desbravar o universo dos produtos orgânicos, naturais e integrais, o Apanã oferece uma filosofia comercial e uma proposta diferente, que chega a transformar a experiência do consumidor, literalmente falando, em um assunto de laboratório! Por outro lado, para quem está pensando em abrir uma padaria no supermercado, saiba que essa é uma ótima estratégia para atrair novos clientes e aumentar o faturamento da loja. No entanto, é preciso tomar certos cuidados. Leia a matéria e fique sabendo quais são eles. E, finalmente, fique por dentro de quais são os lançamentos das indústrias para a Páscoa e visualize como esses novos produtos poderão aumentar suas vendas! Boa leitura! Editor Cristiano Eloi: [email protected] Redação [email protected] Repórteres Andréia Martins: [email protected] Daniela Guiraldelli: [email protected] Jamille Menezes: [email protected] Revisão Newton Roberval Eichemberg Criação e Produção Fábio Geríbola: [email protected] Manoel Mendonça: [email protected] Produção Gráfica Ronaldo Secundo: [email protected] Portal newtrade Repórter Vivian Ortiz: [email protected] Webdesign Anderson Souza: [email protected] Mídias Digitais Gabriel Baldin: [email protected] www.publitrade.com.br Gerência de Clientes Especiais Jorge Rodrigues: [email protected] José Paulo Basílio: [email protected] Marcos Monaco: [email protected] Representantes São Paulo/ MG e Centro Oeste: Paulo Sérgio: [email protected] SP Interior: Tânia Nassif: [email protected] RJ/ES/PR/SC, Norte e Nordeste: Priscila Marinho: [email protected] Assistente: Shirlene Gonçalves [email protected] Relacionamento Institucional Alceu de Genaro: [email protected] Leitores/assinaturas/circulação Fernando Mendes: [email protected] Fale conosco: (11) 5572-1221 - (11) 5908-8390 [email protected] Gerência Administrativa/Financeira Simone Vargas: [email protected] Jornalista Responsável Cristiano Eloi – MTb 38.052 Periodicidade: bimestral - Circulação: nacional - Tiragem: 60.000 exemplares Distribuição dirigida - Impressão: Abril Gráfica CLAUDIA RIVOIRO Diretora-editorial 4 www.revistaabastecimento.com.br cartaleitor.indd 4 keiny andrade Esta revista é destinada a proprietários, sócios e gerentes de pequenas e médias lojas do varejo independente, mercados com até dez checkouts. Apoio Filiada ao jan/fev 2013 30.01.13 14:58:43 template.indd 1 23/11/2012 11:50:47 o p i n i ã o ABASTECIMENTO 36 s nov/dez 2012 s u a A REVISTA DO VAREJO DE VIZINHANÇA O ano começou bem para a redação da ABASTECIMENTO, com nossos leitores enviando cartas em que sugerem temas para reportagens e também nos dando parabéns pelas edições já publicadas. Obrigada pela atenção e continuem nos prestigiando. Claudia Rivoiro – diretora de Redação CAPA: AS MARCAS MAIS VENDIDAS NO VAREJO DE VIZINHANÇA | NEGÓCIOS: ABRAS TEM NOVO PRESIDENTE | PONTO FINAL: PERFETTI VAN MELLE Edição 36 | nov/dez 2012 | ano 5 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br NEGÓCIOS Fernando Yamada é o novo presidente da Associação Brasileira de Supermercados para 2013-2014 PONTO FINAL Perfetti Van Melle projeta crescimento de 15% no mercado de doces AS MAIS VENDIDAS Gostaria de sugerir matérias que dessem dicas sobre iluminação nos pontos de venda. Renata Aparecida de Oliveira – Manaus/AM Pesquisa exclusiva “Marcas em Destaque” aponta as 103 categorias em 11 cestas de produtos com as marcas mais compradas no varejo de vizinhança CAPA 36.indd 1 Estou pensando em montar um pequeno mercado e tenho dúvidas sobre datas sazonais. Valéria Reis – Brasília/DF 22.11.12 20:04:34 Abastecimento 36 nov./dez. de 2012 Treinamento e contratação de pessoal são sempre difíceis. Vocês poderiam fazer uma matéria sobre o assunto? Paulo Pereira – Curitiba/PR Estou preocupado com o estoque de produtos durante a realização da Copa do Mundo no País. Sei que a época será boa para aumentar o faturamento, mas tenho receio no que se refere ao abastecimento da loja. Carlos Montenegro Santos – Fortaleza/CE A Páscoa já está chegando. Estou querendo inovar apresentando um layout atrativo e também saber o que posso vender além de chocolates. Oséias da Silva – Campinas/SP Nota da redação: Leia a matéria nesta edição e fique por dentro do que pode ser feito para faturar no período. Gostei muito da última edição da ABASTECIMENTO, que trouxe a pesquisa sobre Marcas. Parabéns pela edição! Adelino Matias – Recife/PE NOTA DE ESCLARECIMENTO Em virtude das mensagens enviadas recentemente pelos leitores, a EBC – Editora Brasileira do Comércio esclarece que a veiculação dos anúncios publicitários publicados na edição 36 da revista ABASTECIMENTO e na 239 da revista DISTRIBUIÇÃO, a fim de divulgar os serviços da empresa Brascredito Brasile, foi precedida de consulta exaustiva aos registros daquela empresa. Naquele momento, não havia informação capaz de colocar em xeque o bom nome da empresa Brascredito Brasile, o que, por si só, permitiu que os anúncios fossem publicados. O direito de resposta foi dado à empresa Brascredito Brasile, mas, até a presente data, não houve pronunciamento formal acerca das denúncias feitas pelos leitores ao longo dos últimos dias. Contudo, a EBC ressalta que irá continuar agindo com diligência na seleção de seus anunciantes, pois entende que o respeito ao leitor é o preceito fundamental para a imagem íntegra e sólida construída ao longo desses 21 anos de existência. 6 www.revistaabastecimento.com.br sua opiniaoNOVO.indd 6 fale com a gente Anuncie na revista e no site Mostre a sua empresa e o seu mix de produtos aos varejistas do setor mercearil de todo o Brasil anunciando na revista ABASTECIMENTO e no site www. revistaabastecimento.com.br. Entre em contato com o Departamento Comercial da EBC por carta, pelo fax (11) 5572-5335, pelo telefone (11) 5572-1221 ou pelo e-mail [email protected]. Assinaturas individuais e corporativas Consulte a nossa área de Relacionamento para conhecer a tabela da EBC. Faça a sua assinatura agora mesmo e receba a AB já no próximo mês. Discuta as reportagens com sua equipe e envie comentários para a redação. Envie suas cartas e sugestões A revista Abastecimento quer conhecer a sua opinião. Envie suas críticas e sugestões para a revista abastecimento, Rua Apeninos, 1.126, CEP 04104-021, São Paulo, SP, ou pelo e-mail ebc@ebceditora. com.br. Com a sua participação, faremos da AB uma revista cada vez mais útil para o mercado varejista. jan/fev 2013 30.01.13 14:58:03 template.indd 1 23/01/2013 13:01:27 portal p o r t a l fotos: divulgação O mercado de caminhões está em plena expansão em 2013. A Ford estreou na linha de extrapesados com o modelo Ford Cargo. Essa categoria tem o maior crescimento do mercado brasileiro de caminhões atualmente. Buscapé lança serviço de compra direta pelo site A Buscapé lançou, em janeiro, um novo serviço. Com ele, o usuário consegue comparar os preços dos produtos com o valor do frete já embutido no preço final. "Na medida em que informamos o preço do frete, conseguimos alcançar um aumento de 25% na conversão do clique", explica Romero Rodrigues, CEO da companhia. +acessadas Por sua vez, a chinesa JAC Motors, fabricante de automóveis, ampliou sua linha de atuação e expandiu seus negócios no Brasil. De olho nas vendas de caminhões leves, a marca lançou o comercial T140. Confira o vídeo em nosso site. As notícias campeãs de acesso do portal newtrade em dezembro Indústria Atacado Varejo Tecnologia Abilio Diniz investe na Brasil Foods escoamento de safra pode ter problemas Governo quer alterar código de barras Magazine Luiza amplia atuação no e-commerce O empresário começou a fazer seus primeiros movimentos de diversificação de investimentos em três empresas. Uma das apostas que mais chamaram a atenção do mercado foi na Brasil Foods, que absorveu cerca de 60 milhões de reais. As duas outras escolhas foram mantidas em segredo, mas sabe-se que uma delas é no setor financeiro e outra em energia alternativa. Embora reconheçam que a Lei do Motorista preza pela segurança nas estradas, as entidades do setor avaliam que a determinação de jornada máxima para a categoria, além de exigir que os períodos de descanso tenham intervalos menores, dificultarão o escoamento de oleaginosas, já naturalmente complicado durante o período de entrada da safra. O governo está preparando uma lei para revolucionar o velho código de barras. A ideia é transformá-lo em uma etiqueta inteligente, capaz de combater a pirataria e a falsificação, além de garantir a segurança dos consumidores. Com tecnologia de radiofrequência RFID, a nova etiqueta vai permitir o controle em tempo real da localização das mercadorias. A varejista Magazine Luiza anunciou, em janeiro, o lançamento de uma ferramenta para ampliar as vendas de e-commerce da companhia. Trata-se do Clube de Ofertas da Lu, site com descontos especiais para os consumidores que se tornarem sócios desse ambiente fechado de compras. A entrega é feita pela empresa seguindo o prazo normal de entrega. 8 www.revistaabastecimento.com.br ab portalnovo.indd 8 jan/fev 2013 30.01.13 14:56:18 produtos p r o d u t o s Milho Pronto para consumo O Creme de Milho da Predilecta Alimentos é um produto pronto para ser consumido, bastando aquecê-lo antes. Em embalagem de 240 g, confere ao produto qualidade e sabor, sem abrir mão do aroma e da textura. O item será distribuído nos principais pontos de venda de São Paulo e demais Estados. “O Creme de Milho é um produto inédito no segmento de alimentos prontos”, diz Rogério Byczyk, gerente institucional e de Marketing da companhia. Lácteo Sobremesa com fruta A Batavo, marca de produtos lácteos da BRF, acaba de incorporar o sabor Maracujá à sua linha Pense Zero. “É uma opção esperada pelo consumidor e com a segunda maior intenção de compra, segundo pesquisa realizada pela Qualibest”, ressalta Luciane Matiello, diretora de Marketing de Lácteos da companhia. O produto contém sementes da fruta em sua composição. Nas gôndolas a partir de janeiro, a edição será comercializada em embalagens de 400 g. A linha também oferece os sabores Morango, Mamão, Ameixa, Graviola e Vitamina, com polpas de maçã, mamão e banana. Natural Alimentação saudável A Ducoco apresenta o Óleo Ducoco, feito com 100% de óleo de coco virgem, isto é, do óleo vegetal extraído do fruto maduro. A novidade é um aliado para quem quer ter uma vida saudável e equilibrada. Ocupando espaço nas prateleiras de produtos naturais e orgânicos nas lojas do varejo alimentar, o item tem sabor suave e pode ser usado de diferentes maneiras na alimentação diária, como em sucos e chás, adicionado ao iogurte e também no preparo de bebidas. 10 www.revistaabastecimento.com.br Lancamentos2pags.indd 10 Foco Leite para adultos Parmalat Sabores é uma linha de leite saborizado desenvolvida para o público adulto, e chega às gôndolas nas opções Chocolate, Chocolate Zero, Aveia, Aveia Zero e Vitamina. Para Gérson Francisco, diretor de Vendas e Marketing da LBR, detentora da Parmalat, apesar de a categoria ser concentrada nas versões infantis, a linha tem grandes oportunidades de crescimento. “A marca está sempre atenta às novas tendências de mercado e investe constantemente no atendimento às necessidades dos consumidores, oferecendo produtos inovadores.” jan/fev 2013 30.01.13 14:54:36 Snack Sabor com diferencial Inspirado na culinária mexicana, o Yokitos Tortilla sabor Queijo Nacho promete conquistar o público brasileiro. A novidade surge para atender à preferência de jovens e adultos de todas as classes sociais por sabores intensos. É uma boa opção de petisco para celebrar o encontro com amigos. Com o novo produto, a empresa aumenta sua participação no segmento de snacks e amplia seu portfólio, que já oferece as opções de batatas nas categorias onduladas, levíssima e lisa. Fotos: divulgação Candies Formato diferenciado Mentos Kiss é uma pastilha refrescante e sem açúcar, que ganhou uma embalagem em lata inovadora com 50 unidades do produto, que chega em duas opções, Mentos Kiss Fruit, com aromatizantes naturais de morango, e Mentos Kiss Mint, com todo o frescor da menta. “Essa novidade é pioneira no mercado brasileiro, pois nenhuma outra oferece um item com essa diferenciação na embalagem”, comenta Elzilene de Moraes, diretora de Marketing da Perfetti Van Melle, empresa detentora da marca. Cabelos Para elas A Embelleze traz diretamente de Honduras, país localizado na América Central, o mais novo ativo para cabelos, o óleo de Ojon. O produto chega às prateleiras na versão de creme de tratamento ultraprofundo de um quilo, e também como serum superconcentrado de 60 ml. O ativo é indicado para todos os tipos de fios. “A mulher brasileira está sempre à procura de novidades de beleza para os cabelos e, por isso, queremos proporcionar a ela o que existe de melhor no mundo em nosso segmento”, diz Jomar Beltrame, vice-presidente do Sistema Embelleze. Tradicional Nova categoria O cookies com gotas de chocolate Toddy, da multinacional PepsiCo, chega ao Brasil ampliando ainda mais o portfólio da marca, além de ser mais um investimento da companhia no segmento de biscoito. A novidade vem com uma embalagem que tem o estilo do consumidor, é irreverente e moderna, e é oferecida em duas versões: 60 g e 150 g. “A marca está, cada vez mais, apresentando seu sabor sob novas formas e para diferentes ocasiões, com mais conveniência para os consumidores que já adoram o sabor de Toddy”, afirma Marta Oliveira, gerente de Marketing de Biscoitos da companhia. jan/fev 2013 Lancamentos2pags.indd 11 www.revistaabastecimento.com.br 11 30.01.13 14:54:48 produtos p r o d u t o s Drinque energia extra As três versões de Red Bull Editions são apresentadas nos sabores Limão, Cranberry e Blueberry. Os novos produtos têm as mesmas propriedades energéticas encontradas no Red Bull tradicional e já podem ser encontrados em todo o território nacional, através de campanhas de mídia e em PDVs. Em mais de 14 países, a novidade da marca internacional de energético pretende expandir ainda mais sua distribuição nos próximos meses. Bebidas Sabores fortes A marca de vodca brasileira Orloff aumentou seu portfólio. A linha Orloff Bold, nas versões Green Apple, Cranberry e Citrus, chega em embalagens de um litro, e foi criada para interagir com a nova geração, em particular com jovens que gostam de novidades e diversão. “O público da marca procura mais flexibilidade nos sabores, tendo na apresentação dessa linha uma opção para os que gostam de misturar vodca com sucos e refrigerantes”, comenta Rafael Souza, gerente do grupo Pernod Ricard Brasil. 