REVISTACARGILL
Novo perfil do
consumidor
ANO 28 - JUN.
JUL. 2008
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Aumento do poder
aquisitivo e busca por
produtos de qualidade
transformam os hábitos
do brasileiro
Explorando conexões
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Alimentação saudável
entrevista
Os benefícios da reciclagem
responsabilidade social
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mensagem
O novo consumidor brasileiro
visão global
Chocolate de origem controlada
inovação
directions
Os desafios do setor de food service
expertise
Notícias Cargill
destaques
A história de um comprador de soja
personagens
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Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores
da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi
– Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Ana Caiasso, Andrea Anjos, Cristine Busato, Débora
Sesti, Denise Cantarelli, Derli Halberstadt, Diógenes Silva, Gerson Beraldo, Lisandra Faria, Luciana Zaneti, Luciane Reis, Marcello Moreira, Mauricio
Chiavolotti, Neusa Duarte, Renata Holzer, Shirley Lobo, Sônia Matangrano, Tatiana Maranha, Vagner Rodrigues, Valmir Tambelini, Vera Duarte, Vitor
Ideriba e Yanah Abreu – Colaboração: Milena Siqueira – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de Arte: Arco W
Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Thear Editora – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem:
Fabiana Garbelotto, Renata de Salvi, Renata Rossi e Thais Corrêa – Ilustração Capa: Pepe Casals. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões
emitidas em entrevistas.
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Compromisso com a segurança alimentar
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Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220.
Tudo isso, e muito mais, o leitor encontra nesta edição da Revista Cargill.
Muito obrigado.
Sérgio Rial
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Na área de responsabilidade socioambiental, desenvolvemos um trabalho contínuo para
mudar a realidade das comunidades menos favorecidas por meio dos projetos da Fundação Cargill.
Também temos ações estruturadas tanto no âmbito interno como externo, com o objetivo de preservar o meio ambiente e proporcionar o crescimento de nossos negócios de forma sustentável.
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Atualmente, o foco no cliente exige uma importante postura: a de conexão. Saber explorar
as muitas conexões existentes entre as diversas Unidades de Negócios e Áreas Funcionais da Cargill
é a fórmula que tornará a Cargill a empresa preferida de nossos clientes. E estamos trabalhando sem
cessar para desenvolver cada vez mais o espírito de colaboração de nossas equipes. Um bom exemplo de colaboração e conectividade está na área de Food Service, criada há quase dois anos para
atender com exclusividade o mercado de alimentação fora do lar, em franco crescimento.
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Quando se trata de atendimento ao cliente, procuramos ter o foco ajustado às suas necessidades e, para tanto, precisamos conhecer profundamente o consumidor brasileiro, que nos últimos
anos vem construindo um novo perfil, cada vez mais exigente e preocupado com a qualidade do
produto colocado à mesa. Esse foco no consumidor e no cliente já tem exemplos práticos, como
o desenvolvimento do chocolate de origem, um produto de alto valor agregado que trará grandes
vantagens competitivas para a indústria. Uma necessidade do setor que a Cargill atendeu.
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Alcançar a liderança global em alimentos é um objetivo ousado que a Cargill encara com a
responsabilidade que tal posição requer. Em todos os lugares do mundo onde possuímos negócios,
nossos funcionários se empenham para buscar soluções e respostas às necessidades de clientes e,
conseqüentemente, às demandas dos consumidores. Nosso compromisso com a qualidade e com a
excelência estão refletidos em ações realizadas pelas mais variadas áreas da Companhia que visam ao
desenvolvimento sustentável dos setores agrícola, alimentício e de gestão de risco.
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Foto: Sérgio Zacchi
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pós sete meses ocupando interinamente a presidência da Cargill no País, em paralelo às minhas atribuições de diretor regional para a América Latina e de líder da
Plataforma de Negócio de Ingredientes Alimentícios e Sistemas, tenho a satisfação
de informar que, desde 1º de junho de 2008, a presidência da empresa está sob a
liderança de Marcelo Martins, em adição às suas atribuições como líder da Unidade de Negócio
Foods Brasil. Marcelo iniciou suas atividades na empresa, em 1987, como trainee, e, ao longo de sua
trajetória profissional, passou por diversas funções e áreas que lhe proporcionaram experiências e
conhecimentos que, com certeza, contribuirão para o seu desempenho nesta nova atribuição para
atingir os objetivos dos negócios no Brasil.
Foto: Divulgação
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Para ficar longe de problemas como obesidade e
hipertensão arterial, os alimentos podem tornar-se grandes
aliados. Mas é preciso começar cedo, e cabe aos pais
mostrar às crianças as escolhas saudáveis quando
o assunto é a refeição
Na agenda lotada não há um horário para as refeições. Frutas, verduras e legumes perdem cada vez mais
espaço no cardápio diário e cedem lugar para lanches,
refrigerantes e doces. A máxima “você é o que come” pode
até parecer clichê, mas é verdadeira. Ao alimentar-se bem,
o organismo todo funciona e a saúde agradece. Em contrapartida, a ingestão de gordura, sal e açúcar em excesso
pode contribuir para o surgimento de várias doenças, entre
as quais a obesidade, considerada problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
bebê. E os exageros não são bem-vindos. Aquela história de
que durante a gestação a mãe tem de comer por dois, por
exemplo, é um mito, não há comprovação científica.
Revista Cargill - Então, as mães devem dar atenção
especial à alimentação das crianças desde os primeiros
anos de vida?
Ribas Filho - O aleitamento materno já é um fator decisivo para desenvolver o hábito da alimentação saudável.
Esse leite é rico em nutrientes e protege o bebê contra
problemas futuros, como a obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia, que é um aumento anormal da taxa
de lipídios no sangue. Com o tempo, é preciso incluir
frutas, sucos naturais, legumes.
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Escolhas inteligentes
na alimentação
Uma das grandes preocupações dos médicos é que a
obesidade vem atingindo um número cada vez maior não
só de adultos, como também de crianças. De acordo com a
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o índice de
crianças obesas aumentou 240% nas últimas duas décadas
só no Brasil. Portanto, para garantir a saúde e cultivar hábitos saudáveis, é preciso começar cedo. Os adultos precisam
melhorar sua dieta e dar bons exemplos aos pequenos em
casa para que eles saibam se alimentar na escola ou nos
passeios. Em entrevista à Revista Cargill, Durval Ribas Filho,
presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, dá uma
aula sobre educação alimentar para pais e filhos.
