Melhore o vocabulário e a fluência verbal Quando leio um texto do Paulo Freire e principalmente de Luis Fernando Veríssimo fico impressionada e falo para mim mesma: como é que ele consegue construir períodos tão perfeitos, com idéias completas, prontas e acabados? Entretanto, com esse vocabulário excepcional que o ajuda a produzir páginas que serão imortais, ao falar, Luis Fernando Veríssimo é um desastre. Pronuncia as palavras como se fosse um aprendiz. Da mesma maneira, se você quiser falar, selecionando palavras com o mesmo rigor usado para escrever, ou revestir sua comunicação de uma formalidade que não seja usual no seu cotidiano, as chances de se dar mal aumentam. Por esse motivo sempre falo nas aulas que o ideal será sempre usar a fala coloquial e respeitar a gramática não necessariamente com rigor, mas de forma se faça entender coerentemente. A não ser, evidentemente, que a circunstância exija. Considere também que, quando falamos, podemos ficar preocupados com a opinião que as outras pessoas terão da nossa mensagem e da nossa imagem e, por isso, procuramos caprichar ainda mais. Um cuidado excessivo que acaba nos tolhendo. Lembrar sempre (Emissor – Receptor). Quando escrevemos, mesmo que tenhamos preocupação com a opinião das outras pessoas, temos tempo de meditar sobre o que vamos comunicar e reescrever o que não julgarmos oportuno. Na fala não é diferente, falar claro, ir direto ao assunto é sempre mais viável para sermos éticos e objetivos. O ritmo, a cadência, a pausa, a estrutura melódica da comunicação oral são aspectos muito diferentes dos da comunicação escrita. Uma palavra, uma vírgula, uma entonação distinta da planejada são detalhes que modificam a seqüência e a maneira de transmitir a mensagem. A falta de compreensão dessa realidade pode levar a alguns enganos de avaliação e seu cliente nunca poderá ficar na duvida do que foi dito. Com um bom treinamento as pessoas conseguem até escrever com facilidade, mas não se saem tão bem ao falar, por que será? Um bom exercício para falar bem é procurar outras palavras para falar a mesma coisa e com o tempo não terão nenhuma dificuldade em fazê-lo freqüentemente. O problema do vocabulário, de maneira geral, está mais na atitude que temos do que propriamente nele em si. Se, numa situação formal, diante de um grupo de pessoas, lançarmos mão das palavras que usamos no dia-a-dia, quando estamos conversando com amigos, parentes, ou colegas de trabalho teremos à disposição um vocabulário mais do que suficiente para corporificar e expressar todas as nossas idéias. Entretanto, em ocasiões mais formais, algumas pessoas costumam se expressar com palavras diferentes daquelas que usam nas situações do cotidiano. Procuram construir frases com estrutura mais sofisticada e por isso sentem dificuldade para transmitir o que estão pensando. Ou, como no caso de certos escritores, que pensam e meditam sobre cada palavra que põem no papel ou na tela do computador, e se atrapalham e dão verdadeiro nó na língua quando precisam se expressar oralmente. Não estou dizendo que quem escreve bem não fala bem. Muito ao contrário, normalmente, quem escreve bem também possui boa comunicação oral. Quem tem boa redação, de maneira geral, é dotado de bom preparo intelectual e está familiarizado com um vocabulário mais abrangente, que o ajuda a transmitir o que pensa. Mesmo assim, insisto, falar e escrever são duas atividades distintas. Por isso, se você deseja falar com fluência e desembaraço, precisa treinar e praticar a comunicação oral para adquirir essa espécie de automatismo da fala, essa capacidade de pensar e, praticamente, falar ao mesmo tempo. Um bom exercício para desenvolver o hábito de verbalizar o pensamento é ler artigos de jornais e revistas e, na primeira oportunidade, comentar sobre essas informações com as pessoas que encontrar. Assim, habituando-se a verbalizar os pensamentos, a falar sobre as informações que acabar de ler e a usar nas situações mais formais o mesmo tipo de vocabulário que costuma empregar nas conversas com as pessoas mais próximas, no dia-a-dia, além de tornar sua comunicação muito mais eficiente poderá contar com um apoio excepcional para transmitir suas idéias e projetos, aprimorando-se na arte de persuadir e de se relacionar bem com os seus semelhantes. Vamos lá, ponha esse objetivo de falar de maneira mais fluente em qualquer circunstância entre suas prioridades e se transforme num corretor / vendedor / comunicador ainda melhor! Sempre deixarei artigos de pessoas das quais possuo admiração e são mestres em comunicação, vendar e possuem livros extraordinários que podem auxiliá-los no melhoramento profissional. Márcia Santana Klinger Profª/Coordenadora Assessora de Comunicação e Marketing Consultora Empresarial Corretora CRECI 3370