12 www.revistaabastecimento.com.br Lancamentos2pags.indd 12 Higiene Público masculino Axe, marca de desodorantes da Unilever, acrescenta mais uma variante ao seu portfólio de produtos. A linha Apollo Space Academy é apresentada a mais de 80 países e tem a maior estratégia de marketing da história da marca. Com investimento em mídias e promoções, a marca investe no desenvolvimento e na expansão de seus produtos no Brasil, que, segundo Rafael Lopes, gerente de Marketing da marca no País, será uma das principais fontes de crescimento da Axe nos próximos cinco anos. Tamanho Linha completa Wella ProSeries apresenta xampus e condicionadores no tamanho 200 ml. A marca amplia seu portfólio para apresentar opções mais econômicas e acessíveis às consumidoras brasileiras. A marca, que oferece xampu, condicionador, creme de tratamento e creme de pentear, promete ainda mais novidades para 2013. A embalagem de 200 ml está disponível nas linhas Repair, Luminosity, Color e Hydration. jan/fev 2013 30.01.13 14:55:01 Doce Sobremesa light A Hershey’s Cereal Banana Light passa a integrar uma linha igualmente composta por cinco outros itens, três com apelo de sobremesa e dois light. Coberta por chocolate e fruta no recheio, a barra tem apenas 79 calorias por porção. “A barra de cereal é indicada para o consumo em diferentes ocasiões entre as refeições e, muitas vezes, desempenha o papel de sobremesa”, comenta Victoria Gabrielli, gerente de Marketing da empresa. A marca registrou crescimento de 40% no volume de vendas em barra de cereal no último ano. Chocolate Duas opções A qualidade crocante do biscoito e a cremosidade do chocolate. Esta combinação é a proposta da nova linha Creamy, da Bauducco, que chega ao varejo em todo o País. “O mercado vem recebendo bem os produtos mais diferenciados”, comenta Thaís Ruas, gerente de Produto da fabricante. A novidade é oferecida em dois sabores, Creamy Chocolate, com recheio cremoso de chocolate, e Creamy Duplo Chocolate, com biscoito de chocolate e recheio cremoso de chocolate. As duas novidades são oferecidas em embalagens de 96 g. Investimento Cabelos tratados A nova linha Palmolive Naturals Renovação Pós-Química com keratina e karité é composta por xampu, condicionador e creme para pentear sem enxágue, que se complementam para oferecer o tratamento ideal para a reconstrução de fios já tingidos ou alisados, que precisam de cuidados específicos. “A marca está com uma nova comunicação, totalmente voltada para o nosso mercado e com uma linha de produtos renovada, para inspirar a nova consumidora brasileira”, comenta Marcelo Cruzato, diretor de Marketing de Palmolive. Praticidade Chocolate em pó A Fleischmann investe na ampliação de seu portfólio com o desenvolvimento de um produto ainda inédito para a marca, o Chocolate em Pó Fleischmann. O consumo desse item tem aumentado muito nos últimos anos e sua versão solúvel ganha espaço nas cozinhas brasileiras. A novidade já está disponível nas redes de supermercados e nos pequenos varejos do País. O item é apresentado em embalagens de 200 g. jan/fev 2013 Lancamentos2pags.indd 13 www.revistaabastecimento.com.br 13 30.01.13 14:55:19 evento e v e n t o Varejo do futuro O Retail's Big Show, realizado em Nova York, destacou as novidades tecnológicas que estarão nas lojas de todo o mundo nos próximos anos Da Redação 14 www.revistaabastecimento.com.br nrf.indd 14 divulgação O Retail's Big Show, da NRF – National Retail Federation, o maior e principal evento de varejo do mundo, promoveu sua 102a edição em Nova York, nos Estados Unidos, do dia 13 ao dia 16 de janeiro. Em sua programação, seminários, fóruns de debates, apresentação de cases de empresas mundialmente reconhecidas e exposição de produtos e tecnologias de última geração. O encontro proporciona anualmente aos seus participantes o conhecimento das principais tendências e tecnologias do setor. Neste ano, mais de 450 empresas marcaram sua presença entre apresentações de fornecedores e palestras. Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, e Steven D. Ladwig, presidente da Toshiba Global Commerce Solutions, foram os destaques da programação. Com grande número de integrantes, a comitiva brasileira foi uma das maiores nesse evento. A presença nacional foi tão importante que, no primeiro dia da Convenção, o País foi representado, no palco do Jacob Javits Center, local do evento, por Roberto Sampaio, das Lojas Marisa, Marcos Gouvêa de Souza e Alberto Serrentino, ambos da GS&MD, que abordaram os consumidores emergentes em mercados emergentes, e o mexicano Esteban Galindez, do Grupo Elektra.“Fizemos uma análise sobre o que significa operar com consumidores que recentemente saíram de uma condição de menor poder aquisitivo para uma de maior”, explicou Marcos Gouvêa de Souza. Durante sua palestra, Bill Simon, CEO do Walmart, falou sobre oportunidades de promoção de empregos. "Temos 175 mil pessoas com grandes responsabilidades e altos salários. Isso é oportunidade”, afirmou. Além disso, o executivo explicou que a companhia deve investir e crescer usando o poder de compra e venda para fazer a diferença no setor supermercadista. Também chamaram a atenção as novidades apresentadas por empresas como Microsoft, IBM, Motorola, Deloitte, Experian, Intel e NCR, gigantes das indústrias de tecnologia, dos setores de serviços e de grandes empresas de consultoria, que chegaram ao evento carregados de inovações para integrar meios de pagamento, logística, operações mobile com as lojas físicas, sistemas para rastrear o comportamento dos shoppers dentro e fora das lojas, e avaliar on-line a evolução e o desempenho dos estoques em loja (por exemplo, por meio de câmeras inteligentes que filmam e avisam o gerente da loja quando ocorre quebra de estoque), entre outros serviços. Em uma realização conjunta, a Abras – Associação Brasileira de Supermercados, a ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores e a GS1 levaram um grupo de visitantes para participar do evento. José do Egito Frota Lopes Filho, presidente recém-empossado da ABAD, esteve presente e aproveitou a viagem para realizar visitas técnicas a empresas varejistas do mercado internacional. “Graças a elas, conhecemos as tendências mundiais do varejo, que nos permitirão trazer informações preciosas para nos ajudar a desenhar estratégias com as quais poderemos enfrentar as mudanças que estão a caminho", afirmou o dirigente. Programação incluiu seminários, fóruns, apresentação de cases e exposição de produtos e tecnologias jan/fev 2013 30.01.13 14:53:52 template.indd 1 09/11/2012 20:49:04 e n t r e v i s t a José do Egito Frota Lopes Filho Parceria benéfica ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores busca integrar a indústria e o pequeno e médio varejo com vistas a melhorar a operação e o resultado para todos os elos da cadeia de abastecimento Por Cristiano Eloi N as lojas de um a quatro caixas, conhecidas como pequeno varejo, o setor atacadista distribuidor é responsável pelo abastecimento de 95% dos estabelecimentos. Nas de médio varejo, que trabalham com um número que vai de cinco a dezenove checkouts, o percentual de abastecimento é de 40%, de acordo com dados obtidos no Ranking ABAD Nielsen 2012. Um canal de vendas tão importante para as empresas de distribuição merece uma atenção especial por parte dos empresários que atuam no mercado e, em especial, da Associação que reúne essas empresas, em particular no que se refere ao pensamento sobre a capacidade de atuação e às maneiras de expansão que esse modelo pode ter no futuro. Para o biênio 2013-2014, no comando da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, que congrega mais de 2.500 atacadistas distribuidores, em um setor que alcançou uma receita de 164,5 bilhões de reais em 2011, está o empresário cearense José do Egito Frota Lopes Filho. Nesta entrevista, ele fala sobre a importância do varejo de vizinhança para a economia nacional, os planos que pretende concretizar durante o seu mandato e as ações que serão realizadas para manter a competitividade e a atuação das lojas do varejo de vizinhança espalhadas pelo País. José do Egito, presidente da ABAD, buscará aproximar ainda mais o setor atacadista distribuidor do pequeno e do médio varejo 16 www.revistaabastecimento.com.br entrevistamaior.indd 16 jan/fev 2013 30.01.13 14:52:02 FOTOS: RICARDO BAKKER jan/fev 2013 entrevistamaior.indd 17 www.revistaabastecimento.com.br 17 30.01.13 14:52:16 e n t r e v i s t a José do Egito Frota Lopes Filho Qual é a importância do pequeno e do médio varejo para o setor atacadista distribuidor? O varejo independente, ou varejo de vizinhança, constituído por lojas de pequeno e médio porte, são os principais clientes dos agentes de distribuição. São eles que integram a maioria dos mais de um milhão de pontos de venda espalhados pelos 5.565 municípios brasileiros, e por isso sua importância é estratégica para os agentes de distribuição. De que maneira serão estreitados os laços da distribuição com o pequeno e médio varejo? Pretendemos manter e incrementar os programas de capacitação do varejista independente, representados pelos treinamentos oferecidos em parceria com o Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e pelo conteúdo próprio que disponibilizamos em nossa mais recente e moderna ferramenta de capacitação, que é o Portal do Conhecimento ABAD. Também continuaremos, nos treinamentos destinados a promover a força de vendas do segmento, a reforçar o papel do vendedor como consultor do pequeno varejo, capaz de prestar um importante serviço ao varejista no ponto de venda. atual. Mais especificamente, procuraremos estreitar ainda mais nosso relacionamento com a indústria e com o varejo, nossos grandes aliados. A indústria e o agente de distribuição precisam trabalhar em perfeita sintonia, trocar ideias e criar soluções conjuntas para o canal indireto. Outro ponto a ser explorado em ações coletivas com a indústria e outras entidades é a questão tributária, uma área em que ainda temos de evoluir muitíssimo. E quais serão os principais destaques da sua gestão? (O que você enfocará com maior ênfase e por quê?) A ABAD, como entidade nacional dos agentes de distribuição, que representam mais de 50% da distribuição dos produtos industrializados, desempenha um importante papel social e econômico, que é o de levar os produtos dos grandes centros até os mais de 5 mil municípios brasileiros, atendendo assim a maior fatia da população, composta pelas classes C, D e E. Nossa responsabilidade é proporcional à importância do setor. Tem alguma outra ideia? Pensando em estreitar o contato com nossos clientes de pequeno porte, e por causa da grande penetração da revista, vejo claramente que ela seria um ótimo canal para realizarmos uma pesquisa com o varejista e obtermos informações importantes para o nosso planejamento. É claro que isso precisa ser bem elaborado, então não seria um empreendimento implantável de imediato. Mas é viável e é, perfeitamente, uma possibilidade futura. Quais são os planos que você estabeleceu para o seu mandato? A ABAD já é uma entidade estruturada e com diversos projetos e atividades de sucesso. Na nossa gestão, vamos manter o que já vem sendo muito bem feito e buscar aprimorar a atuação da entidade, implantando algumas ações necessárias diante das muitas mudanças políticas e econômicas que ocorrem no cenário entrevistamaior.indd 18 Para José do Egito, a competitividade pressiona mudanças na atuação das empresas 30.01.13 14:52:29 O que farão efetivamente? Vamos continuar a lutar por melhores processos comerciais e tributários, além de contribuir para a competitividade dos pequenos e médios empresários varejistas. Pretendemos manter e incrementar os programas de capacitação do varejista independente, representados pelos treinamentos oferecidos em parceria com o Sebrae e pelo conteúdo próprio que disponibilizamos em nossa mais recente e moderna ferramenta de capacitação, que é o Portal do Conhecimento ABAD. Como serão as ações destinadas a melhorar a competitividade dos pequenos e médios empresários varejistas? De que maneira se dá ou se dará essa capacitação? Os programas de capacitação e o conteúdo disponível no Portal do Conhecimento, sob a forma de textos, vídeos e videoaulas, são as ferramentas para uma mudança qualitativa de grande importância para o varejista. De que maneira o varejista pode ter acesso a essa capacitação? Como eu já disse, o acesso poderá ser realizado por meio dos programas de capacitação mantidos em parceria com o Sebrae, os quais incluem consultoria personalizada para os participantes, e do Portal do Conhecimento ABAD. Lembro que tudo isso é oferecido gratuitamente aos profissionais do varejo. Como você visualiza o futuro do varejo de vizinhança? Nas regiões mais desenvolvidas, novos modelos de abastecimento já constituem uma realidade. As alterações estão ocorrendo principalmente por causa da mudança de comportamento do consumidor e também por causa da presença, no País, de grandes empresas multinacionais, que já se integraram ao nosso mercado. Sendo assim, o pequeno e médio varejo independente está sendo pressionado a mudar, e isso nos afeta diretamente, mas de maneira positiva, pois esse movimento também provoca a evolução de nosso negócio. Por isso, estamos permanentemente atentos e nos adaptando a essa nova realidade. “O olhar atento do comerciante tem de se dirigir para outros aspectos, como o bom atendimento e as oportunidades de trabalhar nichos específicos, alinhados ao perfil dos consumidores locais. Tudo isso também é uma vantagem competitiva” Já que você tocou na questão da mudança, quais são, a seu ver, os fatores para os quais o pequeno e o médio varejista precisam estar atentos no mercado em que atuam a fim de se manterem competitivos? O que você acredita que o consumidor busca no varejo de vizinhança? O consumidor tem prezado muito a comodidade e a facilidade, até mesmo mais do que o preço. Se o preço não é um diferencial favorável, no caso do pequeno varejo, esse tipo de loja tem diferenciais importantes em relação às grandes redes, todos eles baseados na proximidade entre o varejista e o consumidor. A possibilidade de conhecer a clientela de perto, de saber seus hábitos e seus gostos, de ouvir suas sugestões, de verificar qual é sua capacidade para realizar mudanças com agilidade e de fazer uma rápida reposição de itens são fatores que agradam o consumidor e podem fidelizá-lo. jan/fev 2013 entrevistamaior.indd 19 www.revistaabastecimento.com.br 19 30.01.13 14:52:44 e n t r e v i s t a José do Egito Frota Lopes Filho O varejista precisa estar atento para quais aspectos? O olhar atento do comerciante tem de se dirigir para outros aspectos, como o bom atendimento e as oportunidades de trabalhar nichos específicos, alinhados ao perfil dos consumidores locais. Tudo isso é uma vantagem competitiva. Temos de despertar o varejista para fatores como a oferta de treinamento e o acesso à informação. Tudo isso está ao alcance do atacadista distribuidor. “Temos de despertar o varejista para fatores como a oferta de treinamento e o acesso à informação. Tudo isso está ao alcance do atacadista distribuidor” Quais são os principais desafios que os atacadistas distribuidores enfrentam? Um dos principais desafios com que nos defrontaremos em nossa gestão será o de harmonizar o novo modus operandi dos diversos modelos de atuação dos agentes de distribuição e seu formato de atendimento ao pequeno varejo e ao consumidor final. Devemos, junto com nosso maior aliado, que é a indústria, encontrar métodos eficientes de abastecimento com canais específicos e adequados para um País com as características do Brasil. Essa tarefa será facilitada pelo fato de termos, na nova diretoria, representantes de todos os modelos de atacado, que podem somar suas experiências e seu conhecimento para a realização do nosso objetivo. De que maneira você pensa em ajudar a resolvê-los? Para fazer frente aos desafios cada vez maiores que o mercado nos impõe, vamos intensificar as atividades já existentes e fortalecer as ações dos nossos comitês. O comitê Varejo Competitivo deverá ampliar e aprofundar seus programas de capacitação e encontrar maneiras novas e eficazes de levar conhecimento qualificado aos pequenos e médios varejistas de todo o País. A seu ver, qual deverá ser o papel do setor atacadista distribuidor dentro do mercado de consumo brasileiro? Distribuímos mais da metade do que a indústria produz e estamos presentes nos municípios mais distantes. Não importa se a atuação do agente de distribuição é nacional ou regional, nem qual é o seu modelo de atuação: Atacado de Entrega, Atacado de Autosserviço, Distribuidor, Broker, Distribuidor Especializado por Categoria, Distribuidor Especializado em Food Service (Diefs) ou outro, pois a fundamental vocação do setor é a integração das duas pontas da cadeia de abastecimento: Indústria e Pequeno Varejo. Somos o elo entre a indústria, que não consegue fazer sozinha a distribuição em todo o Brasil, e o pequeno e médio varejo, que não tem potencial de compra para se abastecer diretamente no fabricante. Qual é a importância dessa atuação? Prestamos um serviço essencial ao bom funcionamento da cadeia de abastecimento e cumprimos a missão de levar, além de produtos industrializados, desenvolvimento e qualidade de vida a todos os cantos do País, permitindo que as populações geograficamente mais isoladas tenham acesso a itens essenciais de alimentação, higiene pessoal, limpeza, artigos de bazar, bebidas e muitos outros. É uma nobre missão, que impulsiona o progresso em todas as regiões e movimenta a economia de norte a sul do Brasil. 