Adriana Joana Novelli A INCLUsAo OBSERVACAo liNGUA DO ENSINO DE UMA SEGUNDA SOBRE A APRENDIZAGEM PORTUGUESA LINGUA MATERNA: DO SURDO NAS AULAS UMA DE NO ENSINO FUNDAMENTAL Trabalho de conclusao de Curso apresenlada ao Curso de Letras da faculdade de Ci~ncias Humanas da Universidade Tuiu!i do Parana, como requisite parcial para obten~o do grau de Licenciatura em Letras Portugu~sJEspanho1. Orienta dora: Professors Silva Malinoski CURITIBA 2009 Ms. Marlei Gomes da RESUMO o objetivo deste trabalho visa mostrar as dificuldades que a aluno surdo encontra ao realizar avalia~Oes em lingua portuguesa. Fez se uma analise de algumas questOes da Preva Brasi1/2007, para verificar essas dificuldades, pais para as surdos a lingua portuguesa esta inserida em seu aprendizado como segunda lingua. Realizaram·se pesquisas sobre as aspectos hist6ricos do surdo, como era vista na Antiguidade ate as dias de hoje, a educa9iio de surdos no Brasil. Buscou-se compreender a surdez e suas caracterlsticas e tambem ressalta a LIBRAS como lingua oficial do surdo. Palavras-chave: aluno surdo; avaliar;:8o; educa~o. RESUMEN EI objetivo de este trabajo es analizar la dificultad en que el alumna sordo encuentra al realizar evaluaciones en lengua portuguesa. Hiee un analisis de algunas cuestiones de la Prueba Brasi1/2007, para verificar estas dificultades, pues para los sordos 1alengua portuguesa esta insertda en su aprendizado como segunda lengua. Se realizaron pesquisas sabre los aspectos hist6ricos del sordo, como era vista en la AntigOedad hasta los dras de hoy, la educaci6n del sordo en Brasil. Pretende comprender la sordera, sus caracteristicas y tambiem resalta la LIBRAS como la lengua oficial del sordo. Palabras-clave: alumna sordo; evaluaci6n; educaci6n. SUMARIO 1. INTROOUl;:AO ....•.................•..•..........••............................•.......••...•.•......•......•....... 7 2. FUNOAMENTACAO TEORICA ....................................•..........................•............. 9 2.1. HISTORIA DO SURDO.. . . 11 2.2.0 SURDO NO BRASIL . 15 2.3. SURDEZ . 16 2.4. LIBRAS (LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS) 18 3. PROCEDIMENTOS METOOOLOGICOS ........................................•.................... 22 3.1. CARACTERIZACAO DA PESQUISA 22 3.2. PRINCIPAlS CARACTERISTICAS DA INTERFERi':NCIA DA LINGUA DE SINAIS NA PRODUCAO E RECEPCAO DE TEXTOS POR ALUNOS SURDOS. 25 3.3. A BASE DA PESQUISA - 0 RESULTADO DO COLEGIO FRENTE As COMPETENCIAS DA PROVA BRASIL.. . 30 3.4. ANALISE DAS QUESTOES.. . . 32 3.5. CONCLusAO DA PESQUISA . 39 4. CONCLUSAO DO TRABALHO MONOGRAFICO ..............•................................ 42 5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................•.............•.•....... 46 5.1. SITES CONSULTADOS.... . 46 5.2. ANEXO 01.. . 46 1. INTRODUC;:AO o foco investigativ~ de aprofundamento deste trabalho iniciou em virtude do estagio metodol6gico para ter uma qualidade methor observam e problematizam do qual as alunos de Letras necessitam no desempenho da profissao de professor, pois tazer este estagio em urn Colegio de surdos da pais a curiosidade de conhecer as metodos de aprendizagem desta comunidade era imensa, sendo que a duvida era como ensinar portuguesa fazer quest5es referente ao ensina e aprendizagem. Obteve-se a opol1unidade de cidade de Curitiba, obrigat6ria Hngua au lingua estrangeira para surdos. No estagio surgiram duvidas em relac;ao a metodologia de ensina. Nesta instituilfaO. e usado 0 bilingOismo, utilizando a lingua de sinais como primeira lingua, porem 0 material didatico e as media90es sao em lingua portuguesa passado no quadro negro em portugues e postertormente em LIBRAS, para completo somente 0 aluno contextualizar, ap6s a tradUl;ao 0 aluno consegue entender em LIBRAS. pesquisa. Se para interagir com a Ungua Portuguesa do professor, como esse aluno, portador 0 conteudo e 0 professor faz a tradu~o 0 conteudo par 0 que gera a duvida para a 0 de surdez aluno necessita da mediar;ae interagira com a sociedade grafocentrica 1? Em busea de respostas para essa mediac;:ae do aluno surdo frente a demandas questao, eu constatar;oes grafol6gicas pautadas sobre na oralidade, organiza-se a seguinte trabalho em tres capitulos. o primeiro capitulo conforme apresentado apresenta as intenr;Oes do trabalho e sua organizat;ao, na introduc;:ao. I Comprccnuc-se nesse cstudo como sociedadc modalidadc cserita da lingua. graiOci:ntrica aqueta que tern suus praticas inrormacionais na a o segundo capitulo apresenta pessoa surda desde a Antiguidade aprendizagem como os aspectos oralismo, comunicacao 0 hist6ricas de como era vista a ate os dias de hoje, descrevendo as filosofias de total e a bilingOismo e tambem como iniciou a educaya.o do surdo no Brasil. Para essa regulamenta~5es, regulamenta explicita~ao, como: 0 a abordagem Decreto nO. 5.626, se de dara pelos dezembro de a Lei N.' 10.436, de abril de 2002, que oficializa a lingua Sinais, importante ressaltar a necessidade de se relacionar decretos 2005, e que Brasileira de as leis alguns artigos e relatas no que se refere ao objetivo desta pesquisa. Com a abjetivo de conhecer melhor as necessidades suas potencialidades frente ao ensinoJaprendizagem Surdez e como atualmente regulares. Equal 0 ocorrem os processos resultado dessa da pessoa surda e de lingua, citaremos de inclusao aprendizagem 0 que e social em escolas efetivamente nas praticas avaliativas. Desta forma, no pesquisa na qual centrou-se aprendizagem resultou analise do desempenho terceiro capitulo, na verificagao dos relat6rios apresentaremos a metodologia entre a aprendizagem de observagoes e a avalia~o Faz-se necessaria apresentar, iremas avaliar as perguntas surdos encontraram tambem, a que e, e como e realizada 0 a desempenha da Prova Brasil e os problemas que os ao realizar a mesma. Neste trabalho nao levamos em consideragao a falta de interprete em sala de aula e, sim, a prova em si, que a mesma foi elaborada considerados sera pela dos alunos na Prova Brasi1l2007. Prova Brasil. Pais no que se refere a avaliagao serao questianados dos alunos, da e a avaliac;€lo. A pelos surdos como a segunda lingua. em lingua portuguesa e 2. FUNDAMENTACAO TEORICA Segundo a Tearia EVolucianista de Darwin, animais que vivem hoje, passou por um 0 processo homem, assim como todos as de sele~o natural constante e severo. Oesta seleyao, safa as mais aptos para viver segundo as condir;oes de vida do meio e da epoea em que existiam. Era uma guerra pela sobrevivencia, ande somente as ~melhores· sobreviviam. Milhares organizava de anas ap6s 0 surgimento em grandes e complexas da especie sociedades. seus primeiros passos na moral e na etica. humana, a homem ja se Fei entao que ele come90u a dar 0 homem comeyou a filosofar, a pensar na sua existencia. Os misterios do universa, do insondavel de sua alma come9avam a incarnodar as primeiras grandes mentes humanas. Mas apesar dissa tudo, de todos estes indicios de evotw;ao do pensamento, a pratica humana sempre ficou muito atem daquilo que se podena esperar. 0 homem das primeiras grandes civitizaQoes, nao conseguia inicio deste seculo, que as estruturas complexas do que as estruturas como diria Vygotsky do ser humano que se pade venficar analise do homem, de suas potencialidades se com base simplesmente perceber, psicol6gicas na natureza. no sao muito mais Oesta forma, a e lirnitayees, nao padena ser feita tendo- aquila que se podia ver e analisar na natureza "concreta", visivel. Nao prim6rdios e diffeil, da desqualificados entao, entender, como eram vistas as pessoas diferentes nestes civilizaQao. e infenores. Eram entendidas como As pessoas diferentes "nao humanas· eram vistas como aquelas seres que possulam defeito de nascenQa e que, portanto, como animais que precisam competir pela sobrevivencia, eliminados. eram inferiores aos outros animais homens, e deveriam ser As pessoas passaram diferentes enfrentaram todas as minorias humanas: existencialimposi9ao de padroes. A discriminat6rias contra aqueles que outro problema, a sempre notavel pelo qual passam busca do homem e pel a padroniza9ao leva sempre a pratica nao se adequam ao padrao imposto pela sociedade. Este tipo de pratica discriminat6ria, assassinatas enquadrava de bebes e criam;as no padrao proposto. muitas vezes traduziu-se portadares em politicas de de alguma caracteristica que naa as E isto nao foi "privilegia~ de urn unico povo, nem ficou restnto a urna cultura unicamente. No entanto, esta pratiea nao era alga que causasse eseandalo em sua epoea au em sua sociedade, do povo. Para se entender isto, nao e preciso nos Estadas Unidos da America, autadenominados sornente em 1964 as negros tiveram acesso pois fazia parte da cultura ir muito longe, bastando a lembrar que, baluartes da liberdade universidade. esta proibiC;ao era encarada com grande naturalidade, mundial, Antes disso, creiam, e quase nunca fai cantestada. '" fato que 0 homem, !rente ao diferente,!rente aquilo que ele nao consegue entender, sente-se desconfortavel reac;oes: tentar verdadeiramente e ineomodado. entender Este "deseonfortoH pode gerar duas a porque da diferenc;a, ou simplesmente etimina-Ia. Naa seria serio de nossa parte, dizer que a homem nunca tenha tentado entender a diferenc;a fisiea, IingOrstica ou cultural. Mas tambem seria utopia acreditar que ele tenha sempre agido com a methor das intenc;oes. No entanto, muitas vezes estes precanceitos geraram regras extra-oficiais de tratamento, mesmo religioso, a despeito do que rogava a lei, e a despeito do que se considerava Neste ultimo sentido, diversas sao as referencias existentes sagradas eserituras dos judeus, com relac;a:o ao tratamento e as pessoas diferentes entre 0 em nivel correto. nas biblias cristas e nas dispensado aos doentes povo judeu. Para eles, este tipo de pessoa eram 10 pessoas irnpuras castigava e eondenadas alguem, descendentes por Deus. Ainda enviando-Ihe doen~as au segundo esta tealagia, permitinda a naseimento de eom diferen~as flsieas. 2.1. HIST6RIA DO SURDO A diseriminacao nao passa somente por leis e direitos, e isto aconteceu e alga inieio das civiliza90es humanas, e acontece hoje. A discrimina980 nem sempre institucional. sinais e suficiente transforrna9ao djscrimina~o Deus No easo dos surdos, pensa-se que 0 domlnio da lingua de para incluj-Ios na sociedade, multo no mats sutil, e rnais profunda no mas a sua inclusao passa por uma pensar, ver e agir de vern do enearar a outro como alguem menor/menos cada urn. A capaz do que a eu. Isto, no entanto, e alga cultural, que nenhuma lei no mundo sozinha pode mudar. Tambem educa~ao. Arist6teles Interpretar entre os estudiosos prejudicado 1 emitiu exatamente modernos. 0 opiniOes com relac;ao aos surdos e sua que ele quis dizer nae tern side urn consenso Muitos a acusam de, earn suas afirmac;6es, ter a edueacao dos surdos, que, desde a sua epoca, viveu urna noite de 2000 anos. Qutros, no entanto, dizem que isto e frute de interpreta90es equivoeadas do que ele quls de fato dizer. Q que pareee e que, para Arist6teles, a Educa~ae somente conseguia poderia ser obtida atraves da audi9ao. Desta forma, alguem que nao ou"ir, nao seria capaz de aprender nada. Talvez ninguem censiga de fato entender 0 que ele quis dizer. No entanto, baseado nesta interpretac;ao, ou nao, multo se deixou de fazer com relac;ao ao surdo e a sua equivocada educa~o. 1 Fi!6sofo grego, nasceu em Estagira, na Calcidica (384 a.C, •322 a.C.)