REFORMA ORTOGRÁFICA
REFORMA ORTOGRÁFICA
1. O que é a Reforma Ortográfica?
2. Quantos e quais países falam português?
3. Por que unificar a ortografia?
4. A unificação pode trazer benefícios à economia dos países lusófonos?
5. Por que somente agora a Reforma foi aprovada?
6. O que muda para nós, brasileiros?
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2. Quantos e quais países falam português?
Angola
Moçambique
Brasil
Portugal
Cabo Verde
São Tomé e Príncipe
Guiné-Bissau
Timor Leste
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3. Por que unificar a ortografia?
- Português :







5ª língua mais falada no mundo;
mais de 240 milhões de pessoas;
duas grafias oficiais;
ONU não reconhece como língua oficial;
intercâmbio cultural entre os países lusófonos;
livros e materiais poderão circular livremente;
padronização do ensino de português.
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4. A unificação pode trazer benefícios à economia dos países lusófonos?
Certamente, pois toda impressão:
 pode circular sem revisão do país que recebe o “texto”;
 gradativamente penderá mais para o benefício do que para o custo.
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5. Por que somente agora a Reforma foi aprovada?
Algumas considerações:
 Em 1990, os representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, GuinéBissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe assinaram o
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
 Em 2004, o Timor Leste, que se tornara independente, aderiu ao
acordo.
 O acordo deveria entrar em vigor em janeiro de 1994 e todos
deveriam assinar, mas somente Brasil, Portugal e Cabo Verde
assinaram.
 Em 2004, a CPLP se reuniu e aprovou uma modificação no acordo:
bastariam três países assinarem para o acordo ser efetivado.
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5. Por que somente agora a Reforma foi aprovada?
 Vasco Graça Moura, escritor português e eurodeputado, lidera um
movimento em que Portugal só participará da reforma se todos da
CPLP assinarem.
 Brasil ratificou em 2004; Cabo Verde, em 2005; São Tomé e
Príncipe em 2006.
 Angola apoia o Brasil.
 Portugal sofre 3x mais alterações que o Brasil.
 Portugal diz que só assina quando todos os outros assinarem.
 Os países que já assinaram podem revogar em 2 anos.
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Vale observar:
 1911 e 1945 – Reformas de Portugal.
 1943 e 1971 – Reformas do Brasil.
 O Brasil se sente “sozinho” nesta luta.
 Fala-se de uma relutância das editoras portuguesas.
 O Brasil começou a se preparar para a alteração do material
didática já em 2007.
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REFORMA ORTOGRÁFICA – O QUE MUDA
Mudanças no alfabeto
- O alfabeto passa a ter 26 letras:
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
- Exemplos:
 unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), w (watt);
 palavras e nomes estrangeiros (+ derivados): playboy, windsurf,
show, kaiser etc.
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Trema
- Não se usa mais o trema (¨) para indicar a pronúncia da letra “u”, nas
sílabas “gue”, “gui”, “que”, “qui”:
- Exemplos:







agüentar => aguentar
argüir => arguir
bilíngüe => bilíngue
cinqüenta => cinquenta
delinqüente => delinquente
freqüente => frequente
lingüiça => linguiça
Observação: o trema permanece em
palavras estrangeiras e suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
REFORMA ORTOGRÁFICA – O QUE MUDA
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos “éu” e “ói” das
palavras paroxítonas.
- Exemplos:








alcalóide => alcaloide
alcatéia => alcateia
bóia => boia
colméia => colmeia
debilóide => debiloide
estréia => estreia
geléia => geleia
tramóia => tramoia
Observação: esta regra não vale para
as oxítonas. Exemplos: papéis, troféus.
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Mudanças nas regras de acentuação
2. Não se usa mais o acento no “i” e no “u” tônicos que aparecem após
os ditongos nas palavras paroxítonas.
- Exemplos:
 baiúca => baiuca
 bocaiúva => bocaiuva
 feiúra => feiura
Observação: esta regra não vale para
as oxítonas. Exemplo: Piauí.
REFORMA ORTOGRÁFICA – O QUE MUDA
Mudanças nas regras de acentuação
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em “êem” e
“ôo(s)”.
- Exemplos:








