Disponível em: interfaces.leaosampaio.edu.br
Recebido em 17 Janeiro 2013; recebido em forma de revista 25 Janeiro 2013; aceito em 17 Fevereiro 2013
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: UMA NOVA REFERÊNCIA PARA A
CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO DE CURSOS DA ÁREA DE SAÚDE
PROBLEM BASED LEARNING: A NEW REFERENCE FOR THE CONSTRUCTION OF
CURRICULUM COURSE AREA HEALTH
ALENCAR, Nelyse de Araújo*.
Programa de Pós-Graduação do Mestrado Stricto Sensu em Ciências da Motricidade Humana – Procimh-UCB/RJ - Rio de
Janeiro - RJ, Brasil
JUNIO, José Vitorino Sousa
Faculdade de Fisioterapia Leão Sampaio-FLS/Juazeiro do Norte Ceará - CE, Brasil
Resumo: Há um reconhecimento internacional da necessidade de mudança na educação de
profissionais de saúde frente à inadequação do aparelho formador em responder às demanda sociais.
Evoluindo no sentido contrário do ensino tradicional, onde se apresentam os conteúdos em formas de
roteiros pré-determinados, o PBL, surge como uma quebra de paradigma no ensino, levando os alunos
a identificar suas reais necessidades de aprendizagem. Considerando essa necessidade de mudança e a
demanda por novas formas de trabalhar com o conhecimento, busca-se nesse texto, compreender,
promover a motivação para o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades para a
autoaprendizagem através do PBL. O objetivo deste trabalho é rever a dinâmica de funcionamento do
PBL e avaliar os principais resultados observados com a implantação desta estratégia educacional nos
cursos da área de saúde, através de uma revisão bibliográfica sobre o tema. Conclui-se, que o PBL é
uma abordagem educacional que parece trazer respostas a algumas necessidades atuais, consideradas
centrais no processo de reforma do ensino superior no Brasil, pois nos permite refletir o nosso atual
processo de ensino, rompendo definitivamente com o modelo tradicional, centralizador, buscando uma
integração mais completa efetiva e eficaz da teoria com a prática e sociedade
Palavras Chaves: PBL, Aprendizagem Baseada em Problemas; Educação.
Abstract: There is an international recognition of the need for change in education of health
professionals against unsuitable instrument trainer in responding to social demand. Evolving in the
opposite direction of traditional education, outlining the contents in forms of pre-determined routes,
PBL, emerges as a paradigm in education, leading students to identify their real needs of learning.
Whereas this need for change and the demand for new ways of working with the knowledge, search
this text, understand, promote the motivation for learning and developing skills for learning through
self-evaluation of PBL. The purpose of this paper is to review the operating dynamic of PBL and
assess the main results observed with the deployment of this educational strategy in healthcare courses
through a bibliographic review on the subject. Concluded that the PBL is an educational approach that
seems to bring answers to some Central needs today, considered in the process of reform of higher
education in Brazil, because it allows us to reflect our current teaching process, breaking with the
traditional model definitely, centralized, seeking a more complete effective integration and effective
theory with practice and society.
∗ Endereço completo de correspondência do autor, incluindo seu e-mail: [email protected]
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
Keyword: PBL, Problems Based Learning; Education.
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
não se caracteriza somente pelo uso de novos
INTRODUÇÃO
Os sistemas educativos encontram-se, atualmente,
submetidos a novas restrições: de quantidade,
diversidade e velocidade de evolução dos saberes.
A demanda por formação é maior do que nunca.
Porém, além do enorme crescimento quantitativo,
ela
sofre
também uma
recursos tecnológicos de ensino. Uma experiência
inovadora é um processo situado em um contexto
histórico social que exige uma ruptura com
procedimentos
acadêmicos
inspirados
nos
princípios positivistas da ciência moderna.