Revista Cargill - Como os pais podem incorporar os hábitos saudáveis da alimentação ao dia-a-dia da criança?
Ribas Filho - O perfil alimentar deve ser seguido pelas crianças e também pelos adultos. É necessário desenvolver a
consciência familiar. Não adianta falar para a criança que ela
deve comer bastante salada se ela está vendo no prato dos
pais um monte de alimentos gordurosos. Dessa maneira,
ao reeducar a alimentação, acabamos por educar também
o nosso organismo. E mais: os avós também devem seguir
esses hábitos, aprendendo a dizer não. Durante a refeição, o
segredo é arriscar várias combinações, como uma salada de
folhas verdes e manga. O arroz branco pode tornar-se saboroso e colorido se for preparado à grega, com legumes.
Revista Cargill - O hábito da alimentação saudável se
aprende na infância?
Ribas Filho - Na verdade, a alimentação saudável deve
começar antes mesmo do nascimento do bebê. Se a mãe
não tem uma boa alimentação, pode prejudicar a saúde
do filho. Frutas, verduras e legumes são imprescindíveis
na dieta. Há alguns alimentos, como o brócolis, que são
ricos em nutrientes essenciais para o desenvolvimento do
Revista Cargill - O que o prato das crianças deve conter para que seja ideal do ponto de vista nutricional?
Ribas Filho - Deve conter carboidrato, que pode ser mi4
lho, macarrão, arroz ou batata; proteína e gordura, a carne vermelha ou branca; fibras, minerais e vitaminas, que
vêm dos legumes, verduras e frutas. O típico prato brasileiro, composto de arroz, feijão, bife e salada – apesar de
andar esquecido –, é uma ótima opção que contempla
todos os nutrientes necessários. Quando é preciso fazer
uma refeição rápida, um lanche feito com carne, salada
e queijo também é uma boa opção. Mas os lanches não
devem se tornar rotina.
por exemplo. Salgadinhos, bolachas recheadas e frituras
devem ser evitados.
Revista Cargill - O número de crianças e adolescentes
obesos está crescendo no mundo todo. Isso é conseqüência da alimentação inadequada aliada ao sedentarismo?
Ribas Filho - Exatamente. As crianças e adolescentes passam
horas sentados em frente do computador ou do videogame.
O sedentarismo traz prejuízos para a saúde, mas quando está
aliado à dieta aterogênica, que consiste no consumo excessivo de açúcar e gordura, pode ser ainda pior. Está se criando
uma geração que futuramente será de adultos doentes
porque essa dieta é abundante em energia – que não é gasta
por causa do sedentarismo – mas pobre em nutrientes,
essenciais para o desenvolvimento e a saúde.
Revista Cargill - Quantas refeições devem ser feitas
por dia?
Ribas Filho - A boa alimentação é aquela fracionada.
Ao longo do dia devem ser realizadas seis refeições. Se
o período entre o almoço e o jantar for muito longo,
podem-se fazer dois lanches pequenos. Vegetais e frutas
sempre devem ser lembrados porque garantem grandes
benefícios, como o efeito antioxidante, que combate os
radicais livres.
“As cadeias de restaurantes
estão mudando os produtos
oferecidos porque o
consumidor está buscando
opções mais saudáveis”
Revista Cargill - Com a vida atribulada, em que muitas
refeições são feitas fora de casa, é possível alimentar-se
de forma adequada? Como?
Ribas Filho - A melhor opção para alimentar-se fora de
casa é o restaurante self-service. Eles oferecem uma grande
variedade de pratos que possibilitam fazer combinações
saudáveis e manter uma dieta balanceada. A dica é abusar
das saladas, evitar os molhos cremosos e não esquecer de se
servir de uma fonte de proteína e outra de carboidrato. E,
se escolher arroz, não se sirva também de batatas, pois duas
fontes de carboidrato no mesmo prato não é adequado.
Revista Cargill - O que falta na alimentação do brasileiro, na sua opinião?
Ribas Filho - A alimentação mudou para pior. Estão
faltando arroz, feijão e salada. Aprendemos a comer
sanduíche e fomos deixando de lado o hábito da comida
saudável e a saúde fica em segundo plano.
Revista Cargill - A grande oferta dos chamados junk
food tem forte apelo entre as crianças. Como combinar saúde com fast-food?
Ribas Filho - As cadeias de restaurantes estão mudando
os produtos oferecidos porque o consumidor está buscando opções mais saudáveis. E se a alimentação saudável for um hábito em casa, a criança provavelmente não
vai se encantar por lanches gordurosos. Entretanto, ninguém muda de repente. Quando for a uma lanchonete,
peça um lanche e negocie para a criança comer também
uma salada. Com o tempo, o pequeno vai saber entender as escolhas saudáveis.
Revista Cargill - O senhor acredita que a relação com a
alimentação mudou?
Ribas Filho - As pessoas precisam parar de pensar que
a comida é só prazer. Antes disso, alimentar-se é na
verdade uma decisão ética que deve ser vista como algo
necessário para a sobrevivência.
Revista Cargill - Hoje, os produtos industrializados
fazem parte do dia-a-dia das pessoas. Como alcançar
o equilíbrio entre o consumo de alimentos naturais e
industrializados?
Ribas Filho - Os produtos industrializados podem ser
incorporados sem problema algum à dieta, desde que
sejam consumidos, também, alimentos naturais como
frutas, verduras e legumes em uma quantidade média de
300 a 400 gramas por dia. Agindo assim, qualquer pessoa
alcançará o equilíbrio nutricional entre produtos industrializados e os não-industrializados. 
Revista Cargill - O que as crianças devem levar na
lancheira?
