XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. ANTROPOMETRIA E TEMPERATURA: UM CASE EM UMA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS DE BIOSSEGURANÇA FERNANDO HENRIQUE LERMEN (UNESPAR) [email protected] Gustavo de Souza Matias (UNESPAR) [email protected] Rodrigo Roder (UNESPAR) [email protected] Rubya Vieira de Mello Campos (UNESPAR) [email protected] Celise Roder (INTEGRADO) [email protected] A análise ergonômica do trabalho ajuda a compreender as formas ou estratégias utilizadas pelos trabalhadores no confronto, para minimizar ou limitar as suas condições patogênicas. Partindo deste pressuposto, esse trabalho teve por objetivo desenvolver um estudo ergonômico com foco na antropometria e na avaliação da temperatura de uma indústria de equipamentos de Biossegurança. O método de abordagem adotado foi o qualitativo e quantitativo. A pesquisa classifica-se, quanto aos fins, como descritiva e explicativa. Quanto aos meios como bibliográfica, virtual e estudo de caso. Com a realização do estudo foi possível verificar a importância da ergonomia no ambiente de trabalho e na obtenção de melhores resultados produtivos. Sugeriu-se para a empresa fazer um isolamento térmico em suas estruturas e a instalação de exaustores, assim como melhorar a arborização no entorno da mesma. Palavras-chave: Ergonomia, Antropometria, Temperatura. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 1. Introdução A Segurança do Trabalho é uma função empresarial que tem se tornado uma exigência conjuntural. As empresas devem se preocupar com a saúde de seus colaboradores, para que estes possam produzir com eficiência e com melhores condições de trabalho. Sendo assim, por meio de visitas à empresa, identificou-se a necessidade de realizar um estudo ergonômico na mesma. O estudo ergonômico do trabalho ajuda a compreender as formas ou estratégias utilizadas pelos trabalhadores no confronto, para minimizar ou limitar as suas condições patogênicas. As novas tecnologias trouxeram benefícios inestimáveis, mas, também, novas restrições e imposições ao de modo de funcionamento dos indivíduos (ABRAHÃO et al., 2009). O tema do estudo, segundo as áreas e subáreas de Engenharia de Produção apresentado pela ABEPRO (2008), faz parte da área de Engenharia do Trabalho e subárea Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho. O objetivo do foi desenvolver um estudo ergonômico com foco na antropometria e na avaliação da temperatura de uma indústria de equipamentos de Biossegurança situada no município de Campo Mourão-PR. 2. Ergonomia A ergonomia pode ser definida como o conjunto de conhecimentos científico relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo conforto, segurança e eficiência (LAVILLE, 1977). Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os aspectos organizacionais. De acordo com Falzon (2007) o objetivo da Ergonomia é elaborar, com a colaboração das diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que numa perspectiva de aplicação, deve ter como finalidade uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos de produção e dos ambientes de trabalho e de vida. A ergonomia tem uma visão ampla, abrangendo atividades de planejamento e projeto, que ocorrem antes do trabalho ser realizado, e aqueles de controle e avaliação, que ocorrem durante e após esse trabalho. Tudo isso é necessário para que o trabalho possa atingir resultados desejados (IIDA, 2005). De acordo com Abrahão et al. (2009, p. 12), os trabalhadores especializados em ergonomia atuam em diferentes focos, abordando características específicas do sistema, como, Ergonomia Física, Cognitiva e Organizacional. 2.1. Objetivos básicos da ergonomia A ergonomia estuda diversos fatores que influenciam no desempenho do sistema produtivo e procura reduzir as suas consequências nocivas sobre o trabalhador. Assim, ela procura reduzir a fadiga, estresse, erros, e acidentes, proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores, durante o seu relacionamento com o sistema produtivo (IIDA, 2005). 2 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. De acordo com Iida (2005, p. 15), alguns fatores são extremamente importantes para que os trabalhadores tenham um grande desempenho, tais como saúde, segurança, satisfação e eficiência. 