profunda mutação
O ensino tradicional está praticamente voltado na
qualitativa no sentido de uma necessidade cada
utilização das mesmas práticas aplicadas durante
vez maior de diversificação e de personalização
toda vida acadêmica, produzindo conhecimentos
(SCHLEMMER, 2001) Há um reconhecimento
que efetivamente só serão utilizados para
internacional da necessidade de mudança na
responder questões imediatistas, sendo após isso,
educação de profissionais de saúde frente à
geralmente perdidos e esquecidos (BURGARDT,
inadequação do aparelho formador em responder
2002)
às demanda sociais. As instituições têm sido
estimuladas a transformarem-se na direção de um
Evoluindo no sentido contrário do ensino
ensino que, dentre outros atributos, valorize a
tradicional, onde se apresentam os conteúdos em
equidade e qualidade da assistência, além da
formas
eficiência e relevância do trabalho em saúde. O
aprendizagem baseada em problemas, surge como
processo de mudança da educação traz inúmeros
uma quebra de paradigma no ensino, levando os
desafios, entre os quais, romper com estruturas
alunos a identificar suas reais necessidades de
cristalizadas e modelos de ensino tradicional e
aprendizagem. A metodologia do PBL (Problem
formar profissionais de saúde com competência
Based Learning) ou aprendizagem baseada em
que lhes permitam recuperar a dimensão essencial
problemas visa fornecer aprendizagem eficaz,
do cuidado na relação entre humanos (CYRINO e
onde haja aumento de retenção de informação e
TORALLES-PEREIRA, 2004)
maior
de
roteiros
habilidade
conhecimento
pré-determinados,
na
em
aplicabilidade
contextos
a
de
clínicos
e
Cunha et al (2001), estudando os processos de
principalmente no desenvolvimento de hábitos de
mudanças
aprendizado vitalício (WOOD, 2003 ).
em
diferentes
áreas,
assinalam
experiências inovadoras no limite de uma
disciplina ou entre disciplinas de um mesmo
Considerando o
curso, que podem contribuir para a melhoria do
educação dos profissionais de saúde e a demanda
ensino e da aprendizagem nas universidades.
por
Nessa perspectiva os mesmos autores, observam,
conhecimento,
contudo que uma inovação na área da educação
compreender, promover a motivação para o
novas
processo
formas
de
busca-se
de
mudança
trabalhar
nesse
com
da
o
texto,
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
aprendizado e o desenvolvimento de habilidades
Saúde (LILACS) utilizando-se as seguintes
para a auto aprendizagem através da aquisição
palavras-chave: PBL, problem based-learning e
estruturada e adequada do conhecimento da
education.
educação problematizada à entre educador e
selecionados baseados nos parâmetros pré-
educando,
processo
definidos: apresentação de bases teóricas do PBL,
emancipatório que têm ocupado espaço de
aplicabilidade prática, apresentação de resultados
discussão sobre a inovação do ensino na área de
da implantação do PBL, comparação entre
saúde.
currículos convencionais e baseados no PBL, boa
por
meio
de
um
Diante de uma insatisfação geral com a prática do
ensino tradicional nos cursos da área de saúde,
vem-se buscando cada vez mais estratégias de
Os
artigos
identificados
foram
qualidade metodológica e a validade das suas
conclusões
(HOW
TO
READ
CLINICAL
JOURNALS, 1981; FRIEDLAND,1998)
inovações pedagógicos através meios de ensino e
Foram selecionados 20 artigos identificados nas
aprendizagem que enfatizem a formação de
pesquisas de base de dados citadas. Os referidos
profissionais criativos e inquiridores, através da
artigos foram sintetizados nos seguintes tópicos:
vivência, de debates, de resoluções de problemas
1. Reforma curricular, 2. Fundamentos do PBL,
extraídos
3. metodologia do PBL, 4. utilização do PBL, 5.
da
realidade
sócio
cultural
que
permitam recuperar a essência dos cuidados com
os
seres
humanos.
Dentre
essas
novas
metodologias podemos citar como exemplo as
Avaliação da implantação do PBL.
REFORMA CURRICULAR
a
Na concepção do modelo tradicional de ensino o
problematização e a aprendizagem baseada em
aluno é um mero receptor passivo. Ou seja, suas
problemas.
opiniões,
metodologias
problematizadoras:
anseios
e
interesses
não
são
considerados na definição dos currículos. O
Baseado no exposto, o objetivo deste trabalho é
conhecimento lhe é externo e impresso pela
rever
da
Escola. O professor é o mediador e o responsável
aprendizagem baseada em problemas e avaliar os
pela transmissão do conhecimento, através de
principais
a
aulas expositivas. Tais informações deverão ser
implantação desta estratégia educacional nos
memorizadas, acumuladas, reproduzidas pela
cursos da área de saúde.
repetição, no qual a reflexão não está presente.
a
dinâmica
de
resultados
funcionamento
observados
com
DESENVOLVIMENTO
Realizou-se revisão bibliográfica nas bases de
dados Index Medicus (Medline) e da Literatura
Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Não há espaço para crítica, debate, constituição
de grupos, interação entre alunos, cooperação. A
relação entre professor e aluno é vertical e
individualizada, as dificuldades e ritmos de cada
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
aluno,
são
desconsiderados,
adotando-se
procedimentos homogeneizantes.