Ribas Filho - Algumas escolas já começaram a incluir na
cantina frutas como opção de lanche. E quando é preparado em casa, pode ser composto por pão com queijo,
alface e um fio de azeite de oliva, um suco e uma fruta,
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Reciclagem:
a atitude
é sua
Consumir apenas o necessário, reutilizar materiais,
reciclar o lixo são atitudes simples que ajudam a preservar
o planeta para as futuras gerações
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em prática. Pesquisa realizada pelo Ibope em 2007 levantou as tendências de consumo e o perfil das classes A, B
e C nas cinco regiões do País. O levantamento revelou
que 92% dos entrevistados acreditam que separar o lixo
para reciclagem é uma obrigação da sociedade, mas apenas 30% adotam essa prática em suas casas. As opiniões
divergem das atitudes.
aça um teste: observe quantas folhas de
sulfite imprime e quantos copos plásticos utiliza em um dia. Agora multiplique
pelos dias trabalhados em um ano. Pense,
também, nos hábitos de sua família. O lixo é reunido no
mesmo saco ou se divide em materiais recicláveis e lixo
orgânico? Mesmo que não pareça, pequenas mudanças
na rotina causam grandes impactos no planeta. Só no
Brasil, estima-se que a quantidade de lixo domiciliar seja
de 115 mil toneladas por dia. Em outras palavras, caso
o lixo fosse colocado de uma só vez em diversos caminhões, haveria uma fila de 16.400 deles ocupando cerca
de 150 quilômetros.
Antes de se deixar abater pelo desânimo, é preciso lembrar que o principal já está sendo feito: a informação sobre a importância de cuidar dos recursos naturais
está chegando à população. A mudança de hábito é
gradativa, principalmente na geração atual, que precisa incorporar novas ações ao dia-a-dia. “As crianças já
aprendem na escola essa nova visão sobre o lixo e levam
a mensagem a seus pais, que acabam tomando outras
Por mais que o consumo consciente esteja sendo
noticiado, a maioria da população não coloca a teoria
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Ações nas comunidades
atitudes”, explica André Vilhena, diretor do Cempre
(Compromisso Empresarial para Reciclagem), associação sem fins lucrativos que promove a reciclagem.
A Cargill realiza vários trabalhos de conscientização
de seus funcionários em todas as comunidades onde atua,
promovendo mudanças de hábitos e comportamentos.
Incentiva a reciclagem e a utilização consciente do papel e
da água em suas unidades. No dia 22 de abril, Dia Mundial
da Terra, por exemplo, unidades da empresa desenvolveram ações simultâneas, em diversos países do mundo, relacionadas ao tema: visitaram escolas locais, incentivando
a reciclagem do lixo e a conservação da água.
Integrar ao cotidiano o hábito de separar os materiais recicláveis do lixo orgânico tornou-se uma tendência. E, apesar de muitos brasileiros ainda não terem
criado o hábito de separar o lixo, o Estudo dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2004, desenvolvido
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
apontou que o País já era recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio com 89%, em 2003, contra
50%, em 1993.
Além disso, a Cargill tem o compromisso com
a sustentabilidade na cadeia de seus produtos. Entre
as iniciativas que merecem destaque nessa área, está a
participação da companhia na Moratória da Soja, criada
em 2006 e que prevê o compromisso de empresas em
não comercializar a soja plantada em áreas do bioma da
Amazônia, desmatadas após 24 de julho de 2006, por dois
anos. Durante esse período, Organizações Não-Governamentais (ONGs) e indústrias se uniram para criar um
sistema de governança para a soja na região.
Já em 2006, a pesquisa Ciclosoft, do Cempre, mostrou que, além de latinhas, os brasileiros estão reciclando
outros tipos de materiais. Isso porque, de acordo com
o Cempre, 25 milhões de brasileiros têm acesso a programas de coleta seletiva, sendo que 43,5% dos projetos
têm parceria com cooperativas de catadores. Apesar
de menos da metade da população ter acesso a esses
programas, quem não faz parte do ciclo de coleta seletiva pode levar seu lixo até a cooperativa mais próxima
de casa ou mesmo até um local de entrega voluntária,
como instituições de caridade. “Mesmo quem conhece
os catadores que passam pela sua rua e sabe que eles não
bagunçam e sujam os locais pode separar os plásticos,
metais, papéis, entre outros, para facilitar seu trabalho”,
explica André Vilhena.
A Cargill participa, ainda, de uma mesa-redonda de discussão global sobre a soja: a Round Table on
Responsible Soy Association (RTRS), que já realizou
fóruns e workshops em diversos países que resultaram
em uma série de documentos e estudos sobre o impacto
da soja no mundo. 
Atitude consciente
1. Separe o lixo seco, que são os materiais recicláveis,
do lixo molhado, composto por restos de
alimentos e folhas
2. Não esqueça que, caso o material esteja molhado,
por exemplo, por óleo, não vale a pena reciclar
3. Não compre mercadorias com excesso de embalagens
4. Opte por produtos duráveis e resistentes, que
permitam recarga, como os cartuchos de
impressão recarregáveis
5. Sempre compre somente o necessário para o consumo
6. Peça providências ao governo em relação à coleta seletiva
7. Economize papel: utilize os dois lados da folha
para impressão, reutilize envelopes e dê preferência
aos e-mails
8. Leve sua própria sacola para fazer compras,
evitando o uso dos sacos plásticos
9. Não jogue no lixo o que pode
ser doado
10. Mantenha as ruas
limpas
Fonte: Instituto Akatu, que trabalha pela mudança de comportamento do consumidor
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Fotos: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF
Os princípios do consumo e descarte de lixo consciente versam sobre os três ‘erres’: redução, que é evitar o desperdício,
consumindo apenas o que for necessário; reutilização, ou seja, dar novas utilidades ao que iria para o lixo, como latas
que viram caixas, e, por fim, a reciclagem, que é fazer uso da coleta seletiva. O ideal é que esses ensinamentos norteiem os
hábitos diários. Confira algumas dicas para ajudar na construção de uma sociedade mais responsável.
Eles têm mais dinheiro e vivem mais. A classe média
brasileira está de olho no preço e opta por produtos de
marcas em que confia. Conheça as mudanças de hábitos
desse novo consumidor brasileiro
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ão mais de 187 milhões de brasileiros espalhados por um território de
8.514.876,559 quilômetros quadrados.
