CNEMA – 11 de Junho 2013
Painel 3 – Vinho, Gastronomia e Turismo
Moderador: António Bordalo Lula
Oradores:
. Dr. José Santos
Secretario Geral
. Eng.ª Maria Clara Roque Vale
Confrade fundadora
. Eng.º Óscar Gato
Escanção Mor
. Eng.ª Miriam Mascarenhas
Enóloga
“A degustação é uma arte, e como tal susceptível de ser aprendida”
Émile Peynoud (Enólogo)
A gastronomia é uma manifestação cultural associada a um povo…
representa o conhecimento e a cultura e deve incorporar o “senso do lugar”,
a sua magia, a sua autenticidade, apelando ao bem-estar e ao lazer…
A Gastronomia e o Vinho
são produtos estratégicos para o desenvolvimento do
Turismo
Contributos de diferentes actores:
. Qualificar os Recursos Humanos;
. Preservar e promover a autenticidade dos saberes e sabores
tradicionais;
. Organizar a oferta e promover a Região;
. Criar ofertas diferenciadas, assentes na excelência e na inovação.
EPRAL - Escola Profissional da Região Alentejo (desde 1990)
. Formação Profissional Inicial de Jovens (Nível IV)
Cursos Profissionais de:
.Técnico de Turismo/Informação Turística
. Técnico de Restauração
. Técnico de Recepção
. Técnico de Processamento e Controlo de Qualidade
www.epral.pt (ofertas formativas)
Formação de Adultos/ Activos - Fundação Alentejo (entidade certificada pela DGERT)
. Unidades Modulares (25 h / 50 h) e Percursos (200 h / 600 h)
. área de Hotelaria e Restauração:
4422 – Enologia
3337 – Serviço de Vinhos
. área de Produção Agrícola e Animal:
4204 – Vinho
. área de Turismo e Lazer:
UFCD de turismo ambiental e rural e de criação de empresas turísticas.
www.fundacao-alentejo.pt/fmc
Desafios ao desenvolvimento do turismo em Portugal e no Alentejo:
. A instabilidade financeira e económica na Europa;
. A concorrência (agressividade promocional e comercial) dos destinos tradicionais
e a proliferação e consolidação de novos destinos.
. A necessidade de “articulação” da estratégia do Alentejo, como destino
turístico, com a opções estratégicas consagradas no PENT (revisão 2013-2015)
(consideração do Vinho como produto estratégico ou complementar do turismo do Alentejo).
Respostas consideradas pela ERT Alentejo:
. Conhecer de forma precisa o perfil e as motivações do turista que escolhe um
destino como o “Alentejo”, nas quais pontuam, de forma expressiva o património,
nas suas múltiplas vertentes (construído, ambiental, gastronomia, vinhos);
. Consolidar, em articulação com outros agentes, as Rotas existentes e dotá-las
de maior consistência (como no caso da Rota dos Vinhos, envolvendo todo o
perímetro de intervenientes no sector e não apenas os produtores);
. Criar novos roteiros (7 a 8) na região;
.
. Certificar a rede de ofertas, na área da Restauração (criação de um
Referencial de qualidade com critérios rigorosos e susceptíveis de verificação
de forma recorrente (uso exclusivo de azeite nacional; mínimo de 50% de vinhos
nacionais; mínimo de 4 produtos certificados, 2 dos quais DOC);
. Promoção junto da Restauração regional da adesão voluntária e
progressiva ao processo de certificação (provocar o efeito demonstração - 60
inscrições; mais um terço já certificado);
. Implementar a Carta Gastronómica do Alentejo (repositório de saberes e
práticas da gastronomia tradicionais – mais de 1200 receitas recolhidas
catalogadas)
. Criar um produto/marca de referência da Gastronomia e Vinhos do Alentejo :
“Alentejo Bom Gosto” e Guia de Restaurantes Certificados do Alentejo
(sensível à diversidade da oferta)
“Alentejo Bom Gosto”
Desenvolvimento do Produto
Gastronomia e Vinhos
Objectivos
. Fazer a reengenharia do Produto Gastronomia & Vinhos qualificando novos
pontos de interesse e serviços de apoio;
. Tornar as rotas de gastronomias e vinhos existentes vendáveis e integrá-las
nas dinâmicas turísticas do destino (hotelaria, restauração, programas de G&V);
. Investir fortemente na comunicação do produto apostando num marketing mais
dirigido e apoiar a sua comercialização
Principais Actividades
. Linha de desenvolvimento de eventos (Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas);
. Elaboração de Ementas com descritivos dos menus em vários idiomas com apoio
directo aos restaurantes certificados;
. Concepção e implementação da estratégia de distribuição e comunicação/
publicidade.