Venturelli
(1997),
questões abrindo-se para aprendizagens mais
complexas (Ribeiro, 1998).
discutindo
processo
Dentro das metodologias problematizadoras, a
educacional no mundo contemporâneo, resgata a
problematização e a aprendizagem baseada em
necessidade de romper com a postura de
problemas (ABP ou PBL) são duas propostas
transmissão de informações, na qual os alunos
distintas que trabalham intencionalmente com
assumem o papel de indivíduos passivos,
problemas para o desenvolvimento dos processos
preocupados
de ensinar e aprender (BERBEl, 1998 ).
apenas
em
o
recuperar
tais
informações quando solicitados. Apropriando-se
de conceitos desenvolvidos por Paulo Freire,
ressalta a necessidade de conceber a educação
como prática de liberdade, em oposição a uma
educação como prática de dominação (CYRYNO,
2004).
Na
A problematização é, portanto uma proposta
metodológica
realidade
que
para
se
propõe
desvendar
transformá-la.
Sua
a
maior
contribuição é a mudança de mentalidade,
exigindo de todos os agentes sociais envolvidos
no processo educativo a reavaliação de seus
concepção
epistemológica
papéis, re-significando, coletivamente, o processo
interacionista/construtivista, o conhecimento é
de ensino-aprendizagem. Há uma explicitação da
entendido como uma relação de interdependência
intencionalidade política no ato de educar. A
entre o sujeito e seu meio. Tem um sentido de
problematização
organização, estruturação e explicação a partir do
crítica de educação. A Aprendizagem Baseada em
experenciado. É construído a partir da ação do
Problemas (PBL ou ABP) propõe-se a preparar
sujeito
conhecimento,
cognitivamente os alunos para resolver problemas
interagindo com ele, sendo as trocas sociais
relativos a temas específicos do ensino da
condições necessárias para o desenvolvimento do
profissão.
sobre
o
objeto
de
pensamento (SCHLEMMER, 2001).
Enquanto
insere-se
metodologia
numa
de
concepção
ensino,
a
FUNDAMENTOS DO PBL
problematização pode ser utilizada para o ensino
O aprendizado é um processo complexo; não
de determinados temas de uma disciplina, pela
acontece de forma linear, estrutura-se mediante
especificidade do objeto de estudo. Nem sempre é
realidades de conexão que cada sujeito faz,
apropriada
reelaborando associações singulares que se
desenvolvimento de uma prática apoiada na
ampliam e ganham novos sentidos à medida que é
problematização não requer grandes mudanças
capaz de desenvolver novas relações, envolver-se
materiais para sua implementação. A ABP ou
na resolução de problemas que esclarecem novas
PBL é uma proposta que passa a direcionar toda a
para
todos
os
conteúdos.
O
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
organização curricular de um curso, havendo
dos profissionais formados por esse método. Não
necessidade de maior movimento do corpo
se trata, portanto de um método experimental.
docente,
da
Algumas escolas médicas foram pioneiras na
instituição para desenvolvê-la. Sua utilização
adoção desse método de ensino na sua estrutura
demanda
curricular. Atualmente, escolas da área de saúde,
administrativo
alterações
integrado
dos
e
acadêmico
estruturais
diversos
e
trabalho
departamentos
e
disciplinas que compõem o currículo dos cursos.
Tanto a ABP como a problematização têm, em
como, enfermagem, fisioterapia, veterinária e
odontologia têm adotado o método com sucesso
(LEAL et al, 1998).
comum, uma pergunta focal (o que está
Para Piaget, o processo de aprendizagem em
acontecendo?) como padrão para gerar novas
sentido
informações, mediante processos de análise e
conhecimento através de uma experiência física
síntese. Mas o ponto de partida, os pressupostos e
ou lógico-matemática e sem controle sistemático
a estrutura de trabalho desenvolvida, inclusive no
por parte do sujeito depende sempre das leis
campo afetivo, é diferente. O problema é mais
gerais do desenvolvimento, conforme o processo
abrangente na problematização, formulando-se
de equilíbrio, que por sua vez caracteriza a
pela observação de uma realidade com todas as
aprendizagem
suas contradições, enquanto na ABP (PBL) o
contraposição tem-se a aprendizagem em sentido
problema
estrito, mais relacionada esta ao contexto no qual
é
apresentado
aos
alunos
pelo
professor-tutor (Feletti, 1993).
PBL (problem based learning), surge no cenário
como
uma
ou
seja,
em
a
aquisição
sentido
lato.
do
Em
o sujeito se encontra inserido. Por equilibração,
A aprendizagem baseada em problemas- ABP ou
educacional
estrito,
metodologia
de
ensino/aprendizagem desenvolvida inicialmente
na universidade de MacMaster, em Hamilton,
entende-se um processo dinâmico e autoregulador de balanceamento das mudanças
acarretadas pelos processos de assimilação e
acomodação, objetivando-se assim um estado de
equilíbrio (PIAGET, 1964).