., aluno de Plallio e professor de Alexandre, 0 Grande, e considerado um des maiores pensadores de lodos os tempos e criador do pensamento l6gico. II Se os dados hist6rieos sobre a surdez sao eseassos humanidade, nao podemos dizer que eles sejam abundantes Na verdade, s6 comec;amos a ter mais subsidios nos prim6rdios da a partir do ano 1 dC. sobre a surdez no inleio da era Moderna, I. pelo s.culo XVI. Com a nascimento ocidental, no tratamento sempre minorias de Jesus, 0 Filho de Deus para os crista.os, a teologia com a diferente, muda bruseamente. Os diferentes, lingOistieas e eulturais, nao sao mais eonsiderados quase impuros, nem earregam sobre sl a eastigo de peeados seus ou alheios. Santo Agostinho, fil6sofo e te61090 cristao, de profunda influencia ocidental e no cristianismo, nilo estao muito claras. Segundo ~captac;:ao~do Sermao. na filosofia emitiu opini6es com relac;:ao aos surdos que, ainda hoje Santo Agostinho, a Ie somente Para ele, wO surdo e 0 deficiente seria obtida pel a mental, nac podem crer, porque a fe vern atraves do Sermao, a palavra falada. Os que defendem dizem que, para a lingua de sinais com que os surdos vezes da lingua falada. apreender Oesta forma, os ensinamentos atraves da lingua Somente gestual, de Jesus, tal e qual urn ouvinte. Agostinho de fato pensava, talvez nos nunca venhamos fazia as surdo poderia 0 Mas 0 que Santo a saber. a partir do final da Idade Media que os dados Edueac;:a:o e a vida do Surdo tornaram-se Agostinho, eomunicavam, S6 mais disponiveis. com relac;:ao a E nesta epoca que comec;:am a surgir os primeiros trabalhos no sentido de educar a crianc;:a surda. No ocidente, eomec;:am a surgir as primeiros educadores a partir do SEkulo XVI, de surdos de que se tern noticia, na Espanha, Franca, Inglaterra e Alemanha. Ja. no Seculo XVIII, onde por muitos e considerado 0 mais pr6spero da educac;:ao dos surdos. Neste seculo, houve fundac;:ao de varias eseolas para surdos, 12 e a educayao do surdo evolui, pois atraves da lingua de sinais, os surdos podiam apreender e dominar diversos assuntos e exercer diversas profissoes. Entretanto, todo 0 no inicio do seculo XX, a maior parte das escoJas de surdos, em mundo, abandona Congresso 0 uso da lingua de sinais, em conseqOemcia do famoso de Milao1 de 1880, quando, (majores interessados, a despeito do que pensavam e que sequer foram consultados), considerou-se forma de educaltao do surdo, sena aquela que utilizasse unicamente 0 os surdos que a melhor oralismo. Goldleld, 2002, p. 33 e 34), diz que Oraiismo ou filosofia oralisa: Visa a integra~o da crianca surda na comunidade de ouvintes, dando-Ihe condi¢les de desenvo!ver a Hngua oral (no caso do Brasil, 0 portugues). a oralismo percebe a surdez como uma deficiencia que deve ser minimizada atraves da estimulayao auditiva. (p.100) A filosofia oralista limita-se a exigir do surdo que ele oralize. A Ifngua oral e seu objetivo maximo, que esta acima da escolarizacao e das re!ayOes pessoais. Este seu objetivo maior e alcanyavel, ja que, ap6s varios anos de tratamento fonoaudiol6gico, a crianca surda pode oraJizar e fazer leilura labial, mas des!ocar 0 objetivo do domlnlo da lingua ora! para 0 desenvolvimento da crianr;a incluindo as brincadeiras, a abstra~o, deduyao, auto-analise, aten~o, voluntaria, mem6ria mediada, esco!arizayao e a participa~o aliva e interativa da vida social, percebe-se uma limita~o muito grande das possibilidades que essa filosofia oferece para a crianr;a surda. A partir do Congresso principal da educaltao de Milao, a oraliza~o das crianc;:as surdas. passou, a ser objetivo 0 A queda do nlvel de escolarizac;:ao do surdo foi inevitavel com este tipo de filosofia. Porem, em mead as da decada de 60, William "Sing Language lingua caracteristicas 1 Congf6S$O eo Structure", de sinais 0 qual usada demostrando pelos surdos Stokoe2 que a American americanos, publicou Sing Language e uma lingua um artigo (ASL), a com todas as das Iinguas orais. 101coIocado em vota9&o qual metodo deweria sor utilizado na educa~o dos sumos. 0 Orallsmo venceu usodaUnguadesinaisfoio!icialmenteproibldo.Go\defeId2002.p.31 2 Dr. W~liam C. Stokoe, Jr. (1919 _ 2000) foi urn estudioso. que p6squisou extenslvamente LIngua GestualAmllricana. 13 A partir desta publicayc3o, surgiram varias pesquisas sinais. Isto, aliado a insatisfaya.o de varios educadores sobre as linguas de com rela~ao ao oralismo, comec;ou a trazer os sinais e os c6digos manuais de volta para dentro das salas de aula dos surd os. Em 1968, surgiu a filosofia Comunicayao de todas as formas de comunicayao Total onde consistia na utilizac;ao possiveis na educat;ao dos surdos. Segundo Goldfeld (2002, p 38): A filosofia da Comunicay:io Total tern como principal preocupay3o as processos comunicativos entre surdos e surdos. e enlre surdos e ouvintes. Essa filosofia tambem se preocupa com a aprendizagem da lingua oral pela crianya surda. mas acredita que os aspectos cognitivos. emocionais e sociais, nao devem ser deixados de lado em prol do aprendizado exclusivo da lingua oral. Par esse motive, esla filosofia defende a utilizay30 recursos espayo-visuo-manuais como facilitadores da comunicay:io. Na decada de 80, come"" esta filosotia, 0 a ganhar for,a surdo deve adquirir primeiramente, sinais, considerada a frlosofra como lingua materna, a lingua de a sua lingua natural. Somente como segunda lingua deveria ser ensinada a lingua oticial do pais, mas preponderantemente BilingOismo percebe a surdez como diferenc;a lingulstica, ser normatizada do BilingOismo. Segundo atraves da reabilitayao na sua forma escrita. 0 e nae como deficiemcia a (eralismo). (Goldfeld, 2002, p. 42, 43) diz que: o conceito mais irnportante que a filosofia billngoe traz e de que as surdos formam uma comunidade, com cultura e lingua pr6prias. o BilingOismo tern como pressuposto basico que 0 surdo deve ser billngoe, au seja, deve adquirir como lingua matema a lingua de sinais. que 6 considerada a lingua natural dos surdos e, como segunda lingua oficial de seu pais. Para os bilingOistas, a surdo nao precisa almejar uma vida semelhantes ao ouvinte. podendo aceitar e assumir sua surdez. 14 2.2. 0 SURDO NO BRASIL Ha relatos de que em 1855, chegou ao Brasil Hemest Huert, que veio a convlte do imperador 0 professor surdo frances D. Pedro II, para iniciar urn trabalho de educ8IYao de duas crianJ;as surdas. Em 26 de setembro de 1857. e fundado 0 Instituto Nadonal Mudos, cnde era utilizada a lingua de sinais. detenninada de Milao pelo Congresso Porem, seguindo de Surdosa tendencia (1880). em 1991. 0 Instituto estabeleceu 0 como metoda de educa~ao dos surdos. oralisrno 70, chega ao Brasil No final da decada de Na decada seguinte, a partir das pesquisas Ferreira Brito, sabre a lingua a filosofia da Comunica<;lio Total. da professora Brasileira de Sinais (LIBRAS). a filosofia do BilingOismo. o bilingOismo e urna proposta de UngOlstica come~ Lucinda a ganhar forr;a no Brasil tornar acessivel a crianr;a de ensina usada por escoJas que se propoe a duas linguas. Os estudos tern apontado para esta proposta como sendo mais adequada para 0 ensino de criantyas surdas tendo ern vista que considera a LIBRAS como lingua e parte deste pressuposto para a ensino da lingua portuguesa. Goldfeld e pode-se surdos. No (2002, p 33), relata que essas tr~s abordagens convivem no Brasil, dizer que todas tern relevancia que diz respeito a abordagern e representatividade educacional nao existe, mesmo em nivel mundial, urn consenso no trabalho a ser adotada, com atualmente sabre qual das filosafias seria a melhor. A despeito de qualquer beneficia que este tipo de postura possa trazer, criase urna carnisa de for.yas, onde a educatyao perde toda a flexibilidade necessaria para de fato formar as pessoas. 15 A maioria dos paises convive com estas diferentes sua educa9Bo, acreditando abordagens seriamente que a verdade visoes sabre a surdo e (mica nao existe e, portanto, todas as estudadas devem ter espayo. 2.3.SURDEZ o individuo com surdez e aquele audic;ao. A surdez e uma deficiencia desenvolvimento social, educacional perceber a importancia human a e emocional do surdo. Costuma-se no nao da audic;ao em nossas vidas, a nao ser quando comeC;a a faltar a n6s pr6prios. A audic;ao e comunicayao que apresenta uma perda au diminuic;ao da invisfvel que interfere de forma significativa e urn bern 0 sentido que mais nos caloca dentro do mundo e a de valor inestimavel. A dirninui9llo da audi~ao (surdez) produz urna redu~ao na percep~ao de sons e dificulta a compreensa.o das palavras. A dificuldade aumenta com 0 grau de surdez, que pode ser leve, moderada, severa e profunda. Surdez leve - perda auditiva de 20 a 40 dB, a palavra certos elementos e ouvida, contudo foneticas escapam ao individuo. A este tipo de surdez nao provoca atrasos na aquisiyao da linguagem. Tern dificuldades em ouvir uma conversa normal. Surdez moderada - perda auditiva 40 a 70 dB, a palavra s6 e ouvida a uma intensidade talar 80 muito forte, tern dificuldades telefone e pracesso compensador na aquisic;a.o da linguagem, dificuldades em por ieitura labial. Surdez severa - perda auditiva 70 a 90 dB, a palavra em tom normal nao percebida, e necessaria gritar para existir sensayao e auditiva, perturbac;oes diversas na voz e na fanatica da palavra, processo intensa de compenSayaO de leitura labial. 16 Surdez perturba90es profunda - perda superior intensas na tala, dificuldades a 90 dB, nenhuma sensa~o auditiva, intensas na aquisig30 da linguagem oral, adquire facilmente IIn9ua gestual. No adulto que ja possui mem6ria crian~, perda auditiva, a reabilita~o e mais facil; ja na quanta mais cedo esta surdez acorrer e quanta mais profunda for mais diffcl1 e 10ngo ser sera 0 tratamento. especlalizado deve iniciado tao logo principalmente no que tange ao aprendizado Nesses tenha sido cases, 0 grau da 0 atendimento diagnosticada a surdez. da LIBRAS, para que a crianga possa adquirir a mais rapido passlvel uma lingua e, com isso, naD safra nenhurn deficit de comunicag3o. Pereira, Luana Argenta, 2002 relata que Segundo termos etiol691oo5, a surdez pade ser classificada •geneticamente BALLANTYNE em quatro categorias (1995) em principals: determinada - doengas causando danos durante a cresci menta e desenvolvimento de vida intra-uterina; - danes ecerrides durante 0 perfedo peri-natal, ap6s 0 imediatamente antes ou logo nascimento. - danos ocorrendo apes os primeiros dias de vida. A surdez surgindo a partir dos tres primeiros ltens produzlda par urn agente infeccioso, t6xico ou traumatico e referida tera ocorrido antes que 0 bebe tenha tide qualquer oportunidade vozes de sua familia. Ocorrendo ap6s as primeiros como congenita, no ventre materno, porque significativa dias de vida e de auvir adquirida, praduzida p~r um agente infeccioso t6xico ou traumatico. A classificacao da surdez se da nos seguintes fatores: 17 ~ Pre~natais: rubeola intra-uterina, toxoplasmose, citomegalovirus, diabetes, sffilis, jrradia~ao, hipoxia, alcoolismo materna e usa de drogas. ~ Peri~natais: anoxia, hipoxia, parta traumatice, parte prematuro, infecyao materna e drog8s ototoxicas. P6s-natais: hipoxia, anoxia, infecr;ao, eristroblastose fetal, sarampo, parotidite, ruldo induzida. Medidas para diminuir devem ter priaridade paises em desenvolvimento sempre indice de deficiencias que posslvel, poderia sao de grande pois a incidencia ser reduzlda em importancia da deficiencia pelo menos 50%, e nos se a preven~aa fosse aplicada de maneira adequada e eficaz, pois em muitos casas pode ser prevenida desenvolvimento ou identificada a tempo normal da crianya de se evitar e sua inclusao urn mal maior, na sociedade permitindo e aceita~o a da familia. 