2.2. Ergonomia na indústria De acordo com Iida (2005), a ergonomia contribui para melhorar a eficiência, a confiabilidade e a qualidade das operações industriais. Isso pode ser feito basicamente por três vias: O aperfeiçoamento do sistema homem-máquina pode ocorrer tanto na fase de projeto de máquinas, equipamento e postos de trabalho, como na introdução de modificações em sistemas já existentes, adaptando-os às capacidades e limitações do organismo humano; Quanto aos aspectos organizacionais do trabalho, procura reduzir a fadiga e a monotonia, principalmente pela eliminação do trabalho altamente repetitivo, dos ritmos mecânicos impostos ao trabalhador, e da falta de motivação provocada pela pouca participação do mesmo nas decisões sobre o seu próprio trabalho; e, A melhoria de condições de trabalho é feita pela análise das condições físicas de trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, gases tóxicos e iluminação. A aplicação sistemática da ergonomia na indústria é feita identificando-se os locais onde ocorrem maiores problemas ergonômicos. Estes podem ser reconhecidos por certos sintomas como alto índice de erros, acidentes, doenças, absenteísmos e rotatividade dos empregados. Por trás dessas evidências podem estar ocorrendo uma inadaptação das máquinas, falhas na organização do trabalho ou deficiências ambientais que provocam tensões musculares e psíquicas nos trabalhadores, resultando nos fatos acima mencionados (IIDA, 2005). 2.3. Temperatura no Ambiente de Trabalho O ser humano tem uma capacidade de manter a temperatura corporal, mesmo se o ambiente passar por variações térmicas, este equilíbrio é adquirido através de perda ou aquisição de calor (LUZ, AZEVEDO & OLIVEIRA, 2008). O homem precisa de sangue quente para sobreviver, segundo Sá (1999), tem a necessidade de manter a temperatura constante de 37ºC, que proporciona o equilíbrio térmico entre o homem e o meio envolvente que tem influência nessa temperatura interna, podendo ter um pequeno desvio entre calor e frio, ou seja, quando há diferenças entre calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o ambiente. De acordo com Sá (1999), o ambiente térmico pode ser definido por variáveis termais do cargo de trabalho que influencia o organismo do trabalhador, sendo um fator que afeta direta ou indireta mente a saúde e bem estar do mesmo, ou na realização das tarefas atribuídas. Os ambientes industriais são frequentes ocorrer um desconforto térmico, denominado “estresse térmico”, comprometendo a produtividade da empresa, e ocasionar acidentes de trabalho. Ruas (1999) destaca que as recomendações ideais de conforto térmico estão presentes na Norma Regulamentadora NR-15 da Portaria 3214/1961. O trabalhador em condições que a temperatura ambiente é muito elevada, pode-se conjugar-se com baixa humidade e circulação de ar deficiente. Desta forma, a 3 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. temperatura registrada, estabelece-se em função dos seguintes fatores: humidade relativa do ar; velocidade e temperatura do ar; calor radiante que é produzido por fontes de calor do ambiente, como fornos, maçaricos, luz intensa. 2.3.1. Índices associados ao stress por calor Atualmente classificam-se 30 índices de “stress” térmico, o mais utilizado é o WBGT (“Wet Bulb Globe Temperature”) que pode ser traduzido por “Índice de Temperatura de Bolbo Húmido e de Temperatura de Globo” (CARNEIRO, 2012). Para o interior ou exterior das edificações sem carga solar, deve ser calculado utilizando a Equação (1): WBGT = 0,7 tnw + 0,3 tg (1) Em que: tnw é a temperatura natural húmida e tg é a temperatura de globo. Para locais exteriores com carga solar deve ser utilizada a Equação (2): WBGT = 0,7 tnw + 0,2 tg + 0,1 ta (2) Em que: ta é a temperatura do ar. Uma vez conhecido o valor de WBGT é possível, mediante comparação com valores de referência, determinar o nível de “stress” térmico a que o trabalhador está sujeito e, caso seja possível justificar, limitar o seu tempo de exposição às condições térmicas que originam o “stress” térmico medido (CARNEIRO, 2012). Na Tabela 1 estão os valores máximos WBGT para o tempo de exposição de 8 horas de acordo com a ISO 7243: 1989, que avalia e regulamenta ambientes quentes, com uma estimativa do stress por calor sobre o trabalhador, baseado no IBUTG (bulbo úmido e temperatura de globo). TABELA 1: Valor máximo de WBGT para o tempo de exposição de 8 horas, conforme a ISO 7243:1989 Tipo de