Ontário, Canadá, ao final da década de 1960
Ainda segundo PIAGET (1964), no que se refere
(SPAULDING, 1969), quando um grupo de
à construção do conhecimento, a essência do
aproximadamente 20 docentes desenvolvia um
mesmo é o que ele caracteriza como operação,
novo programa para o curso de medicina.
que
O PBL é uma estratégia didática centrada no
aluno, e trata-se de um método de eficiência
comprovada por inúmeras pesquisas no campo da
psicopedagogia e da avaliação do desempenho
é
definida
como
sendo
uma
ação
interiorizada, ou seja, é uma ação no pensamento
ou operação mental que modifica o objeto do
conhecimento. Uma operação nunca é isolada,
estando sempre ligada a outras operações,
formando assim uma estrutura cognitiva.
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
Para que o sujeito possa interagir com o objeto,
3- A elaboração das novas informações, que
entretanto, são necessários dois mecanismos
favorece o seu armazenamento na memória e sua
essenciais: a assimilação e a acomodação,
recuperação posterior;
(PIAGET, 1987). Conforme defende este autor, o
fenômeno
dito
assimilação
implica
na
incorporação, pelo sujeito, de novas experiências
aos esquemas previamente estabelecidos, que já
4- A motivação para a aprendizagem, que leva a
maior tempo de estudo e, consequentemente, a
melhores resultados;
faziam parte do patrimônio cognitivo do sujeito.
5- A maneira pela qual o conhecimento está
Já
estruturado na memória, que determina o quanto
na acomodação, tem-se
processo de
o consequente
modificação dos
esquemas
ele é acessível para utilização;
previamente existentes do sujeito à nova situação
que lhe é apresentada, pois os mesmos precisam
6- A “dependência do contexto”, que gera a
se adaptar para que possam desta forma se
possibilidade de ativar o conhecimento existente
aperfeiçoar.
na memória de longo prazo em contextos futuros
semelhantes.
Deve-se, portanto considerar no processo de
ensino e aprendizagem a importância dos
METODOLOGIA DO PBL
conhecimentos
quando
O PBL é uma proposta de reestruturação
defrontado com novas informações que deve
curricular que objetiva a integração de disciplinas
assimilar.
tendo em vista a prática. Para isso, organiza-se
prévios
do
sujeito,
Henk Schmidt( 1993), cita seis fundamentos
básicos para o ensino mais adequado para o
aprendizado de adultos:
um elenco de situações que o aluno deverá
saber/dominar,
considerando
o
tipo
de
organização curricular. "Este elenco é analisado
situação por situação para que se determine que
1- A disponibilidade de conhecimentos prévios,
conhecimentos o aluno deverá possuir para cada
que é o principal determinante da natureza e da
uma delas. São os denominados temas de estudo"
qualidade
Cada
de
novas
informações
que
um
um
destes
temas
de
estudo
será
transformado em um problema para ser discutido
indivíduo pode processar;
em um grupo tutorial (BERBEL, p.145,1998).
2- A ativação dos conhecimentos prévios a partir
de “pistas” dadas pelo contexto em que as novas
Assim, um problema é apresentado a um grupo de
informações estão sendo estudadas, que é
alunos por um professor tutor. Este problema,
essencial para
discutido
possibilitar que
compreendidas e relembradas;
elas sejam
em
grupo,
deve
incentivar
o
levantamento de hipóteses para explicá-lo. A
partir daí, objetivos serão traçados para melhor
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
estudá-lo; pesquisas e estudos serão propostos e
do tutor devem limitar-se ao mínimo necessário,
nova discussão em grupo será feita para síntese e
para evitar-se que ele assuma o papel do
aplicação do novo conhecimento. O trabalho pode
coordenador ou dite a direção da resolução do
ocorrer de forma individual (cada aluno), mas
problema, o que pode ser desestimulante e
também incentiva o trabalho em grupo como
prejudicial para as próximas sessões (JÚNIOR;
produto das atividades individuais.
IBIAPINA; LOPES; RODRIGUES; SOARES,
O grupo de tutoria constitui um fórum de
2008).
discussão, apresentando-se como um laboratório
Os grupos têm sistemáticas próprias para
que possibilita uma aprendizagem sobre a
discussão e resolução dos problemas.
interação
artigo será descrito o método dos Sete Passos,
humana,
constituindo-se
numa
Nesse
oportunidade para aprender a ouvir, a receber e
adotado
assimilar
Holanda (Quadro 2). Os passos de 1 a 5 são
LIMA,
críticas
1998).