abençôo => abençoo
crêem => creem
dôo => doo
enjôo => enjoo
lêem => leem
povôo => povoo
vêem => veem
zôo => zoo
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Mudanças nas regras de acentuação
4. Não se usa mais o acento diferencial das palavras “pára/para”,
pêlo/pelo”, “péla/pela”, “pólo/polo”, “pêra/pera”.
- Exemplos:





Ele pára o carro. => Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. => Ele foi ao polo Norte.
Ele joga pólo. => Ele joga polo.
O gato tem pêlos cinzas. => O gato tem pelos cinzas.
Comi uma pêra. => comi uma pera.
Observação: os demais acentos diferenciais permanecem. Exemplos:
- Ele detém o poder. – Eles detêm o poder.
- Ele vem de Florianópolis. – Eles vêm de Florianópolis.
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Mudanças nas regras de acentuação
5. Não se usa mais o acento agudo no “u” tônico das formas (tu)
arguis, (ele) argui. (eles) arguem do presente do indicativo dos
verbos “arguir” e “redarguir”.
- Exemplos:





Ele pára o carro. => Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. => Ele foi ao polo Norte.
Ele joga pólo. => Ele joga polo.
O gato tem pêlos cinzas. => O gato tem pelos cinzas.
Comi uma pêra. => comi uma pera.
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Hífen
Palavras formadas por prefixos como: aero, agro, além, ante, anti,
aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo,
hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan,
pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super,
supra, tele, ultra, vice etc.
1. Usa-se hífen com prefixo + palavra iniciada com “h”, exceto
subumano.
- Exemplos:
 anti-higiênico
 anti-histórico
 co-herdeiro
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Hífen
2. Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da
palavra seguinte.
- Exemplos:






aeroespacial
agroindustrial
autoescola
coautor
infraestrutura
semianalfabeto
Observação: o prefixo “co” aglutina-se
com o segundo elemento, mesmo que
se inicie com “o”. Exemplos:
coobrigação, cooperação.
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Hífen
3. Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa com consoante diferente de “r” ou “s”.
- Exemplos:




anteprojeto
antipedagógico
semicírculo
ultramoderno
Observação: com o prefixo “vice”
sempre se usa hífen. Exemplos: vicerei, vice-almirante.
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Hífen
4. Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa com “r” ou “s”. Nesse caso, duplicam-se essas
letras.
- Exemplos:





antirracismo
antirrábico
microssistema
neorrealismo
ultrassom
REFORMA ORTOGRÁFICA – O QUE MUDA
Hífen
5. Usa-se hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa com a mesma vogal. O mesmo ocorre com as
consoantes.
- Exemplos:






 hiper-requintado
anti-imperialista
 inter-racial
anti-inflamatório
 super-reacionário
auto-observação
 super-resistente
micro-ondas
micro-ônibus
Observação: o prefixo “sub” é separado do segundo
semi-interno
elemento quando este começa com “r”. Exemplos:
sub-região, sub-raça.
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Hífen
6. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o
segundo elemento começar por vogal.
- Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
REFORMA ORTOGRÁFICA – O QUE MUDA
Hífen
7. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
sempre o hífen.
- Exemplos:
além-mar
aquém-mar
ex-aluno
ex-hospedeiro
pós-graduação
pré-história
pró-europeu
recém-casado
sem-terra
REFORMA ORTOGRÁFICA – O QUE MUDA
Hífen
8. Para clareza gráfica, se no final de uma palavra ou combinação de
palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha
seguinte.
- Exemplos:
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-alunos.
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Sites que valem à pena:
http://www.livrariamelhoramentos.com.br/Guia_Reforma_Ortografica
_Melhoramentos.pdf
http://ramonpage.com/ortografa/
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