20 www.revistaabastecimento.com.br entrevistamaior.indd 20 jan/fev 2013 30.01.13 14:52:55 automcao automacoa a u tt oo mma aç çã ão o Em tempo real Com a concorrência multicanal, dispor de informações precisas sobre a empresa é uma necessidade mais do que estratégica: é essencial para o negócio Por Adriana Bruno 22 www.revistaabastecimento.com.br automacao.indd 22 paulo pepe H á décadas, a automação comercial tornou-se uma realidade para empresas de todos os portes e segmentos. E, como não poderia deixar de ser, esse mercado não é estático. Novidades em software e em equipamentos que contribuem para facilitar ainda mais as operações comerciais diárias, conferindo-lhes ainda mais precisão e maior rapidez, são constantemente introduzidas no mercado pela indústria de tecnologia da informação. Por essa mesma razão, empresas que ainda não despertaram para essa necessidade estão perdendo tempo, competitividade no mercado, clientes e, consequentemente, dinheiro. O varejo está diante de uma mudança econômica crucial: a ascensão de uma grande massa de pessoas ao mercado de consumo. A afirmação é de Felipe Calixto, diretor-presidente da Sankhya. Ele também afirma que há muitas oportunidades a serem aproveitadas e desafios a serem vencidos nesse novo cenário, uma vez que esse novo consumidor é mais exigente e introduziu mudanças profundas no modo como faz suas compras. “Os supermercados precisam oferecer uma ampla variedade de produtos aos clientes, ao mesmo tempo em que têm de enfrentar uma concorrência cada jan/fev 2013 30.01.13 14:49:41 A tecnologia oferece ao varejista a possibilidade de acompanhar com exatidão e velocidade o que acontece na loja vez mais acirrada – e tudo isso vem somar-se a outros problemas já muito conhecidos, como o da complexidade tributária, o das obrigações fiscais cada vez maiores e o das dificuldades de contratação de mão de obra. Já não é possível gerir uma empresa de varejo sem o auxílio de recursos tecnológicos adequados às especificidades desse negócio”, comenta. Para ele, a tecnologia oferece ao varejista a possibilidade de acompanhar todos os eventos que acontecem na sua empresa com exatidão e velocidade, especialmente no que se refere às movimentações de compras, vendas e fluxo financeiro. “Com a ajuda da tecnologia, o empresário desse setor pode se antecipar aos problemas e administrar seu negócio com os olhos voltados para o futuro. Um sistema integrado de gestão do varejo fornece todo o conjunto de informações necessárias para a tomada de decisões rápidas e precisas, proporcionando ao empresário uma capacidade muito maior para administrar seus negócios”, diz. Flávia Costa, assessora de Soluções de Negócios da GS1 Brasil, lembra que a automação é a informatização de todas as operações internas da empresa, bem como a integração desses processos internos com fornecedores, bancos, serviços de proteção ao crédito e operadoras de cartão de crédito, entre outros tipos de atividade, e até mesmo com os consumidores. “O desenvolvimento da automação ocorre inicialmente com a implantação de equipamentos e a substituição dos procedimentos e rotinas manuais por procedimentos automáticos, até se chegar a ferramentas que possibilitam maior controle e melhor gestão do negócio, reduzindo erros e obtendo rentabilidade e jan/fev 2013 automacao.indd 23 www.revistaabastecimento.com.br 23 30.01.13 14:49:52 automcao a u to m a ç ã o competitividade. Como consequência, a automação comercial confere mais produtividade e confiabilidade aos processos das empresas comerciais e das indústrias, das distribuidoras e dos atacadistas, e das varejistas e prestadoras de serviços, propiciando-lhes claras vantagens competitivas. Em termos práticos, por meio da automação comercial, o varejista pode obter lucros adicionais, conquistar o cliente e aumentar as vendas”, explica. Ela também ressalta que investir em tecnologia é, ao mesmo tempo, uma questão estratégica e de sobrevivência. “Por um lado, esse investimento é estratégico porque a automação permite o acesso à informação que norteará as decisões desse empresário. Por outro, ele é importante para a sobrevivência, pois os processos manuais podem afetar a produtividade, a agilidade e os serviços ao cliente. Não é mais possível estar excluído digitalmente”, afirma. Adotar um sistema de gestão integrado é um dos passos para uma dinamização muito ampla das operações da empresa. Segundo Sílvio Sousa, diretor de Serviços da Consinco, na área comercial, os gestores podem ter mais informações para negociar e para comprar quantidades de produtos mais adequadas às necessidades. “A precificação é outro processo de importância-chave que um bom sistema de gestão ajuda a tornar mais eficiente e seguro. Na gestão financeira, um bom sistema ajuda a ‘amarrar’ toda a operação, evitando fraudes e falhas nos recebimentos e pagamentos, além de permitir uma administração melhor do fluxo de caixa. Nas áreas fiscal e contábil, um bom sistema permite fazer uma correta apuração dos impostos – evitando recolhimentos a maior, que geram prejuízos, ou a menor, que fazem com que a empresa fique sujeita a risco de autuação –, além de permitir a entrega das obrigações fiscais do SPED. Na logística, um bom sistema ajuda a fazer a gestão dos estoques e o abastecimento mais eficiente das lojas, evitando a ocorrência de rupturas, entre outras vantagens. Todos esses fatores contribuem para que a empresa se torne mais competitiva”, avalia Sousa. Processos gerenciais automatizados são importantes para a empresa porque geram conhecimento e, em tempos de concorrência entre pequenos, médios, redes, internet e outros canais de varejo, quem tem o conhecimento tem o poder. “Nas empresas atuais, os gestores são incessantemente confrontados com a necessidade de tomar decisões. Poder decidir com mais segurança, aumentando a assertividade, não é mais um luxo, mas uma necessidade”, comenta Sousa. Quando a automatização ainda estava dando seus primeiros passos, talvez se pudesse acreditar que sua aplicação em apenas uma ou outra área específica de uma empresa pudesse resolver seus problemas mais urgentes, mas hoje em dia, quando temos em vista, por exemplo, os sistemas de gestão, reconhecemos que, sem dúvida, a automatização veio para oferecer uma grande ajuda a todos os processos da empresa, e à empresa como um todo. Já “Poder decidir com mais segurança, aumentando a assertividade, não é mais um luxo, mas uma necessidade que o mercado nos impõe” Sílvio Sousa diretor de Serviços da Cosinco 24 www.revistaabastecimento.com.br automacao.indd 24 jan/fev 2013 30.01.13 14:50:00 “Por meio da automação comercial, o varejista pode obter lucros adicionais, conquistar o cliente e aumentar as vendas” Flávia Costa assessora da GS1 Brasil não há mais nenhuma dúvida de que todos os sistemas parciais, assim como todos os processos da empresa, devem ser integrados para que nenhuma área fique descoberta. Na prática, isso quer dizer que se eu tenho controle sobre compras, mas não sobre meu estoque, não vou conseguir gerir adequadamente a área, pois sempre haverá desencontro de informações sobre aquilo que eu tenho na empresa e aquilo que preciso comprar. O que é facilmente resolvido se a empresa contar com uma solução ERP, ou seja, com um sistema que integra todos os departamentos da empresa. “Em nossa experiência, observamos que quando a empresa atinge um determinado porte, ela passa a sentir mais a necessidade de poder contar com um ERP. Quanto maior for o negócio, maiores serão os riscos e as oportunidades e, por isso, maior será a necessidade de oferecer segurança aos processos e de poder compartilhar informações”, diz Sousa. Por isso, neste ano, a Consinco irá liberar uma série de ferramentas em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, além de recursos de business intelligence. Para os supermercados, a automação está voltada, basicamente, para vantagens operacionais, a saber, para processos automatizados que ajudam a diminuir as perdas, minimizam as rupturas de estoque, fazem sugestões automáticas de compras com base no giro dos produtos, reduzem as ocorrências de produtos vencidos nas gôndolas, auxiliam na precifica- Processos gerenciais automatizados são importantes para a empresa porque geram conhecimento ção e proporcionam maior rapidez de atendimento aos clientes, entre várias outras possibilidades de aperfeiçoamento das operações das lojas. “Um dos resultados mais comuns nas empresas varejistas que adotam sistemas de gestão é o aumento do valor do tíquete médio, ou seja, o aumento do valor médio que cada cliente paga quando vai ao supermercado. A partir do momento em que o gestor tem um conhecimento exato a respeito de como é o comportamento do consumidor em cada dia da semana, ou em cada período do mês, ou em cada época do ano, ele pode criar modalidades específicas de promoções, ajustar seu mix de produtos, modificar a disposição dos produtos na loja e treinar seus funcionários para fazer ofertas específicas aos vários tipos de clientes (mulheres que procuram cosméticos, crianças que compram guloseimas, vegetarianos que consomem hortifrútis, esportistas que buscam energéticos, e assim por diante) de maneira a buscar o aumento constante do tíquete médio. Em outras palavras, o sistema de gestão ajuda o varejista a oferecer o máximo de conveniência a cada cliente que entra em sua loja e, consequentemente, a obter o máximo de resultado que cada visita ao seu varejo pode proporcionar”, diz Felipe Calixto. Ele também informa que a Sankhya vem desenvolvendo uma série de novidades, entre elas as ferramentas de mobilidade, que permitem aos empresários acompanharem em tempo real, pelo seu celular, todos os indicadores jan/fev 2013 automacao.indd 25 www.revistaabastecimento.com.br 25 30.01.13 14:50:11 automcao a u to m a ç ã o de desempenho que têm importância para o seu negócio, como os resultados de vendas, o nível dos estoques, as entregas, e o fluxo financeiro. “Além disso, criamos o Lojista On-Line, um produto simples, prático e que requer baixo nível de investimento, para que o pequeno varejista coloque seu comércio na internet e disponha de todos os recursos para exposição, venda e recebimento financeiro pela web”, diz. A GS1 Brasil oferece o guia “Como Automatizar Sua Loja”, disponível para todo o mercado varejista. O guia oferece ao varejista a orientação de que ele precisa para iniciar e desenvolver um projeto de automação, ajudando-o também a identificar as melhores soluções em equipamentos (fer- “Já não é possível gerir uma empresa de varejo sem o auxílio de recursos tecnológicos adequados às especificidades desse negócio” Felipe Calixto diretor-presidente da Sankhya 26 www.revistaabastecimento.com.br automacao.indd 26 ramentas físicas e/ou software) ideais para o seu negócio. “Além do conhecimento das etapas de um projeto de automação, é importante definir os objetivos que se quer atingir ao automatizar o estabelecimento e quais serão os resultados esperados para, posteriormente, colher as informações relativas à evolução das atividades e aos processos automatizados, e quais serão os benefícios obtidos com a automação”, afirma Flávia Costa. De acordo com Fabrício Ucles, diretor de TI da Acácia Consultoria, a utilização da tecnologia para identificação de oportunidades de crescimento e pontos falhos na operação é fundamental para a sobrevivência das empresas em um mercado tão competitivo. Com a ajuda da tecnologia e a utilização do Spymarket é possível identificar essas situações com muita antecedência, possibilitando a tomada de ação de imediato. "O Spymarket é o passo à frente em relação à concorrência, obtendo informação diretamente do PDV, e, consequentemente, agindo antes da concorrência, os que tiverem mais informação tomarão as decisões com mais rapidez e o resultado será um fantástico aumento no giro e no abastecimento de seus produtos", diz. A empresa desenvolveu o Spymarket versão Android, uma solução para promotores de vendas que visa a alimentação automática de um banco de dados, servindo de base para a consulta de relatórios gerenciais, possibilitando identificação e resolução de problemas de imediato, e exploração de oportunidades no momento em que elas acontecem. "O produto foi desenvolvido especificamente para coletar informações do ponto de venda com funcionalidades focadas na identificação de oportunidades de crescimento e apontamento de falhas. Algumas dessas funcionalidades são: identificação de rupturas (falta de produtos no ponto de venda), comparação de preços de produtos da empresa e da concorrência, número de caixas abertas, percentual de share (espaço de gôndola), quantidade e tipo do ponto extra (conquistado ou pago), quantidade e tipo do material promocional de vendas, quantidade de produtos no estoque, identificação de ações da concorrência, fotos, GPS, relatórios gerenciais automáticos por e-mail (programados) e integração com a equipe de vendas", esclarece Ucles. jan/fev 2013 30.01.13 14:50:25 MARCAS PRÓPRIAS e suas tendências no varejo e o perfil dos shoppers Com o 18º Estudo de Marcas Próprias da Nielsen você fica sabendo... - que o contínuo crescimento no faturamento das Marcas Próprias é resultado da maturidade do setor que trabalhou nos últimos anos com competência, inovando nos produtos e serviços - que o estado de São Paulo ainda é quem detém a maior importância da Marca Própria, porém o Nordeste é quem mais se destaca em ganho de participação - que o crescimento expressivo das marcas regionais em determinadas categorias, como de feijão, aumentam sua importância sobre as marcas nacionais e a Marca Própria O 18ª Edição do Estudo Anual de Marcas Próprias da Nielsen traz importantes informações para seu negócio! Na edição de 2012, você terá acesso também a informações de: ̐ °£͉͋à ̐ °£Øï͎ ̐ ˭Ãˈ˨˨˨América ̐ ° ̐ °£͈͌ £ ̐ °£ ̐ Nielsen: parceiro de negócios ideal para fabricantes e varejistas [email protected] www.facebook.com.br/nielsenbrasil www.nielsen.com www.twitter.com/nielsenbr jan 2013 Desafio2s.indd 45 www.revistadistribuicao.com.br 45 14.01.13 16:50:03 napratica nn aa pp rr áá tt ii cc aa Diferencial de mercado Mercado Apanã, de São Paulo, que atua na comercialização de produtos orgânicos, prepara-se para se tornar uma distribuidora que oferece prestação de serviços especializados para o varejista Por Andréia Martins D esbravar o universo dos produtos orgânicos, naturais e integrais com uma proposta diferente das oferecidas no mercado atualmente. Esta é a missão a que se propõe o mercado Apanã, localizado no bairro de Perdizes, na capital paulista. Inicialmente, ele foi criado para servir de laboratório empenhado em testar, para o futuro distribuidor especializado nessa área, itens ainda pouco consumidos no Brasil. Para se ter uma ideia da importância dessa missão do Apanã, basta saber que apenas 0,6% do consumo nacional é orgânico, ao passo que na Alemanha, nos EUA e na Austrália essa porcentagem chega a 20%. Com a estratégia de promover as marcas e categorias oferecidas na loja, os idealizadores do Apanã investiram na criação de um restaurante, que funciona no horário do almoço, com pratos formulados justamente a partir de produtos vendidos no local. Foi tamanho o sucesso que resultou dessa iniciativa que, atualmente, é oferecida ao consumidor uma grande variedade de itens, entre eles frutas, legumes, verduras, enlatados e até mesmo produtos para limpeza e higiene pessoal. Inaugurado em maio de 2012, esse varejo de um único checkout, situado na zona oeste de São Paulo, tem mais de 3,5 mil produtos reunidos em um espaço de 700 m². “Tentamos fazer com que esses produtos sejam competitivos com os convencionais. Para isso, temos uma 28 www.revistaabastecimento.com.br napratica.indd 28 política de comércio justo, para testar e entender cada vez mais o consumidor”, conta Daniel Pascalicchio, sócio-proprietário do Apanã. A ideia da loja é levar o conceito, ainda pouco assimilado pelos clientes, do universo de produtos alternativos para outros estabelecimentos, graças à distribuidora que será montada ainda neste ano. Para isso, o empresário contou à ABASTECIMENTO que constantemente estuda o perfil dos consumidores que frequentam sua loja e o que eles procuram nas prateleiras do varejo orgânico. “No começo, achamos que tínhamos poucos produtos, mas atualmente temos mais de 3,5 mil itens. O comércio de orgânicos no Brasil ainda tem paradigmas a serem quebrados. Por isso, tentamos entender o que é importante para levar adiante esse conceito.” Assim como acontece no varejo tradicional, a seção de frutas, legumes e verduras é a mais procurada no estabelecimento. “É o carro-chefe do dia a dia, onde há um preço competitivo com, no máximo, 15% de diferença para os itens não orgânicos”, afirma Pascalicchio, que encontrou dificuldades no abastecimento de frutas, uma vez que há poucos produtores nessa área, mas