2.4. LIBRAS (LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS) LlNGUAS DE SINAIS A linguagem comunicam~se humana normal mente e expressa atraves de urna lingua oral em qualquer pel a fala. porque as pessoas sao ouvintes. Os surdos tam bern apresentam comunicar-se. ouvintes, Eles expressam-se as surdos, em qualquer atraves parte esta capacidade das IInguas de sinais. Assim do mundo, comunicam~se diferentes Unguas, mas numa modalidade diferente, que e espa~o-visual. As Unguas de slnais nao sao universais, a LIBRAS (lingua Brasiteira de como os atraves de cada pais passui a sua pr6pria lingua de sinas, que sofre as influencias da cultura nacional. oficialmente As pessoas parte do mundo. Isto se da Aqui no Brasil temas de Sinais) que e urn conjunto de slnais 18 especificos, produzidos espac;:o pr6ximo conjunto de gestos, significativas pelas maos em diversas posit;6es junto ao corpo e em um a ele determinado express6es as Linguas soltos, pelos utilizados gramaticais express6es espac;:o virtual, que associado e faciais se traduzem para quem as utiliza, promovendo muitos imaginam, estruturas como corporais a comUniCB4;tao. Ao contrario do que de Sinais nao sao simplesmente surdos proprias. para facilitar a um em informac;:Oes mfmicas a comunicac;:ao. Como qualquer outra lingua, que diferem de regiao para regiao chamados e gestos S;1o IInguas ela tambem os regionalismos, com passui 0 que a legitima ainda mais como lingua. Atribui-se compostas as Linguas de Sinais 0 status de lingua porque elas tambem sao pelas nlveis lingGfsticos: 0 fonalogico, a morfol6gico, 0 sintatica e 0 semantico. o que e denaminado denominados o de palavra au item lexical nas Unguas eral-auditivas sao sinais nas linguas de sinais. que diferencia as Linguas de Sinais das demais linguas e a sua modalidade visual-espacial. Assim, aprender uma pessea que entra em cantato com uma Lingua uma outra Hngua. como a Frances. de Sinais ira Ingles etc. Os seus usuarios podem discutir filosofia au palltica e ate mesma produzir poem as e pegas teatrais. Para conversar em LIBRAS nao basta apenas conhecer salta e necessaria conhecer a sua estrutura gramatlcal, Conforme fai reconhecida LEI N'. 10.436 • DECRETO empresas N'. 5.626, DE como lingua oticial das comunidades No Art. 3 mostra concessionarias que deve ser garantido os sinais de forma combinando-os em frases. 2211212005, a LIBRAS, de pessoas surdas do Brasil. por parte do poder de servi.yos publices, apoiar 0 usa e difusaa publico e da Lingua 19 Brasileira de Sinais, como meio de comunicat;:a.o das comunidades Estas institui90es devem portadores de deficiencia garantir atendimento e surdas do Brasil. tratamento auditiva. E que 0 sistema educacional adequado aos federal, estaduais e municipais devem garantir a inclusao nos cursos de forma9ao de Educa9ao Especial, de Fonoaudi61ogia e de Magisterio, lingua Brasileira de Sinais - em seus niveis medio e superior, Libras, Curricula res Nacionais - PCNs, conforme como parte integrante do ensino da dos Parametros legisla980 vigente, e a Libras nao podera substituir a modalidade escrita da lingua portuguesa. o devem capilule IV. Art. 14 da lei descreve que as inslilui90es garantir, informayao e curriculares obrigatoriamente, a educacao desenvolvidos as pessoas nos processos surdas seletivos, acesso federais de ensine a comunicac;ao, nas atividades a enos conteudos em todos as nfveis, etapas e modalidades de educac;ao, desde a educaC;ao infantil ate a superior. Quanta esta inserida a formaC;ao do tradutor e interprete no Art. 17, que deve efetivar-se de Libras - lingua portuguesa por meio de curso Traduc;ao e Interpretac;ao, com habilitac;ao em Libras - lingua superior de Portuguesa. Paragrafe unico. 0 exame de profici&ncia em traduyae e interpretayao de Ubras - Lingua Portuguesa deve ser realizado per banca examinadora de amplo conhecimento dessa funyao, constituida por docentes surdes, lingOistas e tradutores e interpretes de Ubras de instituiCOes de educayao superior. Art. 21. A partir de um ana da publicar;ao deste Decreto, as instituityOes federais de ensine da educayao basica e da educayao superior de .••• em ineluir, em seus quadros, em todos os ni .••• eis, etapas e modalidades, 0 tradutor e interprete de Libras - Lingua Portuguesa, para .••• iabilizar 0 acesso a comunicat;:f!o, a informac;ao e a educatyao de atunos surdos. o Capitulo VI cita sobre a garantia do direito a educayao surdas, como podemos observar no Art.22, a qual as instituic6es das pessoas federais de ensino 20 responsaveis pela educarra,o basica devem garantir a inclusao de alunos surdos ou com defici~ncia audrtiva, par meio da organizac;:ao de: I - escolas e classes de educa~o billngQe, abertas a atunos surdos e ouvinles, com professores bilfngOes, na educaryao infantil enos anos iniciais do ensino fundamental; II - escotas bilingOes ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvinles. para os anos finais do ensino fundamental, ensina media ou educacAo profissional, com docentes das diferentes areas do conhecimento, cienles da singularidade lingOlstica dos alunos surdos, bem como com a presenca de Iradulores e inlerpretes de Libras - Lingua Portuguesa. Com base no Art. 23. 0 qual relata que as institui~oes ensino, de educaliao basica e superior, devem proporcionar os servicos aula e em tecnologias de tradutor e interprete de Libras - Lingua Portuguesa outros espacos que viabilizem educacionais, 0 acesso a bern como comunicacao, federais de aos alunos surdos em sala de equipamentos it infonnacao e e it educa!;llo. Percebemos que mesmo estanda em lei assinada par Presidente da Republica, ista nao accntece no sistema educacional Decreta pelo brasileiro. 21 3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 3.1. CARACTERIZA<;:AO DA PESQUISA o trabalho caracteriza·se por pesquisa bibliografica, com base em autares relacionado com a Educayao Marcia Goldfeld' portuguesa efeita que entatiza as abordagens pelos surdos, destacando positivQ neste aprendizado. pelos documentos Iniciamente filosofia que esta surgindo urn na biblioteca do Colegio sabre as observac;oes Uin BRASIL uma pesquisa sabre a hist6ria do surdo tanto como ele era vista na Antiguidade, seu hist6rico realizada da lingua frente as expectativas de ensine e oficiais da PROVA fol efetuado no aprendizado uma reflexao locu~ e a comparaC;ao de desempenho aprendizagem, utilizadas bilinguismo, 0 Como a qual foi realizada de Surdos como a escritora no Brasil. para surdes Alcindo Fanaya Esta pesquisa foi Junior, situado na cidade de Curitiba -PR. Destaca-se onde podemos tambem as informa95es ter um conhecimento retiradas em rela~o do site sobre surdez aos tipos e caracteristicas , da surdez. Tambem efetuou-se informac;oes de grande valia, em que epeca e realizada Relatamos 2211212005 relacienamos pesquisa no site do MEC2 como por exemplo e ressaltando tamoom sabre a oficializa.ao a Lei seu objetivo e metodos N', da Lingua 10.436 Brasileira - Clinica) do qual foi extraldo W. 5.626 de Sinais - LIBRAS, e doutora e feita, de avalia<;ao. DECRETO alguns Artigos de interesse desta pesquisa. I Fonoaudi61oga, meslrado em Psicoiogia (Psicologia Comunica~o Humana (Fonoaudiologia). 2 http://portat.mec.gov.brfseespfarquivosJpdfftradutorlibras.pdf I sobre a Prova Brasil, como Observamos em Disturbios de a qual tambem que da 22 mesmo a lei ter sido aprovada em sistema educacional 2005 muitos dos itens nao entraram em vigor no brasiteiro. No segundo momento da pesquisa foi identificado os problemas alunos surdos de um c01l3:9iode surdos de Curitiba encontram Brasil, a qual foi constado um baixo desempenho A Prova Brasil consiste no Sistema de AvaJiac;ao da Educayao em larga eseala, desenvolvidas Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Tendo para realizar a Prova por parte destes alunos. Nacional Basica (SAEB) sao avaliac;oes para diagn6stico, pelo Anisio Teixeira (INEP/MEC). como objetivo principal avaliar a qualidade do ensina educacional brasileiro a partir de testes padronizados sistema que os proporcionado pelo e questionarios socioeconomicos. Os testes sao aplicados para alunos da quarta e oitava series (quinto e nona anos) do ensine fundamental e na terceira sene do ensino media, os estudantes respendem a questoes matematiea, cern foco na resoluC;ao de problemas. os estudantes fornecem de Ifngua portuguesa, respandendo No questionario informac;oes sobre fatores de contexto associ ados ao desempenho. participam, com foco na pratica Professores a questianarios de teitura, que podem e diretores das esealas avaliadas que reunam e socioeeonomico, estar tambem dados demagraficas, perfil profissionat e de condic;oes de trabalho. ~ com as informaC;Qes da Prova Brasil, que e municipals qualidade da de EdueaC;ao podem preparar educac;ao no promovendo, per exemple, direcionando seus recursos pars 0 MEC e as secretarias ac;6es voltadas e a reduc;ao das ao aprimoramento desigualdades a correc;ao de distefc;oes e debilidades teen ices e frnanceiros estaduais da existentes, identificadas para areas identificadas e como prioritarias. 23 As medias de desempenho do Indice de Desenvolvimento nessas avalia90es tambi!m subsidiam 0 calculo da Educa9aD Basica (IDEB). ao lado das taxas de aprova.;:ao nessas esferas. Com as resultados da Prova Brasil, pade ser observado 0 desempenho das escolas publicas urbanas do pais, as escolas rurais tambern farae a Prova Brasil em 2009. Os dados dessas desempenho avalia~6es servem para ao longo tempo acompanhar das escolas publicas brasiieiras. A Prava Brasil ocorre de dais em dais anos e tern como objetivo testes de Hngua portuguesa apreender 0 um texto como constrw;:ao de conhecimento compreensao, analise e interpretagao. reduz a importancia dessas avaliagoes, para 0 desenvolvimento avaliar as com 0 foeo em Jeitura, que requer a competencia em diferentes de niveis de 0 fata de se avaliar apenas a Jeitura na~ e fundamental tendo em vista que a leitura de outras areas do conhecimento e para 0 consequente exercfcio da cidadania. Em resumo, sao abordadas habilidade do aluno literalmente em competencias reconhecer e sim 0 que esta subentendido competencia de reconhecer basicas, onde exige urna maior textual mente nao s6 ou pressuposto. novas sentidas atribuidos 0 que o fates 0 escrito as palavras, identificando apenas a ideia, mas tambem focando no letramento, ter urn conhecimento com isso apreender esta 0 aluno devera ter nao de mundo, sentido global do texto. aluno alem de localizar informac;oes explicitas devera tambem distinguir os apresentados argumentativos. da opiniao Reconhecer acerca desses fates essa diferenc;a e essencial em textos para que narrativos 0 e aluno possa 24 tornar-se mais eritieo, de modo a ser capaz de distinguir aeontecirnento, da interpreta~o 3.2. PRINCIPAlS que Ihe e dada CARACTERlsTICAS 0 que e urn fato, urn pelo autor do texto. DA INTERFER~NCIA DA liNGUA DE SINAIS NA PRODUCAO E RECEPCAO DE TEXTOS, POR ALUNOS SURDOS. Ortografia: das regras geralmente, ortognUicas, a escrita dos surdos apresenta facilitada confuS60 com sons diferenciados Na questao da acentuac;ao, par sua excelente que determinadas por estar diretamente atona au tOnica), os alunos tern maior dificuldade. globalidade posi~es e nao a partir de sua