atividade Trabalhador aclimatado Trabalhador não aclimatado Descanso 33 32 Trabalho manual leve 30 29 Trabalho braçal moderado 28 26 Ar parado Corrente de ar Ar parado Corrente de ar Atividade física intensa 25 25 22 23 Atividade física intensa 23 26 18 20 Fonte: Sá (1999) A ISO 7730: 2005- Ergonomics of the thermal environment -- Analytical determination and interpretation of thermal comfort using calculation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria que estuda os aspectos térmicos ergonômicos, apresenta o método de calcular os índices de PMV (variação da temperatura no posto de trabalho) e o PPD (percentual que diminui a temperatura), e como medir os critérios de conforto térmico dos trabalhadores. A Tabela 2, apresentada a variação nas categorias quanto a temperatura. TABELA 2: Variação das categorias das temperaturas nos postos de trabalho. 4 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Categoria A B C PPD (%) <6 < 10 < 15 PMV - 0,2 < PMV > + 0,2 - 0,5 < PMV > + 0,5 - 0,7 < PMV > + 0,7 Fonte: Adaptado de Sá (1999). Para Guedes (2006), o trabalhador que está exposto ao frio natural ou artificial, pode comprometer a sua saúde, facilitando a ocorrência de acidentes no trabalho, e reduzindo a produtividade, baixas temperaturas podem conduzir a dores intensas, em casos extremos a hipotermia, lesões musculoesqueléticas. Ambientes inferiores a 5ºC é preciso cuidado para evitar problemas, pois uma temperatura de -5ºC com um vento de 45 km/h pode produzir um efeito no organismo de -15ºC, as empresas procuram avaliar os riscos que os trabalhadores sofrem com a exposição ao frio (GUEDES, 2006). 3. Revisão de Literatura A revisão de literatura foi realizada em nível nacional. As pesquisas foram realizadas nos eventos de Engenharia de Produção como ENEGEP e SIMPEP além dos portais de pesquisa Scielo e Capes. Foram considerados apenas trabalhos pertinentes ao tema nos períodos de 2009 à 2013. Machado e Nascimento (2013) realizaram a aplicação de um programa de ergonomia no setor de conversão de uma fábrica de papel higiênico no Estado do Rio de Janeiro, em que desenvolveram e aplicaram questionários sobre problemas de dores e a aplicação do método OWAS. Com a realização do trabalho, identificaram que 65% dos funcionários sentem dor foram sugeridas melhorias no setor de conversão. Soares e Silva (2012) realizaram um estudo com objetivo de realizar um estudo ergonômico dos postos de trabalho dos operadores de uma planta industrial em uma mineradora localizada no Estado da Paraíba, bem como levantar sugestões para melhoria dos mesmos de modo, a adequar os postos de trabalho às condições ergonômicas dos operadores. Utilizaram o método RULA e identificaram os locais da empresa que deveriam receber adequação e melhorias. Ribeiro (2009) desenvolveu um estudo ergonômico nos postos de trabalho informatizados e o ambiente de escritório de uma empresa do ramo florestal, em que avaliou os níveis de iluminância, ruído e temperatura, além das posturas dos funcionários, utilizando questionários e analisando movimentos repetitivos, fadiga visual, monotonia, estresse e jornadas de trabalho. Os resultados obtidos identificaram mesas e cadeiras com medidas inadequadas e os níveis de iluminância, de ruídos e temperatura apresentados, estavam abaixo dos limites estabelecidos pela norma. Quanto às posturas, foram identificados trabalhadores com posturas incorretas. 4. Metodologia O método de abordagem adotado foi o qualitativo e quantitativo. A pesquisa classifica-se, quanto aos fins, como descritiva e explicativa. Quanto aos meios classifica-se como bibliográfica, virtual e estudo de caso. O estudo de caso foi realizado em uma empresa do setor de biossegurança que fabrica aparelhos odontológicos localizada na cidade de Campo Mourão – PR. 5 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Para a coleta de dados, realizou-se uma pesquisa in loco, para que fosse possível reconhecer os diversos setores da empresa, bem como, a avaliação dos riscos incorridos na realização de cada atividade realizada pelo setor. De posse de um termômetro de mercúrio inicialmente foi medida a temperatura no período das 08horas00min às 16horas00min. O Quadro 1 mostra a variação de temperatura em diferentes setores da empresa. Quadro 1: Variação da temperatura na empresa Locais de Coleta Temperaturas Encontradas Setores