acredita que, com a expansão e a divulgação, haverá uma maior competição nesse mercado. “Passamos por um primeiro estágio de acesso e chegamos ao estágio de qualidade”, diz. jan/fev 2013 30.01.13 14:46:32 Fotos: anderson souza Pascalicchio, sócioproprietário: Apanã significa mercado em sânscrito jan/fev 2013 napratica.indd 29 www.revistaabastecimento.com.br 29 30.01.13 14:46:45 napratica n a p r á t i c a Mercado foi inaugurado em maio do ano passado e já tem planos de expansão Entre os diversos produtos que preenchem as prateleiras da loja, os importados correspondem a 20% do total. A taxa de substituição no País caminha rapidamente e o empresário acredita que, dentro de três anos, haverá cerca de cinco mil itens nacionais cobrindo uma gama maior de categorias. “Atualmente, já existe diversidade. Antes, as indústrias abraçavam poucas categorias. Já oferecemos massas, biscoitos, temperos, sucos, vinhos, cervejas e até comida infantil. Mas os produtos de higiene pessoal, os cosméticos, as compotas e os molhos premium são importados.” Ao comparar o varejo de vizinhança com o atacarejo, híbrido de loja de atacado e varejo com foco no consumidor final, o empresário acredita que categorias com mais ingredientes, como as de massas, têm uma diferença de preço maior. “Em relação à grande maioria de pro- dutos, o valor difere em uma porcentagem em torno de 10%, o que é pouco em comparação com o preço médio de um atacado.” Para se tornar um diferencial no setor supermercadista, a loja procura trabalhar com itens especiais e inovadores, como a linha de produtos de limpeza desenvolvida pela Universidade Federal do Ceará. “Sem provocar agressão química na aplicação, os produtos dessa linha são mais baratos que os multiusos convencionais. Esse é um exemplo de quebra de paradigma do varejo em relação ao preço”, diz. Tendo como seus principais clientes os praticantes de esportes, o Apanã se defronta com o desafio de expandir o perfil de consumidores e democratizar o acesso a esse tipo de produto no País, uma vez que a grande virtude do orgânico consiste em levar saúde às pessoas. Pascalicchio explica que, mais do que comer Mercado Apanã • Localização: São Paulo/SP • Checkouts: Um • Funcionários: Sete • Perfil dos clientes: Classe B • Sortimento: 3,5 mil itens • Estacionamento: Não tem 30 www.revistaabastecimento.com.br napratica.indd 30 jan/fev 2013 30.01.13 14:47:04 “O nosso propósito é usar esse local como um grande laboratório para testes que possam nos levar a entender qual é o mix ideal” Daniel Pascalicchio sócio-proprietário do Apanã e seguir uma dieta balanceada, o produto natural está livre de veneno e esse modelo também pode ser encontrado em várias outras categorias, como a de produtos de limpeza e higiene. Para o empresário, “o grande desafio que tudo isso impõe é o de falar mais sobre o tema, entrar na grande mídia e criar uma boa consciência nas pessoas”. A ideia também inclui a expansão e a readequação do portfólio de produtos, assim como a melhoria da qualidade de atendimento ao cliente em todo o varejo nacional. “Estamos iniciando o negócio e queremos colaborar para a criação de uma cadeia, porque sozinho ninguém vai muito longe, afirma.” Adotando uma forma de baixo custo, inovadora e que promove o diálogo, o Apanã chega aos consumidores por meio da mídia social Facebook. Nela, perguntas e dúvidas são sanadas. Além disso, diariamente é desta- cada, comentada e evidenciada a importância para a saúde de produtos da loja. Esse tipo de trabalho estimula os usuários a entrarem em contato com o varejo e a conhecerem, sem sair de casa, as novidades do mercado. O restaurante é um capítulo à parte. Instalado na entrada do local, em 30 dias depois de sua inauguração, em julho passado, já havia conquistado grande importância para o Apanã. O projeto impulsionou um aumento significativo no número de clientes que visitam a loja diariamente, que passou de 30 para 150 consumidores em uma semana. Todos os dias as pessoas que frequentam o local degustam novos itens e conferem promoções especiais. No local, a clientela é recorrente; quem foi uma vez, frequenta sistematicamente o espaço, e aproveita o tempo do almoço para fazer suas compras. Atualmente, o mercado recebe 200 pessoas todos os dias e o volume duplica aos sábados, melhor dia de movimento para o setor. A deficiência do estabelecimento é a falta de um lugar para se estacionar. A fim de tornar as compras mais confortáveis para o consumidor, a loja criou um convênio com um estacionamento próximo. Esse fator influencia a dinâmica de compras dos clientes frequentes que abastecem seus carrinhos com produtos para consumo de dois dias e sempre procuram saber quando os itens chegarão, querendo os produtos frescos. A parceria com seus 230 fornecedores é fundamental para que o Apanã atenda seus clientes com qualidade Trabalho em conjunto A parceria com seus 230 fornecedores é fundamental para que o Apanã atenda seus clientes com qualidade. É por meio dela que dúvidas são prontamente sanadas e que a logística do produto dentro do mercado é bem feita, por exemplo, na seção de congelados e resfriados, com as categorias de hambúrgueres e queijos, que devem ser armazenadas em temperaturas e com embalagens corretas: o fornecedor passa as informações para o Apanã, que a depura para que ela seja passada corretamente ao consumidor. É por meio desse diálogo entre os elos que a distribuidora será formada. “A lógica de nosso propósito consiste em usar esse local como um grande laboratório para testes que possam nos levar a entender qual é o mix ideal, e comunicar essa informação ao pequeno varejo”, informa Pascalicchio. jan/fev 2013 napratica.indd 31 Sp Empo alim pa pequ www.revistaabastecimento.com.br 31 30.01.13 14:47:19 napratica n a p r á t i c a Acesse newtrade. com.br e saiba mais No projeto em desenvolvimento, a venda para as lojas de pequeno e médio varejo não será feita por um tirador de pedidos tradicional, mas sim, por um consultor que vai analisar e oferecer o melhor mix para a loja de acordo com o bairro e o público que frequenta o ponto de venda. “O objetivo é o de entender e ser uma empresa de inteligência de mercado agregando valor para que esse pequeno varejo não tenha de se debruçar sobre mais 200 fornecedores. Ele já tem problemas com grandes fornecedores, além do fato de o orgânico não ter grande volume no começo”, afirma. Para começar com uma seção de produtos orgânicos e naturais, o ponto de venda deverá organizar um espaço na gôndola para testar os itens e analisar quais são os mais procurados e mais bem aceitos pelo consumidor. Atualmen- te, esse tipo de item deixou de ser consumido apenas pelas classes A e B. “O cliente considerado das classes C e D está disposto a sacrificar uma parte do orçamento para se alimentar melhor”, conta Pascalicchio. Os sete funcionários que trabalham no local formam um time treinado para atender bem o consumidor e tirar todas as dúvidas que surgirem no ponto de venda. “Do caixa ao dono, a equipe da loja precisa saber o que vende e, consequentemente, explicar os benefícios e dar as informações sobre cada produto ali vendido.” Graças a esse trabalho, ele percebeu que, para se tornar um bom distribuidor, é preciso melhorar a eficiência e a qualidade do serviço, levando informações importantes para os produtores e a indústria a fim de que possam melhorar os prazos de entrega e a qualidade dos itens. Mudança de hábito Adepta da boa alimentação, Renata Neves frequenta o Apanã há três meses. A moradora da Vila Mariana percorre de carro 11 quilômetros para fazer as compras da semana. “Perto de casa há um mercado de produtos orgânicos, mas a qualidade aqui é superior.” No local, ela escolhe verduras, frutas, farinhas e bebidas. A dona de casa adaptou as refeições diárias e mudou o paladar dos filhos, que agora só consomem frutas e verduras orgânicas. Para ela, o preço desses alimentos não difere muito dos itens vendidos no varejo tradicional. “Pode ser 10% superior, mas vale a pena. Creio que, cada vez mais, o brasileiro vai melhorar sua alimentação e estou fazendo minha parte para que isso aconteça mais depressa”, afirma Renata. Renata Neves percorre 11 quilômetros para fazer as compras semanais 32 www.revistaabastecimento.com.br napratica.indd 32 jan/fev 2013 31.01.13 14:37:50 Template_Anúncio.indd 1 30/01/2013 17:38:21 VOLTAASAULAS V O L T A À S A U L A S O período escolar representa uma grande oportunidade para que o varejo aumente suas vendas e ofereça mais conveniência ao cliente fotolia Lápis e papel na gôndola Por Adriana Bruno 34 www.revistaabastecimento.com.br gerenciamento categoria.indd 34 jan/fev 2013 31.01.13 14:41:28 U 492 milhões de reais foi o quanto o mercado de itens para o Volta às Aulas cresceu em 2012 em relação a 2011 das empresas que atuam nessa categoria, pois é quando toda a cadeia expõe seus produtos e novidades, e quando vem demonstrando um crescimento exponencial”, comenta. De acordo com a pesquisa realizada pela Kantar, o produto lápis de cor tem grande importância para todas as classes sociais, sendo que a classe C2 representou 35,4% do volume da cesta do Volta às Aulas, também composta por itens como cola em bastão, tinta guache, giz de cera e canetinhas. Essa capacidade para atingir um grande número de clientes, que vão ao mesmo estabelecimento com uma frequência maior, tem despertado o interesse da indústria pelo supermercado como canal de vendas de papelaria e material escolar. Para Cristina Dittgen, gerente de Marketing da Credeal, a venda dos materiais nos supermercados atrai muito os consumidores que procuram preços melhores e mais acessíveis. “O canal é fundamental para atender aos diversos perfis de clientes e promover a marca em todas as regiões do País”, comenta. FOTOS: DIVULGAÇÃO m levantamento realizado pela Kantar WorldPanel em janeiro de 2012 indicou que, em comparação com janeiro de 2011, o mercado de itens para o Volta às Aulas havia crescido 17,2% em valor, faturando mais de 492 milhões de reais. A penetração dos produtos nos lares brasileiros também cresceu, passando de 50,9 lares em janeiro de 2011 para 53,9 em janeiro de 2012. Nesse cenário, a papelaria ainda é o principal canal de compras e os supermercados representam uma fatia bem pequena, menos de 1%, mas há espaço para crescer, e oferecer itens de material escolar é uma oportunidade para mostrar aos clientes que a loja pode atendê-los inclusive em compras de última hora ou mesmo para que eles as complementem com itens que foram esquecidos na lista. Estimativas feitas pela própria indústria apontam para o fato de que durante o período de Volta às Aulas, em janeiro, o movimento de consumidores em busca de material escolar nas redes varejistas e papelarias praticamente duplica. Para Carlos Zuccolo, diretor de Marketing da Faber-Castell, a cada novo ano os varejos de vizinhança têm ampliado sua linha de papelaria e adquirido importância como local de compra de produtos da lista escolar, além de serem pontos de venda para consumidores que procuram comodidade e conveniência. Na opinião de Andréa Medeiros, gerente de Marketing da Summit, que detém a marca Tris de lápis e canetas, o canal alimentar é estratégico por receber as famílias todos os dias. “Além disso, a linha de instrumentos relacionados à escrita está presente no dia a dia das pessoas, mais intensamente no Volta às Aulas. Canetas, canetinhas, colas, tesouras, réguas e outros itens são muito bem percebidos nesse canal de vendas”, diz. O alto tráfego de clientes nos supermercados aumenta a visibilidade de produtos e marcas de papelaria. Para Thaís Negretti, gerente de Produtos de Papelaria da BIC Brasil, o canal alimentar é uma vitrine para os produtos da categoria. “O canal vem crescendo a cada ano, e cada vez ganha mais importância. A indústria e o varejo estão percebendo a importância e o crescimento do setor de autosserviços nessa área, que já começa a representar uma boa parcela nas vendas dos produtos. Destacamos que o período Volta às Aulas é o grande momento O varejo é fundamental para atender aos diversos perfis de clientes e promover a marca em todas as regiões do País Cristina Dittgen, gerente de Marketing da Credeal jan/fev 2013 gerenciamento categoria.indd 35 www.revistaabastecimento.com.br 35 30.01.13 14:44:09 VOLTAASAULAS V O L T A À S A U L A S Até mesmo por uma questão de espaço, os supermercados não conseguem trabalhar com um sortimento amplo de material escolar e papelaria, mas isso pode ser resolvido com a ajuda de algumas estratégias. Para Carlos Zuccolo, independentemente do número de produtos ou lançamentos, é importante explorar todos os diferenciais no ponto de venda. Para ele, durante a sazonalidade, o varejista deve destinar as áreas nobres da sua loja a esses produtos e, como o canal também se destaca pela compra por impulso, expor os produtos da categoria em locais visíveis incentiva a compra fora do Volta às Aulas. Trabalhar a comunicação também é fundamental. “Produzimos vários materiais para divulgar e aumentar a visibilidade das nossas linhas de produtos nesta época do ano, procurando explorar ao máximo o ponto de venda, desde papelarias até o autosserviço, com displays de chão, dispensers, portais, stopper e wobbler, entre outros dispositivos. No caso da FaberCastell, marcamos presença com materiais de comunicação nos pontos de venda, atividades especiais e pontos extras em algumas lojas. Além disso, a empresa também investe muito em orientação e treinamento de balconistas, promotores e demonstradores, além de investir em comunicação junto ao consumidor final, procurando gerar nesse consumidor o anseio de buscar nossos produtos no ponto de venda”, orienta. Além disso, Zuccolo relata que o consumidor está cada vez mais preocupado com a qualidade e a durabilidade dos produtos que adquire e, além disso, também está buscando produtos ecologicamente corretos e que tenham sua funcionalidade aliada ao design. “Podemos dizer que há uma vigorosa tendência de consumo de produtos de maior valor agregado e cuja produção não agrida o meio ambiente. Para o período de Volta às Aulas 2013, acreditamos que, como tem ocorrido nos últimos anos, o resultado será muito positivo”, diz. Como o sortimento não é vantagem do supermercado quando o assunto é papelaria, a chave está em trabalhar a exposição dos produtos. De acordo com Cristina Dittgen, 30% da verba reservada pelo marketing da Credeal destina-se aos pontos de venda. “A empresa acredita que um dos grandes diferenciais é o impacto visual do produto. Sem dúvida, esse 36 www.revistaabastecimento.com.br gerenciamento categoria.indd 36 A cada novo ano, os varejos de vizinhança têm ampliado sua linha de papelaria e adquirido importância como local de compra de produtos da lista escolar Carlos Zuccolo, diretor de Marketing da Faber-Castell Dez dicas para se vender mais • Oferecer um mix de produtos que atenda às necessidades do consumidor. • Realizar promoções para aumentar as vendas dos produtos voltados para todas as faixas etárias. • Montar uma boa exposição, que deve passar a imagem de um amplo sortimento. • Criar espaços específicos para a exposição dos produtos do Volta às Aulas, bem sinalizados e organizados, de maneira a ajudar os pais a localizar facilmente os produtos de que seus filhos precisam. • Utilizar materiais promocionais e de PDV desenvolvidos pelos fornecedores também é muito importante para ajudar os consumidores na escolha dos produtos solicitados nas listas de material escolar. • Valorizar o atendimento ao cliente, pois o relacionamento dele com o varejista é fundamental para que esse conquiste a confiança do consumidor e o fidelize ao local. • Conhecer o produto, ou seja, entender bem sobre o que é oferecido mostra credibilidade e proporciona segurança ao cliente. • Acompanhar as mudanças do mercado, pois isso permite abrir os horizontes e atrair clientes em potencial. • Aproveitar as tecnologias e a conectividade para promover a marca e expandir os negócios. • Saber lidar com as respostas negativas e com as dúvidas do cliente, pois isso demonstra interesse e atenção a cada demonstração de necessidade. Fonte: empresas jan/fev 2013 30.01.13 15:01:43 é o ‘toque de Midas’ para que o varejo atinja resultados ainda melhores do que no ano passado no quesito vendas”, comenta. A exposição desses produtos na