A Gestão da “Nação Brasil S.A.”
Opinião – Antonio Dabus Flho
Como sabemos, a função dos conselhos de
administração é extremamente importante e, em
hipótese alguma, pode ser confundida com uma
formalidade a ser cumprida. Muito pelo contrário.
A dificuldade, entretanto, está em se chegar ao
conselho ideal, em se montar um bom conselho,
que consiga atender aos anseios dos acionistas e
à necessidade de perenidade da empresa.
externos, na excelência da relação e equilíbrio de
forças e competências entre o corpo executivo e o
seu
conselho
constatado
competências
de
o
administração.
desequilíbrio
acharemos,
no
de
Quando
forças
mínimo,
e
uma
empresa que opera e cresce aquém de seu
potencial. Não é raro que organizações com esta
deficiência acabem por desaparecer. Como diz
Elismar
Álvares,
consultora
de
empresas
Já a função do corpo executivo, também
familiares e professora da Fundação Dom Cabral
fundamental, passa pela escolha dos rumos
- “Mesmo que o principal executivo da empresa
gerenciais e definição das estratégias de atuação,
seja muito bem preparado, um conselho que não
sendo o órgão responsável pela condução dos
é devidamente qualificado e não faz nenhum tipo
“affairs” da companhia em seu dia-a-dia, no árduo
de
ambiente
é
Acrescento que o conselho não só deve fazer
importantíssima e se cristaliza na figura do CEO,
objeções, mas também propor desafios ao CEO e
que representa a essência e a imagem do modelo
ao seu grupo, com o objetivo de obter, mais e
gerencial da organização.
mais,
de
negócios.
Sua
composição
Estou cada vez mais convencido de que o
objeção,
não
resultados
tem
aos
nenhuma
acionistas
stakeholders.
sucesso de uma empresa está, alem dos fatores
Avenida Paulista, 777, 15º andar, São Paulo, SP – Brasil - 01311-100
(5511) 3323 1977
utilidade”.
e
demais
Ao traçarmos o possível paralelo entre a
Já o segundo grupo, o de oposição, é de
gestão organizacional e a gestão Nacional
atuação
identificaremos claramente que o poder executivo,
incoerente.
cristalizado na figura do presidente da república
declarações dos oposicionistas, pergunto aos que
corresponde analogamente na iniciativa privada,
me cercam se meus ouvidos e olhos me traem.
às funções do corpo executivo de uma empresa.
Mas não, é verdade. Calamidade! Casuísmo,
E, também por analogia, os parlamentares
demagogia, revanchismo, inconformismo e inveja
compõem
de
do aparente sucesso do executivo os cegam.
administração” da empresa “Brasil”. Neste último
Vagam pelo campo das acusações, chafurdam
caso, reside minha grande preocupação.
ao acaso
o
importante
“conselho
A despeito dos erros e excessos, o nosso
executivo nacional tem feito um trabalho bom,
mesmo que impulsionado pelo cenário externo
bem favorável. Vemos que os “acionistas” da
Nação Brasileira, nós, com ênfase à base de
nossa sociedade, têm percebido dividendos não
tão exíguos e precários como em nosso passado
recente. Ainda temos muito, mas muito mesmo,
para progredir. Cabe ao “conselho” da “Nação
Brasil” apontar deficiências e propor desafios.
Brasil é o nosso legislativo. Aí, neste caso, nota
ZERO, Retumbante ZERO. Nosso legislativo se
comporta de forma medíocre, pífia, retrógrada e
Não
continuo
apontando
os
qualificativos de nosso legislativo para permitir ao
leitor que desopile o fígado, pensando ele mesmo
nos adjetivos mais adequados aos grupos que
compõem as casas em questão.
As duas legiões que integram o congresso
nacional – Senado e Câmara -, tanto a situação
quanto a oposição são de extrema incompetência.
Extrema! O primeiro, grupo de apoio ao governo,
comporta-se como subserviente, sem espinha e
coragem para propor correções de rumo quando
necessárias, questionar positivamente as ações
estratégicas
do
executivo,
Cada
medíocre,
vez
que
baixa,
ouço
falsa,
ou
leio
e se preocupam tão somente com
dossiês e demais despautérios, buscando frestas
nas quais possam se agarrar e postergar a
amarga queda que sofrem. Não têm dignidade
para reconhecerem os acertos e apontarem,
também positivamente, as falhas do executivo.
Preocupam-se, sim, em voltar ao poder, não para
benefício dos “Acionistas da Nação Brasil”, mas
sim para seu próprio. Os oposicionistas estão nos
estertores de uma existência fútil. Verdadeiros
moribundos, a caminho de sepulcros caiados.
Ajeitados por fora e podres por dentro.
O Conselho de Administração da Nação
mesquinha.
sofrível,
representando
Enquanto isso, a Nação Brasil avança com
ótimas perspectivas de futuro, gerida, entretanto,
por cegos de espírito que guiam e se opõem a
cegos, também de espírito e moral. É uma pena.
Poderíamos aproveitar bem mais e melhor o
cenário favorável que se apresenta. Já insistia
meu pai: - “Quando o cavalo passar com a sela,
monte...” O cavalo está aí, selado. E nós?
Proponho
modestamente
que,
como
“Acionistas da Nação Brasil” tenhamos muito mais
cuidado ao eleger nossos conselheiros, sob pena
de levarmos nossa “Nação Brasil”, da qual somos
todos
acionistas,
ao
fracasso
absoluto,
contrariando, por mais incrível que pareça, as
possibilidades e perspectivas do atual cenário.
Tenhamos atenção. Muita atenção!
adequadamente os interesses dos “acionistas”
que os elegeram. Seu objetivo último tem sido o
benefício próprio.
Antonio Dabus Filho
TRINITY INVESTIMENTOS
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