Projeto Visual Maria Alice Grigas Varella Ferreira EP-USP Abril 2003 1 Projeto Visual Afeta: Impressão inicial do usuário Usabilidade a longo prazo Procura atingir: Clareza visual Codificação visual Consistência visual Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 2 Projeto Visual Inclui: Todos os elementos gráficos da interface: layout da tela, menus, formulários, Imagens, etc Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 3 Clareza visual Clareza visual: “ O significado da imagem deve ser claro para o usuário” “ É necessário organizar visualmente a informação para reforçar a organização lógica” Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 4 Clareza Visual Regras para a organização visual : (Wertheimer – 1930) Ênfase no todo, e não nas partes (Gestalt) Similaridade Proximidade Fechamento (closure) Continuidade Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 5 Clareza Visual SIMILARIDADE – Dois estímulos que apresentam uma propriedade comum são vistos da mesma forma PROXIMIDADE – Dois estímulos visuais que estão próximos são vistos juntos Exemplos: Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 6 Similaridade e proximidade Regras de Gestalt : no quadro da esquerda, os elementos estão próximos (uniformidade total); à direita, a proximidade induz o agrupamento horizontal. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 7 Similaridade e proximidade Regras de Gestalt : no quadro da esquerda, os elementos estão próximos (uniformidade total); à direita, a proximidade induz o agrupamento vertical. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 8 Similaridade e cor Regras de Gestalt : no quadro da esquerda, os elementos estão próximos (uniformidade total); à direita, a cor induz o agrupamento vertical. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 9 Similaridade, proximidade e cor Regras de Gestalt : no quadro da esquerda, os elementos estão próximos (uniformidade total); à direita, a cor induz o agrupamento horizontal, que é reforçado ainda mais pela proximidade. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 10 Similaridade, proximidade e cor Regras de Gestalt : no quadro da esquerda, os elementos são iguais e estão próximos, mas foram diferenciados pela cor que induz o agrupamento horizontal; à direita o agrupamento foi reforçado pelo distanciamento. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 11 Fechamento FECHAMENTO – se um conjunto de estímulos quase delimitam uma área ou podem ser assim interpretados, o observador enxerga esta área Foley et al., 1990 Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 12 Continuidade CONTINUIDADE – as linhas que se juntam num arranjo de linhas, são vistas como contínuas, quanto maior for a regularidade da junção Janelas superpostas Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 13 Continuidade Mas, poderia ser isso! Foley et al., 1990 Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 14 Projeto visual Cor da Área Automático Invisível Cor da Borda Automático Invisível Largura da Borda Projeto Visual pobre, sem maiores preocupações com o projeto da tela e das caixas de seleção Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 15 Uso de fechamento e de agrupamento no projeto visual da tela Cor da Área Automático Invisível Cor da Borda Automático Invisível Largura da Borda Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 16 Proximidade, reforçando o alinhamento horizontal Alinhamento de objetos: Esquerda Centralizado Direita Topo Centralizado Base Sugere alinhamento vertical Alinhamento de objetos: Esquerda Centralizado Direita Topo Centralizado Base Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP Mas o alinhamento é horizontal 17 Uso de correspondência espacial para reforçar o significado Alinhamento de objetos: Esquerda Centralizado Direita Topo Centralizado Base Alinhamento de objetos: Topo Centralizado Base Esquerda Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP Centralizado Direita 18 Clareza Visual Cuidado. Regras mal usadas podem enganar real o usuário! ATE BITE DOG FAR GET HAT BATE CAT EAST FAT GOT HIGH BET CUP EASY FITS GUT HIT Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP ATE BATE BET BITE CAT CUP DOG EAST EASY FAR FAT FITS GET GOT GUT HAT HIGH HIT 19 Organização aplicada a menus Aplicação das regras na organização de um menu ROTATE X ROTATE Y ROTATE Z TRANSLATE X TRANSLATE Y TRANSLATE Z ROTATE X ROTATE Y ROTATE Z TRANSLATE X TRANSLATE Y TRANSLATE Z Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP ROTATE X Y Z TRANSLATE X Y Z 20 Organização de Menus Menu típico do sistema Microsoft PowerPoint: A organização é padronizada para todos os programas do pacote (Office). Os itens têm o mesmo significado para cada programa do pacote; os itens são colocados sempre na mesma ordem (consistência) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP Itens de mesma categorias são apresentados juntos 21 Codificação Visual Codificação visual “Criar distinção entre os diferentes tipos de objetos” Quantas categorias diferentes uma técnica pode codificar Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 22 Codificação Visual Técnicas: Cor Forma Tamanho / extensão Aspecto Intensidade Textura Espessura / estilo de linha Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 23 Codificação Visual A má codificação pode induzir à confusão e erro Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 24 Codificação Visual Uso de legendas 10 cores 6 tamanhos de áreas 6 extensões (tamanho/comprimentos) 4 intensidades 24 ângulos 15 formas geométricas Desempenho com 95% de acertos, sem legendas Van Cott and Kinkade (72) apud Foley et al. (90) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 25 Codificação Visual Redundância Dois códigos representando a mesma informação Cor é de uso redundante, quase sempre Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 26 Codificação Visual Seleção do código Quantos códigos são necessários? Qual o tipo de informação? Nominativa – dá nomes a elementos; não há noção de ordem Ordinária – apresenta relação de ordem; não há métrica definindo esta relação Proporcional (ratio) – apresenta uma métrica; ex: temperatura, peso Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 27 Codificação Visual Seleção de código Número fixo de códigos: Cor é melhor que forma ou tamanho 8% dos homens têm problemas com cores! contornar através do uso de redundância Intensidade – importante para vídeos preto e branco Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 28 Codificação Visual Apresentação da informação nominativa Não inferir ordem Melhores técnicas Formas Estilos de linhas Texturas Aspectos do texto 2 ou 3 técnicas no máximo para não causar confusão Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 29 Codificação Visual Apresentação da informação ordinária (ordenada?) Sugerir ordem Melhores técnicas Texturas com densidade variável Tamanho do texto Técnicas que reforcem o peso visual (negrito) Hierarquia topográfica Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 30 Apresentação da informação NÍVEL PRINCIPAL NIVEL SECUNDÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL QUATERNÁRIO NÍVEL QUATERNÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL PRINCIPAL NIVEL SECUNDÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL QUATERNÁRIO NÍVEL QUATERNÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL PRINCIPAL NIVEL SECUNDÁRIO Indentação NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO NÍVEL QUATERNÁRIO NÍVEL QUATERNÁRIO NÍVEL TERCIÁRIO Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP Hierarquia de estilos tipográficos 31 Codificação Visual Apresentação da informação proporcional Código que varie proporcionalmente Melhores técnicas Tamanho Extensão Orientação Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 32 Codificação Visual Técnicas especiais Posicionamento em escala Posicionamento em identidade, em escalas não alinhadas Extensão Ângulo entre 2 linhas / inclinação de linhas Área Volume, densidade, saturação da cor Matiz Cleveland e McGill (84), Cleveland e McGill (85) apud Foley et al. (90) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 33 Codificação Visual Cuidados Verificar regras de similaridade na codificação Verificar agrupamentos lógicos Apresentação de dados quantitativos Gráfico de barras Gráficos de pizza Tendências (Vários autores estudam o assunto) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 34 Gráfico de Barras Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 35 Codificação Visual Mecanismos de atenção Única cor / forma Cursor rotativo / pulsante Vídeo reverso Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 36 Consistência Visual “Uso consistente das regras de organização visual, de combinação dos elementos visuais em objetos / ícones”. Aspecto do tópico Consistência Elementos visuais = letras alfabeto visual Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP alfabeto 37 Consistência Visual Ex. de alfabetos Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 38 Projeto da tela Menus Área de prompts Área de trabalho Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 39 Projeto Visual - Princípios Balanceamento – o centro da tela coincide com a posição natural da vista do observador Exemplo: Word Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 40 Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 41 Projeto Visual - Princípios Grade (gridding) – alinhamento dos objetos segundo uma grade Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 42 Alinhamento dos botões na grade Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 43 Alinhamento de objetos Janela Modal Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 44 Projeto Visual - Princípios Proporção – tamanho das áreas retangulares, devem obedecer a proporções bem determinadas 1:1 1:sqrt (2) = 1:1.414 1:1.618 (retângulo áureo) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 45 Projeto antropomórfico antropomorfismo . [De antropomorfo + ismo.] S. m. 1. Tendência para atribuir, ou a forma de pensamento que atribui formas ou características humanas a Deus, deuses, ou quaisquer outros entes naturais ou sobrenaturais. 2. Filos. Aplicação a algum domínio da realidade (social, biológico, físico, etc.) de linguagem ou de conceitos próprios do homem ou do seu comportamento. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 46 Projeto antropomórfico “A sugestão de que computadores pensam, conhecem ou entendem [da mesma forma como seres humanos] dá aos usuários um modelo errôneo de como os computadores trabalham e o que de fato são as capacidades das máquinas. No final, a decepção se torna aparente e os usuários se sentem tratados, miseravelmente”. (Schneiderman, 1998) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 47 Projeto antropomórfico “Relações entre pessoas são diferentes de relações entre pessoas e computadores”. “Usuários e projetistas necessitam aceitar a responsabilidade pelo mau uso dos computadores ao invés de blasfemarem contra os erros da máquina” Existem regras para tratar com o antropomorfismo (ver Box 11.2). (Schneiderman, 1998) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 48 Projeto antropomórfico “Interfaces antropomórficas podem causar ansiedade em algumas pessoas. Muitas pessoas sentem ansiedade em relação ao uso de computadores e acham que os computadores fazem com que sintam “emudecidos”. Apresentar o computador com suas funções reais (específicas) pode ser um estímulo mais poderoso para a aceitação por parte do usuário do que a promoção da fantasia de que o computador é um parente, amigo ou parceiro”. (Schneiderman, 1998) Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 49 Regras de Ouro de projeto Mullet e Sano (1995) apud Schneiderman (1998) seis categorias: Elegância e simplicidade Escala, contraste e proporção Organização e estrutura visual Programa e modularidade Imagem e representaçào Estilo Exemplos: ver Box 11.3 Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 50 Regras para uso da cor “Vídeos coloridos são atraentes para os usuários, mas o perigo do uso indevido é alto”. Exemplos de diretivas: Box 11.4 Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 51 Referências Bibliográficas Foley et al. 1990. Schneiderman, 1998 – cap. 11. Maria Alice Grigas Varella Ferreira – EP-USP 52