loja deve ser totalmente diferenciada, afirma Thaís Negretti. Ela diz que esse é o principal momento do ano para a categoria e, por isso, a loja deve maximizar a atenção do consumidor para os produtos. “A loja pode trabalhar com displays-ilhas, ambientando a loja e não se esquecendo de chamar a atenção para as promoções. A BIC, empresa que investe muito em promoções, neste ano está com a campanha “O que Você quer Ser Quando Crescer?”, na qual o prêmio é uma viagem para o exterior. Esse tipo de ação ajuda, e muito, as vendas, mas também deve ser amplamente divulgado na loja para que o consumidor tenha consciência e ganhe desejo de participar”, conta. Segundo Thaís, ao expor produtos de escrita, o varejista precisa focar os itens de maior giro, como lápis de cor de 12 e 24 cores, canetinhas hidrocor e lápis preto, mas também deve se preocupar com as inovações, diferenciações e lançamentos, que são os itens que mais geram compras por impulso. Quando o assunto são cadernos, as capas decoradas com personagens da TV e imagens de desenhos animados, de filmes e de histó- A linha de instrumentos relacionados à escrita está presente no dia a dia das pessoas, e mais intensamente no Volta às Aulas Andréa Medeiros gerente de Marketing da Summit Indicamos ao varejista como usar os materiais de PDV que a empresa disponibiliza para que o consumidor veja com facilidade os produtos e defina a compra Marici Foroni diretora de Marketing da Foroni rias favoritas, entre outros temas, são a preferência da garotada e a dica de Marici Foroni, diretora de Marketing da Foroni, é agrupar os produtos licenciados. “No período Volta às Aulas, os produtos devem ser de fácil acesso visual, e uma boa opção para o varejista consiste em manter reunidos os itens da mesma licença. Dessa maneira, quem procura pela Barbie poderá encontrar todos os materiais da Barbie reunidos, de cadernos a agendas. Além disso, indicamos ao varejista como usar os materiais de PDV que a empresa disponibiliza, para que o consumidor veja com facilidade os produtos e defina a compra”, orienta. Além de expor bem os produtos, o ponto de venda deve tomar cuidado com a ruptura, ou seja, com a falta de produtos na gôndola. Além disso, explorar áreas como a do checkout com o propósito de divulgar ofertas é uma boa estratégia para tornar a categoria mais conhecida e até mesmo estimular a compra por impulso. “Para evitar faltas, o varejista precisa repor os produtos nas gôndolas e prateleiras, além de comprar um mix expressivo de cada linha para atrair os consumidores e mesclar produtos-tendências com os clássicos, que sempre são procurados”, finaliza Andréa Medeiros. jan/fev 2013 gerenciamento categoria.indd 37 www.revistaabastecimento.com.br 37 30.01.13 14:44:35 capa c a p a 27 dicas valiosas Atacadistas distribuidores de todo o Brasil sugerem o que acham que é preciso fazer para melhorar o varejo de vizinhança e torná-lo mais rentável neste ano Por Jamille Menezes 38 www.revistaabastecimento.com.br MAT CAPA 37.indd 38 jan/fev 2013 30.01.13 15:18:07 Aumento de mix O varejista precisa aumentar o mix, sempre focado nas tendências do mercado, para chegar mais perto das lojas maiores. Porém, ele deve fazer isso não com vários produtos da mesma categoria, mas com novas categorias, novos produtos. Com base nesse princípio, as vendas irão aumentar porque haverá mais ofertas e mais opções para o cliente. 1 José Hipólito – Distribuidora Asa Branca (AL) Valor agregado Trazer produtos de valor agregado e melhorar a exposição. Como o pequeno e médio varejista tem pouco espaço na loja, às vezes ele acaba poluindo demais o estabelecimento ao colocar muitos itens na exposição. Com isso, não consegue dar foco em alguns produtos e investe muito do seu capital em produtos de baixo giro. Ele precisa fazer um mix otimizado, de acordo com o espaço e com o giro do produto. 2 Silvino Medeiros – Do Norte Distribuidora (AM) fotos: arquivo EBC O início do ano é uma boa época para rever conceitos e estratégias e, se for o caso, realizar as mudanças de direcionamento e colocar em prática as ações que podem fazer com que o negócio fique mais competitivo na região, mais atraente para o consumidor e mais rentável para o varejista. Muitas vezes, a opinião de quem está fora do estabelecimento, mas também conhece o mercado, pode ser valiosa para ajudar a melhorar a operação no dia a dia e fazer com que o pequeno e médio varejista se mantenha atuante. Pensando nisso, a revista ABASTECIMENTO conversou com 27 atacadistas, um de cada um dos 26 Estados do Brasil e do Distrito Federal, e preparou uma coletânea de dicas que os empresários sugerem que os varejistas adotem em seus negócios neste ano, e que irá ajudá-los a melhorar as vendas e a tornar suas lojas mais atraentes, organizadas e rentáveis. Confira. 3 Aumento do tíquete médio É preciso colocar valor agregado na mercadoria para melhorar sua qualidade de venda. O consumidor, mesmo o da periferia, está buscando mais qualidade. É claro que todo mundo precisa ter preço competitivo, mas buscar só o produto mais barato não é inteligente. É preciso quebrar a mística segundo a qual, na periferia, só se vende produto de valor agregado baixo e procurar saber a qualidade que o consumidor está buscando. Lauro Moreira – Petimassa Distribuidora (BA) Melhoria de gestão O varejista precisa estar profissionalizado em sua gestão, acompanhando as legislações estaduais e federais, além de profissionalizar seus funcionários. Assim, ele poderá prestar o melhor atendimento ao consumidor final. 4 Luiz Deliberato Filho – LDF Comércio e Representação (AC) jan/fev 2013 MAT CAPA 37.indd 39 Loja deve ter seções e itens com maior valor agregado www.revistaabastecimento.com.br 39 30.01.13 15:18:18 capa c a p a Excesso de créditos É preciso ter cuidado com o excesso de créditos. Hoje existe uma facilidade maior de se absorver créditos, tanto bancários como de cartão, e a grande preocupação é a de saber se o varejista sabe administrar essa dívida. Estamos vendo alguns casos de excesso de crédito que o mercado absorveu, mas o varejista não consegue administrar isso direito e acaba criando problemas. 7 Alexandre Medeiros Sleiman – DAG (CE) Anivaldo Venâncio: retorno garantido 5 Valor percebido Muitos empresários já perceberam que investir em treinamentos e qualificação de seus próprios colaboradores traz, a curto e médio prazo, um excelente retorno tanto para o faturamento como para a satisfação de seus clientes. O consumidor de hoje não compra apenas um produto ou serviço, ele compra atendimento, satisfação, comodidade, relacionamento e exclusividade, e também compra prazer. Valor percebido: esta é a frase da vez! 8 Calendário de Atividades Deve-se fazer um calendário de atividades da loja para o ano todo, contemplando as sazonalidades do Brasil e da sua região. Com isso, é preciso estabelecer o fluxo de atividades preparatórias que serão necessárias: compras, marketing na loja e exposição. José Costa – JC Distribuição (GO) Anivaldo Venâncio – Megafort (ES) Questão tributária O varejista precisa dar o devido valor à questão da legislação tributária e às mudanças que estão ocorrendo no País. Principalmente no Amapá, por causa da rigidez do governo, muitos pequenos varejistas ainda trabalham na informalidade. É preciso trabalhar de maneira correta, pagando os impostos e vendo de que forma isso vai afetar os custos e o preço, fazendo a composição de preço correta. 6 Michael Góes – CDN Central de Distribuição Norte (AP) 40 www.revistaabastecimento.com.br MAT CAPA 37.indd 40 José Costa: planejamento de sazonalidades jan/fev 2013 30.01.13 15:18:32 Controle Financeiro O varejista precisa fazer com que o controle financeiro fique mais voltado para o fluxo de caixa. Os varejistas têm, principalmente, atraso em duplicata, muitas vezes pela falta de um controle do fluxo de caixa. Ou seja, ele precisa controlar os recebíveis e os pagamentos. Muitos varejistas deixam de pagar as duplicatas por esquecimento mesmo, e isso acaba acarretando juros e eles mesmos são prejudicados. 9 Eduardo Domitsu – Rio Piranhas (MA) Evitar Ruptura Arrumar as coisas que se encontram à mão, como a ruptura de produtos de alto giro. Ao corrigir isso, o varejista já estará vendendo mais. Além disso, ele precisa lembrar que o maior ativo são as pessoas, ou seja, os funcionários, os fornecedores e os clientes. 10 Luiz Humberto Pereira Atacado Bate Forte (MS) Questões tributárias É preciso ficar atento às mudanças no que se refere às questões tributárias. Os processos fiscais afetam diretamente o resultado final das operações, principalmente considerando um segmento com margem líquida baixa, como é caso do varejo alimentar. Converse com um bom contador e verifique o seu regime tributário adequado: Simples, Presumido ou Real. 11 Sérgio José Gomes Fortaleza Distribuidora (MT) Leonardo Severini: visual potencializado 13 Investir na gôndola Ter o hábito de fazer o acompanhamento do mix e da ponta de gôndola. E, se ele puder, deverá acompanhar diariamente o que tem no estoque para efeito de abastecimento da loja. Muitas vezes, o varejista deixa de vender porque acha que não tem e quando vai ver no depósito, ele tem. Na gôndola, quanto mais ele potencializar a visualização desses produtos, mais vai conseguir obter um aumento das vendas. Leonardo Severini – Vila Nova (MG) Aumento de produtividade A palavra, neste ano, é produtividade. Fazer mais com o mesmo ou até com menos. Essa é a saída que existe, considerando-se todos os encargos e custos do varejo. Para isso, o varejista precisa realizar treinamentos com a equipe para melhorar a produtividade. Isso inclui o layout da loja, a organização, a limpeza, o atendimento, etc. Capacitação É preciso promover a capacitação dos funcionários. Há, inclusive, programas do Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas que são muito bons, dirigidos a determinados tipos de lojas de bairro. Um treinamento específico melhora em muito o layout de loja, melhora o mix, melhora tudo. Falta muito a capacitação para o varejo melhorar seu atendimento. José Wanderley Marques Melo – Dismelo (PA) Zezé Veríssimo – Nordece (PB) 12 14 jan/fev 2013 MAT CAPA 37.indd 41 www.revistaabastecimento.com.br 41 30.01.13 15:18:43 capa c a p a Melhoria de processos Buscar continuamente a melhoria dos processos, dos controles e da prevenção de perdas, contando-se com o envolvimento de toda a equipe em campanhas motivacionais e treinamentos. Estamos fazendo isso na nossa empresa e tem dado resultados. 15 Hélio Castor Maciel: ferramentas de capacitação Sérgio Luz – Base Atacadista (DF) 16 Aumento de renda É preciso aproveitar o fato de que está havendo muitas mudanças de classe social e expor melhor produtos que tenham maior valor agregado. Os produtos especializados vendem muito hoje em dia e muitos varejistas ainda não os colocaram na prateleira no espaço que eles merecem. Houve essa grande mudança do consumo e é necessário que se dedique mais espaço a esse tipo de produto. Douglas Cintra – Multi Distribuidora (PE) 17 Varejo Competitivo O varejista que quiser desenvolver bem o seu negócio deveria participar do projeto varejo competitivo, criado pela ABAD. Lá tem tudo o que ele precisa saber para se adaptar às mudanças impostas pelo mercado, com todas as ferramentas que vão ajudá-lo a melhorar o desempenho do seu negócio. Hélio Castor Maciel Cosme & Damião Comércio (RJ) Excelência no atendimento Novidades em produtos e mix ideal são imprescindíveis para o bom layout da loja, além de transformarem o ponto de venda em um processo incentivador do consumo. No entanto, além disso, a excelência no atendimento ao cliente faz toda a diferença. O bom relacionamento com o consumidor é, e sempre será, o diferencial de uma empresa. A satisfação do cliente é garantia de sucesso nas vendas e de aumento contínuo do número de novos clientes. 18 Douglas Cintra: exposição especializada 42 www.revistaabastecimento.com.br MAT CAPA 37.indd 42 Rogério Mancini – Distribuidora Coimbra (RO) jan/fev 2013 30.01.13 15:18:55 Foco no negócio Focar no negócio em que se atua e nos clientes potenciais, motivar os colaboradores para que sejam detalhistas e organizados, e encontrar soluções para o cliente. Além disso, nunca ficar ocupado demais com o trabalho, o que acaba inibindo o lado da criação. Essa criação por parte de cada chefe, gerente, líder ou colaborador pode ser o diferencial que é capaz de trazer boas novas ideias para dentro do estabelecimento. 19 Alcir Vidau Oldenburg – Oesa (SC) 20 José Luís Turmina: produtos direcionados Gestão controlada Os varejistas devem investir na gestão da empresa de maneira mais controlada. Isso significa comprar somente o necessário, monitorar o giro desses produtos e acompanhar de perto o seu negócio, com foco na gestão em geral. Maryanne Pacheco Distribuidora Enayram (PI) Maryanne Pacheco: ações de monitoramento 21 Mix adequado O varejista precisa escolher o mix de valor agregado adequado ao seu cliente. Trabalhar com um mix muito grande da mesma categoria é inadequado, uma vez que o consumidor não quer ter cinco marcas de um produto de baixo preço, pois nesse caso ele está comprando preço e não marca. Ele também precisa ter uma marca premium e uma média. José Luís Turmina – Oniz Distribuidora (RS) Ser bom gestor Os varejistas fazem muitos investimentos na loja, mas não investem muito neles próprios como gestores. Com isso, ocorre muito desperdício pelo fato de eles não fazerem uma boa gestão. Por exemplo, em vez de buscar investimento com custo baixo no longo prazo em um banco, eles tiram todo o capital de giro, investem em infraestrutura e depois não têm mais dinheiro, e então quebram. 22 Dorian Bezerra – Riograndense Distribuidora (RN) jan/fev 2013 MAT CAPA 37.indd 43 www.revistaabastecimento.com.br 43 30.01.13 15:19:10 capa c a p a Foco no cliente Receber bem o cliente, pois preço e promoção todo mundo faz. Mas ter alguém que recepcione, conheça o cliente, examine as prateleiras para ver se falta alguma coisa e verifique se o cliente está sendo bem atendido é o diferencial. 25 Luiz Antônio Lopes – Distribuidora Imperatins (TO) investir no Negócio É preciso melhorar a questão organizacional, começando pelo setor financeiro. O empresário, muitas vezes, pega dinheiro do banco e, em vez de investir no próprio negócio, compra chácara, carro novo e não investe esse dinheiro, e também fica sem capital de giro. Vemos muitos varejos quebrarem por causa disso. 26 Paulo Pennacchi: sem ruptura 23 Aproveitar os sazonais Aproveitar as oportunidades que se abrem para os produtos sazonais. Examinar os cálculos e os custos desses produtos para fazer o melhor preço. O varejista precisa ver o que ele pode diminuir no preço de venda do produto, sem deixar que haja ruptura. Às vezes, ele fica tentando comprar o mais baixo possível e acaba deixando que os produtos faltem. Antônio Selenieudo Vieira Parima Distribuidora (RR) Juliano César Faria Souto: melhor rentabilidade Paulo Pennacchi – Pennacchi e Cia. (PR) Quatro passos Ter o produto, expô-lo bem, atrair o cliente e retê-lo. Esses são os quatro passos básicos que todo varejista deve seguir para melhorar o seu negócio. Primeiramente, tentar diminuir a ruptura para que os produtos não faltem. Segundo, melhorar a exposição, seja com iluminação, pintando o departamento ou com placas de sinalização mostrando o preço. O terceiro é atrair o cliente para dentro da loja, com promoções, anúncios ou tabloides. E, finalmente, atender bem o cliente para retê-lo e fazer com que ele se torne assíduo. 