1 TEORIA DO PENSAMENTO COMPLEXO: UMA NOVA ABORDAGEM DO MUNDO Ricardo Serra Borsatto1 Michelle Melissa Althaus Ottmann2 Nilce Nazareno da Fonte3 4 Cesário de Moraes Leonel Ferreira RESUMO Este ensaio objetiva a realização de reflexões e questionamentos que possam auxiliar na compreensão e conscientização sobre a teoria do pensamento complexo. Aborda as bases do pensamento reducionista e busca introduzir o leitor ao novo paradigma do pensamento complexo. Por fim, propõe que este novo paradigma pode contribuir na construção de novos conhecimentos, mais pertinentes e úteis que auxiliem na formulação de novas propostas de desenvolvimento, que sejam mais abertas, racionais, críticas, reflexivas, autocríticas e aptas a se autoreformarem. Palavras Chave: Educação; paradigmas; transdisciplinaridade ABSTRACT This essay aims to carry out reflections and questionings that can contribute in understanding and comprehending complex thinking theory. To this end, is presented the bases of Cartesian thinking and introduced to the reader the new paradigm of complex thinking. This paper concludes that this new paradigm can contribute in the construction of new knowledge, witch are more relevant and useful, helping to formulate new development purposes, which are more opened, rational, critic, reflexive and able to reform itself. Keywords : Education; paradigms; transdisciplinarity. 1 Eng. Agrônomo, Doutorando pela Linha de Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável da FEAGRI/UNICAMP; Professor Associado da FATEC-Itapetininga - [email protected] 2 Eng. Florestal; Doutoranda em Agronomia - Produção Vegetal - [email protected] 3 Profa. Dra., Curso de Pós - Graduação em Produção Vegetal, Depto. Fitotecnia e Fitossanitarismo, Universidade Federal do Paraná - [email protected] 4 Prof. Pleno da da FATEC-Itapetininga 2 INTRODUÇÃO O conhecimento científico é uma conquista recente da humanidade, surge no século XVII com a revolução galileana; porém, nestes seus aproximadamente quatrocentos anos de existência, contribuiu para evoluir de forma espantosa nas diversas áreas do conhecimento, ( a física, a biologia, a psicologia e/ou a sociologia), por meio de métodos de verificação empírica e lógica. O conhecimento científico, utilizando-se da Razão, rejeita os mitos trazendo luz ao nosso saber (ARANHA; MARTINS, 1993). Mas, apesar de toda esta evolução, o erro, a ignorância, a cegueira, a desigualdade social, as guerras, a destruição ambiental, a ameaça nuclear, e um número infinito de problemas progridem simultaneamente aos nossos conhecimentos.(MORIN, 2001b). Aranha e Martins (1993) destacam que está embutido no ideal cientificista o “mito do progresso”, utilizado atualmente para justificar as ações humanas, que crê que qualquer progresso científico é socialmente desejável e que toda a sociedade se beneficia de forma homogênea dele. Porém, esta ideologia, implicitamente, oculta as distorções dos modos de distribuição deste progresso e os custos sociais sempre presentes nas mudanças tecnológicas. É fácil perceber algumas das consequências deste mito; as construções urbanas tornaram a vida humana cada vez mais solitária; as fábricas poluem o ar que respiramos; a especulação imobiliária destrói a natureza; a modernização da agricultura compacta os solos, polui os rios e exclui os pequenos agricultores; “a opulência não expulsa a miséria, mas convive com ela lado a lado” (ARANHA; MARTINS, 1993, p. 132). O conhecimento científico surgiu para que se pudesse conhecer melhor o mundo e, deste modo, melhorar as vidas humanas, em parte contradiz a sua função, parece que se está desenvolvendo uma inteligência cega, que não sabe para onde está caminhando. A base da ciência moderna tem sua origem metodológica nas quatro regras propostas por René Descartes em 1637, que separou o sujeito pensante (ego cogitans) e a coisa extensa (res extensa), isto é, separou a filosofia da ciência, e coloca como 3 verdade as idéias “claras e distintas”. A segunda regra proposta por Descartes preconiza que se deve dividir cada problema encontrado em tantas pequenas partes quanto fosse possível e necessário para melhor resolvê-lo, isto é a redução do todo a suas partes, como postura metodológica, sendo umas das mais caras tradições do pensamento científico atual (DESCARTES, 2002). Neste paradigma a Natureza só é cognoscível por meio dos números, do quantitativo e das pequenas partes. Isto acaba por não considerar em suas interpretações os juízos, valores, sentimentos e a própria realidade (BONILLA, 1992). Não se pode e não é desejável que se despreze a ciência e a razão; pois, por meio delas, espanta-se o medo causado pela ignorância e pela