(KOMATSU;
O
ZANOLLI;
desenvolvimento
pela
Universidade
de
Maastricht,
dessas
realizados na sessão de análise. Entre as duas
habilidades e domínio de conhecimento de
sessões, o aluno deve realizar pesquisa em
situações práticas traria ao futuro profissional
diferentes fontes de informações sobre os
mais capacidade de lidar com os problemas da
objetivos de aprendizagem propostos. Essa etapa
vida profissional (BLIGH, 1995; WOOD, 2003).
de estudo individual e autodirigido constitui o
Os grupos são formados por oito a 10 alunos e
um tutor, geralmente um professor. Antes do
início da reunião, é escolhido entre os alunos um
coordenador, para dirigir a sessão, e um relator,
para registrar as discussões do grupo. A função
do tutor é facilitar o funcionamento do grupo
(ajudando o coordenador, se necessário) e
passo 6. O passo 7 é a sessão de resolução, na
qual os alunos voltam a se reunir em grupo e
revisam a resolução do problema (passo 4) à luz
dos novos conhecimentos. O passo 7 permite
corrigir e completar a resolução do problema,
sistematizando
os
novos
conhecimentos
adquiridos (BLIGH, 1995; WOOD, 2003).
garantir que o grupo atinja os objetivos de
De modo geral, os passos três, quatro e cinco
aprendizado de acordo com o que foi definido no
estão
currículo. O Quadro 1 descreve o papel de cada
conhecimento em torno do problema e os passos
um dos membros do grupo tutorial (BLIGH,
seis e sete com a elaboração e aquisição de novos
1995; WOOD, 2003).
conhecimentos. A elaboração do problema é
Pode ser necessário que o tutor tenha papel mais
ativo, certificando-se de que o grupo faça a
análise adequada do problema. As intervenções
relacionados
à
estruturação
do
crucial para o bom aproveitamento do grupo, que
devem ser construídos a partir de objetivos de
aprendizagem bem definidos e adequados ao
nível de compreensão dos alunos.
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
Devem representar situações que estimulem a
Acredita-se
curiosidade e que tenham relevância na prática
aparentemente pontuais, geradas no contexto dos
futura. Os problemas devem integrar a área básica
conflitos
e a clínica, além de induzir às consultas
institucionais, voltadas para a mudança de
bibliográficas de áreas diferentes para devida
processos,
relações
resolução do problema, permitir uma discussão
representar
um
e
que
das
experiências
contradições
e
pedagógicas,
das
conteúdos,
movimento
relações
podem
inovador
ampla dos objetivos propostos, de modo a
estimular os alunos e uma boa orientação
direcionamento
da
discussão
(JÚNIOR;
IBIAPINA; LOPES; RODRIGUES; SOARES,
2008).
UTILIZAÇÃO DO PBL
A metodologia ativa do PBL tem permitido a
articulação entre a universidade, o serviço e a
comunidade, por possibilitar uma leitura e
intervenção
consistente
sobre
a
realidade,
valorizar todos os atores no processo de
construção
coletiva
e
seus
diferentes
conhecimentos e promover a liberdade no
processo de pensar e no trabalho em equipe
(FEUERWERKER, 2004) Nessa perspectiva,
empreender mudanças amplas e profundas no
processo ensino-aprendizagem e na formação
profissional de saúde significa transformar a
relação entre docente e discente, as diversas áreas
e as disciplinas, enfim, entre a universidade e a
comunidade. Além disso, pressupõe mudanças na
própria estrutura e organização da universidade,
que precisa tornar-se um fórum de debate e
negociação
permanente
representações
da
de
realidade,
concepções
no
qual
e
o
conhecimento é compartilhado (FEURWERKER
E SENA, 2002).
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Artigo Científico
ISSN 2317 – 434X
Quadro 1 - O papel dos membros do grupo tutorial
Coordenador
Relator
Liderar o grupo em o
todo Processo
Registrar pontos
Acompanhar todas as
relevantes apontados pelo etapas do processo
grupo
Estimular a participação
do grupo
Encorajar a participação
de Todos
Ajudar o grupo a ordenar
seu raciocícnio
Participar das discussões
Auxiliar o coordenados
na dinâmica do grupo
Manter a dinâmica do
grupo
Participar das discussões
Ouvir e respeitar as
opiniões dos colegas
Verificar a relevância dos
pontos anotados
Controlar o tempo
Registrar as fontes de
pesquisa utilizadas pelo
grupo
Fazer questionamentos
Prevenir i desvio do foco
da discussão
Procurar alcançar os
objetivos de
aprendizagem
Assegurar que o grupo
atinja os objetivos de
aprendizagem
Assegurar que o relator
possa anotar
adequadamente os
pontos de vista do grupo
Membros do grupo
Tutor
Verificar entendimento
do grupo sobre as
questões discutidas
Adaptado de: Wood (2003).