. Defender e divulgar a autenticidade da Gastronomia
alentejana.
. Incentivar a investigação do Património
Gastronómico alentejano nos seus múltiplos aspectos.
. Desde 1994.
As Confrarias – gastronómicas e de enófilos – cumprem um serviço merecedor de
respeito e de admiração pela sua condição de entidades associativas, sem fins
lucrativos, vocacionadas para defender e valorizar o Património Cultural Material e
Imaterial Gastronómico, enquanto valor cultural e distintivo dos povos, dos territórios e
das suas gentes.
São parceiros sociais de relevo que aspiram, justificadamente, à consideração de
parceiros sociais de mérito.
“As confrarias, defendendo produtos, defendendo regiões, defendem o país, perpetuam
usos e costumes, são agentes interventores de uma sólida cultura, além de serem o
símbolo de uma arte”
Alfredo Saramago
Apenas no ano 2000 a Gastronomia Tradicional Portuguesa foi reconhecida
como Património Cultural Português e
Em 2009, o Plano Estratégico Nacional de Turismo definiu a Gastronomia e o
Vinho como produtos estratégicos para a política do Turismo (a nível
nacional).
E a Gastronomia alentejana é rica ou pobre?: riquíssima!
“O Alentejo criou ao longo dos tempos, uma cozinha riquíssima e muito
peculiar, fortemente marcada pelas suas particularidades específicas –
grande sazonalidade da produção alimentar, isolamento, clima, etc. e pelo
modo de característico das suas populações”
Manuel Fialho – Provedor-Mor
No Inverno: a matança do porco… os fumeiros, suculentas migas e carnes
frescas… Os vinhos tintos, acabados de sair da talha, são acompanhamento de
eleição…
Na Primavera, o porco dá lugar ao borrego e as sopas quentes dão lugar a
sopas mais leves… é altura das espécies vegetais comestíveis … alabaça,
cardinhos, catacuzes…
Durante todo o Verão a cozinha alentejana adapta-se às condições climáticas…
o gaspacho… as sopas de beldroegas com queijo e ovos… ainda no Verão, as
sopas de peixe da ribeira ou caldeta onde dominam os aromas da hortelã da
ribeira e dos poejos…
No Outono, época de caça... e dos frutos secos…
A Gastronomia e os Vinhos são sem dúvida um potencial fortíssimo numa
era em que o Turismo privilegia novas experiências e novas emoções…
Associação cultural, de direito privado e sem fins lucrativos, tem como objectivo
“a defesa, prestígio, valorização e promoção dos vinhos do Alentejo”.
Criada em 1991.
É de âmbito regional, em sede em Évora e uma delegação em S. Paulo/ Brasil.
É constituída por cerca de 250 Confrades (produtores, técnicos, consumidores)
Símbolos da confraria têm como referência elementos tradicionais da ruralidade
alentejana (o capote, a talha…)
A Confraria assume uma postura de disponibilidade para a colaboração
com todas as entidades ligada ao “universo do Vinho e da Vinha”,
considerado de forma alargada, sendo suas atribuições:
1. Estabelecer ligações com produtores, agentes económicos, entidades
privadas e outras confrarias ligadas ao vinho e gastronomia, suas
Federações e Confederações, bem como com a comunicação social;
2. Promover e apoiar a valorização dos conhecimentos dos seus
associados no que respeita às actividades enófilas e representar os
associados na defesa dos seus direitos e interesses no âmbito do objecto
social desta Confraria;
3. Promover a realização de concurso(s), provas, acções de
promoção e outros eventos, com carácter periódico, devendo o(s)
respectivo(s) regulamento(s) ser(em) aprovado(s) pelo Grão Capítulo;
4. Fomentar o consumo, valorização e comercialização de vinhos do Alentejo e seus
derivados, quer no território nacional quer no estrangeiro;
5. Divulgar tudo quanto respeite ao vinho considerado com interesse para os seus
associados e a sua incidência sobre a saúde, dando relevância à importância dos seus
constituintes;
6. Promover a criação, permanente actualização, valorização e divulgação de uma
lista de vinhos do Alentejo (produtores, marcas, características, etc.);
7. Promover e apoiar acções de carácter associativo que tenham em vista o convívio,
solidariedade e boas relações entre os seus associados;
8. Participar em júris de concursos de vinhos e de gastronomia quando convidada;
9. Promover o conhecimento de outras realidades vitivinícolas, quer no País quer no
Estrangeiro;
10. Participar em associações de grau superior, nomeadamente Federações e
Confederações.