superstição, que em muitos aspectos, permitiu a melhoria da qualidade de vida da humanidade. Este paradigma, em que se baseia o pensamento científico ocidental, garantiu sem dúvidas, os grandes progressos do conhecimento científico e da reflexão filosófica. Porém, é necessário atentar para as suas consequências nocivas que começam a se revelar, de forma contundente, no século XX e XXI. Os autores concordam com Edgar Morin (2001a), o preconizador da teoria do pensamento complexo, quando este coloca que vive-se o “paradigma da simplificação,” no qual imperam os princípios de disjunção, redução e abstração. Morin (2001b) evidencia que é necessária uma tomada de consciência radical e alerta que: a- a causa profunda do erro está no modo em que organizamos o nosso saber em sistemas de ideias (teorias, ideologias); b- existe uma nova ignorância ligada ao desenvolvimento da própria ciência; c- existe uma nova cegueira ligada ao uso degradado da razão; d- o progresso cego e descontrolado do conhecimento científico é que está causando as mais graves ameaças em que a humanidade incorre (armas nucleares, manipulações de todas as espécies, desequilíbrio ecológico, etc.). Este ensaio não tem como objetivo a condenação do pensamento reducionista, muito menos menosprezar as contribuições que este trouxe para o desenvolvimento da 4 humanidade, e sim contribuir na conscientização sobre o pensamento complexo que, na visão destes autores, pode auxiliar no desenvolvimento de novas propostas que sejam mais abertas, racionais, críticas, reflexivas, autocríticas e aptas a se autoreformarem. O DESAFIO DA COMPLEXIDADE Os animais se dividem em: a) pertencentes ao imperador, b) embalsamados, c) domesticados, d) leitões, e) sereias, f) fabulosos, g) cães em liberdade, h) incluídos na presente classificação, i) que se agitam como loucos, j) inumeráveis, k) desenhados com pincel muito fino de pêlo de camelo, l) et cetera, m) que acabam de quebrar a bilha, n) que de longe parecem moscas. Jorge Luis Borges A frase acima consegue, poeticamente, expressar de forma precisa a complexidade observável nos animais. A teoria do pensamento complexo não é algo concreto ou palpável, não traz uma fórmula e muito menos propõe uma técnica. Fonte (2004) coloca que o pensamento complexo trata-se de um processo mental, um modo de pensar que nos leva a uma tomada de consciência e, consequentemente, a modos de ver e sentir diferentes. A palavra Complexus significa o que está tecido junto, deste modo, há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo. A complexidade é o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos que constituem o nosso mundo (MORIN, 2001c). O pensamento complexo tenta dar conta daquilo que o pensamento simplificador desfaz ou é incapaz. De uma maneira geral, trata da conciliação das várias esferas do conhecimento e da vida moderna, articula o que está dissociado e distinto e distingue o que está indissociado. (FONTE, 2004). A formação, tanto escolar quanto universitária, nos ensina a separar as disciplinas umas das outras para não ter que relacioná-las, separar o objeto do seu contexto e manter o sujeito afastado de seu objeto de estudo. Esta separação e fragmentação do saber é incapaz de compreender o complexo. Corrobora-se, aqui, a visão de Almeida e Carvalho (2002) quando afirmam que a tradição do pensamento que forma o ideário de nosso sistema de ensino ordena que se 5 reduza o complexo ao simples, que se separe o que está ligado, que se unifique o que é múltiplo, que se elimine tudo que traz desordens ou contradições para o nosso entendimento. A inteligência, que só sabe separar, rompe o caráter complexo do mundo em fragmentos desunidos, fraciona os problemas e unidimensionaliza o multidimensional. Ao utilizar o ser humano como exemplo, na química aprende-se que este é simplesmente uma estrutura de carbono e nitrogênio e mais alguns elementos, que se unem de forma específica e que os pensamentos nada mais são do que descargas bioquímicas; na biologia somos um amontoado de células especializadas que devido à configuração do código genético, nascem, se diferenciam e morrem. Dentro desta visão fragmentada, o ser humano pode ser somente um ser racional, que objetiva unicamente o acúmulo de riquezas ou a manutenção de sua existência. Mas, na verdade, o ser humano é tudo isto e muito mais. Este não vive somente de racionalização e de técnica, mas também dedica uma grande parte de seu tempo a danças, mitos, ritos, festas, cerimônias, desperdícios, consumismos. A teoria do pensamento complexo alerta que se deve levar em consideração todos os diversos fatores que possuem alguma relação com o objeto em análise, para que