24 27 Sistemas de gerenciamento Implantar, aperfeiçoar ou utilizar sistemas de gerenciamento de estoque e compras, pois assim o varejista pode gerir seu maior ativo (o estoque). Além disso, é preciso melhorar a rentabilidade, observando não apenas o faturamento, mas também a margem de lucro. Juliano Faria Souto – Fasouto (SE) Jefferson Fernandes – Roldão (SP) 44 www.revistaabastecimento.com.br MAT CAPA 37.indd 44 jan/fev 2013 30.01.13 15:19:23 Template_Anúncio.indd 1 01/02/2013 22:58:38 estrategia e s t r a t é g i a 46 www.revistaabastecimento.com.br padaria.indd 46 divulgação A brir uma padaria no supermercado é uma ótima estratégia para atrair novos clientes e aumentar o faturamento da loja. Afinal, ao fazer isso, o varejista está agregando valor ao seu negócio e evitando que os clientes busquem na concorrência os produtos que ele não oferece. Além disso, mesmo aqueles clientes que não estão em busca de pães e bolos se sentirão atraídos se a apresentação do produto for realmente boa – contribuirá para essa apresentação o atrativo do aroma vindo da padaria –, e acabarão por adquirir produtos cuja compra não haviam planejado. E para aqueles que, de fato, estão à procura de pães, a praticidade de comprar tudo em um só lugar faz com que esse varejo seja o escolhido entre os demais. De acordo com dados fornecidos pela Abip – Associação Brasileira das Indústrias de Panificação, o brasileiro consome, em média, 33,5 quilos de pães por habitante por ano. A panificação está entre os maiores segmentos industriais do País. Segundo dados obtidos pelo Propan (Programa de Desenvolvimento da Alimentação, Confeitaria e Panificação), há cerca de 63 mil panificadoras em todo o País, as quais receberam, em 2011, cerca de 43,23 milhões de clientes. Com isso, o faturamento do setor chegou a, aproximadamente, 62,99 bilhões de reais, descontando-se a inflação. São Paulo é o Estado que concentra o maior número de padarias no País, 12.764, seguido pelo Rio de Janeiro, com 7.400, pelo Rio Grande do Sul, com 6.058, e por Minas Gerais, com 5.455. O Estado com o menor número de empresas de panificação é Roraima, que tem apenas 91 padarias. Nesse mercado, um levantamento realizado pelo Sebrae Nacional – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Nacional, em 2009, revelou que 7% da produção de itens de panificação corresponde apenas às padarias em supermercados. O negócio representa 12% das vendas totais, em média, dos supermercados, comprovando que esse é um bom investimento. Uma das vantagens de abrir uma padaria em um supermercado é a geração de um tráfego mais intenso de pessoas no estabelecimento. “As pessoas não costumam ir todos os dias ao supermercado para comprar café, ou sabão em pó, mas se o mercadinho tiver pão, elas irão lá todos os dias. O varejista precisa aproveitar a Quem quer pão? jan/fev 2013 30.01.13 14:42:13 A vantagem da comercialização, pela padaria, de produtos de fabricação própria proporciona uma margem de lucro muito maior Oferecer pão quentinho, bolos, biscoitos e vários outros itens de padaria pode ser um negócio muito lucrativo tanto para lojas do pequeno varejo como para supermercados Por Jamille Menezes jan/fev 2013 padaria.indd 47 www.revistaabastecimento.com.br 47 30.01.13 14:42:25 estrategia e s t r a t é g i a oportunidade de um produto que uma margem de lucro muito maior. gera e/ou intensifica o tráfego em “O empresário que produz o pão sua loja e capitalizar em cima disfrancês, o pão doce, o pão italiano so. Aí então vem todo o restante, ou o ciabata em sua loja obtém para das vendas todo um trabalho em cima dos essa categoria uma lucratividade totais, em conceitos de varejo, que ele aplica muito maior do que a oferecida pelo média, dos em seu negócio”, diz Rodrigo Papão industrializado, pois uma boa supermercados lermo, consultor do Sebrae. parte da margem de lucro fica com o correspondem Depois de atrair o cliente, o fabricante”, acrescenta Palermo. a itens de varejista pode colocar outros proPor exemplo, a margem de lucro do panificação dutos de maior valor agregado, pão francês é muito boa, mas o precomo leite, manteiga ou achocoço do produto é baixo demais como latado, perto dos produtos que geram tráfico produto individual. “O pão traz lucro para a na padaria, e fazer promoções. “O supermerca- loja, mas o empresário ganha muito mais com do precisa apanhar alguns grupos de produtos a fabricação de bolos e biscoitos, pois o valor e torná-los baratos aos olhos do consumidor. que o cliente paga pelo produto é maior. Por Com um mix completo, ele descobrirá qual é o exemplo, se o cliente levar um saquinho com ponto de equilíbrio do negócio, pois a compra quatro pães, ele pagará oitenta centavos, mas geral de todos os itens do mix irá compensar se levar um bolo, pagará seis ou sete reais”, exa abertura de lucratividade em um só produ- plica Palermo. to. A composição geral do mercado compensa Outro ponto a ser levado em consideração como um todo”, explica Palermo. é que para se produzir em grande quantidade Outra vantagem da comercialização, pela e vender em grande quantidade, é preciso ter padaria, de produtos de fabricação própria uma mão de obra especializada, no caso um está no fato de que esses itens proporcionam padeiro, além de toda uma estrutura de descanso, de fornos, de estoque da matéria-prima, e tudo isso tem um alto custo. “Há toda uma estratégia em cima do mix de produtos que ele também vai agregar junto a esse negócio, pois só o pão francês não lhe dará sustentabilidade. O consumidor vai ao supermercado em busca do pão francês, mas acaba comprando outras coisas”, diz Palermo. Por outro lado, ele recomenda que o varejista, antes de instalar uma padaria na loja, faça os cálculos para saber se o negócio é viável. “Ele precisa saber qual o espaço de que dispõe, qual sua capacidade de produção e de venda, e qual seu custo de produção e de pessoal para realmente ver se compensa. É por isso que o empreendimento requer um planejamento cuidadoso”, afirma. O pão traz lucro para a loja, mas o empresário ganha muito mais com a fabricação de bolos e biscoitos, pois o valor que o cliente paga pelo produto é maior Rodrigo Palermo consultor do Sebrae 48 www.revistaabastecimento.com.br padaria.indd 48 divulgação 12% jan/fev 2013 30.01.13 14:42:39 fique por dentro f i q u e p o r d e n t r o Flávio Costa, consultor empresarial Como melhorar sua loja Varejista precisa planejar e conhecer bem as áreas do ponto de venda Q uando o varejista está predisposto a melhor performance e maior valor agregado. abrir uma loja, ele precisa ter em mente Os comerciantes que conseguirem se adequar que o planejamento é essencial. Desde tanto às tendências mais constantes, por serem a natureza do local (bairro, atividades comer- inerentes aos hábitos, como aos gostos e paiciais, tipos de clientela das vizinhanças, etc.) até xões do momento acabam atraindo com mais as características do layout do espaço que será eficiência o consumidor final. De acordo com o giro de cada subfamília na utilizado pelo estabelecimento. O varejista também precisa saber para onde o gôndola, as indústrias estão sentindo que as cacliente se dirigirá, por quais seções ele transitará tegorias atendem um publico-alvo dentro das e, na medida do possível, quais são suas prefe- suas subfamílias. Um absorvente ou fralda com rências de compra. É fundamental que ele faça vários elementos suplementares que melhoram esse estudo levando igualmente em considera- sua performance consegue atender uma faixa ção outras características comerciais existentes mais ampla de consumidores finais graças às na região, a saber, o número de outros pontos suas condições funcionais incrementadas. Precisamos estar atentos, de abastecimento impois, muitas vezes, os portantes, como perA indústria e os distribuidores fumarias, pet shops, disponibilizam profissionais de giros desses produtos se alternam periodicapadarias e feiras. merchandising que os ajudam mente. A construção do Atualmente, o canal a melhorar a disposição das alimentar vem divergôndolas em vista da obtenção layout dentro dos PDVs precisa estar vinculasificando suas caracde um melhor resultado da às nuanças externas terísticas. A seção de existentes na região pahortifrútis muitas vezes oferece frutas, verduras e legumes de alto padrão ra podermos tomar melhores decisões referende qualidade e é comum o consumidor iniciar tes aos produtos que serão expostos e blocados o seu trajeto por essa seção. O açougue agrega dentro das categorias. A indústria e os distribuidores disponibiliao PDV custos especiais, além de oferecer, por exemplo, apetrechos usados em churrasco. Por zam profissionais de merchandising que os ajusua vez, a seção da padaria, muitas vezes, expõe dam a melhorar a disposição das gôndolas em em posições de destaque discos de pizza, belos vista da obtenção de um melhor resultado. Essa confeitos e salgadinhos, tudo com o propósito prática é chamada de gerenciamento por categode atrair o consumidor para que ele permaneça rias, serviço que, muitas vezes, vem acoplado a mais tempo no PDV e, consequentemente, faça interesses dessas indústrias e distribuidores. O ideal é filtrarmos esse serviço para que temais compras. O aumento do poder aquisitivo pelo con- nhamos um melhor resultado e gôndolas monsumidor faz com ele migre para produtos de tadas de maneira mais satisfatória. jan/fev 2013 fique por dentroNOVO.indd 49 . Mande sua pergunta para o consultor pelo e-mail: redacao@ ebceditora.com.br www.revistaabastecimento.com.br 49 30.01.13 15:28:34 GERENCIAMENTOPOROCATEGORIAS GERENCIAMENTOPORCATEGORIAS dreamstime G E R EE NN CC II AA MM EE NN TT OO PP OOR R C CA AT TE EG GO OR RI AI AS S Doce investimento Expor melhor os produtos da bombonière e ampliar esse setor são iniciativas que podem aumentar o faturamento do pequeno varejo Por Jamille Menezes 50 www.revistaabastecimento.com.br gerenciamento categoria.indd 50 jan/fev 2013 30.01.13 15:02:29 1,3 milhão de toneladas de doces foi o quanto o mercado brasileiro consumiu em 2012 O mercado de doces no Brasil está em alta. No ano passado, com um consumo de 1,3 milhão de toneladas, o Brasil ultrapassou a Inglaterra e ficou em terceiro lugar no consumo mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos e para a Alemanha, segundo dados fornecidos pela Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados. Para o varejo independente, a categoria oferece uma grande oportunidade de aumentar a rentabilidade das lojas e atrair mais clientes, alterando a exposição e a maneira de apresentação desses produtos. As vendas de chocolates e balas variam de acordo com o estabelecimento comercial. “Enquanto 80% das vendas de chocolates são realizadas no supermercado, com as balas ocorre o contrário. Elas vendem uma fatia de 80% no varejo independente e de 20% no supermercado. Normalmente, não são vendidas em compras planejadas. Também é o tipo do produto caça-níqueis, pois com apenas 20 ou 30 centavos se compra uma bala”, diz Getúlio Ursulino Netto, presidente da Abicab. Em 2011, a Associação fez uma pesquisa qualitativa para verificar em que ocasiões as balas são mais consumidas. O resultado mostrou que o consumo é cotidiano, e não ocasional, e que é comum a sua presença em bolsos ou bolsas. As principais ocasiões de consumo ainda ocorrem na escola. Por isso, o público abrange crianças, adolescentes e jovens adultos. No entanto, isso não significa que os adultos também não se entreguem ao seu consumo; pelo contrário, esse público compra mais por impulso e, por isso, o pequeno varejo tem uma oportunidade para aumentar suas vendas se fizer uma exposição adequada. jan/fev 2013 gerenciamento categoria.indd 51 www.revistaabastecimento.com.br 51 30.01.13 14:38:50 GERENCIAMENTOPOROCATEGORIAS G E R E N C I A M E N T O P O R C A T E G O R I A S “Para o ponto de venda, as balas e doces representam um lucro muito satisfatório. Pois, embora as vendas sejam picadas, a margem e o lucro são muito bons. O comerciante pode até mesmo duplicar o preço do produto, uma vez que o custo unitário de aquisição é pequeno, e mesmo assim o consumidor paga”, explica Ursulino. No entanto, ele alerta para o fato de que a exposição dos produtos ainda não é feita como deveria. “O Brasil precisa ampliar a área de exposição dos produtos e também o sortimento, pois as balas têm muitos sabores. Mas precisam estar em exposição para que o consumidor possa escolher”, enfatiza. Nesse ponto, o próprio atacadista distribuidor e a indústria podem ajudar o varejo com um bom trabalho de base. “Tanto os distribuidores como os varejistas teriam de olhar para o setor de bombonière com outros olhos. Ao deixar de fazer isso, o atacadista não vende tudo aquilo que poderia vender, e o varejista deixa de lucrar com um produto de alta rotação”, afirma. Em relação ao sortimento, a produção nacional de balas e doces está cada vez mais diversificada e o consumidor, cada vez mais, 80% das vendas de chocolates são realizadas nos supermercados busca novidades. “Os brasileiros são consumidores ávidos de novidades e de produtos de qualidade. A ascensão das classes sociais, assim como a facilidade de acesso a outras culturas, fizeram com que os brasileiros se tornassem ainda mais exigentes em seu anseio por consumir novos produtos. É por esse motivo que a marca Fini procura sempre liderar o seu segmento, realizando pesquisas constantes para surpreender o consumidor com uma jornada recheada de lançamentos”, diz Andréa Vasconcelos, gerente de Marketing da empresa. O mercado de candies procura oferecer produtos mais saudáveis, e também a mistura de aromas. “Além disso, devemos abusar da tecnologia para o desenvolvimento de diversas texturas e formatos das balas de gelatina, chicles e marshmallows. Há também uma grande preocupação em criar embalagens atraentes e práticas que traduzam a experiência do produto. Afinal, a visão é o primeiro sentido a ser estimulado”, explica. Como a categoria está totalmente caracterizada como compra por impulso, a exposição do produto em locais estratégicos e a comunicação visual compõem a palavra-chave para o O público adulto compra mais por impulso e, por isso, o pequeno varejo tem uma oportunidade para aumentar suas vendas se fizer uma exposição adequada. Andréa Vasconcelos, gerente de Marketing da Fini 52 www.revistaabastecimento.com.br gerenciamento categoria.indd 52 DIVULGAÇÃO Devemos abusar da tecnologia para o desenvolvimento de diversas texturas e formatos das balas de gelatina, chicles e marshmallows jan/fev 2013 30.01.13 15:02:43 dicas Saiba como trabalhar o ponto de venda corretamente O ponto de venda, às vezes, é um tanto bagunçado. É preciso expor melhor as balas, trazê-las para perto do caixa. Normalmente, não se vê no pequeno varejo grandes volumes. É preciso colocar mais sabores à pronta disposição do consumidor e trabalhar um pouco mais a exposição. A participação da indústria pode e deve ser requisitada para trabalhar o ponto de venda. sxc É preciso dar uma importância maior à bombonière, que pode ser uma área muito lucrativa. Aumente o setor de bombonière. sucesso do negócio. Colocar displays e fazer a exposição de produtos no caixa e em estandes, além de associar o consumo desses itens junto a outras categorias, pode significar um grande aumento no volume de vendas. “A compra self service também deixa o consumidor à vontade e em contato com uma grande diferenciação de itens, o que facilita a compra”, ensina Andréa. A mesma visão é compartilhada por Jean Carlos Paiva, gerente-nacional de Marketing da Dori Alimentos, que detalha: “Doces são produtos de compra por impulso. Consideramos imprescindível que o produto seja bem exposto nas gôndolas, juntamente com o material promocional, e em pontos extras, mas o local mais importante de exposição são os checkouts, pois, por ser produto de impulso, é exatamente nessa hora que conquistamos o consumidor no ponto de venda. Outro aspecto importante são as visitas periódicas de promotores com os propósitos de repor e conquistar novos pontos adicionais. Essas ações garantem que o consumidor sempre encontrará nossos produtos”, diz. O mercado segue a tendência dos produtos de maior valor agregado e que tenham uma comunicação visual atrativa e inteligente. Para as indústrias, isso significa investir em produtos com ingredientes mais qualificados, embalagens sustentáveis e estratégias de comunicação de marca, cujos principais objetivos são: agregar valor e fazer com que o consumidor consiga identificar facilmente o produto na gôndola. “O consumidor está cada vez mais exigente, mais atento à qualidade e mais atarefado, inclusive pelo fato de a economia do País ter mudado, ou seja, há mais dinheiro no mercado, em grande parte graças ao crescimento da classe C, que hoje constitui a maior parte da população brasileira. Por isso, a empresa tem por foco apresentar linhas modernas, amplas e variadas, com produtos práticos que ofereçam mais conveniência aos consumidores, alta qualidade, preços justos e maior valor agregado”, afirma Paiva. E, para melhorar o gerenciamento por categorias, é preciso entender o comportamento de compra do consumidor, saber