DIÁLOGOS SOBRE O QUE SIGNIFICA CURSAR ENGENHARIA Uma das principais competências que um engenheiro deve apresentar está a habilidade de comunicação objetiva e eficaz na forma escrita, oral e também midiática. Sabe‐se das limitações dos alunos ingressantes quanto ao uso competente da língua, o domínio das diferentes formas de linguagem e habilidades de comunicação. Constata‐se também que os discentes apenas tardiamente desenvolvem uma visão clara sobre a sua área profissional, as possibilidades de atuação, a contribuição da sua profissão para a sociedade, as inter‐relações entre as áreas profissionais. Por outro lado, os alunos de escolas públicas, em especial, alunos de comunidades carentes, têm dificuldades de acesso à informações em quantidade e qualidade que lhes possibilite, de uma maneira esclarecida e refletida, incorporar aos seus horizontes de tempo e projetos de vida a hipótese de realizar um curso superior numa universidade federal. Com a visita dos estudantes das diversas engenharias nas escolas das comunidades de Ouro Branco e Congonhas pretende‐se despertar nos alunos do Ensino Médio da região a realidade da Universidade e proporcionar, aos membros da comunidade externa, uma visão ampla e consciente do papel da universidade na sociedade. Ao mesmo tempo, pretende‐se criar oportunidades: para atuação cidadã dos graduandos através da sensibilização para o problema da inclusão de alunos de comunidades carentes, para a busca de uma forma de intervenção e, finalmente, o aprimoramento das habilidades de comunicação e uso da linguagem. A primeira etapa desta atividade inclui a elaboração do material e a divulgação por meio impresso e eletrônico junto às comunidades escolares para o mapeamento das comunidades e das demandas iniciais. A segunda etapa inclui o planejamento dos meios para a apresentação das informações e para a promoção da reflexão nos encontros presenciais, em particular, a definição do modo de organização e da dinâmica de realização das palestras, reuniões, oficinas e visitas, tendo em vista o público‐alvo das comunidades escolares da região (alunos, pais, professores ou dirigentes). A terceira etapa envolve a realização das ações, a coleta de informações mais detalhadas sobre a realidade das comunidades escolares trabalhadas e o registro das intervenções. A quarta etapa envolve a sistematização das informações e conhecimentos recolhidos e a avaliação do impacto e dos resultados das intervenções. Os resultados da intervenção na comunidade serão avaliados através de consultas e a partir do levantamento de dados junto à comissão de vestibular e das escolas sobre a trajetória do egresso dessa escolas públicas. Em relação aos discentes do grupo PET, o acompanhamento será feito por meio de reuniões de auto‐avaliação das equipes de intervenção e através de consulta à comunidade escolar quanto à qualidade da proposta de intervenção (vídeo, palestra, material impresso, etc).