seja possível entender de forma mais completa e correta a sua importância. Deve-se enfrentar a confusão, a solidariedade dos fenômenos, a bruma, a incerteza, a contradição. Morin (2001a) ensina que o conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo, e sim somente uma tradução e reconstrução cerebral com base nos estímulos ou sinais captados pelos sentidos. Deste modo, deve-se sempre questionar a atitude humana que acata paradigmas sem questioná-los. A complexidade não deve ser considerada uma receita ou uma resposta, mas sim uma motivação para pensar; desse modo, é impossível conhecer o todo sem conhecer as partes, tampouco não se conhece as partes se não conhecer o todo (PASCAL, 1976 apud MORIN, 2001c). Acredita-se que a complexidade deve ser um substituto eficaz da simplificação, mas que, como a simplificação, vai permitir programar e esclarecer (MORIN, 2001a). 6 O NOVO PARADIGMA “O meio ambiente não é o espaço em que vivemos, mas o espaço do qual vivemos” Ana Primavesi Thomas Kuhn (1994) coloca que paradigma científico é o universo de valores culturais ideológicos, históricos e epistemológicos que condicionam a produção do conhecimento. Durante o Renascimento a observação armada da natureza e a experimentação de hipóteses tornaram-se o paradigma da nova ciência. Para Laplace, a natureza poderia ser, por completo, reconhecida e reduzida a um sistema inteiramente objetivo e perfeitamente previsível. Este novo paradigma se opôs de maneira contundente às bases puramente racionais que predominavam anteriormente, ou seja, a filosofia clássica (PEREIRA, 2004). O dualismo entre as abordagens filosófica e experimental chega aos dias de hoje na oposição entre as pesquisas qualitativas e quantitativas; entre ciências “soft” e “hard”, entre visões humanistas e tecnicistas. Faz-se necessária a superação deste dualismo e a conformação de um novo paradigma científico que seja capaz de solucionar esta dicotomia em que, de um lado, estão os saberes desunidos, divididos e compartimentalizados e, de outro, as realidades ou problemas cada vez mais globais, multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, planetários. Onde não predomine nem uma visão sectária humanista que nega a técnica, nem uma concepção mítica do tecnicismo desumanizante. (FREIRE, 2002; MORIN, 2001a). A educação e a investigação precisam ser operações simpáticas, no sentido etimológico da expressão. Isto é, tem de constituir-se na comunicação, no sentir comum uma realidade que não pode ser vista mecanicistamente compartimentada, simplesmente bem “comportada”, mas na complexidade de seu permanente vir a ser (FREIRE, 2005). Morin (2001c), propõe que para a realização de estudos que utilizem a teoria do pensamento complexo como um novo paradigma científico, se faz necessário evidenciar 7 algumas dimensões que possam gerar informações e soluções mais próximas da realidade e que possuam veracidade, coerência e maior sustentabilidade, tais como: Compreender o contexto – O conhecimento das informações ou dos dados isolados é insuficiente para a compreensão da realidade. É preponderante situar as informações e dados em seu contexto para que eles ganhem significado e acrescentem conhecimento. Entender as relações globais (entre o todo e as partes) - A dimensão global é maior que a contextual, ela é composta pelo conjunto das diversas partes ligadas a ele de modo inter-retroativo ou organizacional. É como a comunidade em que vivemos, que ao mesmo tempo que nos modela também é modelada por nós. O todo tem qualidades ou propriedades que não são encontradas nas partes se estas estiverem isoladas umas das outras. Ao mesmo tempo certas propriedades podem ser inibidas pelas restrições provenientes do todo. Ter uma abordagem multidimensional. Unidades complexas como o ser humano, a natureza ou a sociedade são multidimensionais: desta forma o ser humano é ao mesmo tempo biológico, psíquico, social, afetivo e racional. E estas dimensões se inter-relacionam permanentemente modificando-se constantemente. Entender a complexidade, onde todos os fatores constituintes e constituídos pelo estudo possuem grande relevância, influenciando de maneira significativa o seu sucesso ou fracasso no longo prazo. Outro ponto preconizado pela teoria do pensamento complexo é que a incerteza faz parte do mundo, e esta realidade deve ser considerada. Nos séculos precedentes sempre se acreditou em um futuro que fosse repetitivo ou progressivo. A teoria do pensamento complexo coloca que o futuro permanece aberto e imprevisível, por mais que se tente controlar todas as variáveis, sempre existirá a possibilidade do incerto. Quem poderia prever o tsunami que atingiu a Ásia no final de 2004? Ou a seca que desapareceu com a água de diversos lagos e rios da Amazônia em 2005? O incerto está presente em nossas vidas a todo o momento e é preciso ter consciência disto, pois graças ao que não pode ser previsto é que surge o novo. Na visão da complexidade, o universo é o jogo e o risco da dialógica entre a ordem, a desordem e a organização (MORIN, 2001c). 