Os processos das fusões e Aquisições Um breveconselho sobre um bom Conselho Por Antonio Dabus Filho atender aos anseios dos acionistas e à necessidade de perenidade da empresa. Para se conseguir construir um conselho com esta característica, temos que ter bem claros os “tipos” de conselhos. Segundo as definições de David A. Nadler, presidente do conselho de administração da Mercer Delta, com as quais concordo, são: Conselho passivo. É o modelo tradicional. A atividade e a participação do conselho são mínimas e determinadas pelo presidente (do conselho). O conselho tem sua responsabilidade limitada. Sua principal tarefa é ratificar as decisões da cúpula executiva. A função dos conselhos de administração é Conselho certificador. Esse modelo enfatiza extremamente importante e, em hipótese alguma, a pode ser confundida com uma formalidade a ser importâncias de conselheiros independentes. O cumprida. Muito pelo contrário. A dificuldade, conselho atesta que a empresa é administrada entretanto, está em se chegar ao conselho ideal. corretamente e que o presidente (da empresa) credibilidade perante os acionistas Em se montar um bom conselho, que consiga Rua Guilherme Bannitz 126, 2º. Andar – 04532-060 – Itaim Bibi - São Paulo, BRASIL. (55 11) 3060 8717 e a Os processos das fusões e Aquisições cumpre suas exigências. O conselho também conselheiro como peça fundamental de um “time” supervisiona um processo ordenado de sucessão. que tem como objetivo buscar o melhor para a empresa e para os acionistas e, para isso, precisa Conselho envolvido. Nesse modelo, o se “reinventar” constantemente. conselho atua como parceiro do presidente. Dá idéias, opiniões em decisões importantes. Essa reinvenção passa obrigatoriamente peã Reconhece sua responsabilidade (do conselho) de profunda fiscalizar o desempenho do presidente e o da somente uma auto-avaliação, como diz o “clichê”. empresa. Conduz discussões consideráveis de Uma auto-avaliação sem uma auto-análise não questões importantes e define ativamente seu induz à uma auto-crítica consciente. Esta “auto- papel e seus limites. crítica” é a matriz da evolução e adequação ao “auto-análise” e “auto-crítica”. Não momento da empresa, enfim, é a matriz o Conselho durante interventor. crises. O conselho profundamente na importantes realiza e Modelo tomada comum se de reuniões “dinamismo” e eficiência do conselho. envolve decisões freqüentes, intensas. Conselho operativo. É o nível mais profundo de envolvimento permanente. O conselho toma decisões importantes, que a cúpula executiva Antonio Dabus Filho -.É financista e controlador da TRINITY INVESTIMENTOS. É especialista em finanças corporativas, operações de fusão e aquisição como BUY OUT’s, Levarage Buy Out's, MBO’s, MBI’s, Levarage Build Ups ou BUY & BUILT (LBU), bem como no desenvolvimento e articulação dos processos e rodadas de financiamento dos mais variados estágios do desenvolvimento corporativo. então implementa. É um modelo comum quando a empresa ainda engatinha e seus altos executivos, embora tarimbados numa arena específica, carecem de experiência mais ampla de gestão. Contudo nenhum destes conselhos é o melhor para se adotar. O conselho ideal é aquele que se comporta de acordo com o desenvolvimento corporativo da empresa e do momento em que se vive. É aquele que mantém a composição e a intensidade ideal de cada uma das características anteriormente descritas de forma a manter-se dinâmico e sempre em “movimento”, acompanhando o momento da empresa. Desta forma, a construção de um eficiente conselho de administração é tarefa contínua, que se perpetua e se desenvolve junto com a empresa. Mas como atingir esse “movimento”? Esta é a questão. O mais importante é que se crie a “consciência” do conselho. Tal consciência somente se dará com o pleno envolvimento do Rua Guilherme Bannitz 126, 2º. Andar – 04532-060 – Itaim Bibi - São Paulo, BRASIL. (55 11) 3060 8717