Quadro 2 - Os sete passos do grupo tutorial, UNIVERSIDADE de MAASTRICHT, HOLANDA
Análise
Passo 1: esclarecer termos e/ou expressões desconhecidas no problema
Passo 2: definir o problema a ser discutido
Passo 3: análise e troca de conhecimentos sobre o problema (“chuva de idéias”). Tentativa de solucionar o
problema com base nos conhecimentos prévios
Passo 4: revisão dos passos 2 e 3, com sistematização das hipóteses do passo 3 para resolução do problema
Passo 5: definição dos objetivos de aprendizagem
Intervalo
Passo 6: levantamento de recursos de aprendizagem e estudo individual
Resolução
Passo 7: discussão e resolução do problema a partir da revisão do Passo 4, à luz dos conhecimentos
adquiridos no Passo 6.
Adaptado de: Wood (2003)
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Artigo Científico
ISSN 2317 – 434X
em termos do processo de reelaboração de um
Estudos da FAMEMA (2002), indicaram o PBL
conhecimento mais significativo para os alunos,
como
favorecendo rupturas com o modelo tradicional de
aprendizagem, atribuindo ênfase à construção
ensino capazes de levar a movimentos mais
ativa do conhecimento, como justifica um dos
amplos de mudança. Tanto a problematização
gestores:”[...]eu tiro o professor do centro do
como a ABP promovem rupturas com a forma
processo de ensino, colocando-o como mais um
tradicional de ensinar e aprender, estimulando
ator e coloco os alunos, em vez de elementos
gestão
da
passivos, como elementos ativos do processo da
experiência e reorganização da relação teoria e
construção dos conhecimentos”. Complementando
prática, mas têm potenciais diferentes em termos
essa concepção, outro gestor, acrescentou a
de
importância dos estudantes estarem diante de
participativa
concepção
dos
de
protagonistas
educação
(CYRINO
e
PEREIRA, 2004).
da saúde é complexa, pois exige uma combinação
de várias disciplinas, onde algumas, se aplicam
muito bem a metodologia do PBL, possibilitando
desenvolvimento
preparados
para
metodologia
ativa
de
ensino-
problemas da realidade a serem estudados:
A educação voltada a construção de profissionais
o
uma
de
profissionais
exercer
suas
mais
funções,
aproximando-os o mais cedo possível da realidade
de sua profissão.
“Acreditamos que a prática e a reflexão crítica
podem propiciar mudanças nas concepções de
ensino-aprendizagem e no fazer sujeitos sociais, e
que esta reflexão possa se pautar pelo objetivo
maior que é o perfil do profissional que a
FAMEMA pretende formar, coerente com as
Diretrizes
Curriculares
nacionais”
(
BRASIL,2001).
O curso de Medicina da Universidade Estadual de
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PBL
Londrina (UEL) foi uma das escolas que se propôs
Dentre algumas instituições que se utilizam dessa
a enfrentar esse desafio. Desde 1998, iniciou um
nova
processo de implantação e desenvolvimento de um
abordagem
educacional
no
Brasil,
a
Faculdade de Medicina de Marilia (FAMEMA),
currículo médico integrado ( CAMPOS,1999).
desde 1997, vem desenvolvendo um novo modelo
curricular no curso de graduação, tendo como um
A UEL vem participando desde 2005, do núcleo
de
da
Interinstitucional de Estudos e Práticas de
Aprendizagem Baseada em Problemas. Este é um
Avaliação em Educação Médica (NIEPAEM),
currículo centrado no estudante e orientado à
composto por escolas médicas brasileiras, que
comunidade; fundamenta-se nos princípios de
têem como atividades: elaborar, planejar, aplicar
educação de adultos e busca uma abordagem
e analisar o teste de progresso interinstitucional.
integrada dos problemas de saúde, nas suas
A UEL aplicou um teste de avaliação (TPMed) em
dimensões
2006, e os resultados em relação ao desempenho
seus
eixos centrais
biológica,
a
metodologia
psicológica
e
social
(BALINT, 1984; KOMATSU E LIMA, 2003).
cognitivo dos estudantes do curso, apontaram que
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
houve um aumento no percentual de acerto de
Vernon, Blanke (1993) e Wolf(1993), afirmaram
acordo com a série acadêmica.