8 É necessário que o ser humano entenda que ele faz parte de um contexto, não é parte isolada do mundo, todas as suas ações gerarão uma reação. O ser humano precisa perceber que vive em um planeta chamado Terra, do qual ele é, ao mesmo tempo, parte dependente. Deste modo, evidencia-se, que todo conhecimento precisa ser contextualizado, multidimencionalizado, complexado, globalizado, pois somente assim ele será eficaz e útil; e não como atualmente, em que os conhecimentos gerados se encontram fragmentados em diversas disciplinas e muitas vezes escondidos atrás de estantes, praticamente sem função (MORIN, 2001c). PERSPECTIVAS E CONCLUSÕES “Todas as coisas estão ligadas, assim como o sangue que une uma família” (Ted Perry, inspirado no Chefe Seattle) Para melhor compreender a complexidade não é necessário se ater às novas descobertas científicas da nanotecnologia, da física quântica, da cosmologia ou até mesmo da ecologia, ciências que evidenciam que o pensamento cartesiano não conseguem mais explicar os seus fenômenos. Pode-se facilmente verificar que a complexidade acontece em nossa vida cotidiana. Por exemplo, cada ser humano é ao mesmo tempo, uno e múltiplo e representa vários papéis sociais, seja em casa, seja no trabalho, na igreja, com os amigos ou com desconhecidos, temos uma multiplicidade de identidades que se interagem incessantemente. É perceptível que nem o ser humano, nem o universo funcionam como um motor de carro, em que cada peça possui uma função específica e é constituído por elementos de máxima resistência e durabilidade em função do trabalho que irão realizar. Nesse caso a quebra de qualquer uma das peças compromete todo o sistema e é necessário chamar um mecânico para consertá-lo. Pelo contrário, nós e o universo somos máquinas vivas, auto-organizadas, constituídas de elementos de baixa fiabilidade. Somos constituídos de moléculas e células que morrem e renovam-se a todo o momento, de tal modo que o organismo permanece idêntico a ele próprio apesar da renovação de todos os seus componentes. Ao 9 contrário do motor do carro, o conjunto possui grande fiabilidade apesar da instabilidade de seus componentes. A teoria do pensamento complexo busca utilizar uma visão mais abrangente e holística, respeitando as variadas dimensões existentes em qualquer objeto de estudo, sempre visando destacar e entender as contradições existentes, e ao mesmo tempo manter um olhar integrador. Neste novo paradigma se considera que um indefinido número de fatores pode influenciar o objeto de estudo e ao mesmo tempo ser influenciado por este. Estes fatores, em grande parte, não são passíveis de serem controlados, isolados ou quantificados com precisão. Neste paradigma, têm-se consciência de que cada observador possuirá uma interpretação diferente do mesmo fenômeno e que cada fenômeno é uma experiência única e dificilmente se repetirá de maneira igual e sim, talvez, semelhante. O desenvolvimento de novos conhecimentos científicos que utilizem como “pano de fundo” a teoria do pensamento complexo é fundamental para que se encontrem caminhos que levem ao desenvolvimento da sociedade no mais amplo sentido da palavra, e que este desenvolvimento traga resultados positivos para a sociedade local, regional, nacional e mundial. Por fim encerra-se este artigo com a frase síntese de Borsatto et al. (2006, p. 156). O mérito do pensamento complexo consiste no fato de priorizar o enfoque transdisciplinar para abordar e propor estratégias, portanto, não é um pacote de intervenções, mas um conjunto de reflexões elaboradas a partir de múltiplas dimensões. 10 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. C.; CARVALHO, E. A. (Org.). Educação e Complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002. 104p. ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993. 395p. BONILLA, J. A. Fundamentos da Agricultura Ecológica. São Paulo: Nobel, 1992. 260p. BORSATTO, R. S.; OTTMANN, M. M. A.; FONTE, N. N.; MACEDO, R. B.; PALMA, S. L. O problema da fragmentação do saber na formação de engenheiros agrônomos e florestais. Contexto & Educação, v.73/74, p.143-159, 2006. DESCARTES, R. - Discurso do método: para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Paulus, 2002. 159p. FONTE, N. N. 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