quais os produtos mais vendidos e que têm maior rentabilidade, e estar sempre atento às variações que ocorrem em cada localidade. Diante dessas informações, é possível estabelecer um gerenciamento por categorias de alta performance e aplicá-la a cada canal de vendas. jan/fev 2013 gerenciamento categoria.indd 53 www.revistaabastecimento.com.br 53 30.01.13 14:39:17 oportunidades o p o r t u n i d a d e ss De olho na Páscoa anderson souza Para que o período proporcione boas vendas, é preciso que o varejista se prepare com uma loja bem abastecida e bem decorada Por Jamille Menezes P lanejar com antecedência as ações no ponto de venda faz toda a diferença se o que o varejista quer é aumentar a rentabilidade da sua loja. Por outro lado, na Páscoa, quando determinadas categorias de produtos têm suas vendas naturalmente alavancadas, essa iniciativa pode permitir ao supermercado tornar-se ponto de referência para os consumidores que procuram esses produtos. Para isso, em primeiro lugar, o varejista deve ter em sua base de dados históricos informações sobre o desempenho dessas categorias nas vendas da data referentes a anos anteriores. Essas informações o ajudarão no planejamento das compras, nas negociações com fornecedores e indicadores, na projeção de vendas para o período, nas perspectivas de vendas, no dimensionamento de estoque de produtos, na escolha dos locais de armazenagem, na montagem de parreiras e na exposição dos produtos. “Um calendário com as principais datas desse planejamento deve estar em poder do gerente da loja, do comprador, do proprietário da loja e dos responsáveis pelos setores envol- 54 www.revistaabastecimento.com.br pascoa maior.indd 54 vidos no evento. E, antes de fazer as compras dos itens necessários, o varejista precisa voltar a atenção para os volumes dos produtos que comercializou na data do ano anterior, para os principais itens vendidos em volume e preço, para o crescimento dos produtos, para os itens com sobras e para os produtos com problemas de devolução aos fornecedores”, explica Francisco Sousa, consultor de varejo. O planejamento antecipado é uma das estratégias adotadas pelo mercadinho paraibano SuperBox Brasil, em João Pessoa/PB. Seu proprietário, Cleyson Luiz de Souza Batista, sempre decora a loja e se abastece com os produtos mais procurados, e realiza promoções com vários tipos de peixes. “Fazemos um planejamento do que será executado cerca de 30 dias antes. Os clientes já sabem que, naquele período, encontrarão peixe, vinho, leite de coco, caixas de bombons e ovos de Páscoa. Fazendo isso, melhoramos em muito o faturamento. Quanto às promoções, geralmente as fazemos 15 dias antes. Mas, com 30 dias, já preparamos a loja com a decoração”, conta. jan/fev 2013 30.01.13 15:06:40 divulgação “O varejista precisa voltar a atenção para os volumes dos produtos que comercializou na Páscoa do ano anterior Francisco Souza consultor de Varejo Grandes parceiros do varejo nesse período, a indústria e o atacadista distribuidor podem contribuir muito para o aumento das vendas, tanto ajudando na decoração e no material de exposição como na formação de preços mais baixos. “Procurar parcerias tem hoje um papel determinante para promover o aumento das vendas de algumas categorias de produtos. Além disso, o fornecedor ganha com o aumento do volume de compras, disponibiliza mais horas por promotor na loja, executa ações no ponto de venda, e pode praticar preços menores em virtude do aumento de volumes e da frequência das compras para o período”, ensina Sousa. Essa estratégia já é adotada por Batista em sua loja, tanto na decoração como para a oferta de preços mais baixos e também de promoções. “As indústrias já têm o material de merchandising, que ajuda muito, além dos promotores de venda. E, para as promoções, em alguns itens o fornecedor cede um pouco na margem e a gente também, e assim ganhamos em volume”, revela Batista. jan/fev 2013 pascoa maior.indd 55 O varejista deve estar atento para o armazenamento do produto, por exemplo, mantendo a temperatura entre 18oC e 22oC e a umidade relativa do ar em, no máximo, 70% www.revistaabastecimento.com.br 55 30.01.13 15:06:58 oportunidades o p o r t u n i d a d e s divulgação “A parceria não é só uma palavra da moda, pois tenho visto algumas parcerias em lojas de pequeno e médio porte e que apresentam excelentes resultados, tanto em crescimento do volume de vendas como em faturamento e na sua intensa atuação em merchandising. Principalmente no evento Páscoa, pela dimensão desse evento e pela sua sazonalidade, o varejo deve buscar parcerias para aumentar suas vendas e realizar sua exposição dos produtos e o aumento do volume de produtos expostos”, afirma Sousa. Há produtos que não podem faltar no mercado na época da Páscoa. Entre os principais, estão os pescados. Nesse caso, as compras devem ser antecipadas, uma vez que os grandes distribuidores têm contratos de comercialização com as grandes redes, dificultando ainda mais a compra desse tipo de produtos pelas pequenas lojas. Para ajudar o varejista, as principais indústrias dão algumas dicas para formação de mix e exposição. “Nas gôndolas não podem faltar o atum só- Cleyson Luiz de Souza Batista, do SuperBox Brasil, em João Pessoa/PB, sempre decora a loja, se abastece e realiza promoções na época da Páscoa Inovações de chocolate 56 www.revistaabastecimento.com.br pascoa maior.indd 56 bombom. Apostando igualmente nas boas vendas, a Lacta, marca de chocolates da Mondelez, produziu 28 milhões de unidades. Mariana Perota, gerente de Marketing de Páscoa da companhia, explica que a época corresponde a dois meses do negócio regular de chocolates em receita e mais de três meses em lucratividade. A empresa segue a tendência de usar itens de chocolate como objetos para serem presenteados e lança o Diamante Negro em formato de diamante com embalagem anderson souza Os pontos de venda de todo o Brasil já estão preparados para receber, logo após o Carnaval, as novidades que a indústria de chocolates preparou para a Páscoa deste ano. Após o sucesso do ovo recheado para ser comido de colher, lançado em 2012, as fabricantes investem em formatos e embalagens diferenciados, com a proposta de transformar o doce em um item para ser oferecido como presente. “Esse segmento cresceu muito, tornando-se uma tendência. A Páscoa é uma data em que as pessoas ganham presentes e os produtos têm formatos diferenciados. Ao todo, pretendemos vender 15 milhões de ovos neste ano e crescer em torno de 5% em comparação com 2012”, afirma Ricardo Bassani, gerente de Marketing de Chocolates da Nestlé, que produziu duas variantes da marca Alpino, uma para se comer de colher e que tem casca de chocolate e recheio cremoso de Alpino, e um ovo no formato original do Formatos e embalagens diferenciados têm como proposta transformar o doce em um item para ser oferecido como presente jan/fev 2013 30.01.13 15:07:13 lido (em óleo e natural), o atum ralado (em óleo e natural), o atum em pedaços (em óleo e natural), as sardinhas (em óleo e tomate), as saladas de atum e os patês de atum”, diz Luís Manglano, gerente de Marketing Corporativo da Gomes da Costa Alimentos. Para ele, outra boa oportunidade para se obter o aumento das vendas consiste em também expor esses produtos nas seções de torradas, vegetais e legumes, arroz, macarrão e maionese. “Também é aconselhável instalar pontos extras por meio do uso de racks, pontas de gôndola e ilhas decoradas. Nesse período, as ações mais comuns são os packs promocionais virtuais e os on-packs, por exemplo, 'leve quatro e pague três' ou 'compre e ganhe prêmios' e encartes de preços”, explica. A Páscoa é a principal época do ano para se incentivar as vendas da categoria de chocolates. Por isso, indústrias como a Nestlé investem na comunicação no ponto de venda com promotores que ajudam os consumidores, além de oferecerem todo o material promocio- nal. “Entre os principais pontos, é importante que os varejistas tenham displays para chamar a atenção dos consumidores para os ovos de Páscoa, e também para realizar ações diferenciadas, como degustação com promotores de cada empresa a fim de aproximar o produto do cliente”, diz a indústria. Além disso, o varejista deve estar atento para o armazenamento. As condições ideais básicas são: manter a temperatura entre 18oC e 22oC e a umidade relativa do ar em, no máximo, 70%, nunca expor os ovos perto de produtos ou materiais que exalam cheiros fortes, como carne, peixe, queijos, e não expor alimentos como esses perto de materiais de limpeza e de higiene. “Além de serem expostos nas gôndolas, os produtos de linha também podem ocupar espaços extras por toda a loja, nos corredores principais e também no checkout, para melhor chamar a atenção dos consumidores. Os itens que se costuma dar de presente devem ser expostos nos locais de maior circulação das lojas, onde os consumidores possam vê-los com facilidade, especial. Por sua vez, a Arcor do Brasil tem a expectativa de obter um crescimento de 30% nas vendas e, para isso, apresenta 29 novos produtos, com destaque para o ovo de chocolate Procurando Nemo, que propõe ao varejista uma disposição diferenciada no ponto de venda. “Duplicamos os investimentos com marcas licenciadas, cerca de 30% a mais em comparação com o ano anterior, com promotores e pontos de venda, ao trazermos essa proposta inovadora”, diz Ciro Mariani, gerente de Marketing da companhia. O carrochefe da empresa é a marca Tortuguita, direcionada para o público infantil e que tem como meta levar a marca à segunda posição em participação de mercado na campanha deste ano. A empresa Chocolates Garoto, patrocinadora oficial da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014, lança produtos que resgatam a cultura do País por meio do futebol. Entre esses lançamentos estão duas edições que, segundo a empresa, prometem agradar aos admiradores do esporte mais popular do Brasil, o Garoto Seleção Brasileira e o Talento Coco e Castanha-doPará, que é produzido com ingredientes típicos da culinária nacional. “A grande novidade da marca é o patrocínio da seleção brasileira. Vamos levar o chocolate brasileiro para o mundo e começamos desde já a trabalhar com o tema, desenvolvendo o chocolate da Copa do Mundo já nesta Páscoa”, afirma André Barros, diretor de Marketing da companhia. jan/fev 2013 pascoa maior.indd 57 www.revistaabastecimento.com.br 57 30.01.13 15:07:25 oportunidades ricardo bakker anderson souza o p o r t u n i d a d e s Para acompanhar as refeições na Páscoa, não pode faltar um bom vinho Acesse newtrade. com.br e confira a cobertura Especial Páscoa 2013 como na entrada do estabelecimento, nas proximidades dos checkouts e debaixo da parreira de ovos de Páscoa, nas lojas que trabalharem com esse tipo de exposição no período”, diz Victoria Gabrielli, gerente de Marketing da Hershey’s. As colombas pascais são complementares dos ovos de Páscoa. Por isso, também não devem faltar no pequeno varejo, diz Vivian Andrade, gerente de Produtos da Bauducco, especialmente os sabores tradicionais de Gotas de Chocolate e Frutas Cristalizadas. “Como as colombas não têm uma gôndola natural, uma vez que o foco no período são os ovos de Páscoa, o pequeno varejo pode dar mais espaço para a construção de ilhas ou de terminais concentrados nas colombas, logo na entrada da loja”, informa Vivian. Criar pontos extras de exposição, tanto em gôndolas como em ilhas de exposição, é uma estratégia importante para alavancar as vendas de categorias que podem ser relacionadas com alimentos típicos da Páscoa, como o azeite. “Uma iniciativa importante é fazer cross merchandising de produtos comercializados nessa época, como expor o azeite junto com o bacalhau nas áreas das massas, e também no setor de frutas, verduras e legumes, pois, muitas vezes, o consumidor não se lembra do azeite, mas, se estiver nas proximidades dos demais 58 www.revistaabastecimento.com.br pascoa maior.indd 58 produtos, isso fará com que ele perceba a relação entre o azeite e o produto que está levando; por isso, ele também acaba comprando esse produto”, ensina Nuno Miranda, gestor de Mercado da Sovena, produtora do Azeite Andorinha para a América Latina. A degustação, oferecida de preferência com o bacalhau, é uma ação que também dá bons resultados. “Além de se dirigir ao consumidor que não está acostumado a unir o produto com os demais pratos da época, é uma maneira de lhe oferecer a oportunidade de experimentar algo que pode ser novo para ele, fazendo com que perceba melhor o sabor do azeite”, diz Nuno. Outro tipo de promoção consiste na redução do preço, que também atrai muito o consumidor, que acaba relacionando uma grande marca a um preço que lhe agrada. E, para acompanhar as refeições na Páscoa, não pode faltar um bom vinho. A dica dada por Carina Cooper, sommelier da Vinícola Salton, é o Salton Gamay. “É um vinho tinto leve, fresco e frutado, que se harmoniza perfeitamente com pratos elaborados com peixes, e também com carnes vermelhas. Para pratos com bacalhau, a melhor escolha de uva é a chardonnay. A Vinícola Salton oferece o Virtude, o Volpi Chardonnay e o Classic Chardonnay”, ensina. jan/fev 2013 31.01.13 14:34:50 template.indd 1 25/07/2012 18:45:52 ANALISE divulgação A N Á L I S E Jonathan Dagues* O promotor no ponto de venda é necessário ou fundamental? O ponto de venda físico talvez seja, atual- a reposição é apenas uma das suas atividades, mente, o lugar para onde as indústrias e não é a principal. Quando um promotor de determinada marvoltam especialmente sua atenção, mesmo com o avanço das vendas on-line. Elas ca de cerveja não vai ao ponto de venda, as gôno fazem não porque tenham em vista fantás- dolas podem ficar sem o produto. Se houver ticas ações promocionais ou de trade marke- giro rápido, o cliente, por sua vez, irá, em muiting, mas porque reconhecem a importância tos casos, substituir sua intenção de compra por de uma discussão sobre quem é o responsá- uma segunda marca, de mais fácil acesso. Além vel pela atividade do promotor/repositor. O disso, o promotor também tem a responsabipromotor é aquele que mantém as gôndolas lidade de aplicar materiais de merchandising abastecidas, organiza espaços novos e criativos no ponto de venda e a difícil missão de fazer nas lojas, aborda e explica aos clientes os di- com que seu produto exiba a maior visibilidade ferenciais dos produtos das indústrias que ele possível e seja o mais irresistível de toda a loja. representa e zela para que o produto não falte Para obter isso, ele aplica uma série de técnicas no PDV. Essa discussão está ganhando corpo de merchandising. Quem não se lembra de ter porque a súmula 331 (Tribunal Superior do visitado uma loja e visto uma exposição muito criativa de um proTrabalho) diz que duto? E, o que é mais a atividade fim não O promotor é a ferramenta mais importante, quantas pode ser terceirizada importante, pois é ele quem irá no Brasil, e como o completar todos os investimentos vezes estivemos visitando uma loja e enunciado não é claro em marketing e trade para decidimos adquirir em definir atividade conquistar o grande senhor de determinado produfim e atividade meio, to porque sentimos ele gera uma série de qualquer mercado: o consumidor que o promotor tiinterpretações diferentes. O centro nervoso dos debates sobre nha todo o conhecimento técnico necessário o tema está concentrado em Belo Horizonte, e o contato que tivemos com ele tornou nossa mas promete, em curto prazo, estender-se por compra mais confiável e segura? Percebemos então que, sob essa perspectodo o Brasil. Ao falarmos sobre terceirização, trazemos tiva, a diferenciação dos produtos no ponto à memória a imagem das agências, e estamos de venda compete às indústrias fornecedocorretos em pensar dessa maneira. Contudo, ras dos produtos e não ao varejo, pois as innesse caso específico, também se incluem as dústrias querem vender seu próprio produindústrias (fornecedoras dos produtos). De to frente à concorrência. Mas o objetivo do acordo com a interpretação do Ministério do varejo é vender para o consumidor final os Trabalho, os promotores que atuam no ponto produtos indistintamente. Por outro lado, de venda devem ser empregados do ponto de a indústria deseja tornar a compra de seu venda, ou seja, nas lojas, e não mais em agên- produto irresistível para o consumidor final. cias