estrutura visual letras adquirern vineulada a e a nao nas palavras. Oralidade (silaba Por memorizar as palavras em sua fonetica, podem acontecer trocas nas das letras, como: Parana / froi (frio) / frime (firme) / perta (preto) A pontuac;ao nao constitui meio boa incorporac;ao eapacidade da lingua d sinais. Caso dificuldade, contraario, quando esclarecida apresentara sua func;ao por dificuldades devido aos aspectos vinculados aa entonac;ao e ao fitmo. Artigos: sao omitidos ou utilizados inadequadamente, em lingua de sinais. Como a utiliza~ao genera (masculino/feminino), forma inadequada uma vez nao existem 0 conhecimento par parte do falante. muitas vezes ele e pelos surdos, tendo em vista nao haver diferenciac;ao, de sinais, entre substantives, tristeza, triste, entristecer. os professores do artigo pressupoe adjetivos e alguns verbos derivados os substantivos sempre de de em lingua da mesma raiz: Alem disso, e comum, nas praticas tradicionais apresentarem utilizado acompanhados de ensine, do artigo 25 definido (0 bolo, generaliza90es a faca, a men ina etc.), a que leva as surdos a realizarem impr6prias: A aviao vlajar a fran~a Brasil I 0 chamar e onibus ligeirinho I Antigamente # Brasil sempre fazia ... Elementos outros}: de ligacao: e usa inadequado {preposi90es, eu a ausencia cenjun90es, pronomes de conectivos como relatives, entre as conjun90es e preposi90es sao comuns nas produ90es dos surdos, per serem pouee freqOentes ou nao haver correspondemcia exata em lingua de slnais: Eu nao fumo, nunca experimenta porque faz mal # pulm6es ficar preto como carvao, eu estou fazenda nata9aO faz tempo ate agora se eu fumo nao nado multo bern par causa falta no ar eu quase sempre jantar fora eu pe90 # a gan;:am preferir de mesa sem fumo. Genero desinencia (mascullnolfeminino) e Numero (singular/plural): para genera e numera em Hngua de slnais da interferencia e a ausencia de urn dos aspectos evidentes dessa Hngua na escrita, pois a concordaneia e nominal inadequada uma constante nas construt,Xies analisadas: Eu vi 0 televisao muito pessoa tern AIDS. A minha mamae faz uma bolo chocolate born. Verbos: apresentam significativa configuram uma situar;:ao interessante, pOis, uma vez que se sem f1exao de tempo e modo, na lingua de sinais, causam interierencia na escrita. Por decorrencia, he: uma tendemcia de os surdos 26 apresentarem as verbos numa forma nao adequada como 0 uso do infinitivos nos exemplos abaixo: o Brasil o ana ganhar do Penta ganhar camiseta do Brasil Voce precisar Flexao urn bola. ter camisinha. de tempo: relavoes espaciais: passado na Hngua de sinais, parte de tras do corpo ; futuro = sinaliza~oes a frente espac;o apontado imediatamente representadas par sinais isolados ano passado), OU, manifestar-se a) 0 tempo e expresso atraves de = sinaliza~Oes realizado no espa~o entre a cabec;a e a (antes, agora, amanha, mais genericamente, na escrita, basicamente, atraves de locativos exatamente apontando para frente; e presente = do corpo do locutor. Como tais no~6es sao no FUTURO, hoje, domingo, PASSADO, proximo, DEPOIS, podem em duas situac;6es: temporarios que expressam essas noc;6es como na lingua de sinais: Em hoje, diminui a porcentagem de paciente que nao morrem. (...) no mundo nao tern terra no cafe foi antigo antes escravos eles descobrir. b) atraves de enunciados, ocasionando estruturas sem a f1exao c~rreta da forma verbal, inadequadas au construidas de modo aleatoric: 27 Eu 90sto born ele Jardim Botanico. Eu fol vi ele born rosa muito Jardim Botanico. c) Verbos de liga~ao: a omissao freqOente dos verbos de ligat;ao (SER, ESTAR, FICAR, etc) deve-se a prevalencia da estrutura da lingua de sinais, na qual tal verbo tern seu usa restrito, fazendo com que ocarram em portugues canstru.;;:5es atipicas, geralmente interpretadas Eu tais como: # casado pe no calor Voce Organiza~ao como enunciados telegraficos, # bonito # born Alessandra sintatica: orac;6es subordinadas as enunciados ou coordenadas. sao geralmente curtos, com poucas A estrutura aplicada dependera alterando a ordem comum. A tim de garantia a i:'!nfase necessaria destacar. Isto se da porque enquanto estrutural e estruturas do tipo serem sujeito-predicado, (sujeito/verbo/objeto), t6p;co-comentario estabelecidas, Objeto/SujeitoNerbo a lingua portuguesa podem e do contexto, aquilo que se quer uma lingua cuja base a lingua de sinais contem que, a depender das relac;oes de sentido materializar-se nas seguintes a formas: e ObjetoNerbo/Sujeito. o s V Curitiba boa passear o v o futebol joga Mario # via s 28 SV 0 Eu ganhei sinhazinha Nega~ao: outro aspecto peculiar a lingua na festa junina ano 1983. referente de sinas diz respeite ell apos a forma verbal. Esta particularidade ell ordem das palavras nega~o, que em algumas extremamente situa~6es, ocorre se v~ re"etida em alguns textos, conforme exemplo: Eu quere nao 90sto namoro. N6s amigos tern "aC carro. 29 3.3. A BASE DA COMPETENCIAS PESQUISA 1!fl1l12007 Oislribui~ao - 0 RESULTADO DO COLEGIO As FRENTE DA PROVA BRASIL percentual Desempenha da sua escala de Mediascomparadas alunos(!medi~ posicionada nas cscalas Lingua PortugUCSil :~ ... .".. .. 1.1 .. " " " " H " 2.11.17 '8FT 22~.~7 ~J8U'j U1.~ ~.~': ~~""l ;,,~,'. 2 A media do Coh§gio Estadual 143,30 no ensine estaduais fundamental de Curitiba, 1a, na segunda para surdos 4a, serle, a fase abaixo, menor que 125,00. relacionando Saeb Lingua Portuguesa conseguisse 1, podemos sa, a Alcindo Fanaya abaixQ da media sa, serie a media Junior foi de das escolas ficou bern mais esta media com a Escala Prova Brasil e observar que era necessario que 0 aluno identificar as seguintes habilidades: A partir de textos curtos, como contos infantis, hist6rias em quadrinhos e convites, as alunos da 43 e da 8a series: • localizam informac;6es expHcitas que completam literaimente 0 enunciado da questao; 1 http://provabrasil.inep.gov.brlindex. php?option=com _wrap .er<emid=146NiveIB 30 • inferem informa~oes implfcitas; • reconhecem • interpretam elementos como 0 0 personagem principal; texto com auxilio de elementos nao-verbais; • identificam a finalidade do texto; • estabelecem rela~ao de causa e conseqOencia, em textos verbais e nao-verbais; e • conhecem expressOes pr6prias da linguagem coloquial. Oesta maneira, podemos observar nas analises das questoes aluno surdo nao consegue reconhecer as habilidades descritas abaixo que 0 na Escala, pois 0 masmo nao consegue fazer a interpreta~ao coerante. Segundo Olivia de CaIValho Vivi (in Salles 2004 p. 115) o portugu&s como segunda Hngua, trata-se de urn aprendiz cidadao brasileiro que nao tern por1ugu6s como primeira lingua. no caso dos surdos talanles de LIBRAS, esle aprendera a portugues como segunda lingua. Vista que a lingua de sinais a primeira lingua do surdo, 0 ensino/aprendizagem da Hngua portuguesa sera, enta~, 0 portugu~s por escrilo, au seja, a compreensao e a produ~o escrita, considerando-se os efeitos das modalidades e 0 acesso a etas pelos surdos. Os textos selecionados devem ser autenticos, ·conter temas relacionados a experiencia dos aprendizes, levando a um maior envolvimento pessoal e provocando reat;6es e manifestaC6es, e textos associados a imagens (revistas, jomais etc.)". Todas essas caracterlstlcas dos texios selecionados para 0 ensino/aprendizagem de portugues escrito para surdos estao atreladas a abordagem interacionista 1, que e considerada a mais adequada nesse tipo de situayao. ° e Fazendo Prova Brasil efetuadas de texto. uma avaliatyao podemos sao textos verificar fora da realidade que os textos apresentados do aluno surdo. As questOes pensando nos alunos ouvintes os quais estao acostumados na foram com este tipo 0 aluno surdo primeiramente necessita traduzir 0 texto em portugues para a lingua de sinais. Com a ausencia de urn interprete fica complicado para urn surdo 1 A lingua e concebida como urn maio para a realiz.a~o de rela¢es il1terpessoais e para 0 desempel1ho de tranSlt¢es sociais entre individuos, a aprendizagem 58 da por meio do exerclcio comunicativo de interagir, por meio da constrw;ao do discurso. 31 fazer uma tradu~o coerente, pais ele tern dificuldades em traduzir palavra que nao estao em seu sentida literal. Conforme Olivia de Carvalho Vivi (in Salles 2004) !:: de extrema relev:tncia, quando falamos de surdos, abordar aspectos sabre sua Cultura, a quest~o multicultural do surdo, sua identidade, assim como a Lingua de Sinais e suas caracterlsticas. A lingua de sinais e a lingua materna do surdo, sendo assim, ela deve ser 0 meio de instrucAo por excelencia dentro da escola, consequentemente, das institui.;:Oes de ensino. A educac30 dos surdos deve, preferencialmente, ser efetivada em lingua de sinais, fndependentemente dos espar;os em que 0 processo se desenvolva. Dessa forma, sa torna relevante, paralelo as disciplinas curriculares, 0 ensino de lingua portuguesa como segunda lingua. Tendo como a utilizayao de materiais e m~todos especificos para suprir as necessidades educacionais do surdo. Por a comunicacao do surdo se tratar de uma particularidade, ·a educaello deles pode ser mais adequadamenle provida em escolas especiais ou classes especials e unidades em escotas regulares·. 3.4 - ANALISE DAS QUESTOES Abaixo alguns exemplos enumeramos somente de perguntas que constaram algunas questoes com 0 na Prova Brasil/2007, abjetivo de fazer uma refJexao de como a aluno surdo faz a interpretaC8:o do texto. Sendo que a lingua portuguesa ea segunda lingua desta comunidade. Exemplo 01: A beleza total A beleza de Gertrudes espelhos pasmavam casa e muito menes fascinava todo mundo e a pr6pria Gertrudes. diante de seu rosto, recusando-se as visitas. Gertrudes. Era impassivel, Nao eusavam de tao belo, e 0 Os a refletir as pessoas da abranger 0 corpo inteiro de espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhat;os. 32 A moc;a ja nao podia sair condutores, a rua, pois os veiculos paravam e estes, por sua vez, perdiam toda capacidade engarrafamento monstro, que durou uma semana, a revelia dos de aC;ao. Houve urn embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. o Senado aprovou lei de emergencia, janela. A moc;a vivia confinada proibindo mordomo se suicidara com uma toto de Gertrudes sobre Gertrudes fatal: a extrema Gertrudes nurn SalaD em que s6 penetrava 0 de chegar a sua mae, pais a pelto. nae podia fazer nada. Nascera assim, este era 0 seu destino beleza. E era feliz, sabendopse incomparavel. Por falta de ar pure, acabou sem condic;Oes de vida, e urn dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. 0 corpo ja entao enfezada de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salao techado a sete chaves. ANDRADE, carlos Drummond de. Contos plausiveis. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1985. Em que orac;ao, adaptada do texte, a verba persanificau urn objeta? (A) 0 espelho partiu-se em mil estilha,os. (8) Os velculas paravam contra a vontade dos condutores. (C) 0 Sen ado aprovou urna lei em regime de urgencia. (0) Os espelhos pasmavam dianle do roslo de Gertrudes. A pergunta tern como objetivo verificar se 0 aluno reeonheee sentido deeorrente da escolha de urna determinada Se e verdade adrnitir que a seley30 responder que nada no texto aeonteee aleatoriamente, de determinada a urna intenc;ao particular palavra 0 eteito de palavra ou express30. ganha relevo em lugar de urna outra pode do interlocutor de produzir certo efelto 33 discursivo. expressar Optar par um diminutivo, par exemple, uma ressalva, para desprestigiar pode ser um recurse para um objeto, como pode, ao contrario, revelar afeto, carinho, aceita~o. A competencia os significados que suas comunicativa das palavras, escolhas inclui a capacidade mas, sobretudo, proporcionam. identificaC;ao "do que 0 Isso nos de n~o apenas conhecer de discernir leva os efeitos de sentido a ultrapassar a simples outro diz" para perceber "por que ele diz com essa ou aquela palavra" a item propoe-se conhecimento previo a avaliar que tern sabre bastante produtivo no texto literario no texto de Carlos Drummond a habilidade do aluno a personificat;ao - em recurso as alunas provavelmente 0 expressivo com essa estrategia, tal como se manifesta de Andrade. Ressalte-se, a esse respeito, texto literario em foco procura, par meio desse recurso expressivo, beleza da personagem relacionar que 0 intensificar a Gertrudes. surdas nao terae saberao atribui qualidade terae dificuldades um conhecimento previa interpretar relevante humana ao objeto em questao maior impacto esta em se relacionar explicitac;ao dicionalizada. em 0 efeito de sentido As palavras possuem significado este texto, pois e tambem naa "a espelho~. Porem, a das palavras fora da e significat;:ao 0 que nao e atribuido ao discurse do surdo. 34 Exemplo 02: o homem que entrou pelo cano Abriu a torneira e entrou pelo cane. A principie incomodava-o do lubo. Depois se acoslumou. a estreiteza E, com a agua, foi seguindo. Andou quil6melros. setyBo que Aqui e ali Duvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma terminava em temeira. Varies dias foi rodanda, ate que tudo se tomou mon6tono. 0 cane per dentro nao era interessante. No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Urna crian~ Entao percebeu que as engrenagens volta era um branca imensQ, uma redonda e grande, a olha-Io giravam brincava. e caiu numa pia. A sua agua Hmpida. E a cara da menina aparecia interessada. Ela 9ritoU: ~Mamae, tern um homem dentro da piaNao obteve resposta. Esperou, tudo quieta. A men ina se cansou, abriu tampM BRANOAo, Oconto o 0 e ele desceu pelo esgoto. Ignacio de Loyola. Cadeiras cria uma expectativa Proibidas. sao Paulo: Global, 1988, p. 89. no leitor pela situac;ao incomum criada pelo enredo. resultado nao foi 0 esperado p~r que: (A) a menina agiu como se fosse um fato normal. (8) 0 homem demonstrou (C) as engrenagens (0) pouco interesse em sair do cano. da tubula<;ao nao funcionaram. a mae nao manifestou nenhum interesse pelo fato. 35 Conforme comentario e da questao pretende avaliar e que a compreensao implicitas do site oficial1 da Prova Brasil, extraido inferir uma informa~ao e nao somente pelo implieita entrelinhas necessita no entanto, processos inferenciais, e, do que se explicitas. A previos no texto. de uma identifica~ao do texto (sentidos sao possiveis, de informa~Oes de mundo, pelos conhecimentos do leitor ou com elementos pressupostos leitor objetivo que um texto se da a partir de informa~Oes processamento compreensa.o se de'! pelo conhecimento o 0 no texto, as habilidades nao explicitados dos sentidos que estao nas pelo autor). Tais articula~Oes 56 a partir da identifica~ao de pressupostos au de ou seja, de processos de busca dos ~vazios do texto", isto que nao esta "dadoH explicitamente no texto. Podemos observar que a questao aeirna para um aluno ouvinte nao he'!tanta dificuldade levando em conta que 0 resultado Porem, para um aluno surdo a dificuldade nao esta implicito no texto, para analitica (do todo para significado 0 0 e da questao foi de 58% de acertos. bern maior em inferir pressuposto surdo a leitura processa-se que de forma simultanea todo), a palavra e vista como uma unidade compacta e seu e literal. Segundo Elizabeth Oliveira Crepaldi de Almeida2, que, alunos surdos conseguem apresentam dificuldades decodificar grafemicas, os simbolos estudos tern evidenciado escritos e geralmente nao mas, na maioria das vezes, nao entendem 0 que leem. Existem varias razOes para esse fracasso, apontados leitura 1 2 e a falta do dominio do surdo poderia da lingua oral. ser decorrente mas um dos grandes problemas 0 atraso no desenvo\vimento da pobreza http://provabrasil.inep.gov.brfindex.php?option=com_wrap.er<emid= htlp:llwww.dspcom.fee.unicamp.br!cristialsurdo. de experiencias da e trocas 148 36 comunicativas, dificuldades produc;ao e nao do seu nivel de cognit;ao no dominio de de vocabulario, enunciados, toda e pensamento. regras gramaticais, compreensao do Assim, clareza processo de havendo e coesao leitura de ticaria prejudicado. Exemplo03: A chuva A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou Ihou as transeuntes. A chuva maquinas. A chuva enfureceu encharcou A ehuva esburacou chuva de canivetes. A ehuva enxugou ehuva destroc;ou os guarda-chuvas. a sede. A ehuva anoiteceu de tarde. A sabre a terra curva. A A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incemdio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. para-brisa. as as pedras. A ehuva alagou a favela. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas 0 enferrujou as mares. A chuva e seu eheiro de terra. A chuva eorn sua cabeleira. chuva 1igou as rios. A chuva mo- as praC;as. A chuva A chuva murmurou meu nome. A A chuva acendeu as farOis. A chuva tocou a sirene. A ehuva com a sua erina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A ehuva ac;oitando as plantas. A chuva senhora lama. A ehuva sem pena. A amareiou ChUV8 da apenas. A chuva empenou os m6veis. A ehuva as livros. A chuva corroeu as cereas. A chuva e seu baque seco. A ehuva e seu ruldo de vidro. A chuva inchou 0 brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multip1icando insetos. A chuva sabre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A 37 chuva regou 0 gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poc;as. A chuva secou ao sol. ANTUNES, Todas as frases Arnaldo. do texto comec;am As coisas. sao Paulo: tluminuras, earn ma ehuva". 1996. e Esse recurso utilizado para (A) pravoear a percepc;ao do ritmo e da sanaridade. 0 surda nao tern Mtma e sanoridade (B) provoear uma sensac;ao de relaxamento dos sentidas. Sensac;a.o (C) reproduzir exatamente as sons repetitivos da chuva. (D) sugerir e a continuidade a Intensidade o objetivo explorac;ao habilidade de desta questao e reconhecer recursos ortograficos do aluno em identifiear 0 e/ou da chuva. 0 efeito de sentido decorrente morfossintatieos e visa eteito de sentido deeorrente da avaHar a das variac;oes relativas aos padroes gramaticais da lingua, na questao foi explorada como recurso expressivo a repetiyao lexical (a ehuva) com prop6sito de sugerir certa intensidade 0 da chuva, bern como sua continuidade. Ana1isando as respostas percebemos pois cita-se ritmo, sonoridade, de questao exige que 0 que 0 surdo desconhece. que 0 0 domlnio da linguagem e marcas de pontuac;ao, surdo apresenta ele nao tern a percept;ao com a traduc;a.o da lingua de sinais para a lingua portuguesa eontinuidade que 0 Esse tipo aluno saiba investigar diferentes func;Oes textuais produzidas par um unico recurso expressivo mas uma dificuldade que 0 surdo ao ler ficara em duvidas, sons, elementos de eonseguir esta intensidade e autor construiu no texto. 38 3.5 - CONCLUsAo DA PESQUISA Atualmente muito se fala em inclusao social, porem a que concluimos com a analise desta pesquisa fica evidente que, embora 0 poder publico professores de escolas tern todas as condil;oes na pratica, regulares como excluidos. Como Colegia Alcindo Fanaya Junior, 0 0 de que as alunos surdos de serem inclufdos porque sao inteligentes, eles sao tratados reportagem cnde fa9am um discurso e podemos aprendem, observar na unice para surdos do Pais a participar de uma prova federal 0 qual obteve a segunda media pior do Brasil. Pelos comentarios da Diretora do colegio Nerci Maria Maggioni Martins, em entrevista ao Jarnal Estado do Parana do dia 10/05/2009, as mais variadas dificuldades podemos verificar em que as alunos surdos encontram ao adentrar na comunidade ouvinte. Coh!gio Alcindo Fanaya foi 0 "nico para surdos do Pais a participar do Enem Dom, 10 de Maio de 2009 23:19 o Colegio a participar Estadual para Surdas Alcindo do Exame Nacional Apesar do resultado, Martins classificau realizado pelo Ministerio da Educayao. que colocou a escola com a menor nota no Parana e a segunda Pais, ele nao reflete a realidade processo Fanaya Junior de Curitiba foi 0 unico do Brasil do Ensino Media (Enem), do aprendizado como positiva de avalia~o do aluno surdo. A diretora a participa~o e uma superayao, dos alunos na prova do Enem: pois 0 surdo enfrenta menor do Nerci Maria Maggioni ·Participar a falta de acessibilidade do todos os dias.~ Os 14 alunos do Fanaya que fizeram prava em Ubras professora ~ lingua de Ungua a prova do Enem. sistema diferenciado que a avaliayao Brasileira Portuguesa e nem de interprete respeitando conhecimento 0 Decreto nao leva em conta as desigualdades a prova fosse sinalizada especial, e saberes, Federal e diferenyas as alunos tedam outro desempenho', ent~ 5.626/05", dentm como a para dar orienta¢es. Flitvia Valente disse que 0 que deve ser Questionado ·Se a prova quer avaliar de avaliat;ao, a prova nao tiveram tratamento de Sinais e necessaria afirmou. A e 0 Que e um Ela disse de uma sociedade. "Se destacou. 39 5.626/05 - Decreto A diretora do Fanaya explicou que processo de correyao da prova do Enem e 0 mesmo tanto para ouvintes como para surdos e os alunos do coh~gio nao contaram com 0 criteno diferenciado 'Isso vai conlra 0 Decreta Federal de avaliayao. inciso VII, que aborda a necessidade de conhecimentos outros expressos Nerd, eletr6nicos diferente do ouvinte sendo que essa modalidade a estrutura OU as alunos registrados de sordos do colegio Para aproximar uti1izam pralicas para a avaliac;ao em em video e em informatica", adotam a Libras os conhecimentos de lelramento nO 5.626/05, arugo 14 altemaUvos en10ca 0 visual e as gestos. Como segunda da LIngua Portuguesa. as professoras mecanismos em Libras, desde que devidamente meios Segundo de desenvolver como disse. primeira lingua, lingua, a surdo aprende da Libras com 0 Portugu~s, e fazem usa de vanos recursos tecno16gicos. Pesquisas apontam que apenas 3% dos estudantes ensino medio no Brasil. Para a diretora do Fanaya, nas escolas. Segundo universidade. "0 eta, a surdo precisa surdo A estudante tem Thalita capacldade Barbosa que olhava 0 uniforme de acesso para matriculados as barreiras s6 precisa veiculadas concluem e a perman€mcia ser e chegar na relatou diz. que todos sobre 0 colegio. "Tinha genie sabre a nota baixa no Enem. Ficamos que nossos colegas liveram a do surdo compreendido", 17 anos, do ensino medio, com as not/das da nossa escola e perguntava pois sabemos surdos desafio para quebrar ir alem, de Oliveira, os seus colegas ficaram decepcionados muila vergonha, 0 grande dificuldades para interpretar com a prova", contou. Segundo Portuguesa", explicou. de sinais" tudo 0 que aprendemos Segundo surda. "Aqui temos contato lingua "!:: ela, e dificil para 0 surdo fazer a prova em Portugu/l!s. primeiro temos que mentatizar a estudante, e repassar no coh~gio ocorre com a nossa cultura, consigo De acordo com ela, essa interac;ao, a interac;l§o efeliva interagir muitas como uma traduyao, as informac;Oes para a Lingua da cullura com meus pares por meio da vezes, nao acontece em outros espat;os. Outra Fanaya. -Minha melhorou, Ana aluna do ensino famllia conheceu medio, Vlvjane a escola, Ribeiro, e