Actividades mais relevantes:
. Dois Grão-Capítulos anuais (assembleias gerais de confrades);
. Uma visita estudo anual dentro da região Alentejo a vários agentes
económicos nas diferentes sub-regiões;
. Visita de estudo a outras regiões vitivinícolas nacionais e estrangeiras;
. Provas de vinhos diversas, principalmente a consumidores;
. 21 Concursos de Vinhos do Alentejo na Produção (anual, de 1992 a 2012);
. 5 Concursos de Vinhos Engarrafados do Alentejo (trianual, desde 1999);
.Colaboração com diversas entidades: ATEVA, CVRA, UEvora, AJEA, Agentes
económicos, Câmaras Municipais, Confrarias Báquicas e/ou Gastronómicas.
Borba: Festa do Vinho e da Vinha;
Évora: Rota dos Sabores (provas de vinhos)
Vidigueira: Vitifrades (promoção do vinho da talha)
. A Confraria ajuda à formação enófila dos seus associados e dos
consumidores em geral.
. Promoveu a criação da Associação dos jovens enófilos alentejanos;
. A Confraria estará sempre disponível para apoiar acções de índole enófilo,
assim como outras de conjugação gastronómica, na defesa e divulgação
dos Vinhos do Alentejo.
. A simbiose ‘vinho e comida’ fazem parte da tradição cultural de um
povo: é necessário saber beber e comer com prazer.
Miriam Mascarenhas
Visão:
. O enoturismo é uma das grandes apostas da Herdade dos Grous
com vista a dar a todos os apreciadores um conhecimento mais
aprofundado quer dos nossos vinhos de assinatura quer dos nossos
produtos criados localmente.
Missão:
. Fornecer a melhor ‘experiência’ possível ao visitante
Objectivos:
. Excelência e qualidade em todo projecto de Enoturismo.
. Divulgação e promoção dos vinhos e produtos HG.
. Fidelização dos visitantes/clientes à marca HG
. Aumentar a formação de possíveis consumidores e clientes
e qualidade em todo Fidelização dos visitantes/clientes à marca HGçã de
possíveis consumidores e clientes
Actividades/ Programas lúdicos
- Ofertas Turísticas
- Restaurante vocacionado para a gastronomia típica regional
- Visitas guiadas pelas vinhas e/ou adega,
- Provas no bar vínico,
- Especialidades regionais do restaurante acompanhadas dos vinhos HG
- Visita à loja de vinhos e artigos regionais,
- Ficar hospedado num dos quartos e suites existentes na Herdade e relaxar na piscina e nas esplanadas
integradas na deslumbrante paisagem alentejana.
- Passeios equestres / BTT / de Moto quatro / de tractor / de balão
- Canoagem
- Picnics na vinha
- Jogos de bilhar, ténis de mesa, arco e flecha, matraquilhos e xadrez exterior.
- Actividades radicais
- para teambuilding
- Percurso pedestre em torno da barragem e devidamente sinalizado
- Winecaching – uma versão do Geocatching, em que um grupo, com ou sem competição entre equipas,
parte à descoberta de pontos estratégicos devidamente sinalizados com o seu GPS pessoal
- Birdwatching
Assumindo como
missão a produção
de grandes vinhos,
que resultam da
mais moderna
viticultura e
enologia,
enriquecendo o
notável património
vitivinícola
alentejano, a
Herdade dos Grou
tem forte
componente turística
e grande sentido de
responsabilidade
em relação à
natureza e ao
ambiente.
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Conclusões Painel 3