Por ano, nascem cerca de 3 milhões de
bebês e chegam às ruas do País mais de 4 milhões de
automóveis novos. O mercado imobiliário anda em
constante crescimento – só na cidade de São Paulo,
foram 25.389 lançamentos em 2007. Os números são
grandiosos e, unidos a outras informações, como aumento da expectativa de vida, novas formações familiares e mudança de hábitos, compõem o auto-retrato
da sociedade brasileira.
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No comando do consumo
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Auto-retrato
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Diante desse cenário, muitos institutos de pesquisa vêm tentando traçar o perfil desse novo consumidor. Uma das constatações está relacionada ao
poder de compra. A pesquisa Observador 2008, realizada pelo instituto Ipsos para a financiadora Cetelem, e
que entrevistou 1.500 pessoas de 70 cidades em nove
regiões, confirmou o que alguns já desconfiavam:
houve o crescimento da classe C. Em apenas dois anos,
as classes D e E (com renda em torno de R$ 580,00) deixaram de significar metade da população para representar apenas 39% dos brasileiros. A guinada social, somada
ao número de famílias que caíram da classe B, trouxe
uma representatividade de 46% para a classe C (com
renda de aproximadamente R$ 1.100,00).
grande potencial, pois agora sobra dinheiro no fim do
mês. “Antes, ele comprava alimentos para estocar em
casa. Com a estabilidade, está adquirindo novos produtos. Mas não é tão fácil seduzir essa população, pois ela
é conservadora, prefere marcas em que confia e aprecia
qualidade; além disso, baseia-se nas opiniões de familiares e amigos quando adquire algum produto novo”,
explica. E o sonho de consumo, segundo a pesquisa
Observador 2008, são móveis, eletrodomésticos, tecnologia, viagens e lazer.
Costumes postos à mesa
A hesitação em experimentar novos produtos
também se dá quando o assunto é a cesta básica. “A
dona-de-casa não arrisca mudar de marca porque sabe
que determinado produto agrada à sua família. Também
leva em conta a qualidade e o rendimento. No geral,
isso ocorre porque, se ela não gostar do resultado, não
Em resumo: houve um aumento do poder aquisitivo da classe média. Segundo Franck Vignard-Rosez,
diretor-executivo de Marketing, Parcerias e Novos
Negócios da Cetelem no Brasil, esse consumidor tem
Ilustração: Pepe Casals
do brasileiro
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Produtos campeões
A antiga cesta básica composta somente pelos
produtos necessários foi deixada de lado. Pesquisa realizada pela AC Nielsen, divulgada em janeiro de 2008, sobre o consumo em 2007, traz importantes resultados. O
maior crescimento no período foi na venda de bebidas
alcoólicas, 7,1%, quando comparado com o ano de 2006.
O segundo maior crescimento veio da cesta de perecíveis, 7%, com destaque para sorvetes, frios e embutidos,
carne e pizza congelada, além de leite fermentado.
Em iogurtes, a alta de 3,5% confirma a tendência
de maior acesso do consumidor a categorias consideradas supérfluas. Quase 1 milhão de lares não compraram
a categoria em 2006 e passaram a comprar em 2007. A
cesta de bebidas não-alcoólicas também registra crescimento expressivo, 5,6%, impulsionado principalmente
pelas boas vendas de refrigerantes, 5,2%, e pelo grande
incremento de vendas das categorias bebidas energéticas, 29,5%, e à base de soja, 24,3%.
Outra característica desse novo consumidor, destacada por Marcos Roberto Luppe, é o fato de fazer suas
compras em mercados de bairro em que normalmente
conhece o dono, os funcionários e sente-se bem ao andar em uma estrutura menor.
Outra característica que vem sendo notada tanto
no exterior como no Brasil é a atitude de economizar
dinheiro para adquirir o tão esperado bem de consumo.
Ou seja: utilizam-se os produtos básicos e mais baratos
para que sobre mais dinheiro no fim do mês; dessa forma, é possível comprar um produto de luxo. “Por exemplo, compra-se um detergente com preço menor e, com
a economia, é possível ter a calça da marca preferida”, diz
Marcos Roberto.
De acordo com o professor, o Brasil passa por
um período glorioso – tem apresentado crescimento
constante, redução da inflação e há aumento de empregos. Entretanto, faz coro ao alerta dos especialistas:
é necessário haver planejamento para os próximos
tempos. “A saída é criar uma política industrial condizente com o crescimento. As empresas precisarão
investir em produtos de qualidade que conquistem de
vez o consumidor”, explica. 
Ilustração: Pepe Casals
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poderá se desfazer do produto comprado para adquirir outro”, explica o professor Marcos Roberto Luppe,
coordenador dos cursos do Provar (Programa de
Administração de Varejo) da FIA (Fundação Instituto
de Administração).
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Produzido com cacau de origem controlada, essa delícia
já está entre os preferidos na Europa e nos Estados Unidos.
Em breve, os brasileiros também poderão apreciar o
chocolate de origem fabricado pela Cargill
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O top entre os chocolates
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Esses consumidores mais exigentes apreciam
o produto e gostam de sentir seu aroma, observar a
textura, prestar atenção no seu sabor e, até mesmo, estudar sua origem (veja quadro). Para esse público, não
basta comer chocolate. Ele quer sentir as chamadas
“notas” de cacau, que variam de acordo com a origem
da matéria-prima. Isso porque o clima, o tipo de solo e
as formas de processamento das amêndoas influenciam
no resultado final. Os de origem africana, por exemplo,
têm notas mais frutadas, provavelmente porque lá se
fermentam as amêndoas em folhas de bananeira. Os de
origem baiana são mais ácidos, enquanto os paraenses,
mais suaves. “O bom apreciador de chocolate observa
essas nuances, assim como o consumidor que degusta
o vinho deseja conhecer a diferença entre os tipos de
uvas”, avalia Eliana.
ma parcela cada vez maior de consumidores está de olho em um tipo
de chocolate que já caiu no gosto de
experts e apreciadores europeus e
americanos. São os chamados chocolates de origem,
que ocupam lugar de destaque no ranking de produtos gourmets e são fabricados com amêndoas de
cacau de qualidade, cuja procedência é controlada e
passa por exigente processo de seleção.