depots destacou a qualidade que comecei a estudar do ensino aqui minha ate minha mae comet;Ou a fazer curso de Libras", contou. No muro do colegio, Paula Miranda, participante do Enem 2008, deixou sua mensagem: "Surdez deficii!ncia, e diferenr;a. 0 surdo e igual ao ouvjnte, tern jeito, amor, cultura, emo¢es, visual gestual. e A complementa~o Como esse Multimidia aluno atividades psicomotricidade" marca Viana sua diz do estudante. se apropna como aliados REFERt.NCIA surdo Zinair curricular desenvolvidas da educa~o 0 professora identidade que extracurriculares, liberdade esportivas, seus sempre na 0 computador se 0$ alunos refon;os a aluna nao e tem lingua para a realidade utilizamos "No contraturno, praticas dos est:io 0 curriculo do gestual ressaltou. como na professores "Adaptamos da visualidade, no aprendizado~, os no vida sinais". busca da do surdo. e a TV optarem, de disciplinas sao e . - 0 Celegio Alcinde Fanaya Junior e referlmcia infanlil. fundamental e medio. Sao 250 alunos na area da surdez e atende alunos que recebem fonnayao regular em 40 um processo inclusivo licenciaturas diretores Jean de escolas do Francesa Os atendimento. p6s--gradua~o inclusivas Foucambert, Associa~o de espeeificas, da Inglaterra Instituto professores e proficiencia National tern, ah~m da 0 para troca de experiencias. de Pesquisa pela Leitura, veio conhecer sua forrnayao em em Libras. Em 2007, 0 colegio recebeu Pedag6gica a metodologia renomado da Franya, de leitura utilizada 12 professor criador da na escola em 2008. o cofegio alende alunos da capital, da regi~o metropolitana, estados e esporadicamente de oulros Alguns estudantes apresentam como: deficiencia visual, condulas lipicas Libras linguagem falada de Portugal. surdo-cegueira, sindromes possui Cada e defici€mcia quadros utilizada uma estnrtura em alunos vindos de outros Venezuela neurol6gicos linguistica no Brasil. assim como de sinais. bilingOe quem sabe Portugues e psicol6gicos. Diz~se Hngua e nao qualquer outra t: posslvel e Libras. tanto as regulares como as voltadas as alunos. Islo e, fazer com que eles aprendessem o conceito a mudar no lnleio dos anos 90, quando se chegou a conclusao comeyou tinham aplidao para A Secretaria tradutoreslinterpretes interpretes. Inclusao tempo Segundo Educacional e a oferta de Estado A de Libras para atender Angelina Matiskej, da Seed, 0 numero dos do Parana os surdos chefe slnats do e pequena. de SUrdos que coopere passou (Seed) Departamento "Temos conosco fez e realizou s6 nao e major porque a permitida. de um concurso para Educacao Especial de solicitado de que nem ser a contrata~o a formagao 193 e na area requer a Federayao encaminhando para os a falar e a ler as iabios. profissionais Nacional de proficientes Ubras·, conta. Fonte: Agencia EstaduaJ de Portanto, Noticias - Jornal Estado do Parana concluimos que mesma ColE~gioSra. Nerci Martins com rela98a longo ate conseguir a percorrer potencial e consequentemente, claro earn suas diferencas. quando lingua da EducaCao de profissionais EducaCao e lntegra~o oa a ·oralidade". a estruturais. surdos, era "oralizar" todos lingua da de esludar niveis nas escolas, tais intelectual, A do Brasil e diferente lodos No passaclo, a tendencia Unidos. especiais, deficiencia psiquialricos surda pr6pria, lingua e Estados educacionais (isica neuro-motora, pela comunidade pais tern sua propria Por iSso, e considerado Libras como Italia, Japao, ah~m da surdez, outras necessidades e a lingua porque no mundo. paises eolecado oportunidades. em iii com a visaa positiva da Diretora do prova, as alunos surdos tem urn caminho ser visto como uma pessoa pode sim ser uma pessoa com um grande como qualquer outra, Porem, uma pessea surda pode ao longo de sua vida eonvivio com a sociedade ouvinte A pessoa surda mesmo com todos os problemas ter as observados mesmas aeima. 41 esta lutando vivenciando pelo seu espayo a hoje em relar;ao 4. CONCLUSAO e com certeza comunidade DO TRABALHO este panorama canclu; que MONOGRAFICO em relar;ao a como privilegiado 0 inadequadas. metodo quadro de ensino negro, comum por Iinguagem comportamento oral. Geralmente destoa daquilo que sao foi incapaz de propiciar-Ihe recurso insuficientes e nao apresentam pais nao se expressam de deficientes, pais seu normal pela sociedade. urn desenvolvimento cognitivo compativel a ~deficiencia culturar de seu grupo social que acesso devida. propOS ordens ou a resolu~o de problemas que pelo aluno, que ignora au nao atinge os objetivos propostos pela tarefa, simplesmente por nao entender 0 conteudo da mensagem veicuJada. teremos, fatatmente, juizos de valores e opinioes equivocadas sobre a real capacidade professor compreender 0 professor 0 nao sao compreendidos Como consequencia, como pr6prio de seus colegas da mesma idade, isto nao se deve a sua "deficiemcia auditiva", mas sim, Muitas vezes, e utiliza sao praticas desenvolvida, chamados e considerado Se a aluno surdo nao apresenta com aquele considerada oral afirmar que esses alunos forma alguma de comunica9c3o ou linguagem para refletir em sal a de aula. A maioria deles a exposi9ao que no meu entender e Normalmente efetuadas educa~aa dos surdos e importante em primeiro lugar sobre a postura do professor emprega estamos surda sera muito melhor. Com a realizar;ao do estagio de observar;c3o e as pesquisas este trabalho, que cognitiva desses sujeitos, como seu pensarnento penetrar em seu funcionamento pela simples dificuldade de 0 se processa OU de que forma podera inteleetual. A presen~ de urn interprete em sala de 42 aula seria 0 ideal, nos cases em que houver alunos surd os estudanda nas classes comuns, porem a urna serie de variaveis que ainda dificultam essa realidade, dentre elas a fato de que nem todos os alunos serem usuarios de Libras e a demand a de interpretes ser minima, geralmente apenas nos grandes centros urbanos. Em segundo segunda lugar podernos destacar Hngua, que considerando Hngua, de forma natural, forma sistematizada. escola, e necessaria Este aprendizado porem a metodologia realidade, desconsiderando abstrato de regras, 0 ensino da lingua portuguesa 0 impedimenta biol6gico para aquisivao que sua aprendizagem seja realizada de El, na maioria das vezes, responsabilidade da geralmente utilizada separa aluno surdo de sua 0 seu contexto de produc;ao e reduzindo-o a objetivo preocupac;ao em apresentar desta como desta metodologia a um sistema nao e a Hngua viva, sua estruturac;ao gramatical, garantindo mas a a fixac;ao da wordem correta" das palavras. Como resuitada final, temos um grupo de alunos com dificuldades de marginalizados aprender de possibilitar-Ihes urn aprendizado Nao podemos aprendizagem para alunos a lingua deixar significative de ref\etir em Hngua portugues surdos e ouvintes. professor devera desenvolver relac;ao portuguesa, estes alunos seguem sendo por urn fracasso que nao e deles, mas de seu grupo social, incapaz a aquisi9ao da eserita. da lingua oticial de seu pais. tambem relacionando-os Para as alunos sobre e processo ouvintes, nativos diferentes da lingua, a a90es que permitam a atividade reflexiva do aluno em Ja para a surdo a lingua portuguesa lingua, todo cuidado sera necessaria para que seu aprendizado apenas em pratica de memorizac;ao de regras, classitica90es irnportante a experi~neias e proporcionar de ensina a duas realidades a acesso e uma segunda nao se transforme e nomenclaturas. significativas que permitam 0 a 43 apropriagao da linguagem nao apenas como area de conhecimento, mas como atividade dial6gica, constituinte de multiplos sentidos. Conforme Adapta9Qes curricula res em a980 - MEC, 2002 (p.83), na educac;ao dos surdos, a adequat;:ao do ensino da lingua portuguesa OCOrrepor meio de: praticas metodol6gicas de ensino de segundas linguas; utilizayiio da escrita na intera~ao simultanea professor/aluno(conversa~ao); escolha previa de textos de acordo com a competencia IingOfstica dos educandos; apresenta~ao de referencias relevantes (contexto hist6rico, enredo, personagens, localizayao geografica, bfografia do autor, etc.) sobre 0 texto, em lingua de sinais au utilizando oulros recursos, antes de sua teitura; exploraryao do vocabul£irio e da estrutura do texto; apresentaljao do texto par escrito; estimulo a formayAo de opiniao e do pensamento critico; fnterpretalj80 de textos por meio de material pillstico (desenho, pintura e murais); adequayao de conteudos e obJelivos; avalialjao diferenciada, consfderando-se a interferencia de aspectos estruturais da Hngua de sinals. Quanto a respeito a avaliat;:a.o ja do modelo foram feitos muitos estudos, discussOes e pesquisas ideal de avaliar 0 desempenho mesma e avaliada unicamente como a ferramenta que auxilia na aprendizagem verificar a crescimento Finalmente relaga.o it comunidade para passar de ano. do alune. 0 ideal seria ter a avaliayao do aluno e possibilita podemos concluir que falta muito particularidade a professor 0 que fazer no Brasil em surda, os servigos prestados a eles ainda sa.o poucos, como a de interpretes em locais como hospitais, publicas, escolas etc. Parem, ja se consegue vislumbrar, mundo e deste aluno. descaso quanta it necessidade onde a diferenya Normalmente lingOistica, nao seja mais encarada como deficiencia, que em nada diminui a pessoa que a apresenta. possa ser de fato educacional e necessaria repartigOes para urn futuro, urn mundo mas como Mas para que este que se faya tambem uma 44 profunda reftexao sobre 0 modo de ver e agir da sociedade extremamente superficial dos tempos de hoje. 45 5 •REFERENCIAS GOLDFELD, BIBLIOGRAFICAS. Marcia. A crian~a sociointeraCionista. SOUZA, Regina Contrapontos. SACKS, surda - Linguagem Maria de. SILVESTRE, Nuria. numa perspectiva Venda vozes: Educa~ao de surdos: Pontos e 2007. sao Paulo: Summus editorial, Oliver. e cogni~ao edi~ao,Sao Paulo: Plexus, 2002. 28 urna viagem ao mundo dos Silo Paulo: surdas. Companhia das Letras, 1998. UTP, Universidade Tuiuti do Parana. Trabalho Academico BRASIL, Ministeno competencias 0 - UTP, 0 Ensino Conclus3o de curso, • UTP, em a~ao: desenvolvendo de alunos surdosl 2002. do portador de surdez no eosino regular, 2002. de lingua Portuguesa para sUrdos, Monografia 2006. BRASIL, Minisleno da Educal'ao, Programa Nacional de apoio a Educa~ao de surdos- 2004. CONSULTADOS http://www.deficientesolidario.com.brlindex.php?/dicas/geral/o-aue-e-libras.htmlacessado dia 17/1012009 as de 2006. educacionais Especial. Brasilia: MECISEEP, Monografia de Pos graduayilo Brasilia: MEC, curriculares necessidades Luana Argenta. A inclusao VIVI, Olivia de Carvalho. 