e/ou indústrias fornecedoras das lojas. Segundo a economia, a livre concorrência e Caso isso aconteça, esses profissionais ten- os princípios de marketing vendem e vencem dem a se transformar em simples repositores. no ponto de venda os produtos que têm meE classificar esse time de promotores como lhor qualidade, os vendedores que oferecem simples repositores merece uma reflexão, pois melhor atendimento ao consumidor e as lo- 60 www.revistaabastecimento.com.br artigo.indd 60 jan/fev 2013 30.01.13 15:10:19 jas que vendem com os preços mais justos. Nesse caso, o promotor é a ferramenta mais importante, pois é ele que irá completar todos os investimentos em marketing e trade para conquistar o grande senhor de qualquer mercado: o consumidor. Colocar os produtos de todas as empresas para o varejo/loja administrar levará a preocupação individual de uma indústria para uma preocupação mais macro do varejo, sem atingir um nível de desempenho tão específico e detalhado. Continuo acreditando que todo investimento feito no PDV, desde que seja focado no consumidor e gere uma experiência agradável de compra, resultante de um atendimento personalizado, realizado por um profissional altamente treinado, capacitado e, principalmente, que leve o consumidor a en- contrar facilmente o produto na gôndola ou na área de vendas, é o grande interesse de qualquer indústria. Partindo do princípio de que onde há grande concorrência e competição as indústrias estarão cada vez mais preocupadas em atuar melhor, em oferecer menor preço e atendimento excelente, buscando se diferenciar no PDV, a figura do promotor é mais que necessária, é fundamental, pois é a base para qualquer trabalho no PDV. *Jonathan Dagues é CEO do Work Able Group, diretor do Comitê de Trade Marketing da Ampro – Associação de Marketing Promocional e coordenador de Promoção e Merchandising do Sindeprestem – Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo set/out 2012 artigo.indd 61 www.revistaabastecimento.com.br 61 30.01.13 15:10:57 negocios n e g ó c i o s Notícias da cadeia de abastecimento Regional Concorrência acirrada Pequenos e médios supermercados de Minas Gerais investirão aproximadamente 270 milhões de reais no interior do Estado neste ano. Os recursos serão aplicados na abertura de 39 lojas modernas e com qualidade de estoque semelhante à dos grandes concorrentes do setor. O Supermercado Coelho Diniz prepara a abertura de lojas em Ipatinga e Coronel Fabriciano, locais distantes mais de 100 quilômetros da matriz. Com a experiência acumulada no comando de cinco lojas em Valadares e uma em Caratinga, o número de empregados da rede supermercadista deverá subir de 1.500 para 2.300. Investimento Marca própria A nova campanha do Walmart convida os consumidores para fazerem um teste cego na seção de roupas do supermercado. Trata-se de um investimento na marca própria da companhia, que tem um portfólio de produtos com aproximadamente dois mil itens e mais de 40 categorias. “Todos os itens das marcas próprias Walmart foram preferidos pelos consumidores. A campanha, que começou em dezembro, vai perdurar ao longo de todo o primeiro semestre de 2013”, enfatiza Alexandre Primo, diretor de Marketing desse setor. No último ano, o volume de vendas dos itens registrou um incremento superior a 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. divulgação 500 Alimentação Preço elevado Nos últimos 12 meses, a alimentação fora do lar, que inclui almoço, jantar, lanche e café da manhã, teve alta de 9,51%, enquanto o aumento do custo de vida medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,84%, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em dez anos, o preço da comida em bares, restaurantes e lanchonetes mais que duplicou. O estrago no orçamento atinge a classe trabalhadora, principalmente nas grandes cidades, onde se almoça mais fora de casa. A consultoria GfK indica que 51% da população come fora de casa e 16% dos brasileiros almoçam em restaurantes durante a semana. 62 www.revistaabastecimento.com.br Negocios.indd 62 mil reais foi o valor investido pelo Grupo Muffato na instalação de quatro autocaixas em uma unidade localizada no Paraná. Os caixas automatizados exigem que cada produto passe pela leitora de código de barras do equipamento. Depois, tudo deverá ser colocado em uma sacola que está sobre uma balança que checa se o peso da mercadoria confere com o que foi lido pela máquina. A ideia começou a ser colocada em prática há dois anos e o objetivo é levar a novidade a outros pontos de venda em 2013. A Abras – Associação Brasileira de Supermercados diz que não há outro varejista com autocaixas no País jan/fev 2013 30.01.13 14:36:39 15 Farma Fase concluída A varejista de farmácias Brazil Pharma, cujo maior acionista é o banco BTG Pactual, pode conseguir encerrar neste ano o processo de integração das redes adquiridas desde 2010. A conexão da área operacional deverá levar aproximadamente mais um ano, diz André Sá, presidente da empresa. Pelos cálculos do comando, ao finalizar esse processo, o período para consolidar os negócios em uma só estrutura poderá chegar a cerca de dois anos e meio. A integração de negócios nas diversas áreas do varejo, após a sequência de aquisições no setor, tem levado de dois a três anos, em média, de acordo com o nível de complexidade desse processo. Importados Diferencial na gôndola Neste ano, a rede de supermercados Zona Sul, com 33 lojas no Rio de Janeiro, ampliará o mix de produtos importados, que atualmente representam 13% do negócio. O feito, afirma Petrangelo Leta, diretor-comercial da rede, gera maior competitividade e aumenta a oferta de produtos semelhantes no mercado. O grupo acaba de investir 70 mil reais na implantação da primeira gôndola virtual gourmet, o que já resultou em mais de 6 mil downloads do aplicativo para smartphones Zona Sul Atende (serviço on-line de compras) em menos de um mês. divulgação Retomada Planos para o ano A última inauguração de unidades da Telhanorte ocorreu há quatro anos. A varejista especializada em material para construção, com 38 lojas, planeja abrir três lojas neste ano. A rede também se prepara para a entrada no mercado do Nordeste, possivelmente por meio da aquisição de um negócio local. "É o jeito mais rápido. Acreditamos que em 2013 já teremos feito algum anúncio por lá. Com certeza, posso dizer que isso acontecerá até 2014", afirma Manuel Corrêa, diretor-geral da companhia. milhões de reais serão investidos em uma nova central de produção do Habib’s. Localizado estrategicamente no Rio de Janeiro, o local será inaugurado no segundo semestre deste ano. O grupo se prepara para a Copa do Mundo, que acontecerá em 2014, e para as Olimpíadas de 2016 com um grande plano de expansão. Em cinco anos, a empresa quer duplicar o seu número de lojas, que passará de 100 unidades na região, e inaugurar 20 lojas Ragazzo E-commerce Novo mercado O Meupontofrio.com é uma plataforma de vendas encontrada na rede social Facebook, a qual permite aos usuários a criação de lojas virtuais onde podem decidir quais produtos e serviços serão anunciados em seus sites e blogs. Em troca, eles recebem uma comissão sobre as vendas. Tinha-se a expectativa de que a receita gerada alcançou, em 2012, mais de 10 milhões de reais. O Magazine Luiza foi a primeira empresa a lançar a venda direta pelas redes sociais no Brasil, criando, em 2011, o Magazine Você. jan/fev 2013 Negocios.indd 63 www.revistaabastecimento.com.br 63 30.01.13 14:36:51 negocios n e g ó c i o s Notícias da cadeia de abastecimento Prêmio Melhor exposição O Brasil foi premiado em um concurso mundial promovido pela Procter & Gamble e que teve como tema os jogos olímpicos para eleger o melhor ponto de venda do mundo. A campeã na categoria “Prêmio Coletivo” foi a agência brasileira NewStyle, com uma megaexposição no Extra Morumbi, em São Paulo. O espaço, com mais de 400 metros quadrados, consistia em uma grande pista de atletismo. De acordo com a agência, os primeiros 30 dias da ação obtiveram uma venda ao consumidor final de 190% acima da meta e, em relação aos últimos três meses, o período da iniciativa apresentou um aumento de 240% na loja premiada. divulgação Economia Conta estável O grupo francês Carrefour empenhou-se em 2012 em tentar tirar a empresa da crise iniciada há alguns anos. Mudanças de gestores, aceleração dos investimentos, apostas em novos negócios e foco em mercados rentáveis vêm ajudando a empresa a equilibrar as contas. Só no ano passado, a empresa conseguiu captar 2,8 bilhões de euros com a venda de ativos na Colômbia, na Malásia e na Indonésia. Além disso, de janeiro a setembro, fechou 101 lojas, principalmente na Europa. Parceria Distribuição focada A partir de fevereiro, a Ambev vai distribuir as águas Pureza Vital e São Lourenço, da Nestlé. O acordo foi aprovado pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica e prevê a distribuição das duas marcas no pequeno varejo dos Estados da Região Sudeste, além de Paraná e Bahia. Hoje, as duas marcas de água estão presentes apenas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Com o acordo, deverão ser atingidos 450 mil novos pontos de venda. A importância da parceria consiste em ampliar a presença da Nestlé em canais de venda como bares, lanchonetes, mercearias e pequenos supermercados com até quatro caixas registradoras, onde a companhia não tem presença forte. 7,59 divulgação bilhões de reais é a soma das vendas brutas totais da Viavarejo, controlada pelo Grupo Pão de Açúcar, no último trimestre de 2012. A alta representou 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em termos reais, considerando-se a deflação da categoria de eletro e a inflação das de móveis e colchões nos últimos 12 meses, o crescimento real, divulgado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi de 7,9% 64 www.revistaabastecimento.com.br Negocios.indd 64 jan/fev 2013 30.01.13 14:37:06 opiniao o p i n i ã o álvaro furtado, presidente do Sincovaga Mais trabalho e mais sorte em 2013 C omo se vê, o mundo não acabou em orçamento das famílias está comprometido 2012. Pelo contrário, 2013 começa com com prestações, patamar máximo aconselhaboas energias, influência proveniente, do pelos especialistas em finanças pessoais. O setor de bens duráveis deverá sentir ainem parte, da crença popular no número 13. Ainda que o efeito seja apenas psicológico, toda da mais essa retração. Embora o consumidor ajuda é bem-vinda. Análises objetivas mostram não deixe de se alimentar durante a crise, a que o ano será desafiador para o comércio va- tendência, sobretudo na classe C, continuará rejista de gêneros alimentícios, exigindo poder sendo a de substituir itens mais caros por outros de menor valor, e cortar supérfluos. de adaptação a diferentes cenários. Assim, se, por um lado, o horizonte de A crise europeia deverá levar anos para ser superada e a economia norte-americana tenta vol- crescimento do consumo em 2013 é animatar a andar, enquanto no Brasil o PIB deverá ficar dor, de cerca de 4% para o comércio em geral no Estado de São Paulo, em 1%, com expectativa de crescer 3% em 2013. A É essencial que as empresas por outro, ele deve fazer com que o empresário atividade industrial amar- do setor melhorem a gestão, fique atento em face da gou taxas negativas em com atenção especial para a perda de rentabilidade e torno de 2%. O comércio área operacional e o RH do aumento de custos. cresceu 4% em 2012 e A macropolítica salarial e a definição para este ano será melhor. No setor de supermercados, o crescimento foi ainda maior, de 9,4% no ano 2013 de um mínimo de 678 reais (9% de reajuste e 2,73% de aumento real) apontam na passado, de acordo com a Fecomercio-SP. Entre as tendências para as modalidades de direção de significativos e inevitáveis aumenvarejo em 2013, as lojas de vizinhança, com tos reais para a categoria comerciária brasileimenor sortimento de produtos, têm um nicho ra, o que irá levar a um agravamento do peso com bom potencial. Entre as de maior porte, da mão de obra nos custos. Neste ano, teremos de conviver com a pauo atacarejo – as lojas de atacado que vendem para empresas e consumidores finais – deverá latina redução de faturamento, perda de rentabilidade e sensível aumento de despesas. Dianrepetir o sucesso de 2012. No cenário econômico, a inadimplência te disso, é essencial que as empresas do setor persiste, ainda que esteja em queda gradati- melhorem a gestão, com atenção especial para va. Só em 2012, estima-se que tenha crescido a área operacional e o RH. Como se vê, 2013 15% em relação ao ano anterior, segundo a não deverá ser um ano fácil, mas, como diz o Serasa. Isso demonstra que mais de 30% do ditado: “Quanto mais trabalho, mais sorte.” set/out 2012 artigo alvaro.indd 65 www.revistaabastecimento.com.br 65 31.01.13 12:42:21 ponto final p o n t o f i n a l Marcos Diniz Presença efetiva Quais são as perspectivas para 2013? Um dos sucessos do ano passado, e que continuaremos a promover neste ano, é o nosso programa de inovação. Destacaria o produto TREssemé, que é uma marca nova no mercado e está apresentando uma performance fantástica nas vendas e na participação de mercado. Continuaremos focando na categoria de cuidados pessoais, que reúne as linhas que mais crescem na Unilever, e continuaremos incentivando lançamentos nessa área. Todas terão inovações, como as de produtos para cabelos, desodorantes e sabonetes. As áreas de alimentos e de limpeza também contarão com inovações. Varejo de vizinhança tem bom desempenho nas vendas da Unilever, que, cada vez mais, foca no bom relacionamento com esse canal O varejo de vizinhança conquista espaço e aumenta, cada vez mais, sua representatividade nos negócios das grandes indústrias. Uma dessas é a Unilever, que realiza ações e faz promoções, por meio de sua rede de atacadistas e distribuidores, no pequeno ponto de venda para fidelizar e atender melhor esse comércio, que, atualmente, representa 40% do faturamento anual da companhia. “O nível de crescimento que tivemos em 2012 não era visto há muito tempo: ficou perto de dois dígitos. Focamos em alguns pilares para alcançar esse resultado”, explica Marcos Diniz, diretor de Canal Indireto da empresa. Um dos pontos estratégicos da companhia, considerado pelo executivo o mais importante, é a execução da venda por meio do atacado distribuidor, na qual a Unilever investe e acredita ser essencial para atender à grande demanda de crescimento do modelo de pequeno e médio varejo brasileiro. Além disso, o lançamento de novos produtos é prioridade para a empresa, que completa 85 anos de atuação no Brasil em 2013. Para termos uma ideia, são apresentados, por ano, cerca de 60 novos itens nas 13 categorias em que atua. “E continuaremos incentivando lançamentos.” Como a Unilever chega ao pequeno e médio varejo? Atendemos o canal indireto por meio do atacado distribuidor, que é o nosso porta-voz ao pequeno e médio varejo, que não têm acesso ao fornecedor direto. Todo o nosso trabalho no mercado é feito a quatro mãos. Essa parceria resulta em quais ações? Atendemos quase 20 mil lojas de pequeno varejo com promotores dos distribuidores, os quais fazem o trabalho de execução dirigido por uma orientação muito clara do que tem de ser feito na loja dos pontos de vista da exposição do produto e da boa visibilidade, entre outros aspectos. Eu diria que esse trabalho tem sido muito bem feito. anderson souza Por Cristiano Eloi Marcos Diniz: Unilever incentiva o trabalho com o atacado distribuidor O trabalho com o varejo de vizinhança no Brasil é realizado de que maneira? Nos últimos anos, esse tipo de varejo vem apresentando um crescimento espetacular, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste. É um crescimento que está associado com o aumento do nível de renda do consumidor. É um canal que atende, predominantemente, a classe C. Estamos priorizando a fomentação desse canal. Uma das ferramentas para isso é a fidelidade. Na verdade, é uma relação de contrapartida na qual o comerciando nos apresenta uma possibilidade de execução diferenciada e nós colocamos um promotor prestando serviço a ele, e nessa relação ele também tem acesso a algumas premiações. Acesse newtrade.com.br e assista a entrevista 66 www.revistaabastecimento.com.br ponto finalNOVO.indd 66 jan/fev 2013 31.01.13 14:33:05 template.indd 1 23/01/2013 12:50:27