que há escassez de estudos de boa qualidade e,
NA UEL, a mudança não se referiu ao método de
ensino-aprendizado, mas a uma mudança de
filosofia educacional que incluiu a integração de
disciplinas de forma vertical e horizontal e a
avaliação do estudante, não só somativa, mas
também formativa. (GORDON,2001).
consequentemente , de evidências disponíveis
concernentes a hipótese de que o PBL, promova
uma aprendizagem ou aprendizes diferentes ou
superiores
quando
tradicional,
comparados
resultados
ao
curso
frequentemente
são
incompletos e pobremente relatados; salientando
que há grande necessidade de estudos originais de
Dentre outras instituições que adotaram o PBL
avaliação bem desenhados e criativos ás questões
destaca-se a PUC-PR, que busca atender ao
cruciais sobre essa metodologia.
desafio de uma formação médica, que leve por
meio da problematização,
uma ruptura com o
currículo mínimo que enquadrava todos os cursos
de graduação em um mesmo modelo, ignorando
ou negando características diversificadas da
sociedade brasileira como: complexidade natural,
social,
heterogeneidade
e
desigualdades
de
diversas naturezas”(BRASIL,2006).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As novas Diretrizes Curriculares de Ensino foram
um importante passo para que se produzissem
mudanças no processo de formação, já que
indicam um caminho, flexibilizam as regras para a
organização de cursos e favorecem a construção
de
maiores
compromissos
Universidade/Instituições
formadoras
da
com
o
Ao final de 2005 foi realizada uma avaliação
Serviço Único de Saúde. Estimulando com isso, a
institucional pela PUC-PR, sobre a satisfação
realização
junto aos alunos do novo modelo curricular,
ensino/aprendizagem
identificando-se que esses tinham incorporado a
relacionam
proposta e passaram a ser grandes parceiros,
principalmente das novas exigências do mercado
contemplando espírito do modelo PBL, isto é,
de trabalho em relação ao perfil dos futuros
participação ativa do aluno como agente na sua
profissionais egressos das universidades.
de
mudanças
coma
e
a
no
na
processo
forma
sociedade,
com
de
se
decorrentes
formação.
Baseado no exposto, pôde-se concluir, que a
Avaliações críticas em relação ao PBL têm sido
metodologia
publicadas, dentre as quais, destaca-se a revisão
educacional que parece trazer respostas a algumas
de Berkson (1993), que concluiu que os graduados
dessas necessidades atuais, consideradas centrais
pelo PBL são indistinguíveis dos que são
no processo de reforma do ensino superior no
formados pelo ensino tradicional.
Brasil, pois nos permite refletir o nosso atual
Em revisões mais sistematizadas sobre o PBL,
vários autores como: Albaneses, Mitchel (1993),
do
PBL
é
uma
abordagem
processo de ensino, rompendo definitivamente
com o modelo tradicional, centralizador, buscando
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
uma integração mais completa efetiva e eficaz da
teoria com a prática e sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBANESE. M. A.; MITCHELL, S. Problembased Learning: a review of literature on its
outcomes and implementation issues.Academic
Medicine,1993;68(1):52-81..
BALINT, M. Médico,seu paciente e a doença. Rio
de Janeiro:Atheneu, 1984.
BERBEL, N.A.N. A problematização e a
aprendiza-gem baseada em problemas. Interface
Comun Saúde Educ 1998; 2:139-54. Ribeiro
ECO. Ensino/aprendizagem na escola médica. In:
Marcondes E, Gonçalves E, organizadores.
Educação médica. São Paulo: Sarvier; 1998. p. 409.
BERKSON,L.Pproblem.based Learning: The
expectation been met? Acad.med-,v.10,s 79588,1993.
BLIGH J. Problem-based learning in medicine: an
introduction. Postgrad Med J. 1995; 71:323-6.
BRASIL.Ministério da Educação.Conselho
Nacional de Educação.Parecer CNE/CES
1.133/2001,de 7 de agosto de 2001:Diretrizes
curriculares nacionais dos cursos de graduação em
enfermegem,medicina e nutrição.Brasília;2001.
BURGARDT, C. I. (2002), “A aprendizagem
baseada em problemas na fase pré-clínica do curso
de medicina da PUC-PR”. Curitiba, Dissertação
(Mestrado em Educação) – Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. How to read
clinical journals: I. why to read them and how to
start reading them critically. Can Med Assoc J.
1981; 124:555-8.
CAMPOS, JJB. Como abrir caminhos para a
transformação do ensino médico no Brasil. Rev.
Bras. Educ. Méd. 1999; 23 (2/3):11-20.