5,1·SITES as Elabora~ao e Apresentayao Curitiba: UTP, Adapta~6es atendimento Secretaria de Educal'30 PEREIRA, 2'. Edi~o. • Cientifico. da Educal'ao. para Normas Tecnicas: 21:00 hs. http://www.dspcom.fee.unicamp.br/crislia/surdo .. acessado dia 18/10/2009 as 09:00 hs 46 de htlp:/twww.abcdasaude.com.br/artigo.php?402 acessado dia 29/10/2009 http://www.portaladventista.org/missaoglobal/downloadsfministelia as 17:52 hs. surdos/historia surdo.p Qf acessado dia 02/11/2009 as 10:00 hs. http://portal.mec.gov.brlseesp/arguivos/pdf/tradutorlibras.pdf acessado dia 08/1112009 08:30 hs. http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storvid-46923 acessado dia 0211212009 as 13:50 hs. 47 as ANEXO 01 Senado Federal Subsecretaria de lnforma¢es DECRETO NCO 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO OE 2005. Regulamenta a lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispOe sobre a Lingua - Libras, e 0 art. 18 da lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Braslleira de Sinais o PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso das atribuj~Oes que Ihe confere 0 art. 84, inciso IV, da Constitui~ao, e tendo em vista 0 disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art. 18 da lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, DECRETA: CAPiTULO I DAS DISPDSI<;OES PRELIMINARES Art. 10 Este Decreto regulamenta 10.098, de 19 de dezembro de 2000. a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, eo art. 18 da lei no Art. 20 Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com 0 mundo per meio de experi!ncias visuais, manifestando sua cultura principalmenle pelo uso da Lingua Brasileira de Sinais - Libras. Paragrafo unico. Considera-se deficiencia auditiv8 a perda bilateral, decibeis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas rreqO!ncias 3.000Hz. CAPiTULO parcial ou total, de quarenta e um de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e II DA INCLUSAO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR Art. 30 A Libras deve seT inserida como discipllna curricular obrigat6ria nos cursos de formayAo de professores para 0 exercicio do magisterio, em n[vel medio e superior, enos cursos de Fonoaudiologia, de instituiCOes de ensino. publicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios. § 10 Todos os curses de licenciatura. nas diferentes areas do conhecimento, 0 curso normal de nlvel medio, 0 curso normal superior, 0 curso de Pedagogia e 0 curso de Educayao Especial sao considerados cursos de formacao de professores e profissionais da educayllo para 0 exercicio do magisterio. § 20 A Libras constituir-se-ti e na educayao profissional, em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educayAo a partir de um ano da publicayao desle Decreto. superior CAP[TUlOllJ DA FORMAyAO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS 49 Art. 40 A formacao de docentes para 0 ensino de Libras nas series finais do ensino fundamental, no ensino media e na educayao superior deve ser realizada em nivel superior, em curso de graduayllo de licenciatura plena em Lelras: Libras ou em Letras: Libras/llngua Portuguesa como segunda lingua. Paragrafo unico. As pessoas surdas terao prioridade nos cursos de forma~ao previstos no caput. Art. 50 A formacao de docentes para 0 ensino de Libras na educayao infantll enos anos iniciais do ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso normal superior, em que Libras e Ungua Portuguesa esenta tenham constituido Unguas de instruCao, viabilizando a formacao bil1ngOe. § 10 Admite-se como formacao minima de docentes para 0 ensino de Libras na educacao infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a formacao ofertada em nivel medio na modalidade normal, que viabilizar a formacao bilingOe, referida no caput. § 20 As pessoas surdas terao prioridade Art. 60 A formacao de inslNtor I - cursos de educacao profissional; II - cursos de formacao conlinuada III - cursos educayao. de formayao nos cursos de forma~ao previslos no caput. de Libras, em nivel medio, deve ser realizada promovidos continuada por meio de: por inslituic;:6es de ensino superior; promovidos por institui~es credenciadas e por secrelarias de § 10 A formac;:ao do inslrutor de Libras pode ser realizada tambem por organiza¢es da sociedade civil representativa da comunidade surda, desde que 0 certificado seja convalidado por pelo menos uma das inslitui¢es referidas nos incisos II e III. § 20 As pessoas surdas terao prioridade nos cursos de formacao previslos no caput. Art. 70 Nos pr6ximos dez enos, a partir da publicayao deste Decreta, case na.o haja docenle com titulo de p6s-graduayao au de graduac;:ao em Libras para a ensino dessa disciplina em curses de educacao superior, ela podera ser ministrada por profisslonais Que apresentem pelo menos um dos seguintes perfis: I· professor de Libras, usuario dessa lingua com curso de p6s-gradua~o au com formaljilo superior e certificado de proficii!ncia em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo Ministl!rio da Educayao; It - instrutor de Libras, usuc1rio dessa lingua com formac;:Ao de nivel medio e com certificado meio de exame de proficii!ncia em Libras, promovido pelo Minislerio da Educac;:ao; obtido par III - professor ouvinte bilingOe: Libras - Lingua Portuguesa, com p6s-graduar;ao au formayao superior e com certificado obtido par meio de exame de proficii!ncia em Libras, promovido pelo Mjnjsll~;rio da Educayao. § 10 Nos casas previstos disciplina de Libras. nos incisos I e II, as pessoas surdas terao prioridade para ministrar a § 20 A partir de um ano da publicac;:ao deste Decreta, as sistemas e as instituit;6es de ensino da educacao basica e as de educayao superior devem indulr a professor de Libras em seu Quadro do magisterio. 50 Art. 80 conhecimento 0 exame de profici~ncia em Libras, referido no art. 70, deve avaliar a flu~ncia e a competencia para 0 ensino dessa lingua. no USO, 0 § 10 0 exame de proficiencia em Libras deve ser promovido, anualmente, pero Ministl.~rio da Educayao e institui¢es de educayao superior por ele credenciadas para essa finalidade. § 20 A certificayao docente. de profici~ncia em Libras habilltara a instrutor au a professor para a funcao § 30 0 exame de profici!ncla em Libras deve ser realizado par banca examinadora de amplo conhecimento em libras, constituida por docentes surdos e IingOistas de InstituiCOes de educayao superior. Art. 90 A partir da publicayao deste Decreta, as instituiyOes de ensino medio que oferecem cursos de formayao para 0 magisterio na modalidade normal e as instituiy6es de educayao superior que oferecem cursos de Fonoaudiologia ou de formayao de professores devem induir Libras como disciplina curricular, nos seguintes prazos e percentuais mlnlmos: I - ate tr~s anos, em vinte por cento dos cursos da instituiyao; II - ate cinco anos, em sessenta par cento des cursos da instituiyao; 111- ate sete anos, em oitenta par oonto dos cursos da instituiyao; e IV - dez anos, ern cern par oonto dos cursos da instituiyao. Panflgrafo unico. 0 processo de inclusao da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se nos cursos de EdUcayao Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e letras, ampHando-se progressivarnenle para as demais licenciaturas. Art. 10. As instituic;6es de educayao superior devem incluir a Libras como objeto de ensino, pesquisa e extensao nos cursos de formayao de professores para a educayao basica, nos cursos de Fonoaudiologia enos cursos de Tradu~o e Interpretayao de Libras - lingua Portuguesa. Art. 11. 0 Ministerio da Educa~a.o promovera, especlficos para a criayao de cursos de graduar;.ao: a partir da publica~ao deste Decreta, programas I - para formayao de professores surdos e ouvintes, para a educayao infantil e anos iniciais do ensina fundamental, que viabilize a educa~o bilingOe: Libras - lingua Portuguesa como segunda lingua; II - de lioonciatufa para surdos; III - de fonnayao em letras: em Traduyao Ubras ou em letras: e InterpretayAo libras/lingua de Libras - lingua Portuguesa, como segunda lingua Portuguesa. Art. 12. As inslituiyoes de educayao superior, principalmente as que ofertam cursos de Educac;Ao Especial, Pedagogia e letras, devem viabilizar cursos de p6s-graduayao para a formayao de professores para 0 ensino de Libras e sua interpretayao, a partir de urn ana da publicayao deste Decreta. Art. 13. 0 ensino da modalidade esenta da lfngua Portuguesa, como segunda lingua para pessoas surdas, deve ser induldo como disciplina curricular nos cursos de formac;Ao de professores para a educayao infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, de nlvel media e superior, bern como nos cursos de licenciatura em Letras cam habilitavao em Ungua Portuguesa. Paragrafo (mica. 0 tema sobre a modalidade escrita da lingua portuguesa para surdos deve ser 51 induido como conteudo CAPiTULO nos cursos de Fonoaudiologia. IV DO USO E DA DIFUSAO ACESSO DA LIBRAS DAS PESSOAS SURDAS E DA LINGUA PORTUGUESA PARA 0 A EDUCA9Ao Art. 14. As instituiyOes federais de ensino devem garantir, obrlgatoriamente, as pessoas surdas acesso a comunicat;ao, a informat;ao e a educa~o nos processos seletivos, nas atividades enos contetidos curricutares desenvolvidos em lodos os niveis, elapas e modalidades de educayao, descle a educayao infanti' ate a superior. § 10 Para garantir 0 atendimenlo educacional instituiyOes federais de ensina devem: I· promover cursos de formar;:ao de professores especiaJlzado e 0 acesso previslo no caput, as para: a) 0 ensino e usa da Libras; b) a traduyao e interpretar;:ao de Ubras· c) 0 ensino da Lingua Portuguesa, LIngua Portuguesa; como segunda e lingua para pessoas II - ofertar, obrigatoriamenle, desde a educar;:ao infanlil, Portuguesa, como segunda I1ngua para alunos surdos: 0 ensino surdas; da Libras e tambem da LIngua 111-prover as escolas com: a) professor de Libras ou inslrulor de Libras; b) tradutor e inttlrprete LIngua Portuguesa: c) professor de Libras· para 0 ensino de LIngua Portuguesa d) professor regenle pelos alunos surdos: de classe como segunda com conhecimento acerca lingua para pessoas da singularidade surdas; e linguistlca manifestada IV - garanlir 0 alendimento as necessidades educacionais espedais de alunos surdos, desde a educayao infantil, nas salas de aula e, tambtlm, em salas de recursos, em tumo contrario ao da escolarizayao; v - apoiar, funcionarios, na comunidade escolar, 0 usa e a difusao de Ubras entre professores, direr;:ao da escola e famitiares, inclusive por meio da arerta de cursos; atunos, VI - adotar mecanismos de avaliayao coerenles com aprendizado de segunda lingua, na corr~o das provas escrltas, valorizando 0 aspecta semantico e reconhecendo a singuJaridade IingOlstica manifestada no aspeclo formal da LIngua Portuguesa; Vii - desenvolver e adolar mecantsmos alternatives para a avaliayao de conhecimentos expressos em libras, desde que devidamente registrados em video ou em outros meios eletr6nicos e tecnol6gicos: VI11 • disponibilizar equipamentos, acesso as novas tecnologias de informayao e comunicayao, como recursos didaticos para apoiar a educayao de alunos surdos ou com deficiencia auditiva. § 20 0 professor da educayao Msica, bilingOe, aprovado em exame de proficiencia bem em traduyao e 52 interpretayao de Ubras - Lingua Portuguesa, pode exercer a fun~o de tradutor - Lingua Portuguesa. cuja funcao e distinta da fun~o de professor docente. e interprete de Ubras § 30 As instituiCOes privadas e as publicas dos sistemas de ensino federal, estadual. municipal e do Distrito Federal buscarao implementar as medidas referidas neste amgo como meio de assegurar atendimento educacional especiali:zado aos alunos surdas au com defici~ncia auditiva. Art. 15. Para complementar a curricula da base nacional camum, 0 ensino de Libras e 0 ensino da modalidade escrita da Lingua Portuguesa, como segunda lingua para alunos surdos, devem ser ministrados em uma perspectiva dial6gica, funcional e instrumental, como: I - atividades fundamental; ou complementayao e II - areas de conhecimento, ensina medio e na educa~o curricular como disciplinas superior. especlfica na educa~o infantil e snos inicials do ensino curricula res, nos anos finais do ensino fundamental, no Art. 16. A modaUdade oral da Lingua Portuguesa, ns educa~ao basics, deve ser ofertada aos alunos surdos au com defici~ncia