A Cargill é a pioneira no fornecimento desse
produto para o mercado de chocolate industrial
brasileiro. A empresa traz amêndoas de cacau selecionadas da Bahia e da Amazônia, além de importar a
amêndoa da Costa do Marfim, país no oeste da África
reconhecido pela excelente qualidade dos frutos.
“Para acompanhar a demanda desses consumidores
exigentes, desenvolvemos o chocolate de origem controlada aqui no Brasil, o que, sem dúvida, agradará aos
paladares de quem sabe apreciar um bom produto”,
explica Eliana Ianez, gerente comercial da Unidade de
Negócio Cacau & Chocolate.
Alto controle
A Cargill desenvolveu um rigoroso controle
para oferecer aos clientes a comodidade de obter um
produto premium: desde a seleção das amêndoas, passando por todo o processo de produção, que envolve
fermentação e secagem, até chegar ao produto final,
o chocolate de origem controlada.
De acordo com Eliana, a Cargill sai na frente
ao atender a uma demanda que existe no País e vem
sendo suprida por chocolates importados. “Ainda não
tínhamos matéria-prima nacional de origem controlada, e os clientes consumidores de chocolates mais sofisticados acabavam optando pelos fabricados em outros
países ou de matéria-prima importada”, explica.
O novo produto, elaborado na fábrica de chocolate industrial de Porto Ferreira (SP), será fornecido
em sacos de 25 quilos ou barras de 2,3 quilos, que serão moldadas de acordo com o processo de produção
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Foto: Arquivo Cargill
de cada empresa. Depois é só seguir para a gôndola
com a marca do cliente. “Com a nossa expertise, fornecemos o chocolate pronto para que nosso cliente
se preocupe apenas com a inserção desse produto
no mercado”, explica a gerente comercial. A Cargill
fornecerá também o liquor proveniente de cacau de
origem para as indústrias que desejarem produzir seu
próprio chocolate. 
Aprecie cada detalhe
Esqueça o hábito de devorar uma barra de chocolate em minutos. Os europeus
e norte-americanos ensinam que o gostoso é se deleitar. Assim como os apreciadores
de vinho e café, que pesquisam as origens, cor, aroma, sabor e textura, os amantes do
chocolate estão investindo nesse conhecimento.
Além de delicioso, o chocolate de origem controlada tem grande apelo à
saudabilidade. Por sua grande concentração de cacau – o produto fornecido
pela Cargill tem 55% de concentração do fruto –, a iguaria é benéfica para a
saúde porque contém mais antioxidantes, que protegem o organismo da ação
dos radicais livres, e menos gordura e açúcar do que os chocolates comuns.
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Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF
Nessas regiões, existem confrarias que reúnem os apreciadores para degustar e discutir sobre a iguaria. Notas florais, frutadas ou amadeiradas, sabor ácido, suave
ou amargo e textura lisa ou arenosa fazem parte dos detalhes percebidos na
degustação. O paladar precisa ser apurado com o tempo, pois esses chocolates
contam com grande concentração de cacau, o que lhes confere um sabor mais
amargo. Entretanto, os experts garantem que degustar essa delícia pode tornar-se uma experiência única.
Dave Raisbeck*
Os melhores sistemas de segurança alimentar são
aqueles que atacam os problemas antes que estes
se tornem problemas
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Foto: Arquivo Cargill
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A segurança
alimentar e a China
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uitas vezes, as pessoas me perguntam: “Dave, o que não
o deixa dormir à noite? O que mais o preocupa em seu
trabalho na Cargill?” Para ser franco, a resposta é segurança alimentar – a possibilidade de um produto fabricado pela Cargill vir a causar uma doença ou provocar a perda de uma vida.
Nenhuma das duas opções é aceitável. Somos uma empresa de alimentos e,
por isso, segurança alimentar deve ser nossa principal prioridade.
Atualmente, o assunto de segurança alimentar traz, muitas vezes, a
discussão sobre a China. A imprensa nos Estados Unidos vem mostrando
a China como uma cadeia de produção totalmente fora de controle, que
exporta para o resto do mundo ração animal contaminada e brinquedos
tóxicos. Isso não é justo e, o que é pior, desvia nossa atenção do fato de que
segurança alimentar deve ser tratada com seriedade por todos os países.
Infelizmente, nenhum país está livre de ameaças à segurança alimentar.
Quando a melamina, um produto químico industrial de baixo custo
rico em nitrogênio, foi utilizada para substituir glúten de trigo em ração
animal, as manchetes dispararam ataques contra a falta de segurança dos
alimentos chineses. Poucos souberam que uma empresa norte-americana
também foi culpada de acrescentar melamina à ração animal. Tampouco
a imprensa noticiou o fato de que as autoridades chinesas rapidamente
responderam à crise, fechando fábricas e prendendo os responsáveis pela
adulteração. Não foi destacado que menos de 1% dos alimentos chineses
exportados para o Ocidente tiveram problemas de qualidade.
De maneira nada surpreendente, as autoridades chinesas ficaram
frustradas com as acusações de falta de segurança alimentar que ouviram
de todas as partes do mundo. Também são suficientemente inteligentes
para saber que percepção é sinônimo de realidade, que a marca “Made in
China” estava em risco, e que aquilo representava uma oportunidade para
trazer melhorias aos sistemas de segurança alimentar daquele país.
Em uma visita à China em janeiro deste ano, juntamente com vários
líderes da Cargill, reuni-me com Li Changjiang, ministro da Administração
14
Geral da Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China. Ele nos apresentou um resumo do sistema
de monitoramento de segurança alimentar chinês, o
qual cresceu consideravelmente. Ele nos informou sobre
o acordo firmado em dezembro último, que concede a
inspetores americanos um papel maior na certificação e
inspeção dos produtos alimentares chineses, incluindo a
presença desses profissionais em fábricas de todo o país.
As exigências de inspeção foram incrementadas para dez
categorias específicas de alimentos.
Nos próximos meses, ampliaremos o modelo
público-privado do SSAFE, quando a Cargill anunciar o
patrocínio de uma cátedra universitária em Sistemas de
Segurança Alimentar Globais.