CUNHA, M.I.; MARSICO, H.L.; BORGES, F.A.;
TAVARES, P. Inovações pedagógicas na
formação inicial de professores. In: Fernandes
CMB, Grillo M, organizadores. Educação
superior: travessias e atravessamentos. Canoas:
Editora da ULBRA; 2001. p. 33-90.
CYRINO, E.G.; PEREIRA, M.L.T. Trabalhando
com estratégias de ensino-aprendizado por
descoberta na área da saúde: a problematização e a
aprendizagem baseada em problemas. Cad. Saúde
Pública vol.20 no.3 Rio de
Janeiro May/June 2004.
FELETTI, G. Inquiry based and problem based
learning; how similar are these
approaches to nursing and medical education.
Higher Education Research and Development
1993; 12:143-56.
FACULDADE DE MEDICINA MARÍLIA
(FAMEMA). Guia do processo de ensinoaprendizagem: aprender a aprender”. São Paulo:
Faculdade de medicina de Marília:2002.
FEURWERKER, L.C.M.; SENA, R.R. A
contribuição ao movimento de mudança na
formação profissional em saúde: uma avaliação
das experiências UNI. Interface - Comunic.,
Saúde, Educ. 2002;6(10):37-50.
FEUERWERKER, L.C.M. Gestão dos processos
de mudança na graduação em
medicina. In: Marins JJN, Rego S, Lampert JB,
Araújo JGC, organizadores. Educação médica em
transformação: instrumentos para a construção de
novas realidades. São Paulo: Hucitec; Rio de
Janeiro: Associação Brasileira de Educação
Médica; 2004.
GORDON P.A new curriculum in lomdrina:the
Desn’s perspective on the change process projet,
Chicago:Departament of medical
Educacion,College of Medicine,University Illinois
at Chicago:2001.
JÚNIOR, A.C.C.T; IBIAPINA, C.C ; LOPES,
S.C.F ; RODRIGUES, A.C.P ; SOARES, S.M.S.
Aprendizagem baseada em problemas: uma nova
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.
Faculdade Leão Sampaio
Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. Ano I, v.1, n.1, mar, 2013. ISSN 2317 – 434X
referência para a construção do currículo médico.
Revista Médica de Minas Gerais 2008; 18(2):
123-131
SPAUDING, W.B. The undergraduetemeical
curriculum (1969 model) at Mc MasterUniversty.
Can. Med.Assoc. J., v.100,p.659-664, 1969.
KOMATSU, R.S.; LIMA,V.V. Manual Famema
2003. Marília: Faculdade de Medicina de Marília,
2003.
VENTURELLI, J. Educación médica: nuevos
enfoques metas y métodos. Washington, DC:
Organización Panamericana de la
Salud/Organización Mundial de la Salud; 1997.
KOMATSU, R.S.; ZANOLLI, M.; LIMA, V.V.
Aprendizagem baseada em problemas. In:
Marcondes E, Gonçalves E, organizadores.
Educação médica. São Paulo: Sarvier; 1998. p.
223-37.
LEAL, M.A.G.B; FILHO, C.J.A.; FILHO, R.F.A,
BEZERRA, R.F.A.; BARROS, A.I.S.; MOTA,
J.G.A.; MAIA, T.L.A. Aplicação de conceitos
teórico-práticos da aprendizagem baseada em
problemas em aulas de ressuscitação
cardiorrespiratória. Pesq. Méd. Fortaleza,
v.1,n.2,p. 26-31,abr./jun.1998
VERNON D.T., Blanke RL.Does problem-based
learning Work? A meta-analysis of evaluative
research. Acad emic Medicine.1993;71(11): 550563.
WOOD, D. F., (2003), ”Problem based learning.
(ABC of learning and teaching in medicine)”,.
British Medical Journal, 0959-8146, v. 326 i.
7384, p. 328-330, 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde.
Departamento de Gestão da Educação na Saúde.
Informação:avaliação institucional e das
condições de ensino nas carreiras da saúde.
Brasília, 2003.
PIAGET, J. Development and learning. v. 11, n. 3,
p.176 – 86. 1964.
PIAGET, J. . Rio de Janeiro: LTC Editora, 1987.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO
PARANÁ. Projeto pedagógico do curso de
medicina. (mímeo.) PUCPR:2005.
SCHMIDT, H.G. Foundations of problem-based
learning: some explanatory notes. Med Educ.
1993; 27:422-32.
SCHLEMMER, E. Projetos de Aprendizagem
Baseados em Problemas: uma metodologia
interacionista/construtivista para formação de
comunidades em Ambientes Virtuais de
Aprendizagem. Colabora, Curitiba, v.1, n.1 - p. 411, agosto 2001.
Rev. Interfaces. Ano I, v. 1, n.1, mar, 2013.