Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES HALLIDAY, RESNICK, WALKER, FUNDAMENTOS DE FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 CAPÍTULO 21 - A TEORIA CINÉTICA DOS GASES 65. Um gás diatômico cujas moléculas apresentam rotação, mas não oscilam, perde 90 J de calor. A perda de energia interna do gás será maior se o processo for à pressão constante ou a volume constante? (Pág. 230) Solução. No processo a volume constante, o trabalho executado pelo gás é nulo. Logo: ∆Eint,V = Q − W = Q − 0 = Q ∆Eint,V = −90 J No processo à pressão constante, teremos: ∆Eint, p = Q − W = Q − p∆V = Q − nR∆T (1) (2) Em qualquer processo envolvendo gás ideal vale a seguinte relação: f ∆Eint =∆Eint, p =nCV ∆T =n R ∆T 2 Na equação acima, f corresponde ao número de graus de liberdade associado ao gás. No presente caso, o gás diatômico apresenta 3 graus de liberdade translacional e 2 rotacionais, ou seja, f =5. Logo: 5 ∆Eint, p = nR∆T 2 2 (3) nR∆T = ∆Eint, p 5 Substituindo-se (3) em (2): 2 ∆Eint, p = Q − ∆Eint, p 5 5 5 ∆Eint, p = Q= −64, 28 J ( −90 J ) = 7 7 (4) ∆Eint, p ≈ −64 J Comparando-se (1) e (4), vemos que a maior perda de energia interna se dará no processo a volume constante. Isto não deveria surpreender o aluno. No processo a volume constante nenhuma energia é gasta com trabalho de expansão. Logo toda a variação de energia aparece na forma de variação da energia interna do gás. Nos processos que ocorrem a volume constante, tanto expansão como contração, trabalho e calor têm sempre sinais opostos e, portanto, tendem a tornar menor o valor absoluto da variação da energia interna do processo. ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 1