de Produção (média) 32oC Inspeção 26oC Compras 24oC Expedição 22oC Estoque 37oC Cozinha 35oC Fonte: Autores, 2015. E possível analisar, que a temperatura nesse período variou de 22ºC à 37ºC, o que caracteriza uma variação bastante considerável. Outro fator avaliado foi quanto à antropometria. Sendo assim, foram realizadas medições das bancadas de trabalho conforme mostra o Quadro 2. Foi utilizado uma trena para medição e dimensionamento das bancadas de trabalho e a altura dos trabalhadores, que nelas operam. Quadro 2: Dimensões das bancadas e alturas dos indivíduos e altura ideal. Dimensões da Bancada Setor de Produção Altura do Indivíduo (m) (Comprimento x Largura) Marcação de Furacão 2,66 x 0,90/h=0,86 1,56; 1,70 Montagem Inicial 2,78 x 0,60/h=0,86 1,56; 1,70 Montagem Pneumática 2,04 x 0,49/h=0,92 1,56; 1,70 Montagem Elétrica 1,30 x 0,61/h=0,85 1,56; 1,70 Teste 2,81 x 0,65/h=1,00 1,56; 1,70 Limpeza e Polimento 4,72 x 0,57/h=1,02 1,70; 1,80 Embalagem 4,72 x 0,57/h=1,02 1,56; 1,70 União das partes Pneumáticas e inicial 3,00 x 70/h=0,86 1,56; 1,70 Fonte: Autores, 2015. As temperaturas e os fatores antropométricos foram avaliadas de acordo com a NR 17 – Ergonomia, que visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 5. Resultados e Discussões Segundo a NR 17 a temperatura nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, as temperaturas devem estar entre 20ºC À 23ºC, sendo assim a temperatura dos setores citados estavam acima do limite permitido pela norma. Para as atividades em que os operadores devem realizar em pé, ou seja, o teste de qualidade, a limpeza, polimento e embalagem, a NR 17 determina que altura ideal da bancada é de 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos dos mesmos, estando em pé. 6 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Para o teste realizado, com o colaborador (mais alto), com estatura de 1,70 cm, altura dos cotovelos do mesmo de 1,07 cm e a bancada com altura de 1 metro, foi possível afirmar que, a bancada de teste está adequada. Como a bancada de embalagem tem somente 2 centímetros a mais e o colaborador que nela trabalha também tem 1,70 cm, pode-se afirmar que esta bancada também esta adequada. Por fim, para a bancada de embalagem com 1,2 cm e o colaborador que nela trabalha com 1,80 cm, estando seu cotovelo à 1,13 cm do chão, a mesma também encontra-se nas dimensões adequadas. A marcação de furação, a montagem inicial, a montagem pneumática, a montagem elétrica e a junção das partes são feitas com os indivíduos sentados. A altura ideal para bancadas onde são realizadas atividades sentadas é de 68 a 75 centímetros, podendo ter uma variação de 1,5 centímetros pra mais e menos. Após a avaliação, todas as bancadas ultrapassam a medida máxima. Quanto a essas bancadas, sugeriu-se o uso de cadeiras mais altas, o que seria uma opção mais fácil. Para os setores de vendas, P&D, finanças e recepção onde os indivíduos tem que ficar sentado todo tempo, foram sugeridas algumas mudanças, tais como posicionar o monitor de modo que o topo da tela fique à altura dos olhos e manter uma distância de 45 cm a 70 cm, com leve inclinação e sem reflexos. Os cotovelos devem ficar juntos ao corpo e embaixo dos ombros, mantendo uma flexão de 90°. Antebraços, punhos e mãos devem ser mantidos apoiados em linha reta em relação ao teclado mouse. 6. Considerações finais O projeto de Ergonomia dentro de uma empresa é muito importante pois aborda vários aspectos que podem estar causando doenças de trabalho e fadiga nos colaboradores, consequentemente contribuindo para uma diminuição da produtividade. Quanto aos aspectos observados na empresa, sugeriu-se para a mesma, adequação dos problemas encontrados. Se a mesma visa uma maior produtividade juntamente com uma maior satisfação dos trabalhadores, é essencial que os mesmos tenham melhores condições de trabalho. Algumas das sugestões para amenizar os problemas seria fazer um isolamento térmico nas estruturas ou verificar a possibilidade da instalação de exaustores. Uma outra opção a longo prazo, prazo seria a plantação de arvores no entorno da empresa. Visto que, altas temperaturas podem estar causando fadiga e desconforto nos colaboradores o que contribui para a redução da produtividade. Referências ABEPRO – Associação Brasileira de Engenharia de Produção. 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