Esses são os tipos de projetos práticos que realmente melhorarão a segurança alimentar. Lançar ataques verbais contra qualquer país é apenas uma forma
de desviar a atenção daquilo que é realmente importante. Como afirma Brian Kennedy, da Associação de Fabricantes de Produtos Alimentares, dos Estados Unidos, “o
que ajuda a segurança do produto não é sua origem,
mas os processos e programas existentes nas empresas
alimentícias”. 
Não restam dúvidas de que a China fortaleceu
seu sistema de inspeção alimentar. Contudo, isso não
resolve toda a questão. Nenhum país tem condições de
inspecionar tudo. Os melhores sistemas de segurança
alimentar são aqueles que atacam os problemas antes
que estes se tornem problemas. Na Cargill, acreditamos
que a segurança alimentar deve tornar-se parte de nossa
cultura – algo que é de responsabilidade de todos.
Propusemos, então, ao governo chinês um programa sob o qual a Cargill traria inspetores alimentares
chineses aos Estados Unidos para conhecer in loco os
sistemas de segurança alimentar de nossas fábricas e as
de nossos clientes. As autoridades chinesas mostraramse muito positivas sobre essa proposta e vamos começar
a detalhá-la.
Todos nós precisamos trabalhar em conjunto na
questão de segurança alimentar. Ninguém sai ganhando
quando ocorrem incidentes de segurança alimentar. Se o
nosso maior concorrente sofrer um incidente desse tipo,
nós também sofreremos. Quando a questão é segurança
alimentar, os consumidores tendem a ver tudo igual.
Ilustração: Cipis
A Cargill deu início a um Programa de Qualificação de Fornecedores global. Essa iniciativa não se
limita a preencher alguns formulários. Ofereceremos
treinamento em segurança alimentar a fornecedores e
os convidaremos a visitar nossas fábricas para conhecer
nossos sistemas. Queremos construir relacionamentos,
de forma que esses fornecedores se tornem uma extensão dos negócios da Cargill.
* Dave Raisbeck é vice-presidente do Conselho da Cargill
Continuaremos a trabalhar na parceria públicoprivada que a Cargill firmou com o McDonald’s: Safe
Supply of Affordable Food Everywhere (Fornecimento
Seguro de Supervisão Alimentar em Qualquer Lugar,
ou SSAFE). Através do SSAFE, temos trabalhado com o
Banco Mundial, a ONU e outras entidades públicas em
questões de segurança alimentar, como a gripe aviária.
A seção “Directions” traz artigos escritos pela Equipe de
Liderança Mundial da Cargill dirigidos aos funcionários
da companhia em todo o mundo. Essa seção é publicada
bimestralmente na revista Cargill News International, com
distribuição para todas as unidades da empresa, nos diversos
países em que atua.
15
Carlos Henrique Daher*
o mercado de alimentação
fora de casa
que o produto utilizado anteriormente, é mais saudável.
Hoje, somos fornecedores de gordura e azeite Gallo para
toda a rede Habib’s.
O
Outra ação da área que merece destaque é o Projeto
Gallo Visibilidade, cujo objetivo é deixar a marca em evidência em bares e restaurantes que estejam entre os formadores
de opinião. Por meio de patrocínios de cardápio, galeteiros
personalizados, bicos dosadores, entre outras ações, Gallo ganhou destaque em alguns dos melhores restaurantes de São
Paulo e do Rio de Janeiro e já está presente em mais de 180
clientes desse segmento. Além disso, trouxemos de Portugal
as embalagens de 3 litros de azeite, que facilitam o uso culinário nas cozinhas profissionais e a embalagem de Gallo Extra
Virgem 250 ml, que atende às necessidades de restaurantes e
lanchonetes mais sofisticados.
mercado de food service, que compreende
a alimentação feita fora do lar, é um dos
que mais crescem no Brasil e no mundo.
Anualmente, a indústria alimentícia vende
para esse setor cerca de R$ 50 bilhões, fornecendo produtos e
matérias-primas para padarias, redes de fast-food, restaurantes, lanchonetes, bares e cafés. Trata-se de um mercado que
vem crescendo, nos últimos dez anos, a taxas de 14% ao ano,
contra 7% do varejo. E a tendência, segundo os especialistas,
é que esse setor continue em franca expansão.
De olho no potencial desse mercado, a Cargill criou
em 2006 a área de Food Service. Formada por uma equipe
especializada e que conhece as necessidades do setor, esse
time torna a atuação da Cargill muito mais estruturada
com o foco em três canais distintos: cozinhas industriais,
como GR, Sodexho e Nutrim; clientes-chaves, que estão
organizados em cadeias de fast-food e os localizados em
praças de alimentação de shopping centers e, por fim, os
distribuidores especializados em food service. Por meio deste último canal, atingimos parte dos mais de 700 mil estabelecimentos que oferecem refeições aos seus consumidores.
Já com os produtos da Unidade de Negócio Carnes
da Cargill (marca Seara), desenvolvemos um produto específico para alguns restaurantes Outback, a famosa costela
de suíno, um dos pratos mais vendidos pela rede no Brasil.
Aproveitando esse aprendizado, ampliamos nossa atuação
com produtos de suínos e hoje somos também os fornecedores das costelas suínas da rede Applebee’s e Friday’s.
Recentemente, iniciamos um projeto piloto de distribuição
dos novos produtos de chocolate industrial da Unidade
Cacau & Chocolate, com o foco no mercado de panificação
e confeitaria. Essas recentes conquistas mostram claramente que a conectividade, premissa da Intenção Estratégica
2015 da Cargill, faz todo o sentido e representa um importante diferencial da empresa. Juntos, os mais variados
negócios da Cargill ficam mais fortalecidos.
Essa nova estrutura de atendimento trouxe importantes conquistas para a Cargill. Para o Habib’s, por exemplo, desenvolvemos uma gordura zero trans e baixo nível
de gordura saturada, que, além de render 50% a mais do
O potencial de crescimento no mercado de food
service é enorme e se, por um lado, temos consciência
de que já avançamos bastante, ainda temos grandes
desafios pela frente. Para sermos parceiros preferidos de
nossos clientes precisamos oferecer soluções melhores
do que as apresentadas pelos concorrentes. E estamos
nos preparando cada vez mais para isso. 
Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF
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Food service: um setor
Cargill oferece produtos
em
ascensão
e serviços especiais para
* Carlos Henrique Daher (Caíque) é gerente nacional de
Vendas de Food Service
16
F
fevereiro, no Hotel Transamérica (SP).
O evento foi direcionado aos 3,5 mil
funcionários da rede Wal-Mart Brasil.
A Unidade de Negócio Foods Brasil
contou com um estande com toda
a linha de produtos, destacando as
marcas Liza, Maria e Gallo. Já a Unidade de Negócio Carnes apresentou
seis novos produtos – hambúrguer
oval e de galinha caipira, lasanha à
bolonhesa e quatro queijos, dippers
com toque de limão e pão de queijo.
Foto: Arquivo Cargill
S
uper Rio 2008. Para estreitar as relações com seus
clientes do Rio de Janeiro, a Unidade de Negócio
Carnes participou da feira Super Rio Expofood 2008,
que ocorreu em março. O evento, realizado no pavilhão 4 do
Riocentro, na Barra da Tijuca (RJ), contou com
a participação de 226 expositores. Cerca de
35 mil pessoas, entre elas profissionais de
supermercados, hotéis, restaurantes, bares,
padarias, confeitarias e lojas de conveniência
do Estado, visitaram o local. A feira foi uma
oportunidade de realizar negócios e ficar
por dentro das novidades do setor. A marca
Seara levou suas principais novidades, como
tilápia ao molho de camarão, lasanha à bolonhesa e de quatro queijos.
Foto: Arquivo Arco W
T
roca de conhecimentos. Clientes da Cargill que trabalham nos segmentos de balas, gomas de mascar, chocolates e confeitos em geral participaram do workshop sobre as tendências mundiais na categoria. O encontro,
que ocorreu no dia 31 de março no Blue Tree Towers do Morumbi, em São Paulo
(SP), teve a participação especial de Michel Gonze, líder de aplicação em Confectionery da Cargill na Europa. Cerca de 40 clientes tiveram a oportunidade de conhecer
um pouco mais sobre as inovações de mercado, como ingredientes que podem
substituir o açúcar, a exemplo dos polióis.
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rêmio à solidariedade.
Dois funcionários da
Cargill do Brasil foram
contemplados com um prêmio internacional: o Cargill Cares Volunteer Award, que existe desde 1988
e reconhece o trabalho voluntário
de funcionários da empresa no
mundo inteiro. Um dos homenageados foi Marcelo Leite, supervisor
de vendas que atua nos Centros
de Distribuição de Farinha. Além
de participar do programa da Fundação Cargill, o Fura-Bolo – voltado à literatura infantil e ao resgate
da cultura popular, colaborando
com o desenvolvimento educacional de algumas comunidades
brasileiras –, Marcelo é também
presidente da Casa do Bom Menino, que atende crianças e jovens
em situação de risco. A outra
funcionária premiada, neste ano,
foi Eva Tebaldi, instrutora de
Treinamento Operacional (ITO)
da Unidade de Negócio Carnes,
reconhecida pelo trabalho desenvolvido na Pastoral da Criança.
Os funcionários foram homenageados com uma placa e ganharam
US$ 1.000,00, que foram entregues às instituições nas quais são
voluntários.
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ampanha de sucesso. A
Campanha Liza Mulheres
Surpreendentes voltou a
circular na mídia para reforçar o posicionamento da marca e ampliar a visibilidade do produto entre os consumidores. A ação publicitária foi veiculada
na TV em quatro diferentes meses: em
outubro e novembro de 2007, e abril
e maio de 2008. Os dois filmes estimulam a cumplicidade e aproximam
o produto de suas consumidoras,
com o tema Mães malabaristas, que
conseguem conciliar vários papéis,
como de mãe, dona-de-casa, esposa e
profissional.
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oco no cliente. Para aproximar os varejistas de seus
fornecedores, as Unidades
de Negócios Foods Brasil e Carnes
participaram da feira Year Beginning
Meeting 2008, entre os dias 24 e 27 de
N
ovas versões Maria. A
Cargill está promovendo
diversas campanhas para
reforçar a marca de óleo composto
Maria como tempero culinário que
confere um gosto especial aos pratos.
Desta vez, a novidade está nas versões
com sabores Tomate & Manjericão e
Salsa & Cebolinha. Esses dois lançamentos chegarão aos supermercados
em junho e estarão disponíveis ao
consumidor por tempo limitado. A
linha saborizada de Maria conta com
as versões limão, ervas finas, alho, orégano, cebola, italiano e manjericão.
M
elhor fornecedor do ano. A Unidade de Negócio Óleos Industriais
e Lubrificantes da Cargill foi reconhecida como um dos 10 melhores
fornecedores de 2007, por sua fábrica de ésteres, a Innovatti, que fornece lubrificantes de alta performance. O prêmio foi concedido pela Embraco, líder mundial do mercado de compressores herméticos para
refrigeração doméstica e maior consumidor desse tipo de
produto no mundo. Após um rigoroso processo de seleção,
a Innovatti se destacou pelo comprometimento logístico,
parceria em desenvolvimentos e qualidade.
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 A Cargill Meats Canada, frigorífico de
frangos pertencente à Cargill, adquiriu a
Freeman’s, frigorífico do Reino Unido que
fortalecerá o negócio de frangos frescos
da empresa, reforçando o compromisso
com a agricultura e os consumidores do
Reino Unido. Localizada em Newent, a
Freeman’s é uma empresa familiar com
120 funcionários. Fornece frangos frescos a
clientes do Reino Unido nos segmentos de
alimentação, varejo e produção desde 1953.
Com essa aquisição, a Cargill conta, agora,
com frigoríficos de aves em nove países, incluindo os negócios da Sun Valley na França,
Canadá, Tailândia e Reino Unido.