auditiva, preferencialmente em tumo dislinto ao da escolari:zayao, pOT meio de a~Oes inlegradas entre as areas da saude e da educayao, resguardado 0 direito de o~o da familia ou do pr6prio aluno por essa modalidade. Paragrafo unico. A definiyao de espalfO para 0 desenvolvimento da modalidade oral da Ungua Portuguesa e a definicao dos profissionais de Fonoaudiologia para atualYAo com alunos da educayao basica sao de competencia dos 6rgaos que possuam estas atribuiyOes nas unidades federadas. CAP!TULOV OA FORMAyAO 00 TRADUTOR E INT~RPRETE DE LIBRAS - liNGUA PORTUGUESA Art. 17. A fonnayao do tradutor e intl!rprete de Libras - Lingua Portuguesa deve efetivar-se por meia de curso superior de Traducflo e Interprela~o. com habilitat;:ao em Libras - Lingua Portuguesa. Art. 18. Nos proximos de:z anos, a partir da publicac;ao deste Decreta, a formacao de tradutor intl!rprete de Libras - lingua Portuguesa. em nivei medio, deve ser reali:zada por meio de: I - cursos de educa~ao profissional; 11- cursos de extensao universitaria; e e III - cursos de formac;ao continuada promovidos credenciadas por secretarias de educayao. por instituicOes de ensina superior e instituicOes Paragrafo unico. A formacao de tradutor e interprete de Libras pede ser realizada por organi:zar;Oes da sociedade civil representativas da comunidacle surda, desde que 0 certificado seja convalidado por uma das instituiyOes referidas no inciso III. Art. 19. Nos pr6ximos de:z anas, a partir da publica~ao deste Decreta, caso nao haja pessoas com a titulac;ao exigida para 0 exerclcia da traduyao e interpretacao de Libras - Lingua Portuguesa. as insiituiif08S federais de ensina devem incluir, em seus quadros, profissionais com 0 seguinte perfil: I - profissional ouvinte, de nivel superior. com competencia e f1u~ncia em Ubras para realizar 8 interpretacaa das duas IInguas, de maneira simultanea e consecutiva, e com aprova~o em exame de proficiimcia, promovido pelo Ministerio da Educayao, para atuayao em inslitui¢es de ensine media e de educayao superior, 53 II _ profissional ouvinte, de nlvel medio, com compet~ncia e f1u~ncia em Libras para realizar a interpretayAo das duas lInguas, de maneira simultanea e consecutiva, e com aprova~o em exame de pfOfici~ncia, promovido pelo Minfsteria da Educacaa, para atuayao no ensina fundamental; III - profissianal surdo, com compet~ncla para realizar a interpretayao palses para a Libras, para atuayao em curses e eventos. de Unguas de slnais de outros Paragrafo Dnico. As instituior6es privadas e as publicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Dislrito Federal buscarao implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiencia auditiva 0 acesso a comunicayao, a informayao e a educayao Art. 20. Nos pr6ximos dez anos, a partir da publicaorao deste Decreto, a Ministeno da Educayao au instituiyoes de ensino superior par ele credenciadas para essa finalidade promoverao, anualmente, exame nacional de profici€mcia em tradU~D e interpretaorao de Libras - lingua Portuguesa. Paragrafo unieo. 0 exame de profici';ncia em traduyBo e interpreta~o de Ubras - LIngua Portuguesa deve ser realizado par banca examinadora de amplo conhecimento dessa funyao, constitulda por docentes surdos, lingOistas e tradutores e interpretes de Ubras de instituiy6es de educayao superior. Art. 21. A partir de um ano da publicayao desle Decreto, as instituicroes federais de ensino da educacrao basica e da educayao superior devem indu!r, em seus quadros, em todos os niveis, etapas e modalidades, 0 tradutor e interprete de Ubras - Lingua Portuguesa, para viabilizar 0 acesso a comunicayao, it infonnat;ao e a educacao de alunos surdos. § 10 0 profissional I - nos processos a que se refere 0 caput atuara: seletivos para cursos na instituiyao de ensino; II - nas salas de aula para viabilizar 0 acesso dos alunos curriculares, em todas as atividades didatico-pedag6gicas; e III - no apoio ~ acessibilidade aos servio;:os e as atividades-fim aos conhecimentos da instituivA0 e conteudos de ensino. § 20 As instiluiyOes privadas e as publicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarao implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos atunos surdos ou com deficiMcia auditiva 0 acesso a comunicayao, a informar;ao e a educa~o. CAP!TUlOVI DA GARANTIA DO DIREITO COM DEFICli::NCIA A EDUCA~)\Q DAS PESSOAS SURDAS OU AUDIT IVA Art. 22. As instituioroes federais de ensino responsaveis pela educatyao basica devem inclusao de alunos surdos ou com deficiencia auditiva, por meio da organiza~o de: I - escolas e classes de educayaD biilngUes, na educaorao infanlil enos bilingua, abartas a alunos surdos e ouvintes, anos iniciais do ensino fundamental; garantir a com professores II ~ escolas bilfngoes au escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino medio ou educaorao profissional, com docentes das diferentes areas do conhecimento, cientes da singularidade lingOistica dos alunos surdos, bem como com a presenya de !radutores e interpretes de Libras - Lingua Portuguesa. § 10 sao denominadas escolas ou classes de educaorao bilingOe aquetas em que a Libras e a 54 modalidade esctita de todo 0 processo da Lingua educativ~. Portuguesa sejam Hnguas de instrur;:ao utitizadas a § 20 Os alunos tern 0 direito escolariza~ao educacionat especializado para 0 desenvolvimento equipamentas e tecnotogias de informa~o. no desenvolvimento em urn turno diferenciado ao do stendimento de complementayao curricular, com utmz3yao de § 30 As mudan~s decorrentes da implementa~a dos incisos I e II implicam a formaliza~Aa, pais e petos prOprios alunos, de sua opyaa au preferl!ncia pels educayaio sem 0 usa de Libras. § 40 0 disposto libras. no § 20 deste artigo deve ser garantido tamMm para os alunos pelos m'o usuarios da Art. 23. As instiluiyoes federais de ensino, de educayao basica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos as servit;Os de tradutor e interprele de Libras ~ Lingua Portuguesa em sals de aula e em outros espac;os educacionais, bern como equipamentos e tecnologias que viabilizem a acesso a comunica~o, a jnfonna~ao e a educa~o. § 10 Deve especificldade ser proporcionado aos professores IingOistica do aluno surdo. acesso ;]I literatura e Informac;:Oes sabre a § 20 As instilui~Oes privadas e as publicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarao implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos au com deficiencia auditiva a acessa a comunicayAo, a informayao e a educayao. Art. 24. A programayaio visual dos curses de n(vel media e superior, preferencialmente os de formacao de professores, na modalidade de educat;ao a disi:mcia, deve dispor de sistemas de acesso a informacao como janela com tradutor e interprele de Libras - lingua Portuguesa e subtitutayao por meio do sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas as pessoas surdas. conforme prev! a Decreta no 5.296, de 2 de dezembro de 2004. CAPiTULO VII DA GARANTIA DO DIREtTO A SAUDE DAS PESSOAS COM DEFtCI~NCIA SURDAS au AUDITIVA Art. 25. A partir de um ana da publica~o deste Decreta, 0 Sistema Onieo de Saude - SUS e empresas que det~m concessao au permissao de serviyos publicoS de assistencia a saude, perspectiva da inctusao plena das pessoas surdas au com defich!ncia auditiva em lodas as esferas vida social. devem garanttr, priorilariamente aos alunos malriculados nas redes de ensina educa~o Msica, a atencao integral ;]I sua saude, nos diversos nlveis de complexidade especialidades medicas, efelivando: 1- a¢es de prevenyao II - tretamento dlnico e desenvolvimento e atendimento III· reaHza9Aa de diagn6stico. IV - se~o, adaptayaio quando indicado; V • acompanhamento VI - atendimento de programes especielizado, atendimento e fomecimento de saude auditiva; respeitando as espectficidades precoce e do encaminharnenlo de pr6tese medico e fonoaudiol6gico as na da da e auditiva ou aparelha de cade caso; para a area de educat;ao; de amplificaya.o sonora, e lerapia fonoaudiol6gica; em reabilitaya.o por equipe multiprofissional; 55 VII • alendimento fonoaudiol6gico ~s Cfian~s, adolescentes e jovens matriculados na educa~o Msica, por meio de ayOes integradas com a tlrea da educayao, de acordo com as necessidades terapl!uticas do aluno; VIII • orientar;6es a familia sobre as Implicar;Oes da surdez e sabre a importancia perda auditiva ter, descle seu nascimento, acesso a Ubras e Lingua Portuguesa; a para a crianca com IX - atendimento as pessoas surdas au com deficiencia auditiva na rede de servi~s do SUS e das empresas que detem concessao ou permissao de servi~s publicos de assist~ncia saude, par profissionais capacitados para a usa de Ubras ou para sua tradulfao e interpretalfao; e a X - apoio a capacitac;ao e formayao e sua traduc;ao e interpretayao. § 10 0 de profissionais disposto neste artigo delle ser garantido auditiva nao usuarios da Ubras. da rede de servi~s tamMm do SUS para 0 uso de Libras para os alunos surdos ou com defici~ncia § 20 0 Poder Publico, os 6rgaos da adminlstrcu;ao publica estadual, municipal, do Dislolo Federal e as empresas privadas que det~m autorizar;ao, concessao ou permissAo de servi~s publicos de assistlmcia a saude buscarao Implementar as medidas referidas no art. 30 da lei no 10.436, de 2002, como meio de assegurar, pnoritartamenle, aos alunos surdos ou com defici~ncia auditiva matriculados nas redes de ensino da educsr;ao basica, a atenc;ao integral sua saude, nos diversos nlveis de complexidade e especialidades medicas. a CAPiTULO VIII DO PAPEL DO PODER PUBLICO E DAS EMPRESAS QUE DET~M CONCESsAo OE SERVU:;OS PUBLiCOS, NO APOIO AO USO E DlFUSAO OA LIBRAS OU PERMISsAo Art. 26. A partir de um ano da publicacao deste Decreto, 0 Poder Publico, as empresas concessionarias de servir;os pubticos e os 6rgaos da administrar;a,o publica federal, direta e indireta devem garantir as pessoas surdas 0 lratamenlo diferenciado, por meio do uso e difusao de Libras e da lraduyao e interpretayao de Libras ~ LIngua Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa funcao. bem como 0 acesso as lecnologias de informayao, conforme prev~ 0 Decreto no 5.296, de 2004. § 10 As instituic;Oes de que trala a caput devem dispor de. pelo menos, cinco por canto de servidores, funcionanos e empregados capacitados para 0 usa e interpretayao da Libras. § 20 0 Poder Publico, os orgaos da adminlstracao publica estadual, municipal e do Dlstrito Federal, e as empresas privadas que d~m concessao ou pennissao de serviyos publicos buscarao implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar as pessoas surdas ou com defic~ncia auditiva 0 tratamento diferenciado, previsto no caput. Art. 27. No ambito da adminlstrayao publica federal, direta e indireta, bem como das empresas que det~m concessAo e permissao de servi~s publicos federals, os servir;os prestados por servidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a traduryao e interpretaylio de Ubras ~ Lingua Portuguesa estao sujeitos a padrOes de centrale de alendimento e a avaJiar;ao da satisfacao do usuario dos servi~s pubJicos, sob a coordenayao da Secrelaria de Gestao do Ministerio do Planejamento, On;:amento e Gestao, em conformidade com 0 Decreto no 3.507, de 13 de junho de 2000 Paragrafo unico. Cabera ell administrac;ao publica no ambito estadual, municipal e do Distrita Federal disciplinar, em regulamento proprio, os padrOes de controle do atendimento e avaJiayao da satisfayao do usuario dos servir;os publicos, refenda no caput. CAPiTULO IX 56