 A Cargill inaugurou, em março, o Centro
de Inovação de Produtos, em Minneapolis,
EUA, para atender à indústria de panificação. O novo Centro permite que os clientes da
Companhia colaborem diretamente com os
especialistas em tecnologia da Cargill, trabalhando em conjunto para o desenvolvimento
de novos produtos. A iniciativa faz parte da
expansão da rede de aplicações de produtos
de padaria da Cargill na América do Norte
(Atlanta, Portland e Toronto) e na Europa
(Vilvoorde, Bélgica). O Centro de Inovação de
Produtos conta com a colaboração de uma
equipe de cientistas de alimentos, que juntos
possuem mais de 120 anos de experiência em
produtos à base de grãos.
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grediente para sorvetes de palito. Trata-se
do sistema funcional Lygomme™ FZ 615,
que confere consistência gelatinosa, aspecto
“cremoso-mastigável” e sabor de doce. Esse
estabilizador de fácil aplicação, produzido
pela Cargill Texturizing Solutions, permite
que a mistura aquosa gelada se harmonize
com a textura e sabores do doce gelatinoso,
que pode ser utilizada na industrialização de
vários tipos de sorvetes, desde picolés a sorvetes de massa. Os fabricantes de confeitos
gelados podem agregar valor a seus produtos com o sistema funcional Lygomme™, incorporando soluções de baixo teor de açúcar
ou sem açúcar da linha exclusiva de adoçantes e polióis da Cargill. A empresa também
acaba de lançar sabores diferenciados, como
chiclete, marshmallow, cola e morango.
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revenção e segurança. Desde fevereiro,
funcionários da área
de Meio Ambiente, Saúde e
Segurança da Unidade de Negócio Carnes, localizada em Itajaí
(SC), estão realizando campanha
para conscientizar profissionais
da empresa e pessoas da comunidade que moram em torno do
escritório sobre a importância da
responsabilidade no trânsito. Para
tanto, os funcionários colocaram
banners divulgando a campanha
e entregaram cartilhas com dicas
de segurança no trânsito. Além
disso, disseminaram orientações
sobre prevenção de acidentes a
todas as pessoas da comunidade
local que passavam nas proximidades do escritório. Em todas as
filiais da empresa, foram apresentados, também, dados importantes sobre acidentes no trânsito em
todo o País.
 Cargill lança um novo conceito em in-
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Fotos: Arquivo Cargill
intensificar o contato entre fornecedores e clientes da área. O tema da
Apas deste ano foi Sustentabilidade
em nome do consumidor.
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argill na Apas. As Unidades de Negócios Foods Brasil e Carnes apresentaram
seus principais produtos e ofereceram
degustação aos supermercadistas no
24º Congresso de Gestão e Feira
Internacional de Negócios em Supermercados, organizado pela Associação Paulista de Supermercados
(Apas), entre os dias 26 e 29 de maio,
no Expo Center Transamérica (SP). O
evento, realizado anualmente, tem
como objetivo apresentar produtos e
O cenário favorável é ainda mais
evidente quando o assunto é a soja. De
12 produtos considerados no estudo, esse
grão foi um dos que apresentaram mais
variações positivas. Está prevista para
este ano uma produção de 58,2 milhões de toneladas, mantendo o
ritmo de 2007.
Minha rotina começa cedo,
às 7h30. Faço contato com os
clientes – tenho uma carteira com
cerca de 40 – e procuro descobrir qual
a sua necessidade para que o grão seja o de
melhor qualidade. Se for preciso, sugiro
adubos, fertilizantes, entre outros produtos.
Depois, inicio a negociação e compro lotes.
Acompanho as taxas do mercado, confiro
os preços e pago o produtor. Minha função
vai além de comprar. Tenho de cuidar da
safra do cliente junto com ele.
A Cargill sabe muito bem
o lugar de destaque ocupado pela
soja em grão: é uma das maiores
exportadoras do produto no País
e está entre as grandes indústrias
de processamento. A Unidade de
Negócio Complexo Soja compra, comercializa e processa o grão e outras oleaginosas.
E, para atender com qualidade à crescente demanda do
mercado, mantém uma completa estrutura: alia instalações próprias em portos, estruturas de armazenagem, unidades processadoras e uma equipe que realmente sabe o
que faz. Na ponta da conquista por novos clientes e bons
negócios, fica o comprador de soja, que é responsável por
intermediar a relação entre a empresa e os produtores,
oferecendo soluções e oportunidades. Valdomiro Valeriano de Moraes Filho, 33 anos, é um dos funcionários que
colaboram para esse crescimento.
Além do bom humor, uso a criatividade quando necessário. Há cerca de quatro anos,
por exemplo, um cliente chegou à unidade de Transbordo exaltado e depois foi embora. Ninguém conseguiu
entender ao certo o porquê da insatisfação dele. Então,
eu peguei uma bandeira branca e fui até sua casa. Chegando lá, comecei a balançar o pedaço de pano em sinal
de paz. Na hora ele ficou nervoso, mas depois tudo se
acertou. Hoje somos grandes amigos e lembramos dessa
história com gargalhadas. Se a Cargill busca sempre a excelência, eu trabalho para alcançá-la. Sou muito feliz no

trabalho e não me imagino fazendo outra coisa.
”
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Trabalho na Cargill há 12 anos e, apesar de
tanto tempo, ninguém me conhece pelo nome e, sim,
pelo apelido, ‘Salgadinho’. Como tudo no campo é motivo para piada, fui batizado com esse novo nome pelos
colegas por conta da minha paixão por salgados. Manter
o humor em alta e encontrar razões para estar sempre
alegre é, aliás, um dos segredos para quem quer ser um
bom comprador de soja. Trabalhamos
em um mercado altamente competitivo, e uma das formas de lidar com
a pressão é estar sempre de bem
com a vida.
E
O
“
cultivo de grãos, particularmente de
soja, é o grande protagonista das conquistas alcançadas nos últimos anos
pelo agronegócio brasileiro. Em um
dos prognósticos realizados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa para a safra
de grãos em 2008 é de 49 milhões de hectares plantados.
A expectativa de produção também é promissora: 135,7 milhões de toneladas, 2,1% a mais
do que em 2007.
P
Eles estão na ponta de todo o processo e trabalham sem
parar para conseguir o melhor grão para abastecer
a indústria. Conheça a rotina desses valentes profissionais
Valdomiro Filho
Um dia na vida do
comprador de soja
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Edição nº12